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25.4.17

ANTONINA LEVA BÍBLIAS PARA A SALA DE AULA


Antonina tinha um novo desafio: a aula prevista era sobre a Bíblia. Ela imaginava que seus alunos tinham contato com o livro, porque viviam em uma região com grande influência dos evangélicos.

Ela separou então, para a aula, diversas Bíblias. Ela queria dizer que não existia apenas uma tradução, mas diversas traduções, e diferenças no texto. Levou uma Bíblia de tradutor católico, do latim, outra de tradutor protestante, do latim, a Bíblia de Jerusalém e a Bíblia do Peregrino, uma das Testemunhas de Jeová, intitulada tradução do Novo Mundo.

Seus alunos estavam indóceis, então ela começou sua aula com um “brainstorming” para verificar o que os alunos conheciam. Ela disse:

- Vocês vão me dizer a primeira coisa que vêm à mente quando eu disser uma palavra, tudo bem?

- Qual palavra, professora?

- A palavra é Bíblia!

Então todos os nove alunos começaram a falar: Mateus! Deuteronômio! Esdras! Apocalipse!

Eles conheciam livros que ela mesma não conhecia... Com certeza não aprenderam na escola. Antonina engoliu seco, mas continuou. Ela foi explicando a composição e a formação da Bíblia, quando mostrou os diversos livros que havia levado.

Eles folhearam, interessados, vendo que havia diferenças.

Um dos alunos falou:

- Na Bíblia das Testemunhas de Jeová, o livro Apocalipse foi traduzido com o nome Revelação, porque a palavra quer dizer isto em português.

Ela mostrou a “Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas”, a Bíblia das Testemunhas de Jeová.

- Deixa eu mostrar para você! Disse o aluno.

Ele localizou rapidamente o último livro da Bíblia e mostrou, triunfante:

- Olha aqui! Revelação!


Com o fim da aula, Antonina ficou pensando, admirada. Eles já conheciam muitas coisas sobre a Bíblia. Como haviam aprendido? Qual seria a extensão do conhecimento? Seria a apreensão das histórias que compõe o livro considerado sagrado? Estas histórias seriam capazes de transmitir os valores cristãos, ou seriam vistas apenas como os filmes de cinema, uma realidade ficcional, distante e sem conexão com as nossas vidas? Eles são, mesmo, capazes de aprender muitas coisas!

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