17.4.09

DOIS FRAGMENTOS

Figura 1: Criança Auxiliada por Programa de Crianças de Rua

O menino de rua entrou portaria adentro e deu de cara com uma funcionária da Universidade. Na minha cidade costuma-se chamar de Zé, a quem não tem nome, embora este menino tenha também sobrenomes: pivete, vagabundo, moleque, sem mãe... Mirradinho, embora eu não fosse capaz de dizer qual era a sua idade, moreno, olhos brilhantes, cabelos crespos, ele perguntou, direto:

- O que é isto aqui?

A funcionária, em um final de tarde, olhou para o menino e com um ar maternal respondeu:

- Uma faculdade!

Se ela tivesse conversado em grego, não seria muito diferente. O olhar do menino denunciava claramente que ele não havia entendido do que se tratava. Acostumado a ser tocado daqui e dali, como se fora um cãozinho, mas não foi mal recebido, o que lhe deu coragem para respirar fundo e insistir:

- Mas como é que a gente entra aqui?

Um diálogo de surdos! Falam a mesma língua, mas não se entendem. A funcionária respondeu, com um certo ceticismo e algum desalento na voz:

- Ihh, não é fácil. Primeiro você tem que estudar oito anos no ensino fundamental, depois mais três anos de ensino médio, aí você faz o vestibular, que é muito difícil, e, se passar, pode entrar.

Se ela tivesse falado em dialeto maia ou inca não seria mais entendida. O diálogo cessou por aí, com o menino olhando por cima do balcão de entrada, um olhar curioso, enigmático, com apenas uma certeza: não dá para entrar aí, mas, o que é isto aí mesmo?

* * * *


Norte de Minas Gerais. Um calor seco, insuportável ao meio dia. Uma pequena metrópole no meio do nada. No centro da cidade circulam a pé e de ônibus uma população cujo salário-referência é a metade de um salário mínimo. Terra de contrastes, na qual alguns quilômetros separam um haras de cavalos importados de um acampamento de tendas de lona, sem esgotamento, sem água encanada, sem luz elétrica, aberto pelos tratores da prefeitura para quem quisesse sair da vida campesina e construir casas... Crianças às dezenas levadas para as portas de um hospital público, repletas de doenças que não deveriam mais existir no final do século XX. Clima desértico, a temperatura cai muitos graus à noite, o que propicia pneumonia ao lado de desidratação, doenças de pele juntamente com parasitoses, todo o tipo de doenças que têm mosquitos como vetor, combatidas com o irritante inseticida, aspergido pelas ruas através de máquinas barulhentas, em uma tentativa inócua de combater os insetos que teimam em se multiplicar em toda parte.

As escolas públicas, quando não obedecem à arquitetura homogêneas das escolas estaduais, são pequenos cômodos, casebres, que acolhem com escassez de recursos as crianças, o futuro da região.

Em um dos bairros situado no limite da classe média e da periferia, um núcleo espírita. Pequeno, para os padrões da capital, mas muito procurado pela população de diferentes segmentos sociais. No período da tarde algumas de suas salas se transformam em salas de aula e recebem dezenas de crianças da região. O dirigente do centro espírita se reúne com a secretária de educação, que, na escassez de recursos lhe assegura lanches para as crianças que passarão as tardes com um grupo de jovens voluntários. Estudantes secundaristas uns, estudantes universitários outros, o trabalho cheira a improviso e boa vontade, mas é continuado.

Aos pais se transmite a educação como valor. Uma das mães, faxineira, bonachona, se deixou entusiasmar com aquela mensagem de desenvolvimento pessoal e conseguiu uma vaga à noite em escola pública de ensino secundário e técnico.

Final de ano e a prefeitura quer um relatório. Sumário. Resumidíssimo. Quantas crianças foram aprovadas na escola? Uma conversa rápida com a jovem coordenadora e uma resposta ingênua, como se a pergunta fosse tola ou banal.
Quantas? (Estranheza) Todas.

16.4.09

CÉLIA XAVIER LANÇA NOVO CICLO INTRODUTÓRIO DE ESTUDOS SOBRE O ESPIRITISMO


A Associação Espírita Célia Xavier, de Belo Horizonte-MG, está lançando um novo ciclo de estudos sobre o Espiritismo. O primeiro módulo, constituído de quatorze temas, permite ao participante ter uma visão geral da Doutrina e Movimento Espíritas.
Está em preparação uma sequência, também em forma de temas, que pretende trabalhar os conceitos desenvolvidos em "O Livro dos Espíritos" e outras obras de Allan Kardec, com o objetivo de aproximar o participante do pensamento do codificador, base da Doutrina Espírita.
Maiores informações podem ser feitas na secretaria da Associação - 031-3334-5787, com Altair, Rejane ou Cerise.

14.4.09

ESPÍRITAS DE JUIZ DE FORA PROMOVEM EVENTO

Foto 1: José Herculano Pires
Recebi o texto abaixo do Marcílio, de Juiz de Fora.

"A Casa do Caminho, de Juiz de Fora, está em contagem regressiva para a realização de um dos maiores eventos espíritas de Minas Gerais: a Semana de Kardec. Na sua vigésima segunda edição, o encontro tem o objetivo de divulgar o Espiritismo e promovendo um fórum de discussão e aprendizagem do conhecimento espírita. Idealizada e dirigida por Dona Isabel Salomão de Campos, a Semana de Kardec tem repercussão nacional e reúne importantes nomes do movimento espírita brasileiro.Este ano, entre os dias 20 e 26 de abril, um verdadeiro time de estudiosos estará aqui na cidade mineira de Juiz de Fora para participar do evento. São eles: César Reis, André Luiz Parente e Sérgio Aleixo, do Rio de Janeiro, Heloísa Pires, Astrid Sayeg e Nei Prieto Peres, de São Paulo, além Mirna Salomão, Iriê Salomão de Campos, José Passini, Ricardo Baesso e Alexander Moreira de Almeida. E, claro, Dona Isabel. Juntos, nós vamos nos aprofundar na vida e obra de José Herculano Pires. O maior filósofo espírita do Brasil, ele também foi considerado o maior divulgador do Espiritismo no país.Preparada com um ano de antecedência, a Semana de Kardec conta com uma equipe de 200 voluntários que atuam na organização e funcionamento do evento O evento conquistou seu espaço no cenário nacional e reúne em sete dias cerca de cindo mil pessoas. Utilizando diferentes mídias, com TV, rádio e Internet, a Semana de Kardec tem alcance não apenas no meio espírita, mas também atinge um público diferenciado e interessado em assuntos de caráter ético e espiritual.O evento é gratuito. As inscrições devem ser feitas pelo site www.acasadocaminho.org.br "

Comunidade Espírita A Casa do Caminho

Juiz de Fora - MG (32) 3226.2532



Programação:
20 de Abril Segunda - 20:00

Palestra de Mirna Granato Salomão Nagib JF

Tema: Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.

Local: A Casa do Caminho


21 de Abril Terça - 20:00

Palestra de Ricardo Baesso JF

Tema: Quando tudo não é o bastante.

Local: A Casa do Caminho


22 de Abril Quarta - 20:00

Palestra de Prof. José Passini JF

Tema: O Consolador.

Local: A Casa do Caminho


23 de Abril Quinta - 20:00

Palestra de Alexander Moreira de Almeida JF

Tema: O método científico de Allan Kardec na elaboração do Espiritismo.

Em parceria com a Associação Espírita dos Profissionais da Área da Saúde da Zona da Mata Mineira

Local: Sociedade de Medicina e Cirurgia de JF - Rua Braz Bernardino, 59


24 de Abril Sexta - 20:00

SIMPÓSIO: Herculano Pires, o metro que melhor mediu Kardec.

20:00 - Abertura: Isabel Salomão de Campos

Momento de Arte

20:20 - Palestra de: Heloísa Pires SP

Tema: Herculano Pires, o homem no mundo.


25 de Abril Sábado - 08:30

08:30 - Credenciamento e entrega de material

09:00 - Momento de Arte

09:30 - Allan Kardec, o Codificador. César Reis RJ

10:20 - Curso Dinâmico de Espiritismo O Grande Desconhecido. Sérgio Aleixo RJ

11:10 - Coffee Break

11:30 - Introdução à Filosofia Espírita. Astrid Sayeg SP

12:20 - Perguntas e Respostas

14:30 - Educação para a Morte. André Luiz P. Parente RJ

15:20 - Agonia das Religiões. Iriê Salomão de Campos JF

16:10 - Coffee Break

16:30 - Ciência Espírita. Ney Prieto Peres SP

17:20 - Perguntas e Respostas


26 de Abril Domingo - 09:00

09:00 - Momento de Arte

09:20 - Atividade Prática - Distribuição de alimentos, medicamentos e vestuário a famílias necessitadas.

10:10 - Pedagogia Espírita. Heloísa Pires SP

11:00 - Perguntas e Respostas

11:20 - Intervalo

11:30 - Encerramento O Reino Isabel Salomão de Campos

5.4.09

CICLOS DE ESTUDO SOBRE MEDIUNIDADE

Foto 1: José Mário em 1965


Integrado à equipe de trabalhadores do então Grupo Emmanuel de Estudos Evangélicos, os trabalhos mediúnicos e os estudos evangélicos foram o grande espaço de experiências e aprendizagem de José Mário Sampaio.


O Grupo Emmanuel contava com trabalhadores dedicados, abertos ao estudo e à troca de idéias. Os três irmãos Abreu (Lúcio, Honório e Oswaldo), Manoel Alves, Damasceno Sobral, Leão, Tiana e muitos outros trabalhadores importantes do movimento espírita mineiro encontravam-se para os trabalhos costumeiros.


Casos intrincados envolvendo médiuns e problemas relacionados à mediunidade e à obsessão afluíam para o grupo.


- “No começo, levávamos a pessoa que apresentava problemas mediúnicos para a reunião mediúnica. Aos poucos, começamos a observar que ela se tornava um problema na reunião mediúnica.” Ele explicava aos participantes de sua reunião às segundas-feiras, na sala 24 da União Espírita Mineira.


Pessoas que desconheciam o Espiritismo e apresentavam problemas com a mediunidade, tornavam-se perturbadores potenciais nas reuniões. Sem qualquer conhecimento sobre suas faculdades, alguns médiuns, subjugados à influência obsessiva ou apenas incapazes de controlar a sua faculdade, continuavam sob a influência mediúnica dos espíritos muito tempo após o horário estipulado para a interrupção das atividades mediúnicas da reunião. Os dirigentes chegavam a encerrar a reunião e ter que fazer um atendimento particular, o que mobiliza também as personalidades em busca de atenção alheia. Geralmente estas pessoas se apresentavam ao grupo vendo, ouvindo, falando e, principalmente, reclamando alguma ação urgente, dado o desconforto que a mediunidade ostensiva pode causar à pessoa e sua família quando estas não têm qualquer conhecimento espírita.


Ao lado dos médiuns, apresentavam-se também os portadores de psicopatologias graves, desejosos de serem vistos como pessoas especiais, ou de serem aceitos por algum grupo social, dado o seu comportamento às vezes bizarro e constrangedor para a família, às vezes anti-social. Nem sempre uma entrevista rápida é suficiente para identificar estas pessoas, que se atraem pelas reuniões mediúnicas como abelhas ao mel.


Um terceiro grupo de pessoas que procuravam os trabalhos mediúnicos eram os curiosos. Em alguns lugares havia reuniões mediúnicas públicas, e algumas pessoas pululavam de grupo em grupo, interessadas em verem os médiuns em ação, da mesma forma que os aficionados em teatro ou cinema buscam seus atores favoritos ou o gênero de sua escolha. Eles se interessavam pelo espetáculo mediúnico, mas não estavam dispostos a submeterem-se à disciplina do trabalho. Uma vez na assistência, queriam apenas ver e comentar as reações de médiuns, doutrinadores e espíritos comunicantes.


Ao discutirem sobre estes problemas, os membros do Grupo Emmanuel foram experimentando, com o passar do tempo, ações diferenciadas para o trato com o neófito. Uma das ações, que acabou sendo adotada como política da União Espírita Mineira para com os seus freqüentadores foi a criação de ciclos de estudo para iniciantes, muito antes de se falar em Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita. Já existia em São Paulo os Cursos de Médiuns, mas José Mário e seus colegas de Grupo Emmanuel eram avessos ao termo. “A palavra curso induz as pessoas pensarem que se formarão e se diplomarão médiuns, o que não é verdadeiro”, diziam. “Empreguemos o termo “ciclo de estudos”, que comunica bem a temporalidade da ação e não passa às pessoas a idéia de que, após concluído, não é mais necessário estudar.”


E assim foi feito. Três “ciclos de estudo” que se iniciavam e se concluíam continuadamente. Um sobre Doutrina Espírita, outro sobre Evangelho e um terceiro sobre Mediunidade.


O de Doutrina, durante anos a fio foi da responsabilidade de Honório Abreu, hoje presidente da União Espírita Mineira. Calcado em quinze princípios básicos que a equipe do Grupo Emmanuel identificou, aproximadamente um por semana, ele se completava com cerca de três meses.


O ciclo de estudos sobre o Evangelho foi da responsabilidade de Manoel Alves por anos a fio. O Grupo Emmanuel dedicava-se a estudar o texto evangélico e bíblico versículo a versículo, influenciado pela mediunidade de Chico Xavier e por alguns dos trabalhos de Emmanuel. Era uma espécie de ruptura com uma prática de estudos evangélicos calcada apenas na leitura e comentário de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. Por esta razão, em terras mineiras, este tipo de hermenêutica ficou conhecida, no meio espírita, pelo nome de “miudinho”.


O ciclo de estudos sobre mediunidade ficou, até a desencarnação, em 1988, sob a responsabilidade de José Mário e foi desenvolvido, pelo que sei, em parceria com Oswaldo Abreu. Durava cerca de oito meses, e era composto de palestras que tratavam de assuntos teóricos e práticos da mediunidade. Do conceito de mediunidade, aos diferentes tipos de médiuns, da sintonia aos mecanismos da mediunidade, da oração ao dia a dia das reuniões mediúnicas, diversos assuntos faziam parte desta preparação inicial dos médiuns.


Se alguém se apresentava com uma possível sensibilidade ou uma acentuada faculdade de perceber os espíritos, era orientado a passar por estes cursos antes de se integrar aos grupos de prática mediúnica. “Mais que aprender a dar comunicação, é importante que o médium aprenda a controlá-la”, dizia José Mário.


Mais de uma vez, após uma prece ou no meio de uma palestra, algum médium “incontinente” emendava uma comunicação no meio do público e a voz segura e firme de José Mário orientava: “Irmão, aqui não é a hora nem o lugar de dar comunicar-se.” Alguns assistentes, assustados, colocavam-se prestos para a aplicação de passes, o que ele não permitia naquele momento crítico. Geralmente, o médium, sem graça ou em estado de leve perturbação emocional interrompia seus impulsos e se controlava.


Quando iniciaram-se os ciclos, a freqüência era baixíssima, a ponto de desanimar. Damasceno Sobral, ao ouvir as lamúrias, dizia, profético, empregando aquele tom de voz de quem andou conversando com os espíritos mas não quer dizer: - “vai chegar o dia em que as salas não comportarão os interessados”. E aconteceu. A sala 24 da União Espírita Mineira cabia cerca de quarenta pessoas assentadas. Próximo da desencarnação, papai iniciava seus trabalhos às 19:30 horas. Às sete horas os mais motivados começavam a chegar, para disputar lugares nas cadeiras, depois para conseguir um lugar assentado. Impreterivelmente às 19:15 horas, Mário Sampaio já estava nas portas da União Espírita Mineira, e às 19:30 horas fazia-se a prece inicial dos trabalhos. Às 19:35 não era incomum amontoarem-se, de pé, as pessoas pelo corredor superior da União Espírita.


Muitas vezes a diretoria (e aqui cabe lembrar Martins Peralva) lhe ofereceu fazer os estudos no salão, que comportaria mais de cem pessoas. Ele recusava, com educação, preferindo a intimidade dialógica da sala pequena (era a maior das salas de estudo do antigo prédio da UEM).


Algumas pessoas assistiam ao ciclo diversas vezes. Quando eu lhes perguntava por que faziam isso, algumas diziam “ter a oportunidade de aprender mais”, outras não escondiam a admiração pela palavra clara e didática do expositor, outras tinham o interesse em levar a prática para seus centros espíritas de origem e queriam aprender bem, outras diziam que haviam perdido algum dos temas e não queriam ficar sem ver tudo.


Os esquemas de estudos foram anotados em cadernos, que depois viraram fichas e com a máquina de datilografar, pequenos bloquinhos com frases sintéticas.


Não demorou muito para que se fizessem apostilhas[1] sobre mediunidade, que eram uma espécie de “organizadores prévios” do tema, pequenos textos contendo informações sobre o tema, colhidas em diversas obras da literatura espírita, com grande influência do pensamento de Kardec e dos espíritos de Chico Xavier, mas com incursões pelos clássicos do Espiritismo, Bozzano e muitos outros autores. Os participantes faziam listas, tiravam cópias xerox (fotocópias, no princípio...) com seus próprios recursos e alguns as levavam e faziam anotações.


Da apostilha veio um livreto, em 1983, que ele organizou conjuntamente com Oswaldo Abreu, publicado anonimamente, sob União Espírita Mineira e intitulado “Mediunidade”, que é o sexto livro da coleção “Evangelho e Espiritismo” e que foi distribuído gratuitamente aos interessados durante anos a fio.


Alguns centros espíritas convidavam-no para levar o ciclo de estudos em suas casas, o de mediunidade ou o de passes (sobre o qual nada disse neste texto), e não foram poucas as casas onde ele esteve, o Grupo da Fraternidade Irmã Scheilla, o Glacus e muitos outros.


Passados quase 17 anos da sua desencarnação, não é incomum eu chegar pela primeira vez em algum centro espírita da capital ou do interior e algum dos dirigentes ou freqüentador me perguntar em particular: - Sampaio, você é parente de José Mário? E ante a minha resposta afirmativa ele responder. “Eu aprendi muito sobre mediunidade com ele na União Espírita Mineira, na sala 24”.


[1] Papai preferia este termo ao mais usual “apostila”.

4.4.09

US SPIRITIST SYMPOSIUM

O Boletim Informativo do Conselho Espírita Internacional está divulgando o 3o. Simpósio Espírita Norte-Americano com o tema "Reencarnação: Vida, Liberdade e a Busca da Felicidade". As inscrições são gratuitas. Para participar é necessária a inscrição no telefone acima.

29.3.09

ÁRVORES

Figura 1: Árvores

As árvores frutíferas,
quando estão moças
Parecem frágeis
e suplicam auxílio aos cuidadores.
Os médiuns também.

Quando crescem
e ganham uma copa
cheia de folhas verdes,
oferecem sombra ao viajor.
Os médiuns também.

Quando frutificam,
sofrem o assédio dos pássaros,
as pedradas das crianças,
a dolorosa colheita dos donos do pomar,
que lhe buscam os frutos,
ansiosos do sabor.
Os médiuns também.

Todavia, ai das árvores,
que mantêm, em seus galhos,
frutos cujo tempo
tornou passados.
Elas ouvirão as reclamações
dos que estendem as mãos sem usar os olhos.
Eles lhes dirão, frustrados,
toda infâmia.
Aos médiuns também.

Mas, se resistirem,
aos insetos,
aos reclames,
às tempestades,
às colheitas e
às tardes de sol quente,
as árvores devolverão ao seio da terra,
a essência de seus frutos
e eles se multiplicarão
segundo as leis de Deus.
Os médiuns também.


Um Poeta


Psicografia intuitiva de Jáder Sampaio em 15 de março de 2008 na Associação Espírita Célia Xavier.

26.3.09

EDIOURO CRIA NOVO SELO E LANÇA LIVRO DE DIVALDO



Figura 1: Iluminação Interior pela Prestígio

Recordo-me de uma palestra de Divaldo Franco na qual ele contou haver-se queixado com Joanna de Ângelis por sempre escrever mensagens para terceiros e nunca para ele. A mentora espiritual teria respondido: - "Divaldo, você está equivocado. Tudo o que escrevi é para você. Você publica porque quer."

Recebi o livro Iluminação Interior para análise. Ele vem com o selo da editora Prestígio. Pelo que pude imaginar, a Ediouro criou este selo novo, possivelmente para identificarmos um perfil de suas publicações (seria um selo para obras espíritas? Continuo sem respostas).

A qualidade da impressão, capa, papel, para uma brochura, atendem bem à nossa demanda de um livro para as nossas bibliotecas.

O conteúdo do livro são mensagens curtas, escritas em um português quase sem arcaísmos, que coloca frente a frente valores cristãos em um cenário contemporâneo.

Chamou-me a atenção o capítulo intitulado "Deveres Austeros" no qual vi com clareza um incentivo de Joanna para o médium baiano. Confiram.

O livro é uma boa fonte para o "Evangelho no Lar", se os participantes forem adultos.




22.3.09

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PEDAGOGIA ESPÍRITA



A Associação Brasileira de Pedagogia Espírita (ABPE) comunica início de novo curso de especialização em Pedagogia Espírita em São Paulo.

A nova turma inicia-se nos dias 25 e 26 de Abril.

Maiores informações no site http://www.pedagogiaespirita.org.br/.


Disciplinas

• Filosofia geral• Filosofia Espírita• Religião e pós-modernidade• Espiritismo e Cristianismo• Ciência e Espiritismo• História da Educação• Filosofia da Educação• Filosofia Espírita da Educação• Espiritismo e Sociedade• Psicologia Espírita da Educação• História da Educação brasileira• História da Educação Espírita• Metodologia Científica• Estética e educação• Didática Interdisciplinar• Escolas Inovadoras e Escola espírita• Prática pedagógica espírita• Filosofia para crianças• Tecnologia, Arte e Educação• Ensino inter-religioso• Arquitetura e Educação• Educação para a morte• Espiritismo para crianças• Educação familiar• Orientação de monografia

21.3.09

INEDE PROMOVE EVENTO PARA AUXILIAR PORTO ESPERANÇA

A população de Belo Horizonte-MG e arredores está convidada a um festival de tortas beneficente mais uma feira do livro espírita novo e usado (três em um). A renda do evento será revertida para o Abrigo Porto Esperança. Leia mais sobre o tema.



19.3.09

MENSAGENS DE EMMANUEL TORNAR-SE-ÃO DOCUMENTÁRIO



Figura 1: Convite da apresentação no Centro Espírita Luiz Gonzaga

O Centro Espírita Luiz Gonzaga de Pedro Leopoldo-MG convida a todos para ouvir a leitura de mensagens de Emmanuel, lidas originalmente nos anos 50 por Clóvis Tavares.

Oceano Melo, colega da Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas - LIHPE, remasterizou as fitas de rolo que foram cedidas por outro colega dileto, o médico Flávio Mussa Tavares, filho do Clóvis.

"O Clóvis Tavares antes de fazer suas palestras semanais na Escola Jesus Cristo, depois de ler um trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo, lia uma mensagem de Emmanuel "recém recebida por Chico Xavier em Pedro Leopoldo" , que lhe enviava.
Em seguida, Clóvis fazia uma prece lindíssima. Depois é que ele fazia a palestra.
Nós estamos produzindo um filme sobre a ligação Espiritual de Chico Xavier e Clóvis Tavares e o Centro Espírita Luiz Gonzaga (Pedro Leopoldo,MG, com a Escola Jesus Cristo, (de Campos, RJ.)", explica-nos Oceano.

Esse filme, junto com as mensagens serão lançados em 2010 durante as comemorações do Primeiro Centenário de Chico Xavier.

17.3.09

ESPÍRITA PORTUGUÊS VISITA MOVIMENTO MINEIRO

Figura 1: Terroso Martins expõe no auditório da Associação Espírita Célia Xavier

Recebemos a visita do Sr. Terroso Martins, da cidade de Porto, Portugal, em visita às instituições espíritas da capital mineira.
Terroso é sócio-fundador da Comunhão Espírita Cristã de Portugal e da Associação Cultural Espírita Fernando de Lacerda. Até o momento ele já visitou as instalações do Lar Espírita Esperança, do Hospital Espírita André Luiz e fez uma palestra na sede da Associação Espírita Célia Xavier.
Figura 2: Superintendente do LEE com uma turma na hora do lanche

O público presente, inesperadamente no escuro em decorrência de forte tempestade que atingiu Belo Horizonte na noite de ontem, aproveitou o momento para perguntar sobre o Espiritismo em Portugal.
Terroso Martins contou-nos dos quase cinquenta anos de ditadura portuguesa, na qual se proibiu a prática espírita. Em um gesto de coragem e resistência, nossos irmãos portugueses mantiveram reuniões em casas particulares e em ambientes campestres, mantendo vivas as idéias e as práticas espíritas, como se fossem os cristãos romanos da primeira hora.
Figura 3: Vista do público presente à palestra antes da interrupção da energia elétrica


Os bens da Federação Espírita Portuguesa (muitos imóveis) foram confiscados pela ditadura e até o momento corre uma ação solicitando um ressarcimento por parte do estado.

Ele destacou a importância dos autores brasileiros, especialmente da obra de Chico Xavier e da divulgação mantida por Divaldo Franco em Portugal.

Terroso narrou como eram feitas as atividades mediúnicas, recordou-se da visita de Joaquim Alves (Jô), amigo de Chico Xavier, pelas terras lusitanas e explicou como eram feitas as atividades assistenciais nas sociedades espíritas portuguesas.

Passada a ditadura, ainda existem preconceitos da sociedade para com os espíritas que vêm sendo superados com trabalho e respeito. Terroso nos explicou que a comunidade espírita portuguesa tem realizado atividades de visitas em hospitais e outras instituições, inicialmente sem apresentar-se institucionalmente. Quando alguém lhes pergunta quem são, os trabalhadores portugueses respondem: - "Somos cristãos, somos espíritas". Como as pessoas já conhecem o trabalho, passam a respeitá-los como voluntários e espíritas.

"Hoje existem entre 150 e 200 centros espíritas em Portugal", afirmou Terroso Martins. Há atividades de evangelização infantil e o movimento de jovens espíritas reúne-se anualmente em um evento para a divulgação do Espiritismo.

A noite foi aconchegante. Terroso pediu que os presentes cantassem-lhe a canção conhecida popularmente como "Ó, Minas Gerais", que lhe fala ao coração. O público emocionou-se e terminamos as atividades com uma sensação de suave alegria neste enlace entre dois continentes.

14.3.09

OS SONHOS NA OBRA DE KARDEC

Sonho de uma noite de verão, de Edward Hughes

Cada vez mais espíritas iniciam-se no estudo do Espiritismo através de obras contemporâneas. Em Minas Gerais, André Luiz é um autor muito discutido nas casas espíritas, dado o prestígio da mediunidade, vida e obra de Chico Xavier.

Não obstante, muitos núcleos têm perdido o hábito de estudar os livros de Kardec e dos espíritas do século XIX, que tiveram o interesse de desenvolver uma teoria espírita mais ampla, em diálogo com os espíritos.

Um dos resultados inesperados, são os equívocos que a geração sem Kardec vai cometendo, de boa fé, por falta de conhecimento do corpo teórico do Espiritismo. Um dos casos ilustrativos desta situação é a visão que se tem dos sonhos.
Ao longo de sua obra, algumas vezes André Luiz narra e explica sonhos de personagens que tinham percepções do mundo espiritual, que passavam por alguma vivência com outros espíritos, e o ex-médico mostra as deformações de conteúdo entre a percepção espiritual do espírito do sonhador e as imagens oníricas, as quais ele recordaria após despertar.
Isto levou muitos espíritas dedicados a reduzirem os sonhos às vivências do espírito encarnado temporariamente liberto do corpo.


O Sonho, de Pablo Picasso

Embora Allan Kardec aceitasse esta possibilidade, ele propõe um quadro muito mais amplo.
Em "O Livro dos Espíritos", no capítulo intitulado "Da Emancipação da Alma", Kardec conclui que muitas podem ser as causas das imagens oníricas percebidas pela pessoa que dorme. Irei apenas listar e citar as origens dos sonhos propostas pelo codificador:

1) A recordação do passado (questão 402)

2) A recordação de encarnações anteriores (comentário da questão 402)

3) A previsão do futuro (questão 402)

4) O pressentimento do momento da morte (questão 410)

5) A comunicação com espíritos desse mundo (questão 402)

6) A comunicação com espíritos encarnados (questão 404)

7) A comunicação com espíritos de outros mundos (questão 402 e comentários)

8) A percepção do que se passa em outros lugares, para onde a alma se transporta (questão 404)

9) A representação de preocupações do estado de vigília, efeito da imaginação (questão 405)

Não satisfeito com a abordagem do tema, Allan Kardec o retoma em "A Gênese". Neste novo texto ele adicionaria: a percepção de "criações fluídicas do pensamento" do próprio sonhador, causadas possivelmente pela "exaltação das crenças, por lembranças retrospectivas, por gostos, desejos, paixões, temor, remorsos, pelas preocupações habituais, pelas necessidades do corpo ou por um embaraço nas funções do organismo; finalmente, por outros espíritos, com objetivo benévolo ou malévolo, conforme sua natureza." (páginas 292 a 293 da edição de 1973)

Como se pode ver, Kardec propõe causas orgânicas, psicológicas, parapsicológicas e espirituais dos sonhos, três décadas antes de Freud escrever "A Interpretação dos Sonhos".

12.3.09

VOCÊ QUER TRABALHAR COMO VOLUNTÁRIO?

Figura 1: Entrada do Lar Espírita Esperança
O Lar Espírita Esperança mantém, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, uma creche na região do bairro Salgado Filho, que oferece educação infantil (antiga pré-escola) e cuidados para 120 crianças de meses de idade até os cinco anos.

Estivemos em visita, ontem, 11 de março, e a Superintendente nos informou que há necessidade de voluntários para diversas atividades, dentre elas o cuidado dos bebês, que já contam com duas educadoras, mas todos os dias tomam sol, banho, são alimentados e demandam uma imensa atenção.

Quem desejar dispor de algumas horas por semana para esta tarefa, entre em contato com Ariadne ou Alcione no telefone 3312-2836, das 7:00 às 17:00 horas.

O Lar Espírita Esperança fica na Rua Samuel Hahnemman, atrás do Hospital André Luiz.

8.3.09

MAPA MUNDI DA REENCARNAÇÃO


Com base nos dados da úlitma publicação, fizemos um mapa mundial da reencarnação. Os países de verde têm menos de um por cento da população filiada a religiões reencarnacionistas.
Como se trata de uma informação derivada da filiação religiosa, é bem possível que haja um efetivo enorme de pessoas em países ocidentais que apesar de se identificarem com religiões não reencarnacionistas ou se afirmarem sem religião, acreditem em reencarnação.

AS RELIGIÕES E A REENCARNAÇÃO


Há alguns anos fiz um levantamento sobre o número de adeptos das religiões do mundo e separei as religiões que aceitavam a das que não o faziam. Ao contrário do que se ouve dizer, hoje, após décadas da revolução chinesa, não mais se pode afirmar que dois terços da população mundial é reencarnacionista. Contudo, os números continuam expressivos. Analise o gráfico acima.
Quais seriam as doutrinas e religiões reencarnacionistas?
Antigas

Doutrinas do Egito Antigo
Relato de Heródoto, Papirus Ananda, Livros Herméticos
Doutrinas Gregas
Orfismo, Pitagorismo, Platonismo, Neo-Platonismo
Doutrinas Hebraicas
Farisaísmo (?), Cabala
Doutrinas Cristãs
“Padres da Igreja”: Clemente de Alexandria, Orígenes (?), Tertuliano (?) e a “dúvida de Santo Agostinho” e os “iniciados de São Jerônimo”.
Heresias: Albingenses e Cátaros
Ensinos Druídicos (Celtas)
Contemporâneas

Povos Indígenas
Tribos australianas, índios melanésios, esquimós (Inuits) e Shilluks
Doutrinas Muçulmanas
Drusos
Doutrinas da Índia
Hinduísmo, Budismo (Theravada, Mahayana, Zen, Terra Pura e Nichiren) e Sikhs
Shintoísmo
Doutrinas Esotéricas e outras
Teosofia, Cao-Daísmo, Antroposofia, Doukhobors e Movimento “New Age”

7.3.09

ESTUPRO DE MENOR E ABORTO: QUE PENSAR?


Foto 1: Ursinho de Pelúcia
Recentemente veio à mídia o caso do estupro de uma criança de 9 anos pelo padrasto. A menina engravidou de gêmeos. A equipe médica que acompanhava o caso , por considerar a gravidez de alto risco para a pequena gestante e amparada pela lei brasileira que permite o aborto em caso risco de vida da mãe e em caso de estupro, optou pelo aborto dos fetos.
Não fosse polêmico suficiente o caso em si, ele ganhou novamente a mídia quando o arcebispo de Olinda e Recife excomungou a criança e a equipe médica, mas apenas advertiu o padrasto.

Hoje a imprensa noticia um novo caso de estupro de criança de 11 anos pelo pai adotivo no Rio Grande do Sul. Os casos de violência sexual em família no Brasil infelizmente acontecem, e têm sido objeto de preocupação das autoridades, que mantém programas de incentivo à denúncia, tanto de violência sexual quanto de prostituição infantil, mas em alguns lugares do país a população, que convive com situações cotidianas de exclusão social, não se preocupa em denunciar a prostituição infantil que às vezes acontece nas ruas e beiras de estrada.

Todos conhecem a posição contrária do Espiritismo com relação ao aborto. A Federação Espírita Brasileira tem mantido há anos uma campanha chamada "Em Defesa da Vida", na qual critica abertamente o aborto. Em entrevista ao jornal Espírita Mineiro do primeiro bimestre de 2009 ( http://www.uemmg.org.br/galeria.php?categoria=7&galeria=5&randf=0&randv=0&randa=0 ) critiquei o argumento "meu corpo, minha escolha" geralmente utilizado pelos defensores do aborto.

Este caso, no entanto, ganha um contorno um pouco diferente, uma vez que envolve o risco de vida da gestante. A opinião dos espíritos, ante o questionamento de Allan Kardec mostra-se coerente com o argumento da defesa da vida como valor:

"No caso em que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar a criança para salvar a mãe?
- É preferível sacrificar o ser que ainda não existe a sacrificar o que já existe."
(O Livro dos Espíritos, questão 359, tradução de Evandro Noleto Bezerra)

A posição da equipe médica, que também foi posta em questão, parece-nos de acordo com a ética. Ela cumpriu a lei civil brasileira e tomou a difícil decisão de optar em conjunto com a responsável pela criança-gestante (no caso, a mãe dela) qual o melhor procedimento para preservar a vida e a integridade da menina. A criança foi ouvida, mas sua vontade está sempre atrelada às decisões de sua responsável legal. Precisamos levar em consideração que uma criança de nove anos é muito influenciável pelo que lhe dizem os adultos, neste caso, a mãe e os médicos.

Não me parece estranho, que em uma perspectiva de caridade, respeite-se os direitos do padrasto e invista-se na possibilidade de sua recuperação, apesar de todo o mal que ele causou às crianças sob sua responsabilidade.

Causa espanto que uma criança seja responsabilizada e, de certa forma punida (pela autoridade eclesiástica), por decisões que foram tomadas e certamente lhe foram informadas como necessárias para a preservação de sua vida e que uma equipe médica seja admoestada por dar cumprimento à premissa básica da lei brasileira.

3.3.09

AS ATIVIDADES DO LAR DA CRIANÇA EMMANUEL

Foto 1: Crianças no Lar da Criança Emmanuel em 2008

Pedi ao Lar da Criança Emmanuel mais informações sobre as atividades que são realizadas com crianças da pré-escola e em idade escolar. Geni prontamente enviou-me o texto abaixo:


"...além da Creche com 230 crianças de 7 meses a 5 anos, temos o trabalho com a turma de 6 a 14 anos, mas este ano começamos com 50 crianças de 6 e 7 anos , devido a falta de parceiros (...) estamos atendendo 50 crianças nossa meta são 200 crianças.
Este projeto visa uma ação educativa complementar a escola, onde os educandos realizarão atividades de ampliação do universo cultural, descobrindo suas potencialidades com o objetivo voltado para o desenvolvimento da comunicação, da sociabilidade, da habilidade para a vida e fortalecimento da auto-estima sempre em sintonia com a escola, família e comunidade. As crianças e adolescentes que participarão deste projeto terão a oportunidade de vivenciar momentos de inteira aprendizagem além de aprender noções de respeito, cumplicidade e executar tarefas que lhes permitirão ensinamentos para suas vidas, além de aulas de reforço para aqueles com dificuldades no processo de aprendizagem, capoeira, dança, artes, judô, futebol, musica, jardinagem e informática."


Como se vê, a atividade complementa a ação do estado na educação infantil e retira crianças da rua, socializando-as e desenvolvendo seu potencial. Se toda comunidade em nosso país, seja religiosa, política ou social, realizasse este papel, teríamos um Estado diferente e uma sociedade diferente.