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24.4.07

Flores no Dólmen de Allan Kardec



"Aquele que visita um túmulo, apenas manifesta, por essa forma, que pensa no espírito ausente" (O Livro dos Espíritos)

"Supões, porventura, que a lembrança de um ser querido dure menos no coração de um pobre, que não lhe possa colocar sobre o túmulo senão uma singela flor?" (O Livro dos Espíritos)

O movimento espírita francês, no século XIX, transladou o corpo de Allan Kardec para o cemitério de Père-Lachaise e erigiu um dólmen e um busto sobre inscrições na pedra em sua memória.

Nos 150 anos da publicação de O Livro dos Espíritos, nossos amigos Élcio e Selene visitaram o túmulo e fizeram estas belas fotos que partilhamos com os leitores do blog.

Após muitos críticos do Espiritismo afirmarem que o mesmo pereceu na Europa, as flores no túmulo de Kardec parecem lhes desafiar as crenças. Outros amigos que lá estiveram dizem que são trocadas amiúde. Um dos ombros do busto se desgastou de tanto que as pessoas lhe colocavam as mãos, ao ponto da União Espírita Francesa e Francófona lhes pedir por escrito que evitassem este hábito, para que as pessoas não associassem o Espiritismo com "manifestações de idolatria".

Pensar que este belo monumento, símbolo que recorda à humanidade o esforço de um homem em realizar o intercâmbio com os chamados mortos, já foi objeto de vândalos que lhe puseram uma bomba caseira há alguns anos.

Que emoções controversas a memória do codificador do Espiritismo desperta nas pessoas!

Não há dúvida que o olhar dos fotógrafos põe em destaque sentimentos muito diferentes daqueles que nublam o coração dos céticos e críticos da doutrina dos espíritos.

Bendita seja a luz dos céus de Paris nesta manhã do dia 02 de abril de 2007 que permitiu fizessem tão belas fotos.






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