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30.4.15

MEIO MILHÃO



Estamos comemorando meio milhão de acessos do Espiritismo Comentado, desde 2008, computados pelo instrumento do Google. 

Mais uma vez agradeço à comunidade espírita e espiritualista, que nos tem incentivado e partilhado as despretensiosas publicações. Agradeço à Telma Núbia, que ainda encarnada, muito antes de haver internet, havia me incentivado a escrever e publicar os trabalhos que esquematizava e apresentava oralmente nas casas espíritas.

Como espaço interativo, o EC tem sido muito beneficiado dos comentários, compartilhamentos, sugestões e discussões que os leitores fazem, sempre mantendo o bom nível e o respeito às ideias alheias. 

Agradeço aos brasileiros do Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte, a comunidade norte-americana, aos interessados de Portugal, Japão e da Europa como um todo, que têm participado dos esforços do EC para entender e discutir o pensamento espírita.

25.4.15

O DIVALDO DE ANA LANDI




A jornalista e historiadora Ana Landi acaba de publicar o livro “Divaldo Franco: a trajetória de um dos maiores médiuns de todos os tempos”, pela editora Bella. Recebi a notícia de primeira mão, pelo confrade Washington Fernandes, que estava feliz com a venda do pré-lançamento, cerca de 40 mil livros.

O livro é delicioso de ler, mercê do lado jornalístico de Ana. Ela não fez um texto linear, mas um texto que, embora siga a linha da vida de Divaldo, vai e volta no tempo, detalhando situações que ela vai narrando. Ao ler, eu parecia estar ouvindo o próprio Divaldo, que já vi contar pessoalmente um grande número dos eventos biográficos escolhidos pela autora.

Apesar do interesse pelo Divaldo-médium, o que mais me tocou foi a preocupação de se mostrar sua dimensão humana e o alcance de sua obra. As histórias de Divaldo são quase inacreditáveis, se eu não o tivesse conhecido pessoalmente e visto um pouco de suas faculdades e qualidades.

A mais grata surpresa do livro não foi o texto fluente e magnético, nem as fotos muito bem escolhidas de diferentes momentos da vida do médium, assim como de algumas de suas psicografias. Foi a extensa narrativa sobre a relação de Divaldo com Chico Xavier, outro personagem que conheci em vida, embora muito rapidamente, e cujos amigos, livros e espíritos estão muito presentes na minha história pessoal como espírita.

Para quem conhece um pouco da história do espiritismo, o texto traz uma surpresa após a outra, dada a quantidade de personagens espíritas que aparecem na vida do baiano, oriundos do mundo físico e do mundo espiritual.
A Mansão do Caminho vai sendo construída, passo a passo, aos olhos do leitor. É uma espécie de patrimônio coletivo, porque tem as mãos e a generosidade de um número enorme de pessoas e instituições, que geralmente contribuem e passam. A mão amiga de Nilson está presente o tempo todo, fazendo justiça àquele que foi o esteio para que Divaldo pudesse realizar sua missão como expositor e psicógrafo.

O livro emociona, faz rir e chorar, assim como o próprio Divaldo. Ana não trabalhou como historiadora, uma vez que posso até estar errado, mas penso que o médium baiano insere “o seu tempero” nas histórias, já que são contadas para um público que o escuta por uma hora ou mais. Ganham um tom humorístico, mesmo em situações claramente dramáticas. Ela foi uma bela médium do médium, transmitindo a história que ele escolheu contar para todos nós.


O livro não foge dos temas polêmicos que envolveram a vida de Divaldo, e que tanto impactaram na terra de Chico Xavier, de onde escrevo a vocês. Não vou falar muito, para que fique aquela dúvida intrigante que faz com que o leitor desta história resolva adquirir, ajudando a obra social do médium (os direitos autorais foram cedidos) e embeber-se do texto.

22.4.15

PROFESSORES PUBLICAM LIVRO SOBRE POLTERGEIST




Há alguns anos, Emília Coutinho intermediou uma visita às Faculdades Integradas "Espírita", em Curitiba, onde fiquei conhecendo pessoalmente Carlos Alberto Tinoco (físico) e Carlos Antônio Fragoso Guimarães (psicólogo). Conversamos muito e saí com uma boa impressão dos dois.


Após algum tempo, Tinoco me escreve pedindo para analisar e escrever a introdução do livro "Poltergeist: o dilema da parapsicologia". Como fosse muito denso e eu ainda estivesse com as atribuições da UFMG, demorei alguns meses fazendo a leitura, comentários e a apresentação do livro. Esperava que ele fosse interessar ao Instituto Lachâtre, mas não tive mais resposta.



Mais recentemente fiquei conhecendo o catálogo da Editora do Conhecimento. Há muitos livros deles que não me atraem, mas eles têm se dedicado a fazer publicações de obras clássicas do espiritismo, e eu já havia comprado o livro "Pesquisas sobre a mediunidade", de Gabriel Delanne. Qual não foi minha surpresa quando encontrei o Poltergeist, publicado!



Encomendei-o e ele ficou muito bem impresso. O livro trata de fenômenos de efeitos físicos, que Flammarion descreveu inicialmente no livro "As Casas Mal Assombradas", que envolve fenômenos como os da médium Frederica Hauffe (A vidente de Prevórst - Editora O Clarim) e os fenômenos de Hydesville, considerados por muitos como o início do espiritualismo moderno.



Tinoco e Guimarães não se detém apenas em relatar fenômenos, mas apresentam as teorias de autores que os estudaram, como Myers e Podmore. Dois casos que aconteceram no Brasil são estudados por eles.



Os interessados podem adquiri-lo no site da Editora do Conhecimento (http://edconhecimento.com.br/?livros=poltergeist) por R$45,00 mais despesas postais.




17.4.15

FESTA DE NATAL EM BELO HORIZONTE


Crianças no chão do auditório do Lar Espírita Esperança



Fui assediado por uma memória que teima em permanecer na mente. Junto com ela veio um sentimento bom, uma saudade alegre, que vou correr o risco de compartilhar com o leitor.

A Associação Espírita Célia Xavier faz há anos uma grande festa de Natal. É um esforço que envolve todas as reuniões (mais de oitenta, creio) e que gera cestas de natal para serem distribuídas pela comunidade que de alguma forma tem laços conosco. Cada reunião se responsabiliza por um item da cesta básica e fazem-se centenas de cestas. Creio que em seu auge, já chegou a milhares.

Para que a entrega das cestas não seja apenas uma entrega comum, a mocidade fazia uma peça teatral e cantava com o público. Dois meses treinando, e um domingo inteiro apresentando das oito da manhã às dez da noite, para um auditório cheio, com cerca de trezentas pessoas. Creio que com as deficiências de cenário, iluminação, roteiro e atores, éramos sem dúvida o grupo de teatro amador mais bem sucedido de Belo Horizonte (risos).

A experiência era notável. Geralmente vinham os pares de mãe e filho, ou mãe e amiga para ajudar a buscar a cesta, que chamávamos de farnel. Como era uma festa de natal, enquanto saía um grupo e chegava outro, cantávamos "Noite Feliz", o que evitava que as trocas se tornassem um momentâneo vozerio.

Quando iniciávamos o trabalho, Marlene Assis acolhia os visitantes, fazia-os levantarem-se, soltar o corpo, cantarem. Era mágico. Via mulheres entrando agarradas à sua bolsa, temerosas, olhando ao redor, mineiramente desconfiadas. Aos poucos elas estavam sorrido, muitas já com as falhas dos dentes, chinelo da havaianas, como se por um momento único pudessem voltar a brincar como crianças.

As peças costumavam fazê-las emocionar-se. Os roteiros eram histórias evangélicas, e os personagens eram galileus, romanos, judeus, homens e mulheres, que viveram há dois mil anos. Era comum ver o público chorar, olhar curioso e compartilhando cada cena com o coração.

Apesar da disciplina da saída, acontecia de alguém ir falar com os artistas, agradecer. "A cesta é um cafezinho que damos a vocês que nos visitam, dizia Marlene. O presente de verdade é esta festa."

Ao final nos reuníamos, exaustos, para comemorar o dia e fazer uma oração.

Houve no grupo quem criticasse o que fazíamos. Entendiam que se tratava de assistencialismo, que não promovia as pessoas. É verdade. Contudo, há horas que se deve parar de examinar apenas com a razão, e ampliar o olhar, para ver o significado das nossas ações para as pessoas.

Muitos anos depois, um espírito de nossa reunião, que era identificado como "Companheiro de Trabalhos", escreveu um conto no qual uma destas mães era a narradora. Para minha surpresa, minha colega do lado, na reunião, recordou-se da peça que acontecera daquele ano e me confessou: Eu fiz o papel de Maria.

16.4.15

ARTIGOS INTERESSANTES PUBLICADOS NO JORNAL DE ESTUDOS ESPÍRITAS.


O Jornal de Estudos Espíritas é um periódico aberto, revisto por pares, publicado na internet de de amplo acesso.

Em 2015 já foram publicados três artigos completos (o Jornal publica também resenhas, comentários, etc.) Pode-se acessar o índice, com links para resumos e para o artigo completo em: https://sites.google.com/site/jeespiritas/volumes/volume-3

O primeiro artigo foi escrito por Marco Milani e seu título é "Um breve diálogo entre um espírita e um descrente acerca da reencarnação". O autor apresenta os principais conjuntos de críticas feitas à ideia da reencarnação e argumenta como um paradigma aceito pelo pesquisador pode afetar suas conclusões.

O segundo artigo, escrito pelo editor, é bastante instigante. Ele trata dos fenômenos de transporte e discute se ele seria melhor explicado pela teoria da desmaterialização ou rematerialização (Bozzano) ou pela teoria da quarta dimensão (Zöllner). O autor faz uma discussão tendo em vista as comunicações obtidas por Kardec sobre este tipo de fenômeno e mostra a consistência da proposta de Zöllner, tanto com as explicações obtidas por Kardec quanto pela física. Alexandre Fonseca abandona, portanto, a teoria de Bozzano.

O terceiro artigo é bem polêmico. O espiritismo de Kardec é monista, como dizia o Prof. Mario Barbosa, há mais de duas décadas, e ainda dizem muitas pessoas no movimento espírita? Leonardo Marmo Moreira argumenta que não, com base em O Livro dos Espíritos, faz um histórico da questão na filosofia e discute os argumentos dos defensores do monismo. Qual é sua opinião, leitor?

Entrei em contato com o editor, e ele convida estudiosos e pesquisadores do espiritismo e temas relacionados a ele para:
1. Considerarem enviar artigos(jestudosespiritas@gmail.com)
2. Entrarem no cadastro para receberem avisos de novas publicações no JEE

O site do JEE é: https://sites.google.com/site/jeespiritas

14.4.15

JOÃO




A sociedade brasileira está votando a diminuição da maioridade penal para dezesseis anos. A razão se divide entre partidários do sim e do não, e os argumentos se multiplicam. Parte da sociedade teme a violência, um de nossos maiores problemas no momento.

- Você me arranja um emprego? Perguntou-me um jovem de pele negra e história sinistra.

- Eu não tenho vagas no momento, respondi-lhe.

João baixou os olhos, meio decepcionado, mas como se já esperasse a resposta. Eu me senti péssimo, mas sem recursos para ajudá-lo e jovem demais para conseguir alguma coisa na minha rede de contatos, que se reduzia aos companheiros de centro espírita e pequenos empresários que trabalhavam com vídeo.

Naquela época os telefones eram caros e raros. Eu não tinha um aparelho na minha locadora de vídeo, e o primeiro que conseguimos foi uma extensão de um número de nossa casa. Não tinha como entrar em contato com ele, que se foi naquele momento de desemprego e estagflação. Tive a clara impressão que sua busca seria improdutiva. João vestia-se com muita simplicidade, era muito tímido e trazia dentro dele uma tristeza que não conseguia esconder.

Parei para pensar e recordei de sua história.

João era o mais velho de uma grande quantidade de filhos de mãe solteira daquelas que são usadas por homens que só se interessam por sexo e são abandonadas a seguir. Eu conhecia bem o olhar e o comportamento da mãe de João. Ela levava aos sábados os filhos para a nossa evangelização infantil. Não era preciso ser psicólogo para perceber que ela era doente mental, portadora de uma possível psicose, e apesar das imensas limitações e das alterações de humor, mantinha os filhos na atividade espírita.

João foi meu aluno na turma de 11-12 anos. Trabalhávamos com  crianças, jovens e mães que residiam na região vizinha do bairro Salgado Filho, onde ficava o Lar Espírita Esperança. Sempre calado, diferentemente da maioria dos alunos, era bem comportado, um comportamento que parecia uma extrema dificuldade de se permitir brincar. Ele assistia às aulas ora com atenção, ora como se a mente estivesse em outro lugar, mas nunca era preciso chamar-lhe a atenção. Quando o conheci, devia ter uns doze anos de idade.

A casa de Célia, mercê do empenho do Sr. Evaristo, montou uma marcenaria com maquinário profissional. A ideia inicial era fazer brinquedos para distribuir no natal e posteriormente dar uma formação inicial para jovens interessados. Haveria uma seleção e João me perguntou:

- Será que eu posso ir?

- Claro, João, é aberta a todos. Tente!

Na semana seguinte eu perguntei a ele:

- E aí, João. Como foi?

- Eu não fui escolhido. Respondeu com voz e olhar baixos.

Procurei o selecionador e lhe perguntei o que havia acontecido. Sincero, ele me respondeu:

- Ele não mostrou interesse.

Percebi o que acontecera. Seu jeito tímido e introvertido, sua dificuldade de se expressar e sua aparente falta de energia o condenaram. Não houve pedido que alterasse a decisão do administrador, que deseja jovens que demonstrassem interesse, que se engajassem.

Escrevo esta história real para dizer que não sei o que aconteceu depois com João. Eu desejaria muito que ele tivesse conseguido alguma forma de inclusão em nossa sociedade, que tivesse feito um curso profissionalizante mesmo que rápido, que pudesse lhe assegurar o mínimo do mínimo. Creio que pesava em suas costas os deveres de ser irmão mais velho, sem ter tido pai e educação capazes de ajudá-lo minimamente neste esforço desumano.

Eu desejaria muito que houvesse um final feliz, mas temo que ela não tenha acontecido. Jovem, necessitando do básico, querendo cuidar da família e com uma mãe portadora de transtorno mental, ele era uma vítima fácil para o tráfico e para outros criminosos adultos, à cata destas aves sem ninho.


Esta recordação sempre me faz refletir, como espírita e como brasileiro,  sobre a necessidade apoiar da forma possível ações de proteção à infância e de inclusão social, mesmo que emergenciais.

10.4.15

NOVO ROMANCE PSICOGRAFADO POR ADA MAY





Por esses dias, fui presenteado com dois trabalhos que tratam da Paris da época de Allan Kardec. Um ponto comum chamou-me a atenção: Haussmann remodelava a capital francesa sob o desejo imperioso de Napoleão III. Ruas e construções postas abaixo para nascerem grandes avenidas e boulevares.

O livro que acabo de ler é “O Cético”, psicografado por Ada May e atribuído ao espírito José Bento. Incomodou-me no começo alguns anacronismos, que desafio o leitor a encontrar e comentar em nosso blog ou no grupo Espiritismo Comentado do Facebook.

Bento criou personagens que saíram do universo de Conan Doyle. Tenho certeza que vão despertar emoções naqueles que já leram Sherlock Holmes. O personagem principal, Arthur C. Davenport, é uma mescla entre o autor inglês e seu principal personagem.

Não sei onde o conjunto Ada May/Bento encontrou informações sobre Ermance Dufaux, mas ela e Allan Kardec são personagens muito presentes na trama.

A emancipação da mulher, o contraste entre pobreza e fausto, o nascimento do espiritismo na França e os médiuns famosos de efeitos físicos constituem o cenário ao redor do trio Arthur, Watson e Jeanne.

A história prende o leitor após as primeiras páginas, e ele se sente instigado a ir até o final. Ao mesmo tempo, a história do espiritismo vai sendo construída e apresentada de uma forma muito agradável. Gostei do desenvolvimento da trama, embora confesse que consegui adivinhar o que iria acontecer. Isto, todavia, não reduziu a emoção de ler.

Recomendo aos espíritas a sensatez de entenderem que se trata de uma ficção, e sequer imaginar que os personagens principais tenham sido reais. Eles são símbolos vivos dentro da história do espiritismo.

Imagem: Adolphe Martial - Paris em 1862

Recebi também do amigo Sinézio Augusto Grimann um DVD contendo as imagens da França na época de Kardec, pesquisa feita por ele próprio, onde novamente encontro a demolição e renascimento de Paris. Creio que é bem simbólico, também, do sentido do espiritismo almejado pelo seu fundador.


Fico devendo aos leitores a resenha sobre o livro “A Terra da Bruma”, de Arthur Conan Doyle, que também me encantou recentemente e que parece ter sido uma espécie de inspiração para o desenvolvimento do enredo de “O Cético”.

ESPIRITISMO COMENTADO NO FACEBOOK


Prezados Leitores,


Cientes da dificuldade de comentar as publicações no Blogspot, criamos há alguns anos um grupo no Facebook. Aos poucos, os debates têm sido feitos lá, pela agilidade do instrumento. 

Não fizemos  um grupo aberto, para evitar trolls e outros visitantes indesejados, que desejam apenas a polêmica ou a provocação, e não o diálogo, contudo, temos aceito os pedidos de participação no grupos. 

Hoje há quase mil membros no grupo do Face, e vez por outra compartilhamos alguns posts de participantes que não são publicados pelo blog do EC. Avisamos também todas as vezes que há uma publicação no blog, o que facilita o acompanhamento de suas atualizações.

Se vocês desejarem acompanhar melhor os comentários, inscrevam-se no https://www.facebook.com/groups/espiritismocomentado/. É necessário já ter uma conta no Facebook para fazer a filiação, mas a mesma é gratuita.


Fraternalmente,

Jáder Sampaio

8.4.15

PROFISSÃO REPÓRTER TRATA DE MEDIUNIDADE



O programa Profissão Repórter de ontem tratou da mediunidade. Eles entrevistaram médiuns de Abadiânia-GO, Lorena-SP e São Caetano-SP, além da equipe do NUPES, na Universidade Federal de Juiz de Fora-MG.

Se vocês não puderam assistir (assim como eu), segue o link:

6.4.15

CAMPETTI ENTREVISTA JORGE GODINHO




Nosso leitor, Alexandre Caroli Rocha, nos enviou um link para uma entrevista feita por Geraldo Campetti com o novo presidente da FEB. Ele trata da questão do eixo de ligação entre a Ciência e o Espiritismo.

https://www.youtube.com/watch?v=wnsrXjmIWuE