23.11.12

VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS

Recebemos o texto abaixo vindo da GEEM, conhecida editora de obras psicografadas por Chico Xavier, que se tornou um grupo com ações diversas, inclusive assistenciais. Como concordamos com sua argumentação clara, estamos repassando aos leitores do EC.



Violação de Direitos Autorais

Infelizmente, tem sido comum, em alguns sites, a disponibilização para download de obras de Francisco Cândido Xavier, que não são de domínio público, sem autorização ou ao menos consulta prévia dos titulares dos direitos De modo geral são disponibilizados sem a capa, sem o nome da editora e alguns são apresentados resumidamente, descaracterizando totalmente a obra do Chico e dos Autores espirituais.


O GEEM, titular do direito autoral de várias obras, por cessão expressa de Chico Xavier, discorda desta prática, pois a divulgação da doutrina espírita deve ser feita em total respeito às leis do País.

Note-se, a esse respeito, que o GEEM, entidade religiosa sem fins lucrativos, há quase 50 anos divulga a obra de Chico Xavier.

Editamos até o momento em torno de dois milhões e meio de exemplares, sem qualquer objetivo de lucro. Toda a diretoria e os participantes do grupo são voluntários, sem qualquer remuneração.

No entanto, na estrutura da máquina administrativa há evidentemente funcionários remunerados, cuja folha é custosa.

Nossos livros têm uma longa preparação pré-edição com despesas significativas no que tange às capas, à diagramação, à qualidade gráfica e não nos parece justo que deles se apossem terceiros, mesmo com a melhor das intenções, como se tivessem nascido do nada.

Por que razão Chico Xavier nos teria cedido os direitos? Para cuidarmos dos livros com atenção e respeito.

Parte significativa de nossos livros é distribuída gratuitamente a centros, instituições, bibliotecas, pessoas físicas e percentual significativo das vendas é dirigido à população mais simples a preços inferiores ao custo dos livros.

E o eventual resultado na comercialização dos livros não é utilizado em benefício do GEEM, mas, sim, nos respectivos projetos de divulgação e obras de caridade.

Quando é o caso, temos concedido, gratuitamente, respeitadas determinadas condições, autorização para a utilização das obras, às pessoas que o desejam, com equilíbrio e ponderação.

Mas não podemos aceitar a utilização indiscriminada, sem qualquer autorização ou consulta prévia.

GEEM — GRUPO ESPÍRITA EMMANUEL

18.11.12

VINÍCIUS E O EGOÍSMO

Pedro de Camargos - Vinícius

Pedro de Camargos (1878-1966), conhecido como Vinícius, é um dos autores paulistas mais prolíficos e inteligentes na temática do Evangelho à luz do Espiritismo. Pessoa não apenas reconhecida e lembrada, mas querida pelos membros do movimento espírita, nasceu em Piratininga, onde teve educação em uma escola metodista, de fundação norte-americana, que muito o influenciou. Dirigiu a Igreja Espírita "Fora da Caridade não Há Salvação" até 1937, quando transferiu-se para São Paulo.

Dirigiu programa cristão-espírita na Radio Educadora de São Paulo, dedicou-se à assistência social e trabalhou imensamente pela divulgação do espiritismo em diversas frentes, como a imprensa, a publicação de livros e a exposição em Centros Espíritas. Zêus Wantuil (Grandes Espíritas do Brasil) informa que presidiu a "União Federativa Espírita Paulista", foi sócio-gerente de "O Semeador" (da FEESP) e presidiu o "Instituto Espírita de Educação" até 1962.

Recordei-me dele ao preparar um estudo para o Grupo Scheilla sobre o capítulo de "O Livro dos Espíritos", Da Perfeição Moral. Nele, um espírito diz a Kardec que a maior chaga da humanidade é o egoísmo e que "dele deriva todo o mal". Certamente inspirado por esta passagem, Vinícius escreveu a seguinte página:


Egoísmo


A usura é a nudez do egoísmo.
A avareza é o esqueleto do egoísmo.
A inveja é o miasma do egoísmo.
A hipocrisia é a mentira do egoísmo.
A esquivança é o covil do egoísmo.
A dissimulação é a covardia do egoísmo.
O jogo  é a fascinação do egoísmo.
O roubo é a violência do egoísmo.
A bajulação é o recurso do egoísmo.
A iniquidade é a lei do egoísmo.
A discórdia é a expansão do egoísmo.
O ódio é a combustão do egoísmo.
A vingança é o desagravo do egoísmo.
A calúnia é a perfídia do egoísmo.
A intemperança é a avidez do egoísmo.
A vaidade é a parvoíce do egoísmo.
O ciúme é o travo do egoísmo.
A luxúria é a desfaçatez do egoísmo.
O fanatismo é o zelo do egoísmo.
A intolerância é a arbitrariedade do egoísmo.
A impiedade é a resistência do egoísmo.
O assassínio é a loucura do egoísmo.
O orgulho é a soberania do egoísmo.

Em suma: o pecado sob todas as formas, sob todos os aspectos, sob todas as modalidades, é fruto do egoísmo, porque o egoísmo assume, no mal, todas as formas, todos os aspectos, todas as modalidades.

(Vinícius. Em torno do Mestre. (4 ed.) Rio de Janeiro: FEB, 1979. p. 286)

11.11.12

COMO NÓS, ESPÍRITAS, PODEMOS NOS PREPARAR PARA A MORTE?


Noite estrelada, de Van Gogh - Vista da noite da janela do seu sanatório, pintada de memória


Discutíamos o tema separação entre a alma e o corpo no Centro Espírita Simão Pedro, em Belo Horizonte, e um dos participantes fez a pergunta que intitula nossa matéria.

Seguramente, o conhecimento espírita nos dá um quadro de referências que pode ser extremamente útil no mundo dos espíritos. Uma vez desencarnados, se em condições medianas, temos alguma noção clara da continuidade da vida, do reencontro dos afetos, do papel do pensamento, etc. Contudo, o ser humano é mais que conhecimento, porque os sentimentos e as sensações, desempenham um papel tão ou mais importante que o saber em assuntos vivenciais.

Irmão X tem um trabalho importante chamado “Treino para a morte”, publicado no livro Cartas e Crônicas, psicografado por Chico Xavier. É uma boa leitura para se pensar em ações práticas para a morte. Em resumo, ele mostra muitas situações em que viver a vida é fundamental para se preparar para a morte.

Uma das questões importantes na nossa cultura é nos habituarmos a falar sobre a morte. Ela ainda é um tabu, um assunto proibido, que fica ainda mais difícil de conviver quando cruza o nosso caminho, através da perda dos relacionamentos afetivos. Recordei-me das gerações anteriores a minha, que considerava que não se devia falar sobre a morte porque “a atrairia”. Muitos diziam também que cemitério não é lugar para criança. Frequento uma clínica de hemodiálise, na qual a morte está sempre “batendo ponto”, e o assunto é visto como perturbador, ao ponto de não se comunicar aos pacientes que um colega querido se foi, impedindo-os de prestar as últimas homenagens e de dar um abraço de conforto na família, o que seria possivelmente agradável ao que se foi, em um momento tão difícil.

Preparar-se para a morte, então, começa com conversar sobre ela, em aceitar sua realidade e a finitude do corpo, levar a sério a ideia que estamos aqui por um período e que ele pode findar-se a qualquer momento. A proximidade da morte, com as doenças ou a idade avançada, pressupõe sabedoria para entender os limites do corpo e para preparar o grande momento.

Acertar-se com os desafetos que colecionamos em momentos impensados é também um bom exercício, principalmente se aconteceu a partir de futilidades e vaidades feridas. Os assuntos que varremos para “debaixo do tapete” (quem não os tem?) são uma boa fonte de perturbação no mundo dos espíritos.

O desapego gradual dos bens materiais é também um bom exercício para a morte. Não estou pregando que nos tornemos Franciscos de Assis, da noite para o dia, mas que identifiquemos aquelas coisinhas com que nos prendemos e saibamos abrir mão delas aos poucos. Nossa dirigente já desencarnada, Ada Eda Magalhães, quando começou a perceber a proximidade da visita da morte, passou a presentear aos amigos com as lembranças que ela colecionava de suas viagens ao exterior. Os enfeites de casa, os livros, pratos, iam de suas mãos para as mãos dos amigos queridos. Ela não dilapidou a herança dos filhos e netos, mas só pude perceber sua sabedoria neste ato quando, após sua desencarnação, passei pela sala de minha residência e vi um de seus objetos, que me remetiam às melhores recordações dos anos em que mantivemos nossa amizade “intergeracional”. Ela certamente irá perceber, onde estiver, os pensamentos de carinho dos amigos que ficaram.

O desapego não é algo que se refere aos objetos, há também os cargos e as pessoas. Viver é desapegar-se. Os pais que não aprendem a mudar seu comportamento ante os filhos que crescem e ganham autonomia, tornam-se fonte de perturbação na vida deles. Os trabalhadores que se aferram a um cargo, uma patente militar, uma distinção, não se preparando para a aposentadoria, ficam como um cão faminto diante de seu osso já roído e sem nenhuma fibra de carne. Nossas realizações valem pela recordação de as termos concluído, pela gratificação do reconhecimento, quando ele vem dos demais, mas principalmente do que nós sentimos ao terminar nossa tarefa. Elas moram no passado e não no presente, agrilhoando-nos. Aprender a desligar-se de algo que fizemos por muitos e muitos anos não é exercício fácil, especialmente no mundo masculino, na nossa cultura.

Perceber que a morte do corpo nos espreita, é a realidade da vida. Ele começa a morrer quando nasce, só não sabemos ao certo quando isto se dará. Então, viver bem a vida é a melhor preparação para a morte, que deixará de ser o bicho papão da noite da existência e se transformará no misterioso casulo de lagarta, portal de uma nova realidade.

6.11.12

O ESPIRITISMO ESTUDA OUTRAS RELIGIÕES E FILOSOFIAS?


O Príncipe Arjuna dialoga com Krishna (?)
 
Estava em um estudo na Fraternidade Espírita Luz Acima (Belo Horizonte - MG), tratando do cristianismo do século I. Basicamente, tratava-se de uma leitura rápida do livro dos Atos dos Apóstolos e dos principais incidentes que ele relata para dar uma visão do “todo” deste trabalho do Novo Testamento.

Um debate interessante iniciou-se sobre a concepção cristã do espiritismo. Kardec, em “O Livro dos Médiuns” classifica os tipos de espíritas de sua época e destaca os que ele intitula espíritas-cristãos, ou verdadeiros espíritas. (O Livro dos Médiuns, capítulo III, item 28). Essencialmente, Kardec parte de um diálogo com os espíritos sobre o cristianismo para lançar os princípios de uma ética espírita, e desenvolve uma proposta de um espiritismo que não se resume ao estudo dos fenômenos espirituais, mas que tem uma proposta de ação no mundo para os sujeitos, uma proposta ética.

Uma das participantes perguntou se o único livro que estudávamos era a Bíblia. Em princípio, não entendi direito a questão e achei que se tratasse de um evangélico “em missão” no meio da comunidade espírita, mas não se tratava disso. Ela tinha interesse no estudo dos autores indianos, e em textos como o Bhagavad-Gitã, que é um diálogo entre o príncipe Arjuna e a divindade Krishna, que compõe o Mahabharata, um livro que contém narrativa, reflexões filosóficas e morais.  Imediatamente recordei dos textos mimeografados que estudamos na Mocidade AECX nos anos 80, com passagens do Gitã, tentando entender a simbologia da reencarnação que se encontra nas questões propostas por Arjuna.

Como o espiritismo não elegeu “livros sagrados”, o próprio Kardec mostrava uma abertura muito grande para a leitura e entendimento de diferentes tradições religiosas, como é o caso dos artigos que ele escreveu sobre o Islã (Maomé e o Islamismo, Revista Espírita, agosto de 1866 e novembro de 1866) e sobre os Celtas (O espiritismo entre os druidas, Revista Espírita, abril de 1858). Léon Denis também se dedicou ao estudo dos Celtas (O Gênio Céltico e o Mundo Invisível).  Nada impede, portanto, que se faça uma leitura espírita das obras de inspiração espiritual das diversas culturas, contudo, é um trabalho de interpretação destas tradições religiosas a partir do espiritismo e não o contrário, que seria uma forma de sincretismo, e deixaria os espíritas a um passo da adoção dos ritos hindus.

Não é um estudo fácil, nem imediato, porque demanda o conhecimento de uma cultura e tradição muito complexa, com a qual não tivemos muito contato em nossa formação. O final de uma leitura dessas, se empreendida, deixaria o estudioso com um conhecimento do Bhagavad-Gitã pelo hinduísmo (o que geralmente aponta para muitas leituras e interpretações, no livro Filosofias da Índia encontramos dezenas de escolas de pensamento) e uma interpretação espírita do Gitã. Para ser sério, é um trabalho que exige anos de estudo, viagens, diálogo com especialistas, estudo do idioma hindu, etc.  As iniciativas, portanto, como as do nosso grupo de jovens, devem vir acompanhadas da devida humildade e do reconhecimento das imensas limitações que temos ante uma cultura oriental milenar, mas respeitando a condição do espiritismo como “interlocutor” e não como “discípulo”.

3.11.12

O PRIMEIRO PERIÓDICO ESPÍRITA BRASILEIRO


A Biblioteca Nacional lançou um instrumento de pesquisa denominado Hemeroteca Digital Brasileira, que está sendo alimentado com periódicos brasileiros antigos.

Nosso leitor Alexandre Caroli Rocha identificou nesta base de dados o periódico "
O Echo d'Alem-Tumulo : monitor d'o spiritismo no Brazil", publicado inicialmente em 1869 e que traz artigos de diversos espíritas da época, como Casimir Lieutaud, Luiz Olympio Telles de Menezes, Jose Francisco Lopez, e traz notícias do movimento francês, assim como primeiras traduções de textos da codificação.



Para os interessados em ler o que pensavam os espíritas baianos à época de Kardec, o melhor link é o 
http://memoria.bn.br/hdb/periodico.aspx e digite Écho no campo de título.


1.11.12

DIÁLOGO COM OS CÉTICOS



Publicado em julho de 2011, este trabalho do coautor da teoria da evolução é uma discussão filosófica sobre a possibilidade e limites do estudo dos fenômenos espirituais com os métodos das ciências naturais. Foi publicado originalmente anos após Wallace ter feito seus próprios experimentos (cf. O aspecto científico do sobrenatural) e ter publicado uma pequena monografia onde fazia uma revisão dos principais estudos anglo-saxões. 

Ao traduzi-lo, não esperava a boa recepção que teve no movimento espírita, que o tem lido, citado e comentado, o que aponta a existência de grupos e pessoas interessadas em um conhecimento mais substantivo do espiritismo e da pesquisa que se estabeleceu em torno de sua fenomenologia. Wallace é um autor de reputação no ambiente acadêmico, por sua imensidade de estudos e descobertas, em um círculo de cientistas que ganharam notoriedade universal, como Darwin, Lyell e outros.

Por milagres, termo muito usado por Wallace em sua obra, não se entenda a intervenção divina no mundo humano, mas a existência, comunicabilidade e ação dos espíritos desencarnados (preterhumanos, como ele gosta de dizer)

SUMÁRIO

Apresentação: Dra. Astrid Sayegh

A queda do muro de Hume. (Prefácio do Tradutor - Dr. Jáder Sampaio)

Diálogo com os céticos - artigo lido ante a Sociedade Dialética de 1871

Definição do termo "milagre"

A evidência da realidade dos milagres

A natureza contraditória das afirmações de Hume

Objeções modernas aos milagres

A incerteza dos fenômenos assegurados pelo espiritualismo moderno

A necessidade do testemunho científico

Revisão das afirmações do Sr. Lecky sobre os milagres

É a crença em milagres uma sobrevivência do pensamento selvagem?

Vocabulário de termos filosóficos utilizados no livro (Dr. Jáder Sampaio)

Índice Analítico (Dr. Jáder Sampaio)

26.10.12

PUBLICADA NOVA FOTO DE ALLAN KARDEC



Recebemos de Charles Kempf (França) uma nova imagem de Allan Kardec. Ela pertencia ao acervo do Instituto Metapsíquico Internacional (IMI) e foi publicada no livro/catálogo Entrée des médiums: Spiritisme et art d'Hugo à Breton. (Chegada dos médiuns: espiritismo e arte, de Hugo a Breton). Ele pode ser encontrado na Amazon francesa.


Kempf nos informou que a imagem de Fernand Desmoulins estará exposta na Maison de Victor Hugo dos dias 18 de outubro até 20 de janeiro.

Agradeço ao Dr. Alexandre Caroli Rocha a tradução do título.

22.10.12

PROMOÇÃO SOCIAL E LIDERANÇA EM MONTES CLAROS


A Associação Espírita Paulo de Tarso é uma jovem instituição na cidade de Montes Claros, no norte de Minas Gerais. A sigla CEPA vem dos prolegômenos de O Livro dos Espíritos (nada tem a ver com a Confederação Espírita Panamericana). Encontra-se no bairro Morada do Parque, e tem mais dois espaços, onde realiza suas atividades assistenciais e promocionais.




 Fachada da Sede no Moradas do Parque



Livraria na entrada da sede


Na sede encontram-se uma livraria e uma biblioteca que demonstram a preocupação da direção do grupo com os estudos. Perguntei durante uma das palestras quem havia lido "No Invisível", livro de Léon Denis, e quase metade dos presentes levantou a mão, o que demonstra a valorização e o conhecimento dos clássicos.  




Porta da Biblioteca

Visão interna da biblioteca 

Uma grande mesa de ardósia encerada é utilizada para as atividades mediúnicas da casa. Ela situa-se em um cômodo distinto do auditório, reservado.


Ambiente para as reuniões mediúnicas 

O auditório havia sido recém-construído, com simplicidade mas bem adaptado às suas atividades. Pé direito alto, sistema de som e data-show tornam o espaço arejado, com boa acústica e adaptado às atividades de ensino-aprendizagem, além das cadeiras móveis, que permitem a formação de pequenos grupos.

Microfones e púlpito para as anotações do expositor 

Mesa e sistema de projeção de imagens

Mesmo simples, o auditório comportou bem o público que abriu mão do feriado prolongado para participar e discutir os temas propostos. Registramos a presença de espíritas de cidades próximas, como Janaúba e de outras sociedades espíritas da cidade, a quem agradecemos o apoio. Os ventiladores potentes, mas silenciosos, deixaram o ambiente em uma temperatura amena, resolvendo os problemas do clima quente da região.



Visão do público presente na atividade da noite

Discutimos pela manhã o tema "Assistência, Promoção e Convivência" e às 20 horas do dia 13 "Liderança na Casa Espírita". O bom nível das questões e da participação, além do ambiente de fraternidade e descontração deixaram saudade.


Flagrante de um momento da exposição à noite


O Prof. Elton (Tom), dirigente da casa divulgou os livros da Série "Pesquisas Brasileiras sobre o Espiritismo" e as traduções das obras espíritas de Alfred Russel Wallace, que traduzimos. A livraria disponibilizou para o público o livro "Voluntários", da coleção Espiritismo na Universidade e o mais recente lançamento do Conselheiro, "Casos e Descasos na Casa Espírita".



Tom mostra os livros que fazem parte do acervo da biblioteca

Após as atividades pudemos fazer um momento de autógrafos e conversar rapidamente com os participantes, que nos acolheram com gentileza e fraternidade. 


Da Paz, uma das dirigentes da atividade promocional da casa e dois trabalhadores

Foram momentos de encontro, troca de experiências e, para mim, de reencontro com muitos amigos de décadas e outros novos conhecidos. Foi muito gratificante voltar a Montes Claros e encontrar o movimento espírita atuante, promissor e em expansão, trabalhando por uma região marcada pelos grandes contrastes sociais.

Após a atividade da noite, vem aquela conversa "mineirinha".


 Fotos: Carol J. Sampaio.







18.10.12

PESQUISAS SOBRE O ESPIRITISMO NO BRASIL



Este é o primeiro livro da "série pesquisas brasileiras sobre o espiritismo", publicado em 2009.

Sumário:

Introdução: Pesquisas brasileiras sobre o espiritismo? Dr. Jáder Sampaio

Perfil da produção acadêmica brasileira com temática espírita (1989 a 2006) - Dr. Marco Antonio Figueiredo Milani Filho

As muitas faces da intolerância contra o espiritismo - Dr. Jáder Sampaio

A contemporânea e dogmática negação do neovitalismo de Claude Bernard - Bel. Paulo Henrique de Figueiredo

Yvonne do Amaral Pereira: literatura a serviço do bem - Bel. Pedro Camilo

Clóvis Tavares - Esp. Flávio Mussa Tavares

Fogo selvagem, água que brilha: história da doença e do hospital do pênfigo foliáceo de Uberaba - Dra. Nadia Rodrigues Alves Marcondes Luz Lima

José Marques Garcia, pioneiro da história do espiritismo em Franca - Ms Adolfo de Mendonça Júnior

Irmão X e o processo de 1944 - Dr. Alexandre Caroli Rocha

Abrigos espíritas para a infância: uma descoberta da infância sob o lema "Fora da caridade não há salvação" - Ms. Alexandre Ramos de Azevedo

Estratégias da mídia jornalística a serviço da memória espírita - Bel. Izabel Regina Rodrigues Vitusso

11.10.12

A TEMÁTICA ESPÍRITA NA PESQUISA CONTEMPORÂNEA



Continuamos publicando o sumário dos livros da LIHPE. Os títulos dos três primeiros livros foram os temas dos respectivos encontros nacionais.

SUMÁRIO

Prefácio: Espiritismo em diálogo - Dra. Maria Angela Vilhena

Introdução: Uma cartografia rudimentar do espiritismo feita por pesquisadores brasileiros - Dr. Jáder dos Reis Sampaio

Satisfação, desligamento e sofrimento de voluntários espíritas - Dr. Jáder dos Reis Sampaio

Projeto de 1868: a proposta de Kardec para a sociedade parisiense de estudos espíritas analisada sob a perspectiva das práticas atuais de governança corporativa - Dr. Marco Milani

Uma estratégia para a construção autoral na psicografia: as citações - Dr. Alexandre Caroli Rocha

Bergson e o espiritismo: a evolução do princípio espiritual - Dra. Astrid Sayegh

Allan Kardec e o desenvolvimento de um programa de pesquisa em experiências psíquicas - Dr. Alexander Moreira-Almeida e Dr. klaus Chaves Alberto.

Anália Franco e sua ação socioeducacional na transição do século XIX para o século XX - Ms. Samantha Lodi-Corrêa

Inácio Ferreira: a institucionalização da integração entre psiquiatria e espiritismo - Dra. Angélica A. Silva de Almeida

A ética da psicologia e a religiosidade do psicólogo - Ms. Ercília Zilli

A cultura espírita no Rio Grande do Sul através do jornal "a evolução" - Dr. José Roberto de Lima Dias

6.10.12

EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS DA REENCARNAÇÃO

Capas de três edições diferentes do livro de Gabriel Delanne

Discípulo de Allan Kardec na França do século 19 e início do século 20, Gabriel Delanne acompanhou o desenvolvimento das ciências psíquicas dentro e fora do movimento espírita francês, sempre atualizado e contribuindo com as pesquisas sobre o fenômeno espiritual.

Um dos temas para os quais contribuiu, foi a difícil questão da reencarnação, considerada como um princípio do espiritismo sustentado pela lógica e pelo  pressuposto da justiça divina. Como todos os cientistas de sua época, ele se questionava se poderia haver evidências empíricas da reencarnação e compilou este livro onde se encontram estudos de caso publicados na imprensa espiritualista e nas instituições acadêmicas de pesquisas psíquicas que surgiram no final do século 19.

Delanne, entre outros temas, trata da memória integral, dissertando sobre ecmnésia, regressão de memória, recordações durante a anestesia e criptomnésia. Alguns desses temas mostram a influência do magnetismo animal e da metapsíquica em seus escritos. Ele fala da regressão de memória induzida pelo magnetismo, recordações em estado de transe, crianças prodígio, "dejá vu", paramnésia e falsas memórias. 

Selecionei para os leitores de Espiritismo Comentado um caso no qual uma inglesa narra diversos episódios envolvendo percepções de uma vida na corte francesa de Maria Antonieta, além de possíveis percepções mediúnicas. Foi comunicado pela Sra. Spapleton, de Londres, à Sociedade de Pesquisas Psíquicas (SPR), sobre narrativas feitas por uma escritora conhecida por ela. Essencialmente é um caso que sugere recordação de vidas passadas, embora alguns dos fenômenos apresentados isoladamente possam ser explicados por outras teorias.

Como as recordações eram motivo de galhofa, a escritora manteve-se no anonimato, o que depõe a favor de sua honestidade, posto que não há interesse financeiro ou de promoção pessoal nos seus relatos.

Desde os seis anos ela via a mãe com roupas à Luis XVI, embora não tenha tido acesso a gravuras sobre a época. Segundo Delanne-Spapleton, ela desenhava estas roupas sem modelo, e as características eram as da época e lugar citados.

Ao estudar a revolução francesa, emocionava-se com os relatos envolvendo Maria Antonieta. Passado algum tempo, via a figura de Maria Antonieta, contudo estava "desvairada, agonizante, de olhar glacial". 

Adulta, visitou o Museu Grévin, onde encontrou uma "exata reprodução da minha visão, em Margate, com suas minúcias", embora a imagem de Maria Antonieta fosse diferente. Os amigos riram e ela resolveu ficar mais reservada com suas percepções.


Museu Grévin (um museu de cera)

Na visita ao Palácio de Versalhes, identificou para a criada os apartamentos do rei e da rainha, sem que tivesse visto anteriormente. Em um determinado quarto foi "tomada da mesma forte emoção dos dias precedentes, foi direto a uma portinha que se achava em um caixilho da parede". 
"- Há aposentos mais adiante", disse. Os guias lhe perguntaram se desejava visitar os apartamentos de Maria Antonieta.

"Os locais eram justamente como eu os havia suposto intuitivamente."


Fachada do Petit Trianon

Em visita ao Petit Trianon, o imóvel nos jardins de Versalhes usado por Maria Antonieta, ela considerou idêntico ao seu sonho o aposento de música, "só as cadeiras tinham colocação diferente". Lá, a escritora viu pela primeira vez os monogramas de Maria Antonieta, que ela traçava sob os retratos da rainha quando pequena e que eram idênticos aos que via.


Corrimão com o monograma de Maria Antonieta no Petit Trianon


Detalhe do monograma de Maria Antonieta

Outros lugares foram reconhecidos, como o Castelo de Marly e a Praça da Concórdia (antiga Praça da Revolução) que lhe trazia lembranças da execução da rainha. Um detalhe, a escritora lembrava-se de ter sido do sexo masculino àquela época.

Delanne não considera este um caso que possa ser explicado exclusivamente pela reencarnação, mas o conjunto dos detalhes relatados, se verídicos, realmente faz pensar.

3.10.12

O ESPIRITISMO VISTO PELAS ÁREAS DE CONHECIMENTO ATUAIS



Sumário

Uma análise espírita da obra "A Física da Alma" de Amit Goswani - Alexandre Fontes da Fonseca

Conjectura e proposta experimental para detecção de movimentos de fluidos nas cercanias de médiuns de efeitos físicos - Ademir Xavier

As narrativas de vida nas rodas de conversas com mulheres na educação de adultos: um lugar privilegiado de produção de saber na perspectiva espírita - Ângela Linhares, Aldenora Guedes, Francisco Antônio Barbosa Vidal e Benedito Dagno Moreira

Espiritismo e engajamento político - Sinuê Neckel Miguel

Diálogos e ritmos: em busca de uma ideia de sujeito (na perspectiva espírita) no trabalho com juventudes - Ângela Linhares, Gardner Assis e Josael Jario Santos Lima.

Investigando relações entre voluntariado e contexto sociocultural numa instituição espírita: contribuições da fenomenologia - Yuri Elias Gaspar e Miguel Mahfoud.

O espiritismo em teses e dissertações: um mapeamento da produção acadêmica brasileira - Tiago Paz e Albuquerque

O espiritismo na mídia: uma análise de conteúdo na maior revista semanal do Brasil de 1968 a 2010 - Marco Antonio F. Milani Filho e Kátia Penteado

Memória de uma jornada - Jáder dos Reis Sampaio


28.9.12

O MITO DE CHICO XAVIER NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA


 Foto de Bethânia
Bethânia Alves de Menezes defendeu em Uberlândia, no ano de 2006, uma dissertação de mestrado no Instituto de Geografia. Ela fez a gentileza de disponibilizar para os interessados, no formato pdf, no seguinte endereço: http://www.ig.ufu.br/sites/ig.ufu.br/files/Anexos/Bookpage/Anexos_BethaniaAlves.pdf
O título é "O Mito de Chico Xavier: os usos, apropriações e seduções do simbólico em Uberaba-MG."
Pode parecer estranho, mas há outras dissertações na área de Geografia relacionadas com o espiritismo e o movimento espírita de alguma forma.

Segue abaixo o resumo escrito pela autora para os interessados.


"A pesquisa é resultado de questionamentos realizados em torno do simbolismo implícitos na imagem do médium Chico Xavier, a partir dos espaços usados e apropriados por ele na difusão do Espiritismo Cristão em Uberaba/MG. Tem como objetivo decifrar os conteúdos dos espaços criados a partir da doutrina espírita, envolvendo a pessoa do médium que consistem em compreender os processos de sacralização de espaços, mesmo após a sua morte.O problema central da pesquisa em questão é o espaço do mito. Tomam-se como ponto fundamental de análise alguns teóricos do espaço e desloca-se a mesma análise do espaço social para o espaço sagrado; procedimento este compartilhado por diversas correntes das ciências sociais. Analisadas as estruturas, as formas e os conteúdos da unidade de análise do espaço, enfatizam-se os processos de organização social, até atingir as posições concretas das pessoas que continuam a obra do mito e das organizações, ou seja, os espaços apropriados como: a casa e/ou museu, a livraria, o centro espírita, o grupo assistencial e, por fim, o
mausoléu. Assim, foi possível decifrar os lugares a partir dos usos e apropriações estabelecidas pelo médium e por seu público demonstrando as práticas sociais demandadas na estruturação do Espiritismo. Embora seja evidente sua imagem de mito, busca-se analisar nos legados do médium e em seus seguidores, além das formas de apropriação desses espaços e da difusão de seus ensinamentos."

26.9.12

UFJF PROMOVE CICLO DE CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS SOBRE CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE.


RAUL TEIXEIRA TRABALHANDO...

É com satisfação que publico as imagens da comemoração dos 32 anos da Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ, com a presença de Raul Teixeira. Recebi-as em agosto de 2012.


Raul e Divaldo Franco



Raul autografando livro com a mão esquerda.

Desejamos força e paciência para o médium fluminense na sua trajetória de recuperação.

20.9.12

QUAIS SÃO OS ARTIGOS DO LIVRO DO 7o. ENLIHPE?



Perdoem voltar ao assunto do livro, mas percebi que não havia divulgado os capítulos do mesmo:

Parte 1: Estudos de ciências exatas e naturais


1. Uma abordagem estatística para calcular o tempo médio entre encarnações sucessivas. Autor: Ademir Xavier

2. A transmissão do pensamento é um fenômeno não-local? Autor: Alexandre Fontes da Fonseca

3. Controle do caos e a influência dos Espíritos nos fenômenos da natureza: autor: Alexandre Fontes da Fonseca

Parte 2: Estudos de ciências humanas, de ciências sociais e de filosofia

4. Dimensões estratégicas de um centro espírita: proposta de um modelo conceitual. Autor: Marco Milani

5. Espiritismo e parapsicologia. Autor: Jáder Sampaio

6. Ética espírita: um esforço para delineação. Autor: Jomar Teodoro Gontijo

7. Pela preservação de fontes sobre o movimento espírita: uma proposta de construção de acervos de casas espíritas. Autora: Miriam Hermeto.

Parte 3: Ensaios de Memória do Movimento Espírita

8. Algumas anotações sobre o advento do espiritismo. Autor: Eduardo Carvalho Monteiro

9. Perfil de dois batalhadores da causa espírita. (Clóvis Ramos e L. Palhano Jr.) Autor: Alexandre Machado Rocha

16.9.12

PODEM-SE CONSIDERAR AS OBRAS DE PAULO COELHO COMO ESPÍRITAS?



De Nazareno Tourinho eu conhecia apenas as obras de pesquisa sobre mediunidade, como "Surpresas de uma pesquisa mediúnica", ou os livros que escreveu com o saudoso Carlos Imbassahy. Buscando pela internet, vi que sua obra é mais extensa e envolve também livros de teatro, além de uma honrosa cadeira na Academia Paraense de Letras.

O Mago e o Mendigo chegou como uma cortesia da Lachâtre, em silêncio, acompanhando meu exemplar do Leitura Espírita. Chamou-me a atenção logo de cara, ou ao ler a quarta capa, quando vi a proposta de usar o gênero literário escolhido para fazer uma comparação do pensamento (ou seria melhor dizer, dos escritos?) de Paulo Coelho com o espiritismo.

Li os dois ou três primeiros romances do mago quando foram lançados: "Diário de um mago", "O Alquimista" e "Brida", mas o tempo passou e apesar da impressão inicial, nada ficou em minha memória. Sinto-me um computador 486, daqueles antigos, de HD pequeno, que tem que deletar arquivos antigos para conter os novos.

O livro de Nazareno é instigante. Lembra, como alguém comentou, os escritos de Kardec em forma de diálogo, como em O Que é o Espiritismo, mas traz um enredo bem diferente do usual.

Nele o autor pinçou alguns pontos centrais da proposta supostamente mágico-mística de Paulo Coelho, que aparece nos diálogos e pensamentos de um mago desembarcado na Amazônia paraense, e compara com as ideias de um pretenso mendigo, um personagem franciscano-espírita, se é que posso expressar-me assim. Uma médium gaúcha, estudante de medicina e um "mediador de debates", além da cultura cabocla e mágico-indígena do norte, compõem o rol de embates que acontecerão em quase duzentas páginas.

Nós, pobres leitores do sul, às vezes ficamos à deriva com as referências amazônicas, ricas em frutas, alimentos nativos, mitos, práticas de magia, crenças e outros elementos, às vezes desconhecidos por nós, apesar da brasilidade comum. Deu para sentir saudades do cupuaçu, lembrar do gosto exótico do taperebá, e rir um pouco da tentativa curiosa de encontro entre a cultura cabocla, caracterizada como terra-a-terra mas imensamente atraída pelo diferente, e o misticismo europeu e católico.

Espíritos ou demônios? Mediunidade ou intuição? Amor ou poder? Arrogância ou humildade? Alguns contrapontos ganham corpo nas interações entre os personagens e o autor não esconde sua preferência pelo espiritismo em sua trama.

15.9.12

VEJA O LANÇAMENTO DO "CASOS E DESCASOS" NO 8o. ENLIHPE




Maurício Brandão fez a gentileza de publicar no You Tube o lançamento do livro Casos e Descasos na Casa Espírita.

Nele a Dra. Julia Nezu apresenta o livro de Samuel Magalhães "Anna Prado: a mulher que falava com os mortos" e permite que falemos um pouco do livro e de seu processo de produção.

5.9.12

PESQUISAS INTERNACIONAIS SOBRE PASSE



Na literatura de língua inglesa encontram-se muitas pesquisas em periódicos científicos sobre healing. A palavra tem múltiplos significados, inclusive o fisiológico, que significa cura, mas é muito usada como referência à "spiritual healing", que seria "uma relação simples e direta entre o curador (healer) e o paciente no qual pode ocorrer uma melhora na condição do paciente. Os mecanismos subjacentes às práticas de 'healing' são usualmente explicadas com base na transmissão de uma 'energia curadora', embora ainda haja pouco entendimento do tipo de energia que pode estar envolvida." (Hodges & Scofield, 1995)

Os passes, como os praticamos no meio espírita, seriam considerados por estes pesquisadores como uma forma de 'spiritual healing'.

Que tipo de evidências empíricas (perceptíveis pelos cinco sentidos) podem dar suporte a uma prática que está se tornando reconhecida pela chamada Medicina Complementar e Alternativa?

Os autores acima citados, da Universidade de Londres, fizeram um trabalho de revisão e apresentaram resultados empíricos favoráveis às 'curas espirituais' (spiritual healings) que passo a traduzir:

Em Enzimas


Monoamina axidase em plaquetas humanas (Rein, 1986) - aumento do nível de enzimas (p < 0,001)

Em Microorganismos

Inibição de culturas de fungos (Barry, 1968) - diminuição do crescimento dos fungos (p < 0,001)

Produção de dióxido de carbono em culturas de fermento (Grad, 1965) - Mudanças na produção de CO2 (p < 0,0005)

Efeitos em Células In Vitro

Hemólise de células vermelhas do sangue (Braud, et. al, 1979) - redução da hemólise (p < 0,001)

Hemólise de células vermelhas do sangue (Braud, 1988) - redução da hemólise (p < 0,00002)

Efeitos em plantas

Sementes de plantas (Grad, 1965) - Redução do efeito do estresse (damage) salino (p < 0,001)

Efeitos em animais

Feridas de pele em ratos (Grad, 1965) - Aumento da taxa da cura da ferida (p < 0,001)

Retardo do crescimento do bócio em ratos (Grad, 1965) - Crescimento mais lento da tireóide (p < 0,001)

Efeitos em seres humanos

Aumento dos níveis de hemoglobina no sangue (Krieger, 1975) - Aumento da hemoglobina pós-tratamento (p < 0,01 - 0,001)

Estado de ansiedade em pacientes cardíacos (Heidt, 1979) - Redução dos níveis de ansiedade (p < 0,01 - 0,001)

Fonte: Hodges, R. D, & Scofield, A. M. Is spiritual healing a valid and effective therapy? Journal of the Royal Society of Medicine, v. 88, apr. 1995, p. 203-207

Obviamente, há pesquisas negativas com healing, e este trabalho já apontava a existência de mais de 8000 curadores (healers) na Grã-Bretanha, registrados em uma instituição denominada Confederação das Organizações de Curadores (CHO, em inglês).

Eles recomendaram, há mais de 15 anos, a estruturação de programas de pesquisa em healing, em função da existência de resultados positivos e da disseminação da prática. 

Outro ponto digno de nota é o efeito dos passes e outras técnicas similares em sementes, células e fungos, além do conhecido efeito de alteração da tensão da superfície da água (Rindge, 1977), que se opõem aos argumentos geralmente usados pelos céticos como o efeito placebo.

Parece, portanto, que em vez de reinventar a roda, cabe aos interessados em um entendimento dos passes (principalmente os chamados magnéticos ou humanos por Kardec), fazer estudos de revisão dos trabalhos já existentes, especialmente dos recentes, posto que no século XIX os magnetizadores não tinham por prática de pesquisa os estudos experimentais e apenas teciam considerações sobre estudos observacionais de tratamentos empíricos, com raras exceções.

1.9.12

VOCÊ PERDEU O 8o. ENLIHPE? ASSISTA ÀS APRESENTAÇÕES DE TRABALHOS.





O 8o. ENLIHPE foi um momento especial este ano. Seu formato difere um pouco dos eventos espíritas, e se aproxima dos eventos acadêmicos, ou seja, pouco tempo para a exposição, o que exige síntese dos apresentadores e algum tempo para os debates e comentários, após cada trabalho.

Os trabalhos são escritos e avaliados antes do evento, ou seja, os autores já chegam com um comentário e sugestões feitas por uma comissão de avaliação. Eles são inéditos e cada ano que passa estão chegando mais interessantes e originais.

Outra questão importante, aos poucos o ENLIHPE está aproximando pesquisadores das diversas partes do Brasil. Uma das metas para o ano de 2013 é a organização de pelo menos um encontro regional. Vamos fazer em Minas Gerais? Nós já fomos sede de um encontro nacional, falta apenas uma equipe que se disponha a auxiliar na organização e um auditório capaz de comportar pelo menos cem pessoas.

Ficou curioso? O site Espiritualidade e Sociedade, mantido pelo amigo e colega de LIHPE Maurício Brandão, filma e disponibiliza na internet todos os anos o evento. Ele está editando e já publicou pelo menos cinco trabalhos. Confira no endereço: