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4.11.11

SUPERINTERESSANTE: A OPINIÃO DE RICARDO ALVES DA SILVA


Alfred Russel Wallace

Mais uma Superinteressante nas bancas falando de Espiritismo, desta vez abordando o que ela denominou Ciência Espírita.

Em tempos de redes sociais, entrevistas gravadas ou realizadas por meio de registro escrito das respostas dadas aos questionamentos feitos, podemos nos felicitar com o acesso direto das informações geradas pelos entrevistados. É claro que na reportagem deve constar o tratamento de outras fontes de informação, atividade que acredito ser inerente ao trabalho dos profissionais envolvidos.

No caso da Superinteressante deste mês, o Dr. Alexander Moreira-Almeida, através dos documentos em anexo e que também podem ser localizados nas Notícias, em 13/10/2011, do site http://www.ufjf.br/nupes/, nos ajuda a entender um pouco mais da seriedade de seu trabalho como cientista, e não cientista espírita como a reportagem sugere e induz a uma interpretação duvidosa do seu trabalho.

As informações publicadas pelo Dr. Alexander Moreira-Almeida e a edição de outubro/2011 me fizeram revisitar dois trechos, distantes um do outro, que acabei de ler no início do livro “Diálogo com os Céticos”, de Alfred Russell Wallace, tradução de Jáder dos Reis Sampaio, editora Lachâtre, transcritos abaixo:

“É, por consequência, no interesse da verdade que toda doutrina ou crença, por mais bem estabelecidas ou consagradas que pareçam ser, devem em certos momentos ser desafiadas a armar-se com os fatos e raciocínios que possuem, para encontrar-se com seus oponentes no campo aberto da controvérsia, e batalhar pelo seu direito de existir.”

“Contudo, uma teoria ou crença pode ser sustentada por argumentos muito ruins e, ainda assim, ser verdadeira, ao mesmo tempo que pode ser sustentada por argumentos muito bons e ser falsa; mas nunca houve teoria verdadeira que não tivesse nenhum argumento bom a sustentá-la.”
 
 
A forte exposição da Doutrina Espírita, ou indícios dela, junto ao público, por meios nem sempre atentos à qualidade da informação veiculada, e as consequentes críticas veladas que surgem em reportagens duvidosas nos indicam a atualidade das palavras deste honesto cientista do século XIX, escritas em outro contexto que o livro citado evidencia com clareza, mas cujos vícios pelo visto permanecem até hoje.
Ricardo Alves da Silva
Natal - RN

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