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28.3.15

NOVO PRESIDENTE DA FEB ELEITO EM MARÇO DE 2015




O Conselho Superior da Federação Espírita Brasileira elegeu no último dia 22 de março de 2015 o Sr. Jorge Godinho Barreto Nery como seu novo presidente.

Jorge Godinho é Tenente Brigadeiro do Ar da reserva da aeronáutica, tendo ocupado diversos cargos em sua trajetória profissional, inclusos o de Diretor Geral do DAC, Chefe do Estado Maior da Aeronáutica e Conselheiro Militar na Conferência de Desarmamento Mundial da Organização das Nações Unidas, em Genebra. O novo presidente optou por omitir estes cargos e títulos nas comunicações oficiais, preferindo apresentar sua "folha de serviço" como espírita.

A trajetória espírita de Jorge Godinho pode ser vista em  http://nrsp.nl/wp-content/uploads/2013/11/Godinho.pdf Ele foi presidente do Centro Espírita Léon Denis – CELD, no Rio de Janeiro na década de 70. Este grupo é muito conhecido pela ação proativa na divulgação do espiritismo e publicação de obras de estudo e memória do movimento.

A experiência com o movimento espírita europeu (Suíça, Holanda, Itália e Áustria) e a direção do Grupo de Apoio e Assistência aos Povos da África (GRAAPA) podem significar um cuidado da Federação com o apoio às organizações espíritas do exterior. Quase todos os vice-presidentes e diretores da gestão de Antônio César Perri de Carvalho estão mantidos em seus cargos, segundo informe da própria Federação. http://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/eleito-novo-presidente-da-feb/

Em sua fala inicial, o novo presidente não apresenta ainda um projeto de trabalho para os próximos anos, limitando-se a convocar aos espíritas para:

“...colocarmos o Evangelho como roteiro; mantermos a consciência tranquila como consolo; esquecermos o mal como  estratégia; e utilizarmos a prece como fortaleza.


O Espiritismo Comentado deseja sucesso para a nova direção da Federação.

26.3.15

RELAÇÃO ENTRE CENTROS ESPÍRITAS E ÓRGÃOS DO ESTADO




Desde Kardec, na sua "Constituição Transitória do Espiritismo" (1868), encontramos preocupações com a ação organizada dos espíritas na sociedade. O fundador francês pensava em uma comissão central que, entre muitas ações de ordem cultural (museu, biblioteca, etc.), também teria por objetivos a construção de um dispensário (semelhante aos nossos postos de saúde atuais), um asilo e  uma caixa de socorros e previdência. Eles seriam construídos a partir da doação de recursos, que criariam um fundo financeiro e o rendimento deste seria utilizado para a manutenção dos órgãos sociais. 

No Brasil a história do movimento espírita está muito marcada com a construção de instituições de saúde, assistência social, cuidado e educação. Geralmente são laicas e públicas e voltadas à população de baixa renda, ao contrário do que pensa o senso comum, que crê terem por objetivo a conversão das pessoas, talvez por associarem fantasiosamente nossas instituições com igrejas que têm por missão a conversão. 

Aos poucos o legislador no Brasil foi percebendo a necessidade de incentivar-se este tipo de iniciativas sociais, e de tomar cuidados para que não haja desvio de recursos por estas instituições. Os três poderes têm recursos e interesses na manutenção de instituições de ação social, porque é mais fácil e econômico apoiar o que já existe que construir infra-estrutura e aumentar os quadros de servidores públicos do Estado, hoje limitados pela lei de responsabilidade social dos gestores.

Há diversas formas de se conseguir apoio do Estado: o reconhecimento da utilidade pública (municipal, estadual e federal) assegura imunidade (a proibição do Estado cobrar impostos) e diversas isenções e reduções de taxas de serviços. Os três poderes podem dar recursos financeiros através de subvenções, convênios e, mais recentemente, termos de parceria (que são convênios simplificados, mas exigem que a organização se qualifique como organização da sociedade civil de interesse público - OSCIP).

Com a formalização destes instrumentos de gestão em nossa sociedade, houve pessoas desonestas que enxergaram nesta possibilidade um caminho de obtenção ilícita de recursos. Isso criou um grande alvoroço no legislativo, cuja fala informal e inconsequente de nossos representantes criou o termo "pilantropia", o que aumentou não apenas os cuidados do Estado com seu controle,  mas criou uma "aura" preconceituosa em torno das parcerias entre organizações do terceiro setor e os órgãos do estado.

No movimento espírita (pelo menos no mineiro) a relação com os órgãos do estado sempre foi vista com muita cautela, porque os dirigentes se preocupam em depender do estado e, de repente, ter o repasse de recursos atrasado ou circunstanciado, ou ainda ter que criar toda uma área-meio, burocrática, para atender as exigências dos órgãos parceiros. Houve sempre uma preocupação saudável em deixar as instituições espíritas à larga dos compromissos políticos partidários, ou pior, "devendo favores" a candidatos, que costumam "cobrar" em votos, no período eleitoral.

Cautelas à parte, penso que nas últimas décadas houve uma proximidade maior com o poder público, mesmo porque, o Estado Brasileiro foi assumindo responsabilidades sociais. No caso das creches, por exemplo, elas se tornaram uma atribuição das prefeituras, mas em uma cidade grande como Belo Horizonte, não há como construir uma rede de creches que atenda a centenas de milhares de crianças em idade pré-escolar em curto espaço de tempo. Da mesma forma, fica muito caro às sociedades espíritas a manutenção de educação infantil de qualidade, atendendo a todos os avanços de que foram sendo objeto. 

Precisamos conhecer mais e melhor estas iniciativas, para viabilizarmos honestamente um trabalho de promoção social que efetivamente dê resultados nas comunidades em que nos encontramos, até que o Estado Brasileiro seja capaz de cumprir seu papel sem necessitar da parceria com o terceiro setor, o que não parece ser algo viável nas próximas décadas.


25.3.15

COMO PESQUISAR NO ESPIRITISMO COMENTADO



O Espiritismo Comentado está comemorando em março, oito anos de publicações, comentários e diálogos muito ricos sobre seu tema central. Foram até agora quase 850 matérias sobre assuntos diversos, quase 490 mil visualizações, acessos de 123 países (27 deles fizeram 50 ou mais acessos registrados pelo flagcounter)

Nesse meio tempo, comentamos um grande número de livros espíritas que lemos e consideramos que vale a pena conhecer, como uma forma de tentar quebrar a resistência pelo novo que se instalou no movimento espírita, em função de um grande número de livros escritos com informações contraditórias e isoladas, recentemente. Outra frente de trabalho foi o resgate de autores já desencarnados, que aos poucos vão sendo esquecidos, pela falta de mídia ou pela falta de discussão sobre suas obras nos centros espíritas.

Tomei a liberdade de divulgar a Liga de Pesquisadores do Espiritismo (LIHPE), nossa frente de trabalho com interessados de todo o Brasil, seus encontros, suas publicações. Falta muito ainda para que este trabalho seja conhecido no Brasil, apesar do interesse de movimentos do exterior, como o movimento francês. Um trabalho quase quixotesco tem sido a divulgação dos livros da coleção "Espiritismo na Universidade", composta até o momento de teses e dissertações defendidas no Brasil e que poderiam ficar na obscuridade e no desconhecimento do movimento espírita. Sei que se trata de trabalhos de interesse restrito e que jamais se tornarão best-sellers.

Tenho sempre recebido cortesias de livros da editora Lachâtre, que tem sido parceira na publicação de nossas traduções e psicografias. Como gosto de sua linha editorial, séria e aberta, tenho sempre comentado livros deles em minhas publicações, mas não há qualquer financeiro ou de mercado nisso, nem eles nunca me pediram que divulgasse nada. Uma pesquisa no blog constatará que escrevo sobre quaisquer editoras espíritas que tenham publicado livros que considero do interesse do movimento.

Outro interesse do EC é o resgate das vidas de espíritas que trabalharam e produziram pelo movimento e de instituições espíritas interessantes, que têm realizado ações de promoção social, inovações nas atividades dos centros espíritas, apresentado ou solucionado problemas de interesse mais amplo. 

O público nos tem sinalizado interesse em temas relacionados à mediunidade, à doutrina espírita em geral e ao comentário de eventos atuais, como foi o caso da publicação sobre o incêndio de Santa Maria, com mais de dois mil acessos. Continuaremos tratando disso.

Ontem, o leitor e amigo José Lourenço me perguntou sobre publicações antigas, então resolvi mostrar um instrumento que temos no blog e que não é muito utilizado. Na régua superior do blog (de quem acessa por notebook ou desktop, não pelos celulares) há uma caixa de pesquisa à esquerda do símbolo do google +. Veja abaixo:


 mais  Próximo blog»


Para pesquisar dentro do Espiritismo Comentado, basta escrever a palavra dentro da caixa de pesquisa e pressionar a tecla enter

No caso do amigo Lourenço, ele está interessado em uma pesquisa sobre determinismo. Aparecerão três matérias, e eu recomendo a matéria "O Determinismo dos Deuses Gregos", para o estudo dele.

Boas pesquisas, leitores e obrigado pela confiança em nosso trabalho!

3.3.15

11o. ENLIHPE APRESENTARÁ PESQUISAS SOBRE REENCARNAÇÃO



A Liga de Pesquisadores do Espiritismo (LIHPE) é uma rede de interessados no estudo do espiritismo. É composta por pessoas de todo o país, com ou sem formação acadêmica, com a finalidade principal de intercâmbio, troca de informação e produção/divulgação de conhecimento.

Há mais de uma década temos promovido, em parceria com o Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo - Eduardo Carvalho Monteiro (CCDPE-ECM) (o fundador da rede) um encontro nacional. Este ano será em São Paulo, dias 29 e 30 de agosto, no auditório da União das Sociedades Espíritas de São Paulo (USE-SP), mas mantendo a parceria com o CCDPE-ECM.

Este ano o tema central é o "Panorama Atual das Pesquisas Científicas sobre a Reencarnação". Já fizemos um levantamento de dezenas de artigos que tratam do tema, publicados em inglês, nas áreas de parapsicologia, medicina, antropologia, ética, história e psicologia, e identificamos as publicações de pesquisadores famosos sobre este tema, como Erlendur Haraldson, Antônia Mills, Ian Stevenson e Jim Tucker. Membros da LIHPE e do CCDPE estão se organizando para estudar os trabalhos e analisá-los no encontro. O evento está sendo coordenado pelo prof. Adilson Assis, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com muita dedicação e competência.

Independente desta iniciativa, como sempre, estamos aguardando as submissões de trabalhos relacionados à finalidade da LIHPE no período de 1 de março até 31 de maio. Mais informações sobre a chamada de trabalhos podem ser obtidas no site http://www.lihpe.net/wordpress/?p=1450

As inscrições para participar do evento ainda não estão abertas, Avisaremos no Espiritismo Comentado e no site da LIHPE



Quem desejar adquirir a publicação do ENLIHPE de 2014, pode me escrever no e-mail espiritismocomentado@gmail.com, enviando o endereço completo, que repasso uma conta para depósito e envio pelos correios. Para os leitores do Espiritismo Comentado, o livro e o envio pelos correios (como impresso, não como sedex) fica em 30 reais.

Venham a São Paulo em agosto participar conosco desta iniciativa!