Páginas

17.11.18

TRÊS INICIATIVAS DE RESGATE DA MEMÓRIA ESPÍRITA EM BELO HORIZONTE-MG




Nos últimos dois anos, vieram à luz três livros que tratam da memória do meio espírita em Minas Gerais.

Pelas comemorações dos 50 anos do Hospital Espírita André Luiz, em Belo Horizonte, Lucrécia Valle e Roberto Lúcio Vieira de Souza publicaram o livro “Hospital Espírita André Luiz: da revelação espiritual à prática clínica”.

O livro traz em seu corpo uma pesquisa documental e em jornais de época sobre a criação e a trajetória do Hospital Psiquiátrico desde sua concepção até a comemoração dos 50 anos de atividades.


O livro trata também do serviço de saúde do Hospital e dos avanços realizados com o passar dos cinquenta anos, na medida em que a psiquiatria e as ciências da saúde também avançavam.

Observa-se que o hospital é fruto do esforço de pessoas de diversos grupos espíritas da capital mineira, que se organizaram em torno do projeto de oferecer tratamento psiquiátrico e de saúde à população em situação de vulnerabilidade social. Vê-se que as lideranças que se aproximaram desse ambicioso projeto, estavam em plena atividade em seus centros espíritas e com atividades diversas, quando se depara com os dois outros livros publicados.

O Cenáculo Espírita Thiago Maior foi local das primeiras reuniões de diretoria do hospital, enquanto o terreno era adquirido, e logo após o Centro Oriente (p. 34) Juntou-se aos diretores um grupo ligado à União Espírita Mineira e a Chico Xavier: Peralva, Salvador Schembri, Osório Morais e Virgílio Almeida. Emmanuel, através do lápis do médium de Pedro Leopoldo, dá diversas orientações para o futuro hospital que vão sendo publicadas em boletins e mensagens, lidos em reuniões de diretoria. Os Espíritos Joseph Gleber e Irmã Scheilla também se manifestam e orientam.




Sergito de Souza Cavalcanti, professor aposentado da Escola de Veterinária da UFMG, publicou agora em agosto de 2018 o livro “Oriente de Luz”, que trata especificamente do Grupo Scheilla, mas de forma geral do movimento da fraternidade em Belo Horizonte. Sergito apresenta em linguagem simples e direta os trabalhos realizados pelo Grupo Scheilla e o Centro Espírita André Luiz, com estatísticas entremeadas por histórias de fundadores e trabalhadores.

Jair, Ênio, Dante são alguns dos trabalhadores que participam também do HEAL. Em alguns momentos, há conexões entre os dois livros de instituições diferentes, mas com partilha de trabalhadores.




Por fim, alguns dos personagens da capital mineira surgem novamente no nosso Conversando com os espíritos. Virgílio Almeida, Ysnard Machado Ennes, Oswaldo e Honório Abreu, presentes no HEAL, estão novamente sendo lembrados pelos seus trabalhos, uns no Grupo Emmanuel e outros na Associação Espírita Célia Xavier.

Um tanto negligenciada, pelo desejo dos trabalhadores de ficarem anônimos enquanto encarnados, a memória vai sendo resgatada de forma ainda amadora, mas relevante para a compreensão das organizações que formam o movimento espírita nas Minas Gerais. Tomara que outras iniciativas, com documentos, registros em jornais e método de história oral, continuem resgatando a memória do Lete do esquecimento, dando sentido e significado às ações empreendidas no passado e herdadas no presente pelos trabalhadores espíritas.


Nenhum comentário:

Postar um comentário