... e o mundo não nos hipnotizará!
Em vão nos abrirá as portas de seus cabarés
onde mulheres quase nuas
vivem as aberrações do sexo:
nelas apenas reconheceremos
nossas irmãs em provações
e, talvez, mais infelizes do que nós.
Inutilmente nos porá em contato
com a atmosfera contaminada de suas salas de jogo,
onde há fichas,
e o pano verde ... verde de esperança
e a possibilidade de loucura e suicídio:
recordaremos que
"a cada um será dado segundo as suas obras"
- E o que mereceremos vivendo assim?
Então nos falará de tesouros ocultos,
que durante séculos e séculos permanecem escondidos,
pintando-lhes com cores sugestivas o valor
e a história;
e responderemos:
- os tesouros passam,
só não passam o mérito do bem
e a infalível reparação do mal.
... e o mundo não nos hipnotizará!
Não nos hipnotizará porque teremos
um "não" para as coisas perecíveis
e um sim para as coisas eternas.
José Damasceno Sobral
Do Livro "Almas Eternas" - 1949
Recentemente comecei a ler o Gitanjali, livro que fez o autor R. Tagore conhecido por boa parte do mundo ocidental. Não pude deixar realizar um paralelo de minhas impressões ao ler este poema de Damasceno Sobral, impressões em muito semelhantes.
ResponderExcluirCaro Prof. Jader,
ResponderExcluiro pequeno poema nos remete à busca da lucidez e da verdade, partes essenciais em nosso eterno aprendizado.
Levo como impressão de minha primeira visita ao blog, o grande trabalho que o Sr. tem realizado ao nos disponibilizar úteis e valiosas informações sobre a Doutrina Espírita. Parabéns!
Talles Melo