Foto 1: Ló
Cláudio Galvão narrou-nos alguns dados do Grupo de Fraternidade Irmã Ló, em Belo Horizonte. Fizemos-lhes uma visita e fotos da pequena casa espírita no bairro de Santa Tereza, com as peças resultantes de reuniões de materialização, monumentos singelos de um período mediúnico anterior. Espiritismo Comentado irá publicar esta história a partir de hoje.
"Não se pode contar a história do Grupo Ló sem falar, inicialmente, de Elvira Barros Soares, tratada, carinhosamente pelo apelido de Ló e de seu marido, Jair Soares.
Por volta de 1945, iniciaram em seu lar, à Rua Paraisópolis, 658, no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, reuniões espíritas.
O natal de 1948 encontrou a família Soares triste e apreensiva, sem a alegria costumeira, pois a Ló, esposa de Jair, se achava gravemente enferma, portadora de câncer de pulmão, cujo prognóstico médico era de poucos meses de vida.
Na madrugada do dia 10 de fevereiro de 1949, chovia torrencialmente, quando Jair, atendendo o soar da campainha se defrontou com dois senhores e uma jovem que, procedentes do Rio de Janeiro, perderam o trem que os levaria ao encontro de Chico Xavier, em Pedro Leopoldo. Jair preparou-lhes a acomodação, pois a Ló já se recolhera.
Pela manhã, enquanto a Ló preparava o desjejum, Peixotinho a observava e, então vislumbrou o verdadeiro motivo de sua presença naquele lar. A tão almejada visita a Chico Xavier, em Pedro Leopoldo foi apenas um alvissareiro pretexto. Via a Irmã Scheilla com o rosto colado ao da Ló a dizer-lhe: “Esta é a minha irmã muito querida, precisando de urgente tratamento. Jesus vai permitir a sua cura. Peço-lhe não ir hoje a Pedro Leopoldo, pois há necessidade de se realizarem reuniões em benefício da enferma”.
Foto 2: Peixotinho
Além da reunião do dia 11-02-49, foram realizadas mais três, sendo que a do dia 12-02 aconteceu em Pedro Leopoldo, contando com a presença de Chico Xavier.
Pela primeira vez foram vistos Espíritos materializados e completamente iluminados. Scheilla envolta em tecidos de luz, resplandecia no silêncio e escuridão do ambiente e trazia nas mãos um aparelho de cor verde clara, emissor de radioatividade, instrumento desconhecido da Terra.
Foto 3: Receptáculo de chumbo feito pelos membros do grupo para receber o elemento radioativo
Ao término do tratamento, a Irmã Scheilla dirigiu a Jesus uma sentida prece de agradecimento pela graça alcançada e informou que a Ló não desencarnaria em conseqüência do câncer; fato que se comprovou vinte e dois anos depois, quando veio a falecer, vitimada por enfarte, em 18-01-71." (Texto de Cláudio Galvão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário