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17.6.07

Correio Fraterno Lança Site e Republica Artigos



O Correio Fraterno publicou seu novo site, que apresenta algumas de suas matérias como cortesia ao internauta. O site mostra algumas das colunas mais frequentes do jornal: Entrevista, Literatura, Baú de Memórias (homenagem ao Eduardo Carvalho Monteiro), Você Sabia?, Biografia, Comportamento, Opinião, Filosofia e Ciência.

O endereço é: http://www.correiofraterno.com.br/

Agradeço à equipe a publicação de uma entrevista que fizeram na época da defesa da tese na USP. As perguntas da Izabel ficaram muito bem feitas e são abrangentes. O leitor do blog pode acessá-la clicando no título desta postagem.

9.6.07

Carlos Imbassahy


Vendo o rumo que tomam os debates no Movimento Espírita, recordei-me de um grande homem a quem tento, mas não consigo seguir os passos. O texto abaixo mostra um dos inúmeros episódios de polêmica no qual fez a defesa do Espiritismo, com uma elegância tal que não fazia inimigos. Acho que estes tempos se foram, mas nada impede que voltem.

"Certo dia o grande Medeiros e Albuquerque, autor de "Graves e Fúteis", membro da Academia Brasileira de Letras, orador renomado e uma das mais brilhantes penas do Rio de Janeiro, resolveu atacar o Espiritismo. Era psicanalista e escolheu para tema de um de seus inúmeros artigos os fenômenos espiríticos, procurando demonstrá-los à luz da interpretação freudiana.

Meu pai arvorou-se em rebater-lhe o artigo: escreveu a réplica e pediu a meu avô, crítico musical do Jornal do Brasil, que o fizesse publicar no referido periódico.

Como genitor, também dedicado às letras, antes de atender ao pedido do filho, fez-lhe ver que aquilo era loucura: querer discutir com um homem cuja pena todos temiam com justa razão.

- Não se importe, meu pai: ele sabe escrever, porém não conhece Espiritismo e nisso não leva nenhuma vantagem.

O redator do jornal adorou a idéia dessa polêmica e mandou publicar o trabalho, embora comentasse para o velho Arthur:

- Seu filho vai se meter em palpos de aranha; o Medeiros irá reduzi-lo, que não lhe poupa ninguém!

Mas a resposta do grande Medeiros e Albuquerque que tardava, para espanto geral.

Estava meu pai em seu trabalho, na "Estatística", à Rua Luiz de Camões, quando um contínuo veio anunciar-lhe que um senhor meio surdo desejava falar-lhe.

- Mande-o entrar.

E o convidado não se fez esperar. Um senhor bem apessoado dirigiu-se a meu pai:

- Talvez não me conheça... sou Medeiros e Albuquerque.

- !

- ... Vim porque li seu artigo e desejo respondê-lo, porém, por um princípio íntimo de honestidade, gostaria de debater alguns pontos críticos...

E começou a indagar coisas de Espiritismo. Uma conversa agradabilíssima de um homem erudito, fino, polido em toda íntegra, a inquirir pelo desejo de conhecer, debatendo o tema.

No dia seguinte, fez publicar um artigo no qual declarava que tomava conhecimento da resposta de meu pai e que, em breve, voltaria ao assunto, assim que reunisse elementos para a polêmica.

E as visitas tiveram continuidade, só a contra-resposta é que nunca foi escrita: dizem mesmo que, ao fim da vida, Medeiros e Albuquerque houvera declarado.

- Fui materialista durante esta existência; se houvesse religião que eu pudesse aceitar, esta seria o Espiritismo." (Memórias Pitorescas de Meu Pai, Carlos de Brito Imbassahy, 2a. ed, 1989, p. 283-284)


Passaram-se os anos e Medeiros e Albuquerque, espírito, deixa duas pérolas no livro "A Canção do Destino", citado abaixo.





9.5.07

O Espiritismo Espanhol no Século XIX



Os livros de Florentino Barrera, escritor (ainda que não se autodenomine como tal) argentino, têm sido publicadas em português graças a um esforço de trabalhadores espíritas de diferentes estados, trabalhando em conjunto.
Dono de uma erudição destacada e de uma história de pesquisa e busca do conhecimento espírita, Florentino teve seu livro intitulado "O Auto-de-Fé de Barcelona" publicado pelo Centro de Cultura e Pesquisa Espírita - Eduardo Carvalho Monteiro, após um trabalho de equipe de membros da Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas - LIHPE.
O livro interessa ao leitor que pesquisa a história do Espiritismo, porque Florentino não se atém apenas aos atos imediatos associados ao já conhecido auto-de-fé, mas faz uma leitura panorâmica da trajetória do movimento espírita na Espanha e cita fatos de países americanos de língua espanhola, mostrando conexões entre política, religião e perseguição a minorias, no caso, a minoria espírita.
O leitor do blog encontrará no site Espiritismo Comentado uma resenha crítica do livro, mas recomendo aos interessados no tema em discussão que formulem sua própria opinião a partir da leitura do livro.

8.5.07

O Espiritismo na Áustria

O Blog Espiritismo Comentado entrevistou Rejane Spiegelberg Planer, engenheira elétrica e nuclear, residente em Viena – Áustria, sobre as atividades de sua casa espírita.

EC: Rejane, como nasceu o grupo espírita que você freqüenta na Áustria? Como ele se chama?
Rejane: As sementes da nossa casa - Sociedade para Estudos Espiritas Allan Kardec (VAK) - foram plantadas por Divaldo Franco em 1988, quando pela primeira vez proferiu uma palestra em Viena, capital da Áustria. Um ano após, Raul Teixeira aqui esteve, e desde então, ambos vem apoiando o desenvolvimento deste núcleo espírita através de palestras e seminários, e orientando o grupo com sua sabedoria e vivência espírita.
A semente germinou sob a liderança de Josef Jackulak, tcheco de nascimento, que aos poucos foi reunindo os companheiros espíritas de Viena. A princípio, um pequeno grupo reunia-se em sua casa semanalmente para estudo e orações, depois devido ao crescente número de interessados, em local mais apropriado à rua Spengergasse 10/3, onde ainda hoje é a sede do VAK. No ano de 2000, a Sociedade para Estudos Espíritas Allan Kardec foi registrada oficialmente e legalizada na cidade de Viena. Desde então, Josef Jackulak é seu presidente e eu, apoio os trabalhos como vice-presidente.




Foto: À frente e à esquerda, Rejane, Divaldo Franco, atrás Josef Jackulak e Nilson. Os demais são membros do VAK.


EC: Rejane, que atividades vocês fazem em sua casa espírita?
Rejane: Temos várias atividades por semana, concentradas em 3 dias: segunda, terça e sábado. São 2 palestras semanais às terças-feiras e aos sábados. Nestes dias realizamos estudos especializados e oferecemos evangelização infantil (aos sábados). É rotina da casa o estudo para médiuns, pois acreditamos que o estudo faz parte do dia a dia do médium, ajudando no equilíbrio mental e emocional, mas atualmente também conduzimos um estudo especial para passistas. Na segunda-feira reunimos o grupo mediúnico e o grupo de orações e irradiações.
Além destas atividades na sede do VAK em Viena, há 5 anos também atuamos junto a 2 países vizinhos – a Republica Tcheca e a Eslováquia, onde também sob a liderança de Josef Jackulak organizamos 2 grupos espíritas locais. Estes grupos de cidadãos tchecos e eslovacos, reúnem-se uma vez por mês para palestras e estudos espíritas nas cidades de Brno (Republica Tcheca) e Bratislava (capital da Eslováquia). As palestras são proferidas em português com tradução consecutiva para o idioma tcheco, ou diretamente em tcheco, uma vez que os participantes não falam português.

EC: Há quanto tempo vocês se organizaram?
Rejane: O grupo que originou a nossa Sociedade para Estudos Espíritas Allan Kardec, reúne-se desde 1988, portanto há quase 20 anos. No entanto, o VAK foi legalizado no ano de 2000, portanto há seis anos.
O grupo de Bratislava iniciou-se em 2002 e o grupo de Brno em 2005, um trabalho que vem amadurecendo aos poucos.

EC: Os trabalhadores do grupo são predominantemente brasileiros residentes na Áustria ou austríacos? As reuniões em seu grupo são realizadas em que idioma?
Rejane: Em Viena, o grupo é internacional. São brasileiros, portugueses, espanhóis, tchecos, austríacos, japoneses, todos residentes em Viena. Os trabalhadores da sociedade ainda são predominantemente brasileiros, mas esperamos e trabalhamos para aos poucos formar um grupo firme de trabalhadores austríacos, atendendo assim, a comunidade local e não somente a comunidade flutuante internacional ou de brasileiros residentes em Viena.
Deste modo, as reuniões da Sociedade para Estudos Espíritas Allan Kardec de Viena são realizadas em português ou alemão, dependendo dos participantes. Já fizemos experiências de conduzir as palestras também em inglês, mas o número de interessados não justificou a iniciativa, e optamos por manter o alemão e o português.

EC: Suas atividades estão articuladas com centros de outros países europeus?
Rejane: Iniciamos e continuamos dando nosso suporte a 2 grupos: um na República Tcheca e outro na Eslováquia. Nestes grupo, damos palestras mensais traduzidas para o tcheco e o eslovaco.
Josef Jackulak é o pai desta iniciativa, eu o acompanho na tarefa. Ele fala tcheco, e lidera o trabalho, e é um batalhador e divulgador do Espiritismo. É claro que o trabalho conjunto e o apoio mútuo é necessário, mas eu acredito, que sem a sua força de nobre trabalhador da causa espírita, este trabalho no leste Europeu e aqui em Viena não seria feito.



Foto: Divaldo Franco e Josef Jackulak em Brno, na República Tcheca.

EC: Há outras atividades de divulgação doutrinária feitas por vocês?
Rejane: Anualmente organizamos as viagens de Divaldo Franco no leste europeu, que inclui República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Polônia e na ONU de Viena, e neste ano (2007), pela primeira vez em Istambul, na Turquia onde estaremos dia 23 de maio. Organizamos também as visitas de Raul Teixeira e Juan Durante nestes países. São eles, na minha opinião, as 3 estrelas que apóiam o desenvolvimento da nossa sociedade e do Espiritismo nesta região.
Além disso, atuamos junto a ONU em Viena, seja organizando palestras destes líderes do Espiritismo atual, como participando de eventos onde podemos divulgar o Espiritismo, ou oferecendo livros em inglês, que é a língua de trabalho na ONU. Os frutos deste trabalho minúsculo, vemos este ano, com a ida de Divaldo Franco a Turquia, que é organizada por um ex-colega da ONU, que acompanhou silenciosamente as palestras de Divaldo na ONU, desde 1992. O trabalho da espiritualidade é discreto, mas os frutos são colhidos na hora certa.

EC: Você tem notícias das origens do Espiritismo Austríaco? Quando ele surgiu? Quem eram seus fundadores? Qual foi sua trajetória?
Rejane: Morando na Áustria há 18 anos, espírita de nascimento (minha família foi fundadora de um dos primeiros centros espíritas em Porto Alegre Brasil) não poderia deixar de buscar as origens do espiritismo na Áustria. O que sabemos no momento, é que em Viena existiu uma sociedade espírita já na época de Kardec, pois a Revista Espírita menciona uma troca de correspondência de Allan Kardec com o Sr. Delhez , que foi também o tradutor de O Livro dos Espíritos e outras obras da codificação para o alemão. A Sociedade Espírita de Viena existiu portanto desde a época de Kardec (1862).
No entanto, o império austro-húngaro abrangia um território muito maior do que a Áustria dos dias de hoje. Nossas pesquisas abrangem, portanto, a Republica Tcheca e Eslováquia, principalmente a região da Boêmia, e a Hungria. Nestas regiões existiram grupos espíritas até antes da segunda guerra mundial. Uma das conhecidas médiuns espíritas da região é a Baronesa Adelma von Vay, que também viveu no mesmo período e que deixou vários livros psicografados, entre eles citamos “Espírito, Forca e Matéria” (psicografado em 36 dias em 1869), e seus belos livros de orações, que infelizmente somente encontramos em língua tcheca. Depois disto, como em toda a Europa, o movimento espírita foi diminuindo até quase desaparecer. No entanto, no contato com os freqüentadores locais, principalmente na Republica Tcheca e Eslováquia, fomos descobrindo que alguns núcleos espíritas mantiveram-se em atividade quase em segredo em certas famílias espíritas. Muitos destes senhores e senhoras participam hoje de nossos estudos, e aos poucos vão tornando-se mais ativos trabalhadores espíritas, possibilitando assim o ressurgimento do Espiritismo em nossos dias nestes locais. (Clique no título do blog e veja uma foto da Baronesa Von Vay - Contribuição de Marco Milani/LIHPE)

EC: Você tem informações sobre os grupos na Áustria? Quantos são? Em que cidades estão situados?
Rejane: Atualmente existem somente dois grupos espíritas na Áustria: a nossa Sociedade para Estudos Espíritas Allan Kardec (VAK) na capital, em Viena, e um grupo fundado em Dornbin, Voralberg.

EC: Há alguma singularidade no Espiritismo Europeu, quando comparado ao brasileiro?
Rejane: Sem esquecer que o Espiritismo codificado por Allan Kardec é um só, eu diria que existem diferenças sim, pois a cultura européia é diversa da cultura brasileira.
O Espiritismo brasileiro é de brasileiros, portanto, cresceu em torno da cultura do povo brasileiro, e sofreu e sofre a influência desta cultura diversificada, colorida.
O espiritismo europeu, com algumas exceções, ainda cresce em torno dos imigrantes brasileiros, mas deve tomar um caráter local para que não se restrinja aos brasileiros e dissemine-se pelo povo local, atingindo o seu objetivo de educar o ser humano quanto aos mistérios da vida, de acabar com o misticismo e colocar o fenômeno na sua correta perspectiva, através dos aspectos científicos do Espiritismo, e trazer ao indivíduo, as metas primordiais, que são a auto-educação e busca pelo autoconhecimento.
Dar espaço para o desenvolvimento de grupos locais, com participação local, deve ser, na minha opinião a meta destes trabalhadores do Espiritismo no solo europeu.

EC: Vocês têm planos para o futuro? Quais são?
Rejane: Nossos planos são modestos. Seguir a doutrina através das orientações de Allan Kardec nas suas obras básicas, e principalmente seguir Jesus, sem jamais nos afastarmos dos ensinamentos do Mestre. Estes dois pontos já bastam para uma vida inteira. E a Sociedade é a nossa vida.
Esperamos seguir em frente e um dia, ser uma semente de luz no céu de Viena, iluminando os corações e as vidas de seus habitantes – sejam eles austríacos de nascimento ou de coração, ou passageiros do trem da vida, que aqui aportam por um tempo.

EC: Que dificuldades vocês têm enfrentado para poder estudar e praticar o Espiritismo na Áustria?
Rejane: Nenhuma. Nossa Sociedade foi legalizada no ano de 2000, como sociedade beneficente espírita na Áustria, sem dificuldades.
As dificuldades que encontramos são aquelas normais de todo agrupamento humano, seja ele um centro espírita ou não. Como somos um grupo internacional, mas no momento predominantemente de brasileiros, temos de enfrentar os problemas da língua – tradução de material para a língua local, etc. Mas, seguindo Kardec, que foi e é universal, pois segue os ensinamentos do mestre Jesus, estamos seguros de seguir o caminho certo.

EC: Como os espíritas brasileiros podem auxiliar o trabalho de vocês?
Rejane: Os espíritas brasileiros vêm ajudando nossa Sociedade de vários modos. A Editora Leal, e portanto, Divaldo Franco e Nilson de Souza Pereira tem auxiliado e disponibilizado literatura em alemão, tcheco, húngaro e inglês, facilitando a divulgação do Espiritismo nas línguas locais. Alguns grupos ou indivíduos têm ajudado mandando DVDs, livros e material de consulta que ficam então disponíveis na nossa biblioteca, e servem de apoio ao trabalhador e de material de consulta e estudo.
Agradecemos a todos que procurarem ajudar através da doação de livros e material de estudo.

Finalizando gostaria de deixar nosso endereço:

Sociedade para Estudos Espíritas Allan Kardec
(Verein für spiritistische Studien Allan Kardec)
Spengergasse 10/3 – entrada pela Jahngasse 28
1050 Wien
email: vakardec@msn.com

28.4.07

Correio Fraterno Publica Conto sobre Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout ou Esgotamento Profissional é um conjunto de sintomas que antigamente era associado apenas ao trabalho. Foi descrita inicialmente nos anos 70 e mais recentemente tem sido encontrada também no trabalho voluntário. Em alguns grupos de profissionais, como professores e profissionais de saúde encontra-se maior incidência da síndrome, que se diferencia do estresse porque não se alivia nas férias ou com a interrupção dos trabalhos. Há associações entre a síndrome, situações de estresse e quadros de depressão.


O burnout é descrito a partir de três aspectos básicos: a exaustão emocional (a pessoa se sente com pouca energia para realizar seu trabalho/tarefa), a despersonalização (distanciamento emocional nas necessidades dos colegas e pessoas a quem atende) e a redução da realização pessoal e profissional (um sentimento acentuado de baixa auto-estima, a pessoa acha que investe muito e não é reconhecida pelos colegas ou instituição, dá "murro em ponta de faca")


O desconhecimento desta doença e um grau de exigência continuado nas Sociedades Espíritas, mantido pelo relacionamento entre os membros, pode desencadear a síndrome. É necessário avaliar com cuidado, para não confundi-la com depressão, anemia, obsessão (no seu sentido espírita) ou desinteresse. Especialmente os Centros Espíritas com grande número de frequentadores e relações interpessoais mais distantes são mais passíveis de ter trabalhadores com burnout sem que os colegas de tarefa o percebam.


O indivíduo com burnout é tratável com psicoterapia e, em certos casos, com acompanhamento psiquiátrico. As instituições devem refletir se não estão criando ambientes propícios ao desencadeamento deste transtorno.


"O Martírio de Antônio" - página 16 de Correio Fraterno, mar./abr. de 2007


24.4.07

Flores no Dólmen de Allan Kardec



"Aquele que visita um túmulo, apenas manifesta, por essa forma, que pensa no espírito ausente" (O Livro dos Espíritos)

"Supões, porventura, que a lembrança de um ser querido dure menos no coração de um pobre, que não lhe possa colocar sobre o túmulo senão uma singela flor?" (O Livro dos Espíritos)

O movimento espírita francês, no século XIX, transladou o corpo de Allan Kardec para o cemitério de Père-Lachaise e erigiu um dólmen e um busto sobre inscrições na pedra em sua memória.

Nos 150 anos da publicação de O Livro dos Espíritos, nossos amigos Élcio e Selene visitaram o túmulo e fizeram estas belas fotos que partilhamos com os leitores do blog.

Após muitos críticos do Espiritismo afirmarem que o mesmo pereceu na Europa, as flores no túmulo de Kardec parecem lhes desafiar as crenças. Outros amigos que lá estiveram dizem que são trocadas amiúde. Um dos ombros do busto se desgastou de tanto que as pessoas lhe colocavam as mãos, ao ponto da União Espírita Francesa e Francófona lhes pedir por escrito que evitassem este hábito, para que as pessoas não associassem o Espiritismo com "manifestações de idolatria".

Pensar que este belo monumento, símbolo que recorda à humanidade o esforço de um homem em realizar o intercâmbio com os chamados mortos, já foi objeto de vândalos que lhe puseram uma bomba caseira há alguns anos.

Que emoções controversas a memória do codificador do Espiritismo desperta nas pessoas!

Não há dúvida que o olhar dos fotógrafos põe em destaque sentimentos muito diferentes daqueles que nublam o coração dos céticos e críticos da doutrina dos espíritos.

Bendita seja a luz dos céus de Paris nesta manhã do dia 02 de abril de 2007 que permitiu fizessem tão belas fotos.