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30.1.12

MOSTRA DE FILMES COM CONTEÚDO ESPÍRITA EM LONDRES



Se você estiver em Londres e quiser fazer um programa interessante na última semana de fevereiro, vá à sala Alfred Hitchcock, na Queen Mary University of London, e assista, gratuitamente, pelo menos um dos dez filmes de conteúdo espírita e espiritualista que serão exibidos em uma mostra organizada pela Prof. Else P. R. Vieira.

A mostra exibirá um documentário pela manhã e um longa-metragem à tarde.

A lista de Filmes:

Nosso Lar (2010)
As Mães de Chico Xavier (2011)
O Filme dos Espíritos (2011)
Bezerra de Menezes (2008)
Chico Xavier - o Filme (2010)
Allan Kardec, o Educador (2005)
As Cartas Psicografadas por Chico Xavier (2010)
Divaldo Franco - Humanista e Médium Espírita (2008)
A Grande Síntese de Pietro Ubaldi (2009)
Eurípedes Barsanulfo, Educados e Médium (2007)



Mostra de Filmes Espíritas e Espiritualistas Lusófonos

Data:
de 21 a 25 de fevereiro de 2012
Horário: Das 10h00 às 18h00
Local: Alfred Hitchcock Cinema – Arts Building (Queen Mary University of London)
327 Mile End Road, E14 NS – Mile End Station
Reservas antecipadas gratuitas:
http://bit.ly/SpiritFilm
Mais informações: bussevents@gmail.com
Todos os filmes lusófonos terão legendas em inglês. As sessões serão seguidas de um debate sobre o tema.


24.1.12

COMO FOI O 7o. ENLIHPE?


O site do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo está atualizado e cada vez mais rico.

Para quem se interessou pelo ENLIHPE e ainda não o conhece, foi feita uma reportagem fotográfica dos conferencistas, organizadores, eventos e lançamentos de livros, objetiva, clara e compreensiva.

Acesse o site do Centro de Cultura http://www.ccdpe.org.br/ e desça duas matérias para ver o que aconteceu em 2011.

23.1.12

8o. ENLIHPE: PREPARE COM ANTECEDÊNCIA SEU TRABALHO



Desde 2003 trabalhamos em um projeto que é o Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo - ENLIHPE. A Liga é um grupo virtual de pessoas interessadas no estudo do espiritismo, aos moldes acadêmicos. Os membros não necessitam ser espíritas para participar, basta que respeitem os códigos de conduta do grupo e obviamente tenham interesse no espiritismo.

A LIHPE foi criada para incentivar o registro e discussão da história do espiritismo, e aos poucos foi agregando interessados que trabalhavam na fronteira entre o espiritismo e as chamadas áreas do conhecimento: filosofia, física, psicologia, ciências sociais, antropologia e muitas outras.

Desde seu fundador, Eduardo Carvalho Monteiro, percebeu-se que apenas o intercâmbio à distância é insuficiente para estabelecer grupos de trabalho e aproximar os membros. Foi então criado o ENLIHPE, que é o encontro nacional, este, presencial.

São Paulo abriu-nos as portas e especialmente o Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo - CCDPE, que é uma casa fundada com o esforço de muitos e o acervo bibliográfico e documental do Eduardo, doado após a morte.

Há quatro anos as paredes do Centro de Cultura têm recebido membros da LIHPE e outros interessados dos quatro cantos do país. Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Piauí, Ceará, Bahia e Goiás são alguns dos estados que já enviaram representantes ou expositores, ou mesmo participantes para o evento. Tivemos a presença de um antropólogo italiano na participação do evento e o intercâmbio posterior possibilitou a publicação de um trabalho monográfico na área da antropologia em seu país.

Se você tem algum trabalho na fronteira entre o espiritismo e as ciências reconhecidas pelo CNPq e até outras não reconhecidas (como é o caso da parapsicologia), comece a preparar seu artigo para submissão. Evite deixar para a última hora. Mais informações sairão no site da LIHPE - www.lihpe.net/wordpress

22.1.12

A LIHPE E A PLATAFORMA LATTES



Se você digitar www.cnpq.br e clicar na Plataforma Lattes, terá acesso livre aos currículos de todos os pesquisadores e acadêmicos do Brasil e de alguns países da América Latina.

Esta é uma iniciativa bem sucedida, que possibiita o acompanhamento da produção científica no Brasil e das trajetórias dos professores e pesquisadores.

Quando reorganizamos o Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo, uma das ações empreendidas foi a publicação impressa dos melhores trabalhos, a exigência da redação prévia destes trabalhos no ato da submissão e a formatação dos trabalhos segundo as normas da associação brasileira de normas técnicas, além da submissão e aprovação dos trabalhos por pares (membros de uma comissão, com formação compatível, que seria o mestrado ou doutorado em qualquer área do conhecimento).

Não foi uma ação fácil porque deu muito trabalho para a organização, perdemos trabalhos promissores, mas que fugiam ao tema ou à forma exigida e estou certo que muitos estudiosos do espiritismo, espíritas ou não, nem chegaram a submeter trabalhos pela dificuldade de disponibilizar tempo para a redação segundo as normas.

No começo, o Encontro Nacional da LIHPE ficou em uma espécie de limbo: nem é um evento tradicional espírita (de divulgação do espiritismo), nem é plenamente um evento acadêmico, dadas as suas características e as limitações da pesquisa sobre o espiritismo no Brasil.

Hoje temos três livros publicados a partir dos trabalhos apresentados e selecionados na LIHPE:


Estive verificando a menção aos trabalhos dos livros nos currículos Lattes dos autores e encontrei 19 referências, que entram como Produção Bibliográfica - Capítulos de Livros.

Vê-se que aos poucos o preconceito vai diminuindo, e o espiritismo passa a ser tematizado pela ciência brasileira, torna-se objeto de estudo e não causa temor que se comunique aos pares ter realizado um estudo ou publicado um trabalho sobre o tema.

Ainda há muito o que fazer, posto que Tiago Paz mapeou 172 teses e dissertações sobre o tema, e ainda não teve fôlego para mapear os artigos, ou seja, há muito mais trabalhos produzidos que os que conseguimos discutir.

18.1.12

O NOVO JUDAS ISCARIOTES




Lembram-se do Judas Iscariotes? Não estou me referindo ao discípulo de Jesus, mas do prédio pertencente a um Centro Espírita em Franca, interior paulista (quase Minas...)

Em 2010 escrevemos no Espiritismo Comentado uma matéria sobre a instituição (http://espiritismocomentado.blogspot.com/2010/11/espiritismo-em-franca-sp-2.html) e a origem do nome.

Recebi do Luís Alexandre Machado a foto do prédio totalmente restaurado. Ficou espetacular.



Parabéns ao movimento espírita francano pelo seu trabalho incessante!

15.1.12

O ESPIRITISMO EM CORDISBURGO


Entrada da Gruta de Maquiné

Cordisburgo é a terra de Guimarães Rosa, terra do interior mineiro em que um dia apeavam peões cheios de estórias e canções, falantes uns, silenciosos outros, mas todos com uma marca que quase não existe mais.

Nesta terra encantada, cheia de Deus e Diabo, cheia de lendas e heróis, cheia de fazendas e vendas, morou, por nove anos, o menino que foi ser doutor na cidade grande e cônsul nas Europas. Abençoado ou amaldiçoado por esta sina, Doutor Guimarães Rosa não perdeu Cordisburgo, após tantos anos longe dela, porque a cidadezinha ficou lá, no coração (cordis, em latim), e junto dela todo o povo encantado, com as histórias encantadas, que parecem ser coisa de outro mundo.

Cheguei na cidade do coração atraído por duas coisas nebulosas ou inexistentes na minha memória: o Museu Guimarães Rosa e a Gruta de Maquiné, cheia de Peter Lund, sábio dinamarquês cujo destino levou para o sertão mineiro.

Maquiné não é a maior das grutas, mas devia ser visitada por todos os psicanalistas de Minas. Os estalagtigtes e estalagmites formam imagens só interpretáveis pela fantasia, pela imaginação e, talvez, tutoradas pelo inconsciente. Beleza e mistério, natureza e espírito humano se encontram no seio da terra, no centro das rochas.

Por que estou escrevendo isso neste blog? Não é um blog de espiritismo?

Após os quilômetros de andança no coração da terra, ouvindo história natural e estórias de guia, saí, ofegante, rumo ao carro que ficou estacionado em frente às lojas de lembranças e coisas da terra, comuns nos pontos turísticos em todo o mundo.

Minha filha chamou-me para ver algo. Uma banca de livros espíritas e algo mais.
Livros espíritas? Nonada?


Dulce e o blogueiro de Espiritismo Comentado, apresentando o livro de Alfred Russel Wallace

Sim, e junto deles, promovendo-os, a simpática Dulce, da FRABEM, Fraternidade Bezerra de Menezes, que funciona há vinte anos no Bairro da Paz, na Rua Albertino Maciel, de número desconhecido. Mesmo porque, número é coisa de cidade grande, de lugar em que ninguém conhece ninguém, mesmo tendo um tantão de gente para poder se relacionar. Tenho certeza que os habitantes de Cordisburgo conhecem bem o Centro Espírita, que já deve ter atingido sua maioridade, ou quase, uma vez que funciona há mais de duas décadas.

Gentil, Dulce deixou-nos à vontade para ver os livros, até que minha esposa denunciou, do lado de fora da pequena livraria: "O Aspecto Científico do Sobrenatural"!

Dulce pegou o exemplar, cuidadosamente guardado dentro de um plástico, para conservação contra a umidade local. Ele estava lá, novinho, não sei dizer se da primeira ou segunda edições, mas possivelmente um dos últimos exemplares da primeira.

Ela ficou sem entender. - "Vocês estão estudando este livro?"

Meio sem graça, mas imensamente feliz, expliquei-lhe: - "Não. Eu o traduzi."

Wallace deve estar feliz, muito feliz. Se seu livro ainda não foi encontrado às margens do Rio Negro, pelo menos encontra-se à venda um século e meio depois de inicialmente publicado, em língua portuguesa, no sertão, pertinho de onde seu colega dinamarquês e seus sucessores acadêmicos encontrariam animais pré-históricos ainda não documentados e fundariam uma espeleologia e uma arqueologia brasiliensis.

Os espíritos também estão lá, em meio à literatura de Guimarães Rosa e na voz contida de médiuns do século XXI, que não se preocupam com a opinião pública, nem têm medo de cara feia. Fazem seu trabalho e exercem sua cidadania democrática, reunindo-se para estudar Allan Kardec e seus discípulos.


Portal Guimarães Rosa e um ser estranho e extemporâneo

Dizem que  Guimarães Rosa é simpatizante do espiritismo. Então, sou simpatizante do simpatizante...