Páginas

28.4.18

NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO E "O CÉU E O INFERNO"



Estamos estudando pela segunda vez o livro "Nos bastidores da obsessão", psicografado por Divaldo Franco e escrito pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. Para o dia de hoje, ficou a nosso encargo parte do capítulo quatro que trata sobre o hipnotismo.

Após um histórico extenso das teorias sobre o hipnotismo no século XIX, início do século XX, com uma passagem pela questão da sugestibilidade de Bernheim, o instrutor espiritual começa a falar de obsessão entre desencarnados-encarnados e sobre influenciação entre desencarnados.

Ele parte do princípio que há ondas mentais exteriorizáveis, capazes de estabelecer conexões entre as mentes de pessoas e Espíritos. Nesse intercâmbio, ainda que não consciente, ocorrem os fenômenos de sugestão, que ele classifica como negativa ou positiva (do ponto de vista moral, ao que entendemos).

Com base nesse fenômeno ele se volta à questão da interação entre Espíritos no plano espiritual e diz:

"Céu ou inferno, portanto, são dependências que construímos em nosso íntimo, vitalizadas pelas aspirações e mantidas a longo esforço pelas atitudes que imprimimos ao dia-a-dia da existência".

Após mostrar que se trata do estado psicológico dos Espíritos desencarnados, ele continua mostrando suas interações:

"Por tais processos, províncias de angústia e regiões de suplício, oásis de ventura e ilhas de esperança nascem no recôndito de cada mente e se reúnem, em todos os departamentos do planeta." (p. 95 da 2a. edição)

O autor explica que ocorre a sintonia entre mentes a partir das afinidades. Podemos deduzir que esse fenômeno gera imagens, pensamentos e sentimentos que passam a ser compartilhados, pelos Espíritos que sintonizam na mesma faixa "psicológica". 

Allan Kardec não usa os termos "colônia espiritual", "umbral", "regiões inferiores" ou outros, mas trata da vida no mundo espiritual. No seu "O céu e o inferno", após desconstruir a ideia de inferno no capítulo IV, afirma sobre o purgatório:

"O espiritismo não nega, pois, antes confirma, a penalidade futura. O que ele destrói é o inferno localizado com suas fornalhas e penas irremissíveis. Não nega, outrossim, o purgatório, pois prova que nele nos achamos."... (p. 65)

Certamente, Kardec não subscreve a ideia de purgatório, assim como não subscreve a ideia de anjos. Ele apenas diz que os princípios dessas ideias são coerentes com o pensamento espírita. Ao ler essa passagem, à qual remeto o leitor, perguntei-me: Ele se refere apenas ao sofrimento das pessoas encarnadas ou também ao purgatório como condição de sofrimento das pessoas desencarnadas? No mesmo texto, mais à frente se lê:

"Seja qual for a duração do castigo, na vida espiritual ou na Terra, onde que que se verifique, tem sempre um termo, próximo ou remoto."

O mestre francês está preocupado com a tese da justiça divina, e não com a descrição dos sofrimentos nesse capítulo, por isso critica diversas vezes a "irremissibilidade dos erros". 

Ele ainda retorna à questão da circunscrição do espaço do "purgatório", e diz que:

"... eis por que mais naturalmente se aplica à Terra do que ao Espaço infinito onde erram os Espíritos sofredores" (p. 66)

Note o leitor que ele associa o conceito ao sofrimento, e por isso o amplia. Há muito sofrimento na Terra entre os encarnados, assim como existe sofrimento moral (ou psicológico) entre os desencarnados. Kardec não exclui o conceito de purgatório do "Espaço infinito", apenas o aproxima do sofrimento dos Espíritos encarnados.

Outra diferença entre o pensamento de Kardec e a tradição medieval cristã, é que o sofrimento não é o fim da inferioridade humana, mas meio, através do qual o Espírito pode conscientizar-se e empreender a reparação dos seus erros. 

"Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências" (p. 93)

Outro ponto pouco conhecido,  no mesmo livro, é o capítulo IV, que trata dos espíritos sofredores. Allan Kardec publica um ditado do espírito Georges, que explica como ficam os espíritos endurecidos e maus após a morte. Destaquei o seguinte parágrafo:

"Não elevam o olhar às moradas dos Espíritos elevados, consideram o que os cerca e, então, compreendendo o abatimento dos Espíritos fracos e punidos, se agarrarão a eles como a uma presa, utilizando-se da lembrança de suas faltas passadas, que eles põem continuamente em ação pelos seus gestos ridículos" (p. 263)

Essa é uma descrição de Georges sobre o mundo espiritual, no parágrafo posterior ele trata da ação desses espíritos na Terra, e trata da ação espiritual entre os homens.

Allan Kardec continua seu trabalho, identificando essa instrução nos relatos de espíritos em sofrimento.

Novel (p. 265-266), descreve sua perseguição pelos maus Espíritos no plano espiritual.

O Espírito de um boêmio (p. 269-270) segue com a influência da matéria no além túmulo, "sem que a morte lhes ponha termo aos apetites que a sua vista ... procura em vão os meios de os saciar."

O príncipe Ouran (p. 275) explica que "liberto da matéria, o sentimento moral aumentou-se, para mim, de tudo quanto as cruéis sensações físicas tinham de horrível".

Ferdinand Bertin (p. 279) assim descreve sua situação no mundo espiritual:

"Estou num medonho abismo! Auxilia-me... Oh! Meu Deus! Quem me tirará desse abismo?" E ele se sente ainda colhido pelo mar, onde faleceu. 

Claire, descreve sua experiência no mundo espiritual: "Também eu posso responder à pergunta relativa às trevas, pois vaguei e sofri por muito tempo nesses limbos onde tudo é soluço e misérias. Sim, existem as trevas visíveis de que fala a Escritura, e os desgraçados que deixam a vida, ignorantes ou culpados,  depois das provações terrenas são impelidos à fria região, inconscientes de si mesmos e do seu destino.

Palmyre (p. 306-308), que suicidou-se juntamente com o Sr. D., seu amante, ao descrever sua vida após a morte refere-se aos Espíritos que estão com ela no mundo espiritual, e diz que ouve "risos infernais e vozes horrendas que bradam: sempre assim!"

Se continuarmos a pesquisa, com certeza teremos mais elementos sobre as relações entre os Espíritos no mundo espiritual na obra de Kardec. 

Este tipo de descrição da interação e das relações entre Espíritos inferiores ou superiores no mundo espiritual foi realizado também por médiuns brasileiros, como Francisco Cândido Xavier, Yvonne do Amaral Pereira, Divaldo Pereira Franco e também através da série Histórias que os espíritos contaram, escrita pelo estudioso Hermínio C. Miranda. 

26.4.18

ENTRE A CRACOLÂNDIA E O UMBRAL



Estávamos em um táxi, na região da Luz, em São Paulo, com um motorista silencioso, quando passamos em uma localidade que, em princípio pareceu-se com uma concentração de moradores de rua. Aos poucos, o carro foi passando e a nossa impressão é que se tratava de muita gente para ser apenas moradores de rua. Quem sabe não seria uma manifestação?

A multidão continuava. Eram pessoas assentadas, outras deitadas, algumas desacordadas. Muita fumaça de cigarro, alguns enrolados em palha, como vi muitas vezes os moradores da roça fazerem e usarem na minha infância.

O ambiente era ruim, estranho, e a pergunta saiu de chofre:

- Esta é a cracolândia? Estamos na cracolândia?

O motorista quebrou seu silencio, e com uma expressão de desconforto respondeu, lacônico.

- É.

Começamos a observar as pessoas, e nosso condutor resolveu nos explicar.

- Ficam aí de dia e de noite. O prefeito tentou interná-los, mas houve reação dos “direitos humanos” e eles voltaram para a rua.

- É por isso que há policiais ao redor? Perguntou minha esposa.

- Sim, mas não adianta nada. De vez em quando eles saem em forma de multidão, saqueando. Estão vendo aquelas lojas? Já estão quase todas fechadas, após terem sido saqueadas diversas vezes. Quando isso acontece, a polícia não tem reação.

Ele nos mostrou as instalações construídas pelo prefeito de São Paulo para triagem, banho e acolhida. Uma enorme estrutura, com aspecto de abandono. Nosso condutor continuou sua explicação:

- Ficam algumas assistentes sociais em meio ao povo, oferecendo auxílio do Estado. De vez em quando uma pessoa aceita ajuda, mas a maioria é indiferente ao trabalho delas.

Mesmo morando na  capital mineira, nunca havíamos visto algo igual.  Eu já havia visto as imagens da cracolândia através da tela da televisão, mas a impressão de estar ao lado das pessoas, mesmo de dentro de um automóvel, é incomparável.

Ficamos lembrando das descrições que encontramos sobre o “umbral”, através da mão de Chico Xavier, guiada por André Luiz. Espíritos que compartilham o mesmo espaço, em sintonia uns com os outros, esquecidos da vida, ou pior, acreditando que a vida se resume a essa experiência que se encontram vivendo.
As assistentes sociais em meio ao magote de pessoas lembram os espíritos que ingressam em tarefa, tentando sensibilizar os “habitantes” do umbral a mudar seus pensamentos e a abrir espaço para outro tipo de vivência. Nem sempre são bem sucedidos, porque muitos sofrem, mas preferem continuar com seu estilo de vida.

Manoel Philomeno de Miranda e André Luiz descrevem espíritos que se agrupam e tentam algum tipo de violência coletiva, algo semelhante aos “cracklanders” que furtavam os vendedores da região.

Não é uma penitenciária, um lugar para se cumprir uma pena posta por autoridade da lei, mas uma escolha, aos nossos olhos, infeliz. Quanta gente jovem, que poderia escolher outra trajetória de vida largada no amontoado, no meio da rua. Que fazer para ajudar as pessoas a escolher melhor seu destino?

23.4.18

LEIA O CORREIO FRATERNO EM UMA DAS TELINHAS


O jornal Correio Fraterno de março-abril de 2018 tem matérias que merecem ser lidas pelos espíritas:

A entrevista de Eliana Haddad com Simone Privato mostra algumas alterações de A Gênese em suas edições de 1868 e 1872 (3 anos após a desencarnação de Allan Kardec) http://www.correiofraterno.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2051:simoni-privato-explica-em-seminario-as-alteracoes-de-a-genese&catid=71:acontece&Itemid=2

O texto de Milton Felipeli aponta contradições que se pode encontrar entre ficções de temática espírita e a doutrina espírita de Allan Kardec. http://www.correiofraterno.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2055:a-criacao-literaria-e-o-compromisso-com-a-doutrina&catid=103:especial&Itemid=2



Aurélio Valente e Virgílio, no primeiro plano da esquerda para a direita

Leia essas e outras matérias na edição pela internet: https://bit.ly/2Gf5Yag



20.4.18

NOVA LUZ: SÁBADO DE MANHÃ






Sábado pela manhã, 7:30 horas e o grupo que trabalha no Centro Espírita Nova Luz, em Rosaneves – Ribeirão das Neves, está chegando. Vão dando bom-dia ao Rommel, que já chegou à secretaria da sede da Associação Espírita Célia Xavier, cedinho, para receber a todos.

Voluntários jovens e adultos vão chegando e se cumprimentando. É uma equipe curiosa, composta de diferentes segmentos da casa de Célia Xavier. Cabelos que nunca viram tinta na vida ladeiam cabelos coloridos e fios naturalmente prateados, tingidos pelo tempo.

Nessa manhã vão evangelizar ou dar educação espírita para a vulnerável comunidade de uma das cidades mais pobres da grande Belo Horizonte. Estávamos próximos da páscoa, e ainda que nós, espíritas, não a comemoremos seguindo a tradição de outros cultos cristãos, uma alma boa deu mais de duas dezenas de ovos de chocolate para as crianças de lá. Não é páscoa, mas é caridade.

A menina de três anos, quando viu os ovos, comemorou.

- “Eu pedi ao coelhinho da páscoa um ovo com brinquedo dentro!” Falou em voz alta.

- “Acho que esse ovo não tem brinquedo, só chocolate!” Preveniu precavidamente a jovem da mocidade, para evitar desilusões pascoais...


- “Tem sim!” A garotinha de trancinhas reafirmou, confiante. “O coelhinho me prometeu.” Justificou, segura, sua crença na entidade criada pelos pagãos há bem mais de um milênio.



Foi dia de arte espírita, com uma convidada de fora, a Sarah. A coordenação dividiu as crianças em grupos heterogêneos, para quebrar um pouco a “cumplicidade para a desordem”. Placas de madeira, tampas de garrafas e outros materiais coloridos foram ganhando posição, cola e forma. O trabalho uniu, ganhou estética, afeto e orgulho. Orgulho coletivo, de equipe.


Depois de aula, chocolate e arte, o grupo volta meio cansado para Belo Horizonte. Quarenta minutos de van, dirigida pelo Seu João. Como teve arte, chegaram bem depois do usual, perto de uma hora da tarde.


Vale a pena o trabalho? Acho que os voluntários, olhando para sua quota, reafirmarão que vale sim, mas só saberemos daqui a muitos anos, quando as crianças que passaram pelos cuidados espirituais do grupo não forem mais crianças e essas experiências de pouco mais de uma hora semanal forem apenas memórias. Então saberemos se estas sementes de luz influenciarão ou não a vida dos nossos pequeninos e de suas famílias.

17.4.18

GENEALOGIA DE ALLAN KARDEC


Jussara Korngold, tradutora de livros de Allan Kardec para a língua inglesa, pesquisou e publicou recentemente uma árvore genealógica de Allan Kardec (Prof. HLD Rivail, como gostava de assinar seus livros). 

Entre as surpresas temos dois irmãos de Rivail, Auguste Claude e Marie Françoise, que desconhecíamos.

Parabéns à pesquisadora! 

14.4.18

VOCÊ TEM UM TRABALHO SOBRE "SOBREVIVÊNCIA DA ALMA"? ELE TRAZ ALGUMA CONTRIBUIÇÃO? INSCREVA NO 14o. ENLIHPE ATÉ 30 DE ABRIL



Chamada de Trabalhos

Dia 30 de abril se encerram as inscrições de trabalhos do 14 Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo (ENLIHPE), que ocorrerá na Sede Federativa da União Espírita Mineira nos dias 25 e 26 de Agosto de 2018.

O ENLIHPE é um encontro diferente dos que geralmente temos no meio espírita, porque tem sido realizado aos moldes acadêmicos. Qual é a diferença? 

Em vez de fazermos um encontro expositivo composto exclusivamente por convidados, abrimos um espaço para inscrição de trabalhos, que serão apresentados oralmente no evento. O tema central do evento é "Sobrevivência da alma", e se esperam trabalhos que tratem diretamente sobre ele, de preferência, articulados com as áreas de conhecimento reconhecidas pelas ciências e pela filosofia.

Assim, podem ser expostos trabalhos históricos, com recuperação de autores que pesquisaram o tema, trabalhos que discutem com embasamento teórico e/ou empírico a física, química ou biologia de Espíritos materializados, por exemplo, trabalhos sobre a personalidade ou identidade de espíritos comunicantes (psicologia, parapsicologia, por exemplo), trabalhos de análise comparativa da linguagem de comunicações espirituais (letras, hermenêutica, linguística, literatura comparada, por exemplo), ou ainda sobre o pensamento filosófico da alma e de sua sobrevivência (filosofia), apenas como exemplos.

Pretendemos publicar os melhores trabalhos sobre o tema sob a forma de coletânea, ainda a tempo de possibilitar aos participantes adquiri-lo no encontro, o que faz com que a data estabelecida não possa ser adiada.

Os trabalhos submetidos são encaminhados para um corpo de pareceristas, com formação acadêmica e conhecimento do espiritismo, para análise e sugestões, podendo ou não ser aprovados para o evento com base em suas opiniões.

Os autores terão tempo para apresentar e conversar com os participantes do evento sobre seu tema.

Há outras atividades previstas para o 14o. ENLIHPE, como uma mesa sobre o livro A Gênese, que faz 150 anos de sua publicação esse ano, conferências de pesquisadores do Núcleo de Estudos de Saúde e Espiritualidade (NUPES) da Universidade Federal de Juiz de Fora, autógrafos de livros, pão de queijo, música  e outras atividades.

Como atividade além do encontro, estamos contratando um prestador de serviços para fazer um tour com os interessados no domingo à tarde, a partir das 14:30 horas, em Pedro Leopoldo, para conhecer instituições ligadas à memória de Chico Xavier. Estão previstas visitas à Fazenda Modelo (local de trabalho de Chico), ao Centro Espírita Luiz Gonzaga e ao Museu "Casa de Chico Xavier". 

As inscrições para participação ainda não estão abertas, mas fiquem atentos a partir de junho de 2018. Elas serão gratuitas para o evento (mas será necessário fazer as inscrições previamente, porque as vagas são reduzidas) e haverá uma taxa para cobrir os custos do passeio, apenas dos que quiserem participar.

Já temos alguns trabalhos inscritos, mas aguardaremos a submissão de todos os interessados antes de divulgar os resultados.

Participem, seja como expositores, seja como congressistas!

Apoio:




11.4.18

JESUS EXISTIU? É IMPORTANTE PARA O ESPIRITISMO?



Manuscritos de Nag Hammadi


Com o passar do tempo e o desenrolar da história, a época em que viveu Jesus vai ficando cada vez mais distante de nós, o que leva algumas pessoas a questionarem se ele realmente viveu ou se não seria uma lenda, criada com alguma finalidade de controle social.

Para o pensamento espírita, Jesus não apenas viveu como pode ser considerado guia e modelo para os homens, como se lê em O Livro dos Espíritos. Após discutir filosofia com os Espíritos e escrever sobre a prática da mediunidade, divulgando sua experiência na França e no exterior, Allan Kardec dedicou-se ao estudo e comentário dos evangelhos, dando um grande destaque, inicialmente à questão moral, com a publicação de “O evangelho segundo o espiritismo” e posteriormente sobre outras questões ligadas aos evangelhos, como os milagres e as predições do Cristo, que se encontram analisados em “A Gênese”. Kardec e os Espíritos entendem que os ensinamentos cristãos são uma base importante para o desenvolvimento de uma ética para a humanidade, mesmo havendo mudanças muito intensas na sociedade, nas formas e relações de produção e na interação entre os homens.

Se considerarmos as evidências históricas e arqueológicas da vida de Jesus de Nazaré, podemos observar o seguinte:

1.       Entre as evidências documentais da existência de Jesus, temos, além dos evangelhos, as cartas de Paulo e as dezenas de escritos dos cristãos dos primeiros séculos, que temos até os dias de hoje.

2.       Historiadores judeus como Flávio Josefo e historiadores romanos como Plínio e Tácito, que não foram cristãos, escreveram sobre Jesus.

3.       Não se questiona a existência de Jesus na literatura antiga.

4.       Há diversas evidências arqueológicas como:

a.       os manuscritos do Mar Morto (descobertos em 1947, em uma localidade chamada Qmram, na Cisjordânia, que contém documentos escritos entre o século II aC. ao ano 70 dC, contendo textos do antigo e do novo testamentos, além de documentos apócrifos)
b.      os manuscritos de Nag Hammadi (descobertos no Egito em 1945, possivelmente do século II, escritos em cóptico e contendo textos gnósticos, que fazem referência a Jesus, embora sejam considerados apócrifos)
c.       Os papiros de Oxirinco (descoberto no Egito, contendo documentos que vão do século I ao VI, são uma espécie de biblioteca que tem textos clássicos, manuscritos teológicos e apócrifos, além de documentos do cristianismo primitivo).

O pensamento de Jesus é um dos pilares éticos da obra de Allan Kardec, em função de sua ética da solidariedade e da sua consideração dos seres humanos como pessoas, independente do lugar que ocupam na sociedade.