Imagem de uma carta escrita à mão
Você escreveria uma carta para um juiz de direito dando declarações falsas sobre a morte de seu cônjuge? Acha que sua sogra o faria?Camille Flammarion escreveu diversos livros com o material que ele recebeu sobre fenômenos psíquicos em geral de toda parte do mundo. Deste material, ele escreveu diversos livros e exemplificou em outros, como é o caso de "A Morte e Seu Mistério", publicada em três volumes pela FEB (Antes da Morte, Durante a Morte e Depois da Morte).
No volume III, Flammarion transcreve um estudo publicado nos Annales des Sciences Psychiques, de 1919 (pág. 67)
Ele narra a desventura do Conde Ubaldo Bêni, que empregou o jovem Garibáldi Veneziâni. Este último passou a desviar-lhe dinheiro e foi descoberto. Em viagem de negócios no dia 24 de agosto de 1916, já retornando de Lucera para Montecorvino, em um tílburi (uma charrete de duas rodas e dois assentos), foi assassinado pelo empregado.
No inquérito descobriu-se a fraude de Garibáldi, através dos vales e recibos dos correios, e este confessou o crime, sendo preso e acusado em juízo.
O inquérito estava para terminar, quando o juiz recebeu do delegado de polícia de uma cidade da Úmbria (Itália) duas cartas.
A primeira, da Condessa Bêni-Gasparini, afirma o seguinte:
"Atesto que na noite de 24 do corrente, quando esperava ansiosa a volta de Ubaldo, vi diante de mim meu marido, que me disse: 'Olha, tiraram-me das mãos as rédeas do cavalo. Procura o traidor. O culpado tem uma mancha na vista' " Ana Bêni
A segunda, da Condessa Catarina Bêni, mãe de Ubaldo, assim o diz:
"Na manhã do dia 26 do corrente, tenho a certeza que vi praticarem o crime que matou meu pobre filho Ubaldo. Pareceu-me vê-lo chegar no seu tílburi, por uma estrada deserta, quando foi atacado. O agressor tinha um sinal especial, pequena mancha numa das vistas. Meu pobre filho, ao cair ao chão na parte baixa da estrada, fez um movimento e o assassino fugiu precipitadamente." Catarina Béni.
(Flammarion, Camille. A morte e seu mistério. vol III. Rio de Janeiro: FEB, 1982. pág 167-168.)
Conspiração ou comunicação espiritual de Ubaldo Bêni? Deixo as conclusões ao leitor.
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