22.9.18

FRATERNIDADE SEM FRONTEIRAS: GUERRILHEIROS DA INANIÇÃO




É nosso papel trabalhar por uma sociedade mais igual, em que o básico é visto como direito, não como privilégio. Enquanto as mudanças não são capazes de assegurar essa nova sociedade, há pessoas em situação de miséria, fome, insalubridade e abandono.

Alguma coisa pode ser feita por muitas dessas pessoas, e os espíritas, assim como outros cristãos, sabem disso. Para quem gosta de metáforas, entendo que eles são guerrilheiros da inanição. Não apenas a inanição por causa dos alimentos, mas por causa da falta de outras necessidades básicas do ser humano, como a convivência.

O DJ Alok fez um depoimento de apenas três minutos, em que ele narra seu encontro com Deus.

16.9.18

O ENLIHPE NO CORREIO.


Vista do público que participou do 14 Enlihpe

O jornal Correio Fraterno, do estado de São Paulo, publicou uma entrevista realizada conosco sobre o encontro da Liga de Pesquisadores do Espiritismo. Ela trata de temas instigantes, como por que pesquisar "Sobrevivência da alma" hoje.

Confiram! www.bit.ly/2PE8WJC


13.9.18

UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA PUBLICA COBERTURA COMPLETA DO 14o. ENLIHPE



Mesa de abertura. Da esquerda para a direita: Alexander Moreira-Almeida (NUPES - UFJF), Jáder Sampaio (LIHPE), Samuel Magalhães (FEB), Felipe Stábile (UEM), A. J. Orlando (USE-Estadual), Júlia Nezu (CCDPE-ECM) e Raphael Carneiro (FEEES)

A União Espírita Mineira publicou recentemente uma matéria bem ampla explicando como foi o 14o. Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo - 14 Enlihpe. 

Com a presença de estudiosos de cinco estados e representações de quatro federativas, com a presença do presidente da USE-SP, A. J. Orlando, além de dirigentes de diversas instituições espíritas, o 14 Enlihpe possibilitou um estudo mais aprofundado sobre as pesquisas que se fizeram ontem e se fazem hoje acerca da Sobrevivência da Alma.

Foi realizada uma mesa de debates sobre as edições de A Gênese, os milagres e as predições segundo o espiritismo, de Allan Kardec.

Dois livros foram lançados: A sobrevivência da alma em foco, com os trabalhos dos expositores do evento, e Conversando com os espíritos. Os autores presentes tiveram espaço para autografar seus livros, como, por exemplo, Genealogia do espírito, de Humberto Schubert, Sócrates e religião, de Luiz Fernando Bandeira de Melo, entre outros. Os livros não esgotados podem ser adquiridos na livraria da União Espírita Mineira - Contato: (31) 3201-3038.

Mais detalhes podem ser lidos no endereço eletrônico abaixo:


Os interessados conseguem baixar as apresentações em powerpoint dos autores que as disponibilizaram ao público e as fotos do evento.

Aos que gostaram da palestra do Dr. Alexander Moreira-Almeida, recomendo o seguinte vídeo: https://m.youtube.com/watch?v=nNgomBLe5x8


7.9.18

O QUE É A TERCEIRA PARTE DA NOSSA REUNIÃO MEDIÚNICA?



Antes de cursar psicologia, já havia herdado uma inquietação dos ciclos de estudos de mediunidade dirigidos por meu pai na União Espírita Mineira: como distinguir mediunidade de animismo? 

Há um critério extremo, para quem tem faculdade mediúnica bem caracterizada: as informações corretas, não aprendidas anteriormente, transmitidas através da fala ou da escrita sobre pessoas que podem ser pesquisadas a partir de parentes ou pela literatura. 

E para quem tem uma faculdade incipiente? E os muitos médiuns que ficam se perguntando se as ideias que lhes vêm à mente são suas ou de terceiros? 

Uma das tentativas de possibilitar ao médium uma auto-análise de suas faculdades foi criar em nosso grupo mediúnico uma "terceira parte". O que é isso? Na primeira parte da reunião mediúnica estudamos um livro, geralmente que trata sobre mediunidade ou sobre a vida no mundo espiritual. Na segunda parte temos as comunicações mediúnicas, atendimentos aos espíritos, preces, passes e outras atividades espirituais. Na terceira parte, apresentamos sinteticamente as comunicações, médiuns e outros membros podem relatar o que lhes veio ao campo da consciência durante a parte mediúnica e médiuns e outros membros analisam os atendimentos aos espíritos e podem apresentar outras percepções que tiveram durante os diálogos, reações emocionais dos espíritos e dos próprios médiuns, atuações de outros espíritos durante a reunião, entre outras questões, que nos permitem conhecer melhor a faculdade de todos os membros. Muitos médiuns ainda em desenvolvimento das faculdades sentem-se mais seguros de relatar o que percebem durante a reunião, porque veem que não se tratam de frutos de sua imaginação pessoal ou animismo.

Esse e outros assuntos sobre mediunidade foram tratados no livro "Conversando com os espíritos", publicado pelo Instituto Lachâtre em agosto de 2018. O livro traz muitas das nossas experiências vividas ao longo de mais de trinta anos de reunião mediúnica, sempre remetendo o leitor à literatura espírita.

Ficha Técnica

Conversando com os espíritos
Jáder dos Reis Sampaio
Lachâtre
256 páginas
155 x 225 mm

Pode ser adquirido com desconto no site do Instituto Lachâtre, para envio pelos correios: 

http://www.lachatre.com.br/loja/conversando-com-os-espiritos.html

Aos leitores de Minas Gerais, já se encontra na Livraria Ysnard Machado Ennes, na Associação Espírita Célia Xavier e na União Espírita Mineira.

5.9.18

MUSEU HISTÓRICO, MUSEUS ESPÍRITAS.



O lamentável incêndio que destruiu as instalações do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista - cidade do Rio de Janeiro, colocou na pauta da imprensa a questão da desvalorização e da falta de valor da cultura no Brasil. Todos estamos reflexivos quando pensamos o quanto gastamos com um campeonato mundial de futebol e o quão pouco direcionamos para um Museu reconhecido internacionalmente, sob os cuidados da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Há pouco me dei conta como o meio espírita se preocupa pouco com a cultura e a memória. 

Tenho acompanhado os esforços dos diretores e trabalhadores do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo - Eduardo Carvalho Monteiro (CCDPE-ECM). Acompanhei também, há mais de uma década, a construção e entrega do Museu Espírita de São Paulo, no bairro da Lapa - SP, para a Federação Espírita Brasileira. Tenho visto também iniciativas menores, como a Casa de Chico Xavier, em Pedro Leopoldo, que funciona como casa espírita e faz a guarda de objetos pessoais, livros e documentos de Chico Xavier. 

Há uma coisa comum entre essas três iniciativas: a primeira vem de Eduardo Carvalho Monteiro, a segunda de Paulo Toledo Machado e a terceira de Geraldo Lemos Neto. São entusiastas da cultura espírita que conseguiram congregar pessoas ao seu redor visando a promover instituições diferentes das tradicionais sociedades espíritas.

Com recursos bem mais modestos que nosso incendiado museu, elas vão se mantendo apesar da pouca atenção que lhe dão os milhões de espíritas e simpatizantes no Brasil. Que será pior, o incêndio ou a indiferença?

Ainda há pouco comentei a boa, mas equivocada intenção, de uma espírita que deseja transformar a livraria dos Leymarie em lugar de memória. Em que pese a desinformação da companheira, surge uma nova questão: o Museu Espírita de São Paulo estava há um ano fechado à visitação em função das reformas, que estão fazendo aniversário. O CCDPE-ECM é mantido com um quadro de sócios, doações e eventos promovidos por seus mantenedores e não sei dizer ao certo as fontes da Casa de Chico Xavier, talvez mantida por quadro de sócios e pela editora Vinha de Luz, que vem tentando preservar a memória de Chico Xavier, publicando documentos e textos inéditos.

Peço desculpas a outras instituições claramente voltadas para a cultura espírita, que não citei aqui. Peço aos leitores que as indiquem, colocando nome, endereço, cidade e finalidade na sessão de leitores do Espiritismo Comentado.

A questão que direciona o texto é: enquanto choramos pela perda do Museu Nacional, que ações fazemos com nossos pequenos museus espíritas? Visitamos? Doamos? Desenvolvemos projetos para captação de recursos e realização de pesquisas? Fomentamos parcerias? Promovemos eventos voltados ao conhecimento do trabalho nos museus? Escrevemos livros? Publicamos revistas especializadas?

Deixo ao leitor minhas inquietações.



2.9.18

HANSENÍASE, OBSESSÃO E CARIDADE


Lesões de hanseníase. O Brasil ainda é o segundo país com o maior número de doentes do mundo. A hanseníase já foi erradicada em muitos países.


Estamos terminando a leitura do livro “Nos bastidores da obsessão”, que faz uma espécie de “raio x” de uma história de obsessão de uma família, ligada em reencarnações passadas por laços de ódio, decepção e amor. O livro foi escrito por Manoel Philomeno de Miranda (Espírito) e psicografado por Divaldo Pereira Franco.

Nos romances espíritas em geral, é sempre difícil distinguir a fronteira entre o real e o imaginário, o que deve ter acontecido para o preenchimento de lacunas para manter a narrativa e torná-la interessante. 

Diversas situações nos chamaram a atenção nesse livro, mas uma das passagens que nos impressiona está no capítulo 15. Miranda vai falando de uma jovem chamada Ana Maria, que se encontrava em um leprosário. A história tem cena em 1938, uma época em que não havia tratamento para o bacilo de Hansen, cujo tratamento efetivo iniciou-se na década de 40.

O “tratamento”, portanto, era de isolamento dos doentes da sociedade para evitar contágio, e o que se usava eram paliativos. Se eu não estiver errado, até hoje o diagnóstico é feito a partir de sintomas e biópsia, o que dificulta a identificação antes do surgimento das lesões da pele. A cobertura com a vacina BCG, que começou a ser usada em 1927 no Brasil, dá alguma proteção contra a doença. A partir de 1962, apenas, a internação compulsória foi abandonada no Brasil e hoje é tratada em hospital geral, com poliquimioterapia, segundo recomendação da Organização Mundial de Saúde.

No livro, Miranda participa de um processo de desobsessão de Ana Maria. Os espíritos envolvidos no processo foram atendidos e convencidos a interromper sua influência. Como em outros casos já relatados na literatura espírita, houve remissão dos sintomas que foram diagnosticados como lepra.

O que nos chamou a atenção foi a participação de Petitinga na história. Ele acompanhou a desobsessão durante o sono, como narra Philomeno, obviamente sem se recordar do que se fazia após acordar.

Philomeno diz que em uma reunião mediúnica, após a desobsessão, os espíritos pedem a Petitinga que visite Ana Maria no isolamento em que se encontrava. Ele precisou usar influências políticas para quebrar o isolamento, e ainda assim foi proibido de visitá-la regularmente. Quando conseguiu acesso, constatou o desaparecimento das lesões e usou novamente sua influência para que ela fosse novamente avaliada por médicos, conseguindo sua alta. Petitinga não fez apenas isso. Ele conseguiu a colocação da mulher em um trabalho no qual os empregadores sabiam de sua história passada, o que é ainda mais admirável àquela época na qual só se sabia que o mal de Hansen era uma doença contagiosa e da qual se devia manter distância.

Teria sido um diagnóstico errado que levou Ana Maria ao isolamento? Não importa. Este artigo foi escrito para destacar o papel de Petitinga na história. Algum de nós se envolveria no resgate de um hanseniano, vivendo naquela época, ante um pedido espiritual em reunião mediúnica, de uma pessoa que desconhecia? Usaria sua rede de conhecimentos para recolocá-lo na sociedade? Esse é o grande fenômeno espírita: a caridade entre os homens.

20.8.18

PROGRAMAÇÃO DO 14 ENLIHPE






Acima está a programação do 14 Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo, que acontecerá em Belo Horizonte, nos dias 25 e 26 de agosto. As vagas já estão esgotadas.

16.8.18

CONVERSANDO COM OS ESPÍRITOS

Por um ou dois anos estive escrevendo o livro "Conversando com os espíritos", com o apoio do Instituto Lachâtre. Hoje de manhã recebi as imagens, folder, release e outros produtos para divulgação. O "filhote" está no correio, ainda não consegui folhear e ver como ficaram o texto e as muitas imagens.

O livro é um misto de memória e estudo, experiência e reflexão. O texto do revisor, que percebeu bem a proposta, segue abaixo.

Os interessados podem adquirir seu exemplar no site do Instituto Lachâtre, que lançou com preço promocional. Basta acessar http://www.lachatre.com.br/loja/ e escrever a palavra conversando na caixa de busca (lá está escrito: digite o que está procurando)


Livro mostra como abordar e acolher espíritos em reuniões mediúnicas

Autor aproveita e homenageia figuras importantes do movimento espírita de Belo Horizonte 


Reuniões mediúnicas não são abertas ao público pelo mesmo motivo de nos consultarmos com médicos, psicólogos e afins a portas fechadas. O que será dito entre o profissional e paciente não diz respeito a mais ninguém. 

Em centros espíritas que seguem o que Allan Kardec, codificador do espiritismo, preconizou, a prática é a mesma. Espíritos que se apresentam revoltados, tristes, ameaçadores, amedrontados, irônicos etc. requerem abordagens específicas. Para tanto, a equipe que os atende deve ter conhecimento profundo de espiritismo e de prática mediúnica, além de profundo amor e compaixão por quem é levado para receber auxílio de um grupo mediúnico sério. 
No intuito de deixar bem claro o passo a passo da prática mediúnica, a Editora Lachâtre está lançando o livro Conversando com os espíritos. 

Escrito pelo psicólogo espírita Jáder dos Reis Sampaio, de Belo Horizonte (MG), a obra é também um rico manancial de histórias sobre espíritos que foram atendidos e socorridos na Associação Espírita Célia Xavier (AECX), na capital mineira. Entre atordoados ou dispostos a atordoar, todos os desencarnados recebem tratamento diferenciado e adequado a cada caso. Mas todos resultam no mesmo final feliz: percebem que não pertencem mais ao mundo dos vivos; libertam-se de sentimentos de medo, ódio, ou vingança, reencontram antigos afetos e são acolhidos em suas dores para se adaptarem, à vida espiritual, agora embalada pelo amor de Jesus Cristo por toda a humanidade. 

Conversando com os espíritos é também uma lírica viagem ao universo espírita belo-horizontino. Entre fundações de centros espíritas e implantações de reuniões mediúnicas, o autor conta a história da vida de vários espíritas que ajudaram a transformar a AECX num centro espírita de bases sólidas. 



Título: Conversando com os espíritos

Selo: Lachatre
Formato: 15,5 X 22,5
Nº de Páginas = 256
ISBN: 978.85.8291.070-2
Preço de Capa = R$ 34,90

Gênero: Mediunidade  



15.8.18

A LIVRARIA QUE ALLAN KARDEC NÃO FUNDOU



O Espiritismo Comentado tem se dedicado no último mês a divulgar os trabalhos do 14o. Encontro Nacional da LIHPE, mas muitas coisas vêm acontecendo que demandam um diálogo com os leitores. Hoje gostaria de conversar sobre a proposta de transformação de uma livraria na França em Museu Allan Kardec, feita pela blogueira Mari, sob o título: "Salve a livraria fundada por Allan Kardec em Paris". Quem quiser assistir o trabalho acesse: https://tipsparis.com/

Visivelmente emocionada, a blogueira ficou conhecendo a Livrairie Leymarie, e de boa fé veiculou diversas informações falsas, inclusive a que vai no título do post: Essa livraria não foi fundada por Allan Kardec! Lá também não aconteceram fenômenos de mesas girantes. Allan Kardec, encarnado, nunca esteve nesse endereço físico...

Na placa da frente do imóvel na "Rue de Saint Jacques" se lê: Ocultismo - Livraria. No vidro acima da porta está escrito: Edições Leymarie Ciências Psíquicas - Astrologia. 

Pelo que se vê no filme, há um grande quadro de Allan Kardec, dentro da livraria, o que pode ter contribuído para que a população na França associasse espiritismo a ocultismo e outras ideias místicas. A foto está em https://scontent.fplu9-2.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/39162740_1799746120062921_3862815477747154944_n.jpg?_nc_cat=0&oh=e5dec6ddbb85fc6a14f40383a516f46f&oe=5C142978

Kardec fundou uma livraria na Rue Lille 7, em 1869, e não em 1858, como se acha no Facebook da Librairie Leymarie. 1858 é o ano da pubicação da Revista Espírita (Revue Spirite), cujo título ficou sob a responsabilidade de Leymarie, alguns anos após a desencarnação de Allan Kardec. https://www.facebook.com/pg/librairieleymarie/about/?ref=page_internal

A trajetória de espaços físicos e livrarias que sucederam a desencarnação de Allan Kardec podem ser lidas resumidamente, na publicação que o blog Espiritismo em Movimento fez: https://espiritismoemmovimento.blogspot.com/2018/08/a-livraria-espirita-e-livraria-leymarie.html?m=1

Para uma leitura mais detalhada, temos livros bem fundamentados em pesquisa documental:

- O legado de Allan Kardec - autora: Simoni Privato
- Madame Kardec - autor: Adriano Calsone

São dois textos muito fáceis de se ler, bem escritos e interessantes (para quem deseja conhecer o movimento espírita francês após Kardec).

14.8.18

EXPERIÊNCIAS DE QUASE-MORTE

O administrador Paulo Neto, estudioso espírita, teve aprovado para apresentação no 14o. Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo seu trabalho intitulado "Experiência de quase-morte: casos que evidenciam a sobrevivência da alma e explicações da doutrina espírita". Este artigo se tornou capítulo do livro "A sobrevivência da alma em foco", que lançaremos no evento.

Paulo Neto


Segundo Sleutjes e colaboradores, “Experiência de quase morte é uma experiência pessoal associada com morte ou morte iminente. Tais experiências podem abranger uma variedade de sensações, incluindo afastamento do corpo, sentimentos de levitação, serenidade total, segurança, calor, a experiência de absoluta dissolução e a presença de uma luz.”

Paulo relata diversos casos que ele retira da literatura de divulgação das pesquisas de EQM. Neles, encontraremos relatos de percepção de luz, de objetos específicos em lugares que não permitem percepção sensorial, descrições claras dos procedimentos de ressuscitação e do trânsito de pessoas na sala e sensações de paz.

O autor nos explica de forma didática a relação entre os registros do eletroencefalograma imediatamente antes e após uma parada cardíaca.

Após relatar diversos eventos descritos não explicáveis como resíduos de funcionamento dos neurônios do cérebro, da memória ou coisa semelhante, Paulo revê uma teoria desenvolvida por Allan Kardec, a da emancipação da alma, como candidata à explicação dos fatos recorrentes, mas ainda sem explicação com base apenas no funcionamento orgânico.

Se não conseguiu vaga no 14o. Enlihpe, confira o trabalho no livro e a apresentação no YouTube, após o evento.


Sleutjes, A; Moreira-Almeida, A; Greyson, B (2014). "Almost 40 years investigating near-death experiences: an overview of mainstream scientific journals". J. Nerv. Ment. Dis202: 833–6. doi:10.1097/NMD.0000000000000205PMID 25357254.

10.8.18

RECORDANDO AS PESQUISAS COM MÉDIUNS



Os médicos Eric Pires e Leandro Franco escreveram para o 14º Enlihpe dois trabalhos, que se encontram no livro “A sobrevivência da alma em foco”.


Eric Ávila


No primeiro trabalho levantam a contribuição de César Lombroso, médico italiano nascido em 1835. Após ter publicado trabalhos sobre o hipnotismo e ridicularizado a existência dos fenômenos espirituais, ele estudou, a convite de Chiaia, a médium Eusápia Paladino a partir de 1891, atribuindo-lhe inicialmente um diagnóstico de epilepsia e histeria. Após anos de estudos, Lombroso publicou em 1909 o livro “Hipnotismo e mediunidade”, no qual trata de inúmeros fenômenos de efeitos físicos e de temas como a fisiopatologia de Eusápia e de outros médiuns estudados à época. Ele reconhece a existência da mediunidade e dos espíritos.

Leandro Franco


No segundo trabalho, os autores fazem uma análise das principais teorias discutidas no livro “Mediunidade e sobrevivência”, escrito por Alan Gauld para divulgar cem anos de fundação da Society for Psychical Research, em Londres. Os estudos foram publicados por pesquisadores da casa, revistos ante a leitura dos procedures, e livros deles. Médiuns como Leonore Piper, Sra. Leonard, entre outros, têm seus fenômenos analisados à luz das teorias explicativas que surgiram. Gauld se posiciona favorável à hipótese da imortalidade para explicar fenômenos como manifestação de habilidades não aprendidas, “traços de personalidade, os propósitos, e todo um ponto de vista característico de uma pessoa outrora viva”. Com esta posição ele aponta fenômenos que teorias como a da super-percepção extra sensorial (super-PES) tem dificuldades em explicar.

4.8.18

VICTOR HUGO: UM MESMO AUTOR EM "PÁRIAS EM REDENÇÃO" E "OS MISERÁVEIS"?

Outro autor de trabalho do 14 Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo é o bacharel em linguística e literatura colombiano, J. Mário N. Sáenz. No seu trabalho, ele compara, usando métodos da chamada "análise sociocrítica", a obra de um autor conhecido, Victor Hugo, especialmente em seu livro "Os miseráveis", com o livro "Párias em redenção", psicografado por Divaldo Franco e atribuído ao mesmo autor.

Apesar de não termos o autor no nosso evento, teremos seu capítulo no livro "A sobrevivência da alma em foco", escrito em espanhol, para os interessados. Veja abaixo o resumo do capítulo.




J. Mário N. Sáenz



"A Doutrina Espírita e seu codificador, Allan Kardec, asseveram que a melhor de todas as provas de identidade se funda na linguagem e nas circunstâncias fortuitas. Contudo, por acaso a linguagem não pode ser manipulada por espíritos enganadores para fingir o que não são? É claro que sim. Da mesma forma que entre os homens, os discursos se manipulam no que se refere à linguagem articulada conformada por signos linguísticos, o que chamamos de língua. Todavia, a linguagem também está formada por outros signos, semióticos, que geralmente se expressam de maneira espontânea, mostrando toda nossa essência no que dizemos ou enunciamos. Por isso, não é possível manter imposturas permanentes, pois em qualquer momento ou de qualquer maneira nos colocaremos a descoberto. Assim, diversos estudos da linguagem têm sido realizados  para conhecer a complexidade humana através de seus discursos. Esses métodos, sustentamos, podem ser aplicados entre a humanidade desencarnada e suas comunicações, sobretudo as escritas. Mas, não só se trata de descobrir ou evitar a mistificação, também, de examinar minuciosamente as estruturas profundas da linguagem para aproveitar todos os acontecimentos da prática mediúnica a partir da linguagem como ferramenta de identificação ou compreensão para todos os casos. Como proposta, realizamos um estudo comparativo da linguagem das obras em questão, aplicando o enfoque sociocrítico em três dimensões: literária, semiótica e social."

23.7.18

UMA PESQUISA EXPLORATÓRIA ATUAL SOBRE A MEDIUNIDADE NO 14 ENLIHPE

Lamartine Palhano Jr. desenvolveu um método denominado "varredura medianímica" (Transe e Mediunidade, 1998) no qual diferentes médiuns se concentram em um mesmo objetivo proposto. Por exemplo, se alguém traz um caso de obsessão ao grupo, as diferentes percepções mediúnicas e anímicas obtidas sobre esse caso frequentemente são muito mais esclarecedoras, possibilitando a análise de convergências e divergências entre as percepções individuais, trazendo consequências muito interessantes à prática da mediunidade..

Neste trabalho que foi escrito por Raphael Vivacqua Carneiro, engenheiro, doutorando em Ciência da Computação, e Luana Poltronieri de Souza, graduada em Administração, mestre em Educação, pesquisadora do CNPq no grupo GEPEME, os autores relatam os resultados de 13 casos pesquisados com a utilização dessa metodologia em seu grupo. Eles estarão presentes no 14º Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo que acontecerá nos dias 25 e 26 de agosto na Sede Federativa da União Espírita Mineira, em Belo Horizonte - MG,  Brasil. Seu trabalho compõe um dos capítulos do livro "A sobrevivência da alma em foco".



Luana Poltronieri de Souza

Raphael Vivacqua Carneiro


Veja abaixo o resumo:

"Este trabalho explora o problema da sobrevivência da alma, realizando experimentos de evocação de pessoas falecidas por meio do método proposto por Palhano Jr., que utiliza prece e a varredura medianímica. Testamos a reprodutibilidade do método, avaliando a sua eficácia, as suas vantagens e as suas dificuldades práticas, numa equipe composta por 12 integrantes, com diferentes níveis de experiência prática no campo da mediunidade. Segundo o autor do método, as condições para a sua efetividade são: a formação de um campo psíquico coletivo, fruto da harmonia entre os participantes; a canalização do transe em direção a um mesmo alvo estabelecido, sem dispersões psíquicas; a utilização de todos os variados recursos anímicos e mediúnicos; a benevolência dos propósitos. Para testar a eficácia do método, utilizamos um protocolo para controle das informações obtidas medianimicamente. Realizamos experimentos envolvendo 13 pessoas falecidas, sendo que em apenas 8 desses casos estava presente alguém com forte ligação afetiva com o alvo. Os resultados obtidos sugerem que o método é eficaz, reproduzível e apresenta vantagens em relação à prática mediúnica mais comum."

Palavras-chave: evocação de espíritos, varredura medianímica, sobrevivência da alma.

20.7.18

VOCÊ TRABALHA COM COMUNICAÇÃO SOCIAL EM SEU CENTRO ESPÍRITA?





A União Espírita Mineira promoveu o Primeiro Encontro de Comunicação Social Espírita de Minas Gerais. Eu assisti a programação de domingo e fiquei conhecendo dois bons expositores da Federação Espírita Brasileira e, pelo que entendi, da Federação Espírita do Estado de Goiás, também.

André  Siqueira tratou de princípios e finalidades e Ivana Raisky compartilhou bastante sua experiência prática com o tema e as questões que surgem quando se trabalha com voluntários em equipe.

Recomendo aos interessados que trabalham na área ou são voluntários tirar um tempinho para assistir.

17.7.18

MUITO PRAZER: FREDERICA HAUFFE.


A Vidente de Prevorst

Elton Rodrigues, físico e Carolina Machado, química industrial, vão apresentar o trabalho "Ensaio sobre as anotações do Dr. Kerner com respeito aos fenômenos psíquicos da Sra. Frederica Hauffe" no 14o. Enlihpe. O evento acontecerá na Sede Federativa da União Espírita Mineira, nos dias 24 e 25 de agosto de 2018. As inscrições estão esgotadas, mas o conteúdo poderá ser acessado no livro "A sobrevivência da alma em foco" e as apresentações serão futuramente publicadas via Youtube.


Abaixo, um resumo do trabalho.





Elton Rodrigues


Carolina Machado


"As pancadas em Hydesville são tidas como um marco histórico das tradições do espiritualismo moderno e do espiritismo. Porém, já antes disso, numerosos fenômenos evidenciaram a comunicação entre os vivos e os mortos, sendo, portanto, de relevância histórica para o conhecimento do movimento espírita brasileiro. As notáveis manifestações psíquicas da sra. Frederica Hauffe, estudadas e registradas pelo dr. Justinus Kerner, em 1829, é um desses casos. Este trabalho tem por objetivo realizar um levantamento dos fenômenos que podem ser interpretados como mediúnicos à luz do espiritismo, nas anotações realizadas pelo dr. Kerner, a partir das observações feitas por ele durante o tratamento realizado na sra. Hauffe, entre 1826 e 1829. Além do exame exploratório da obra do dr. Kerner, realizamos um levantamento bibliográfico, não apenas em Allan Kardec, mas também em alguns outros autores que citam os estudos realizados com a sra. Hauffe. Os resultados de nossa análise inicial são sugestivos de que há uma grande gama de informações contidas nas anotações do dr. Kerner que estão presentes na codificação espírita, algumas apenas com nomenclatura distinta."

13.7.18

O QUE NÃO COMPROVA A EXISTÊNCIA DA ALMA?

Alexandre Fontes da Fonseca, físico residente em  Campinas, SP, vai apresentar no 14 Enlihpe um trabalho bem original. Ele argumenta que a auto-organização dos corpos não é suficiente para defender a sobrevivência da alma e que as propriedades quânticas da matéria também não. Ao contrário, a última tese seria de base materialista, e os espíritas que a advogam costumam não perceber essa contradição. Leia abaixo o resumo do artigo, que irá compor o livro "A sobrevivência da alma em foco":


O resumo do trabalho: 

"O desconhecimento dos mecanismos que descrevem os fenômenos complexos da vida ainda hoje desafia os pesquisadores na formulação de modelos e teorias a respeito dos mesmos. Essa dificuldade fez alguns estudiosos espiritualistas pensarem que, talvez, alguns desses fenômenos só podem ser explicados pela ação de um agente não-material como a alma ou o Espírito. Dois exemplos de tipos de fenômenos que suscitaram tais hipóteses são analisados aqui com o propósito de esclarecer que, na verdade, eles não servem como evidência ou indício da existência e sobrevivência da alma. Um desses tipos de fenômenos consiste da chamada auto-organização dos corpos dos seres vivos e a manutenção de suas estruturas. O outro tipo de fenômeno consiste da relação entre certas propriedades quânticas da matéria e os conceitos de mente, consciência ou alma. A crença na ideia de que seria o Espírito o responsável pela aglutinação e organização da matéria dos corpos vivos data do século retrasado e ainda vige nos dias atuais, embora a ciência já tenha demonstrado, já a algumas décadas, que o fenômeno decorre de fatores puramente materiais. Menos antigas, as hipóteses da mente ou a alma ser quântica, ou de que existem relações entre a alma e o corpo baseadas em propriedades quânticas da matéria, permeiam e seduzem o movimento espírita em função de especulações científicas e espiritualistas. Além dessas ideias terem dado surgimento ao chamado “misticismo quântico”, mostraremos como essa associação prematura e superficial entre conceitos quânticos e conceitos espíritas abre uma brecha materialista, isto é, que leva, exatamente, à consequência contrária à ideia da existência e sobrevivência da alma. Na atualidade, nenhum dos fenômenos citados acima é capaz de encarar a razão da ciência em defesa da existência e sobrevivência da alma. Concluímos destacando a forma como Kardec demonstrou a existência da alma e que continua sendo a forma mais adequada para investigar e demonstrar a existência e sobrevivência da alma."

TERMINADAS AS INSCRIÇÕES PARA O SALÃO DA UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA: 14o. ENLIHPE



Após alguns dias de inscrições, já não há mais vagas para o 14o. Enlihpe no salão principal da sede federativa da União Espírita Mineira. A federativa disponibilizará outra sala com telão para os interessados em estar presentes. Se houver desistências, eles serão prioridade para ocupar as vagas que surgirem.

Convido os interessados a se inscreverem na sala 2, porque terão acesso aos livros, autores, expositores e outros participantes nos horários comuns.

Contamos com o entendimento das pessoas que desejam participar do evento.

Jáder Sampaio
pela Coordenação do 14o. Enlihpe

9.7.18

LUIZ FERNANDO FALA DE SÓCRATES NO 14o. ENLIHPE


Luiz Fernando Bandeira de Melo também apresentará um trabalho sobre o filósofo Sócrates no 14o. Enlihpe. Ele é doutorando em filosofia na Universidade de Coimbra - Portugal e coordenador do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita em duas casas espíritas de Uberlândia - MG: "O Consolador" e Estrada de Luz"







"Podemos apontar Sócrates como proponente do pensamento em que o conhecimento sobre a imortalidade da alma favorece consequências evolutivas morais para o ateniense? Perpassando os escritos de Platão encontramos passagens que propiciam tal interpretação no âmbito filosófico-religioso e que assim, autorizam uma resposta positiva. Objetivo assim este trabalho, para uma discussão sobre as interpretações de discursos socráticos portadores de ideias inovadoras onde a inegável imortalidade da alma condiciona a evolução moral do homem. Dentre as várias apresentações de Sócrates nos textos platônicos, privilegiarei nesta abordagem as que o mostra conhecedor do fim filosófico e religioso de sua missão deflagrada oracularmente de ajudar o próximo a conhecer-se melhor. Missão para a qual ele emprega o conhecimento sobre a imortalidade da alma e seu futuro após a morte do corpo em transmigrações sucessivas, como um fator determinante na transformação da moral do homem. Para fundamentar nossa interpretação sobre a doutrina socrática, será necessário expor argumentos para além da sua missão apolínea, observando o conteúdo das manifestações do seu daimon, um intermediário divino que o orientava em algumas decisões junto a interlocutores. Para tanto, além dos textos platônicos e os de Xenofonte, se tornarão úteis apontar alguns autores que também esclarecem o que pretendemos demonstrar a respeito do pensamento filosófico-religioso de Sócrates como inovador. Portanto, conduziremos nossos esforços neste trabalho para responder à questão: Sócrates agrega o conhecimento da imortalidade da alma à evolução moral do homem?"

O 14o. Enlihpe acontecerá na Sede Federativa da União Espírita Mineira, nos dias 25 e 26 de agosto de 2018. Na oportunidade os textos completos dos trabalhos serão disponibilizados no livro "A sobrevivência da alma em foco", publicado pelo Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo- Eduardo Carvalho Monteiro, em parceria com a Liga de Pesquisadores do Espiritismo. As inscrições ainda não estão abertas, mas as vagas serão limitadas.

6.7.18

MARCO MILANI; MAIS UM AUTOR DO PROGRAMA DO 14 ENLIHPE

Marco Milani é mais um expositor do 14o. Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo. Ele é de São Paulo - SP, mas atualmente reside no interior paulista, onde preside a USE Regional de Campinas.

Marco é professor da Unicamp, onde coordena autalmente o programa de pós graduação stricto sensu em administração. Foi entrevistado por Eliana Haddad, do Correio Fraterno, durante o 10o. Enlihpe, para tratar das relações entre as ciências e o espiritismo. É uma entrevista de apenas 8 minutos, na qual ele explica como os trabalhos do Enlihpe são selecionados.




Este anos, direcionamos a programação para o tema: sobrevivência da alma, aceitando os trabalhos sobre o assunto para apresentação oral, e aceitando para apresentação em forma de pôster os trabalhos igualmente bons, mas que não tratam do tema central, ou a pedido do autor.

O 14 Enlihpe acontecerá nos dias 25 e 26 de agosto de 2018, na sede federativa da União Espírita Mineira, em Belo Horizonte - MG.