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28.12.14

VISITANDO A FEB EM 2014 - MUSEU E EXPOSIÇÕES




Agradeço ao pessoal da Comunicação da FEB a acolhida para visitar a instituição no mês de setembro de 2014. Minha primeira ideia era levar ao leitor do EC algumas imagens pouco divulgadas da Federação. A frente do conjunto de prédios tem um gradil com placas como esta distribuídas regularmente. 



Esta foto mostra a fachada do primeiro prédio da FEB, chamado Administração. Nele se encontra a simpática funcionária que nos recebe e encaminha para o ponto desejado da Federação. Visitei também o grande e bem montado auditório, a livraria e um pequeno museu com mostras em dois pisos.



O Museu apresentava uma exposição sobre os 130 anos da Federação.




Um dos painéis mostra a linha do tempo ao centro. Acima os presidentes da Federação e abaixo, em vermelho, alguns eventos da época e fotos.




Poster da exposição tratando dos presidentes e das sedes da FEB.



Máquina da antiga oficina de impressão da FEB.







Edições antigas e raras dos livros psicografados por Chico Xavier e publicados pela FEB.




Painel com logomarcas da FEB.





Documento comemorativo do Pacto Áureo (acordo entre entidades representativas estaduais e a Federação Espírita Brasileira, que entre outras medidas criou o Conselho Federativo Nacional, órgão representativo de caráter propositivo e deliberativo envolvendo questões ligadas ao movimento espírita nacional).

Eu identifiquei muitas assinaturas de espíritas importantes: Armando de Assis, Antônio Lucena, Lauro Santhiago, Luciano dos Anjos, Carlos Jordão da Silva, Nestor Masotti, Umberto Ferreira, Maria Melo, entre outros e outras. 

Em uma próxima publicação vou mostrar um pouco o prédio Unificação e a biblioteca de Obras Raras da FEB.

24.12.14

O SOLSTÍCIO E O NATAL


Foto: No solstício de inverno, após a noite mais longa, o sol nasce entre as árvores.


Estamos na véspera do Natal, ou pelo menos da data que foi escolhida para comemorar o nascimento de Jesus Cristo. Parece que na história da igreja se escolheu o final de dezembro por ser a data do solstício de inverno europeu, a noite mais longa do ano.

Em Roma se comemorava o “Dies natalis invicti solis”, festa na qual os escravos agiam como se fossem homens livres. Nesta época também havia a Saturnália e uma festa que alguns autores consideram germânica e outros escandinava, o Yule. Nela o criador é representado como uma criança. Na exótica China antiga, uma cultura tão diferente da nossa, também se comemora a fertilidade.

No mundo católico, Júlio I ordenou que se fizesse uma pesquisa e decretou, no ano 350 que o 25 de dezembro seria a data do nascimento de Jesus. O imperador Justiniano, interessado no grande número de cristãos romanos, decretou feriado. Outra religião influente em roma o Mitraísmo, o culto do deus sol dos persas, que teria nascido no dia 25.

Não sou capaz de dizer quando teria sido o dia da manjedoura, o dia em que nasceu um mestre humilde, capaz de dividir a história apenas com suas palavras e ensinamentos. Ainda procuram algum fenômeno astronômico que pudesse explicar a estrela de Belém, mas prefiro me ater ao significado simbólico, de uma nova luz que se acende nos céus da humanidade. Há historiadores preocupados com o suposto censo decretado por César, que teria deslocado José e Maria, de Nazaré até Belém, a cidade do rei David de Israel, mas acho mais comedido entender que a realeza de Jesus não vem de Israel, mas do reconhecimento dos que aceitam sua mensagem como imperiosa, sem ser imperial. Também sou incapaz de avaliar a virgindade de Maria, semelhante às histórias antigas de mulheres que concebiam de deuses pagãos, então prefiro observar atentamente sua castidade interior e a angelitude de seus propósitos descrita pelo evangelista Lucas. Prefiro me ater à bênção da maternidade, uma instituição milenar na qual uma mulher passa a se dedicar ao filho de forma tão íntima e abnegada, que faz pensar em uma humanidade mais irmã e menos patroa.

Como o leitor pode ver, não sei muita coisa, mas sei que as famílias se reúnem, sei que as pessoas se saúdam, desejando felicidade umas às outras, que se faz um esforço para estar bem, uns com os outros. Vejo os carteiros levarem desejos de paz, saúde e até prosperidade. Vejo os telefones soando diferente, vencendo distâncias para levar uma palavra de alegria. Vejo as pessoas se acotovelando nas lojas para comprar presentes, mas vejo também que tentam encontrar algo que desperte um sorriso, que satisfaça a um pequeno desejo, que revele que eles se importaram.

E se nesta hora conseguimos, ainda que por um momento passageiro, construir uma experiência de paz e de trégua das coisas do mundo, vale a pena vivê-lo e compartilhá-lo. Os filmes contam histórias de pessoas que deixam de lado seus rancores e mágoas e tentam a reconciliação com antigos amores, parentes, pais, filhos, nesta época diferente. Quem sabe não seria uma oportunidade?

Como espírita, sei também que os mortos costumam aproveitar para falar de Jesus em nossos grupos e reuniões. Sei que à noite, mesmo no lar cristão mais simples, ergue-se uma prece em memória do filho de Maria. Sei que médiuns se emocionam, e que os grupos vivem uma experiência diferente. Quem sabe não encontramos um tempo em nossas assembleias para falar do Mestre? 

Em nossa casa já se distribuíram as cestas de natal, e se elas não mudaram a pobreza, acenderam uma luz fugidia nos olhos de quem sofre, e uma chama no coração de quem participou do milagre de sua construção e distribuição.

Desejo que todos os que leem esta crônica possam usufruir de um minuto memorável de encontro com Jesus, através do encontro amoroso e desinteressado com os homens.

10.12.14

A NOITE DE AUTÓGRAFOS DO LIVRO DA LIHPE FOI DELICIOSA

A noite de autógrafos iniciou-se com a apresentação musical do Grupo Asas, que esteve fantástico. Som e vozes encheram o salão da Associação Espírita Célia Xavier, em Belo Horizonte.



A mesa de abertura composta por Waldemar Duarte (pela AME-BH), Marcos Aurélio (AECX) e Jáder (LIHPE), da direita à esquerda.



O professor Adilson Assis falou por cerca de 50 minutos sobre a LIHPE, o livro e o grupo de pesquisas Ciência do Invisível.



A mestra Daniella apresentando as conclusões do seu capítulo no livro sobre a gestão de organizações espíritas do terceiro setor de Santa Luzia.


Da direita para a esquerda: Alexandre Caroli Rocha, Adilson Assis, Daniella e Jáder


O carinho da equipe organizadora com os convidados


Adilson e Daniella autografando.


O livro!



Mais fotos: https://plus.google.com/photos/108133600195305874296/albums/6091151689238237681?banner=pwa


Agradecimento: a todos os trabalhadores que tornaram este evento possível.
Fotografias: Marcus Papa

8.12.14

MAIS UM ARTIGO CIENTÍFICO SOBRE O ESPIRITISMO: ENTRE O REAL E O IMAGINÁRIO

Gismair


Gismair Teixeira, doutorando em letras pela Universidade Federal de Goiás, publicou na Revista Fragmento de Cultura o artigo “O intertexto mediúnico de uma dissertação de mestrado e a discursividade espírita.”

O autor parte de um relato envolvendo o renascentista Benvenutto Cellini, que teria participado de uma conjuração de mortos, tendo comunicado Giácomo Lorenzo Bembo, que se apresenta como um representante das trevas, que apareceria dentro de uma garrafa. Este episódio é empregado na literatura por Alexandre Raposo, escritor, no seu livro “Memórias de um diabo de garrafa”.

O trabalho de Gismair interessa a nós, por discutir outro episódio, a evocação de Cellini por Allan Kardec.. Ciente da história, Kardec evocou o espírito de Cellini na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e publicou na Revista Espírita em 1859. Após a leitura do texto ao espírito, que não se recordava bem deste trabalho, o codificador perguntou o que haveria de verdadeiro na cena, ao que lhe foi respondido:

“O necromante era um charlatão, eu era romancista e Angélica minha amante.”

Gismair recorda o leitor da afirmação prepotente de Freud sobre o espiritismo no seu famoso texto “Futuro de uma ilusão”: “... Eles evocaram os espíritos dos maiores homens, dos mais destacados pensadores, mas todas as manifestações e notícias que deles receberam foram tão tolas, tão inconsolavelmente ocas, que não se pode acreditar em outra coisa senão na capacidade dos espíritos de se adaptarem ao círculo de pessoas que invoca.”

O autor do trabalho em resenha, contudo, aponta de forma surpreendente paradoxo claro entre o texto de Kardec e a opinião desfavorável de Freud sobre as evocações espíritas:

O contexto “apresenta a singularidade já mencionada de um paradoxo em que o sobrenatural (o fenômeno mediúnico) desmente o caráter sobrenatural de um acontecimento (a conjuração de demônios), sendo que este último é aproveitado no universo do imaginário literário para a composição de uma narrativa instigante.”


Recomendo a leitura do texto pelo leitor do EC em: 

3.12.14

NOITE DE AUTÓGRAFOS EM BELO HORIZONTE-MG



O evento terá a participação de Adilson Assis, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), coordenador do projeto “Ciência do Invisível” e do próximo Encontro Regional da LIHPE, em 2015. A entrada é gratuita. Participará também a autora Daniella Francisca Leite, mestre em administração pela FEAD.

O livro “O espiritismo, as ciências e a filosofia”, de diversos autores, é composto de duas partes. Na primeira se encontram trabalhos que mostram reflexões sobre as relações entre o pensamento espírita e o pensamento filosófico, especialmente o platonismo. Encontra-se também uma revisão dos métodos usados por Allan Kardec para a fundamentação epistemológica do espiritismo e uma síntese do impacto da obra de Herculano Pires na filosofia de sua época.


A segunda parte é composta de temas na fronteira entre o espiritismo e a ciências humanas e naturais como o trabalho social de casas espíritas, a geografia do “mundo espiritual” e a relação tumultuada de Machado de Assis com as ideias espiritas de sua época. Também são discutidos os conceitos da física usados dos livros espiritualistas “A Grande Síntese” e “A teoria corpuscular do espírito”. 

Agradecemos a contribuição voluntária do Grupo Asas, que cantará na noite de autógrafos.

Interessados em participar, favor apenas confirmar presença no facebook: https://www.facebook.com/events/1488826018048113/?ref_dashboard_filter=hosting

Noite de autógrafos do livro “O espiritismo, as ciências e a filosofia”
6 de dezembro
Associação Espírita Célia Xavier - Rua Coronel Pedro Jorge, 314, no Bairro Prado
Horário: 18h30
Editora: Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo – Eduardo Carvalho Monteiro (CCDPE-ECM)
322 páginas
Preço: R$ 30,00