Sábado de manhãzinha. A Associação Espírita Paulo de Tarso (CEPA), em Montes Claros-MG, está em pleno mês de comemoração do seu aniversário de criação. É uma sociedade espírita jovem em um movimento antigo.
Fui convidado a fazer um simpósio sobre passes e uma palestra sobre o atendimento aos espíritos desencarnados. A CEPA é uma casinha alugada, cuidada com muito esmero, como dizia o poeta.
No mês de aniversário, muita arte, e o resultado da arte amadora estampava as paredes e atraía os olhos.
A associação promoveu uma oficina de artes, na qual uma das ações foi dar tinta acrílica e tela para os participantes poderem fazer uma releitura de Matisse. A imagem das telas do pintor francês foram mostradas aos participantes que criaram sua própria tela, inspirados no mestre.
A oficina é democrática. Qualquer pessoa que se inscrevesse podia participar. Trabalhadores, frequentadores e assistidos interessados compartilharam o mesmo espaço e o mesmo objetivo. Ao final, cada um assina seu trabalho, alguns deles retocados pela professora Angeline.
Tocado pela iniciativa e pelo trabalho do CEPA, o artista Sérgio Ferreira doou uma de suas pinturas, que poderia ter ido passear no primeiro mundo, onde ele expõe todos os anos. Generosidade.
Outra ação foram as galinhas decorativas, feitas a partir de cabaças. Os artistas deixaram suas assinaturas discretamente em suas criações.
As namoradeiras são "arte" da professora Mercilma, que auxiliou os participantes a fazer pintura barroca em arte popular.
Vejam os trabalhos em conjunto e...
outros trabalhos...
de arte anímica!
O burrinho decorava o jardim interno. Houve quem quisesse comprá-lo a todo custo, mas ele não estava à venda. As demais peças foram muito procuradas e adquiridas, o que seguramente vai ajudar o belo trabalho que o CEPA faz em diversas frentes.
Angeline comentou conosco que já havia feito este tipo de oficina em outros lugares, mas os resultados foram superiores. "Talvez por ser um centro espírita..." brincava.
Mesmo com o autor original diante dos olhos não é fácil imitá-lo. Principalmente quando não se conhece pintura, não se entende de tintas, não se tem o material adequado, não se tem noção do significado dos traços, das cores... Nenhum de nós acredita que as telas pertencem a Matisse, mas tiramos o chapéu para a iniciativa de disseminação da cultura no Norte de Minas. O resultado final serviu aos seus propósitos: aproximar os membros da CEPA, difundir a arte, apoiar o trabalho através da venda com preços simbólicos e comemorar o aniversário da associação em grande estilo.
Muito legal!
ResponderExcluirParabéns aos companheiros de Montes Claros/MG!