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17.3.09

ESPÍRITA PORTUGUÊS VISITA MOVIMENTO MINEIRO

Figura 1: Terroso Martins expõe no auditório da Associação Espírita Célia Xavier

Recebemos a visita do Sr. Terroso Martins, da cidade de Porto, Portugal, em visita às instituições espíritas da capital mineira.
Terroso é sócio-fundador da Comunhão Espírita Cristã de Portugal e da Associação Cultural Espírita Fernando de Lacerda. Até o momento ele já visitou as instalações do Lar Espírita Esperança, do Hospital Espírita André Luiz e fez uma palestra na sede da Associação Espírita Célia Xavier.
Figura 2: Superintendente do LEE com uma turma na hora do lanche

O público presente, inesperadamente no escuro em decorrência de forte tempestade que atingiu Belo Horizonte na noite de ontem, aproveitou o momento para perguntar sobre o Espiritismo em Portugal.
Terroso Martins contou-nos dos quase cinquenta anos de ditadura portuguesa, na qual se proibiu a prática espírita. Em um gesto de coragem e resistência, nossos irmãos portugueses mantiveram reuniões em casas particulares e em ambientes campestres, mantendo vivas as idéias e as práticas espíritas, como se fossem os cristãos romanos da primeira hora.
Figura 3: Vista do público presente à palestra antes da interrupção da energia elétrica


Os bens da Federação Espírita Portuguesa (muitos imóveis) foram confiscados pela ditadura e até o momento corre uma ação solicitando um ressarcimento por parte do estado.

Ele destacou a importância dos autores brasileiros, especialmente da obra de Chico Xavier e da divulgação mantida por Divaldo Franco em Portugal.

Terroso narrou como eram feitas as atividades mediúnicas, recordou-se da visita de Joaquim Alves (Jô), amigo de Chico Xavier, pelas terras lusitanas e explicou como eram feitas as atividades assistenciais nas sociedades espíritas portuguesas.

Passada a ditadura, ainda existem preconceitos da sociedade para com os espíritas que vêm sendo superados com trabalho e respeito. Terroso nos explicou que a comunidade espírita portuguesa tem realizado atividades de visitas em hospitais e outras instituições, inicialmente sem apresentar-se institucionalmente. Quando alguém lhes pergunta quem são, os trabalhadores portugueses respondem: - "Somos cristãos, somos espíritas". Como as pessoas já conhecem o trabalho, passam a respeitá-los como voluntários e espíritas.

"Hoje existem entre 150 e 200 centros espíritas em Portugal", afirmou Terroso Martins. Há atividades de evangelização infantil e o movimento de jovens espíritas reúne-se anualmente em um evento para a divulgação do Espiritismo.

A noite foi aconchegante. Terroso pediu que os presentes cantassem-lhe a canção conhecida popularmente como "Ó, Minas Gerais", que lhe fala ao coração. O público emocionou-se e terminamos as atividades com uma sensação de suave alegria neste enlace entre dois continentes.

Um comentário:

  1. Recebi por e-mail este comentário que passo aos leitores:

    "Parabéns, Jáder Sampaio, pelo seu relato; é muito bom termos uma visão do movimento espírita em outro país.Senti-me enriquecida com a explanação do Sr. Terroso Martins, em resposta às perguntas que lhe foram apresentadas."

    Maria Lina Pequeno.

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