Charles Richet, prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1913, era defensor do Esperanto. Ele dizia:
"Num futuro muito próximo haverá uma língua universal, mas, fique entendido, auxiliar, porque será sacrilégio querer que desaparecessem as belas línguas nacionais. (...)
Quando se fala de uma língua internacional, universal e única, do Esperanto, a gente séria se dana toda - estou empregando a gíria moderna para ficar no nível deles - e fazem uma objeção formidável: Ah! Ah! O Esperanto!
Aí fica toda a força da sua argumentação. (...)
Falemos seriamente, mesmo aos que não são sérios.
1o. - O Esperanto é uma língua muito fácil, que não tem uma única exceção em sua gramática.
2o. - Seu vocabulário é, sobretudo, latino, é o latim democracia, isso quer dizer, vocabulário francês.
3o. - Pode aprender-se a gramática - a gramática toda - em meia hora.
4o. Ao cabo de três meses de estudo (a razão de uma hora por dia) um jovem de 15 anos, de inteligência média, poderá falar corretamente o Esperanto. (Para os japoneses, eslavor, chineses e árabes, por causa da diferença profunda do vocabulário e do alfabeto, seriam necessários seis meses)
Ora, para falar corretamente uma única língua estrangeira (francês, inglês, alemão, espanhol ou italiano), são necessários pelo menos dois anos de longos estudos, à razão de pelo menos duas horas por dia. (...)
E o que será se, em lugar de uma única língua estrangeira, tivermos de aprender duas ou até três? (...)
É evidente que o Esperanto não interessará se ninguém o falar. (...) A utilidade do Esperanto está na proporção do número de pessoas que o falem. (...)
É uma beleza ouvir-se dizer: Ah! Ah! O Esperanto! Este argumento (?) não me persuadirá.
E o que é preciso para que esta suposta quimera se torne realidade?
Primeiramente é preciso uma propaganda pessoal ativa, endiabrada. Essa propaganda será divertida, será, sob zombarias, um dos apostolados que torna a vida digna de ser vivida. Para os homens fortes é uma alegria ser remoque de idiotas. (...)
Se, por um acidente de louca improbabilidade, muito mais quimérico que tudo que escrevi neste livro, eu me tornasse ministro da Instrução Pública, um dos meus primeiros cuidados seria o de propor aos meus colegas estrangeiros, ministros como eu, na Itália, na Inglaterra, na Espanha, na Alemanha, na Holanda, a organização de um ensino obrigatório por três meses, sim, de três meses apenas, para os jovens, rapazes e moças, de dezesseis anos. Ao cabo de três meses, uma comissão internacional percorrendo a Europa, conferiria bons prêmios aos professores e aos alunos que houvessem obtido os melhores resultados.
Seria incentivada uma correspondência afetuosa entre esses jovens esperantistas de todos os países.
Não seria complicado o estabelecimento de reuniões em que brilhasse o espírito internacional, graças à unidade da linguagem."
Extraído de Charles Richet: O Apóstolo da Ciência e do Espiritismo. Samuel Magalhães, FEB, 2007.
"Num futuro muito próximo haverá uma língua universal, mas, fique entendido, auxiliar, porque será sacrilégio querer que desaparecessem as belas línguas nacionais. (...)
Quando se fala de uma língua internacional, universal e única, do Esperanto, a gente séria se dana toda - estou empregando a gíria moderna para ficar no nível deles - e fazem uma objeção formidável: Ah! Ah! O Esperanto!
Aí fica toda a força da sua argumentação. (...)
Falemos seriamente, mesmo aos que não são sérios.
1o. - O Esperanto é uma língua muito fácil, que não tem uma única exceção em sua gramática.
2o. - Seu vocabulário é, sobretudo, latino, é o latim democracia, isso quer dizer, vocabulário francês.
3o. - Pode aprender-se a gramática - a gramática toda - em meia hora.
4o. Ao cabo de três meses de estudo (a razão de uma hora por dia) um jovem de 15 anos, de inteligência média, poderá falar corretamente o Esperanto. (Para os japoneses, eslavor, chineses e árabes, por causa da diferença profunda do vocabulário e do alfabeto, seriam necessários seis meses)
Ora, para falar corretamente uma única língua estrangeira (francês, inglês, alemão, espanhol ou italiano), são necessários pelo menos dois anos de longos estudos, à razão de pelo menos duas horas por dia. (...)
E o que será se, em lugar de uma única língua estrangeira, tivermos de aprender duas ou até três? (...)
É evidente que o Esperanto não interessará se ninguém o falar. (...) A utilidade do Esperanto está na proporção do número de pessoas que o falem. (...)
É uma beleza ouvir-se dizer: Ah! Ah! O Esperanto! Este argumento (?) não me persuadirá.
E o que é preciso para que esta suposta quimera se torne realidade?
Primeiramente é preciso uma propaganda pessoal ativa, endiabrada. Essa propaganda será divertida, será, sob zombarias, um dos apostolados que torna a vida digna de ser vivida. Para os homens fortes é uma alegria ser remoque de idiotas. (...)
Se, por um acidente de louca improbabilidade, muito mais quimérico que tudo que escrevi neste livro, eu me tornasse ministro da Instrução Pública, um dos meus primeiros cuidados seria o de propor aos meus colegas estrangeiros, ministros como eu, na Itália, na Inglaterra, na Espanha, na Alemanha, na Holanda, a organização de um ensino obrigatório por três meses, sim, de três meses apenas, para os jovens, rapazes e moças, de dezesseis anos. Ao cabo de três meses, uma comissão internacional percorrendo a Europa, conferiria bons prêmios aos professores e aos alunos que houvessem obtido os melhores resultados.
Seria incentivada uma correspondência afetuosa entre esses jovens esperantistas de todos os países.
Não seria complicado o estabelecimento de reuniões em que brilhasse o espírito internacional, graças à unidade da linguagem."
Extraído de Charles Richet: O Apóstolo da Ciência e do Espiritismo. Samuel Magalhães, FEB, 2007.
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