Flammarion publicou um livro chamado "Les forces naturelles inconnues" (As forças naturais desconhecidas) no qual ele se recorda do seu contato com Allan Kardec e da frequência às reuniões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, sobre a qual ele destaca o fato do mestre francês não se interessar por mesas girantes ou fenômenos físicos.
Flammarion se lembra de uma mesa grande, onde médiuns escreventes psicografavam. Ele afirma que "Os ensinos dos Espíritos pareciam-lhe [a Kardec] formar a base de uma nova doutrina, de uma espécie de religião".
No famoso discurso no túmulo de Kardec, ele afirma que "o espiritismo é uma ciência da qual só se conhece o ABC", recusando o convite para presidir a Sociedade Parisiense de estudos espíritas. Não é preciso dizer que para Flammarion, o conceito de ciência se reduzia ao que propunha o positivismo, o que se constatará nos livros que ele publicou a partir da observação de fenômenos supostamente espirituais e psicológicos, e das conclusões que tirou deles.
Posteriormente, um biógrafo de Flammarion vai dizer que ele se afastou dos discípulos de Kardec, mas não se afastou dos fenômenos espirituais, e ele voltaria à cena após a virada do século para apresentar suas observações e defender a existência e sobrevivência da alma.
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