12.6.13

WALLACE 100




Diálogo com os céticos: primeiro ensaio do livro Miracles and the modern spiritualism.



Minha amiga Débora informou que o Museu de História Natural de Londres está fazendo uma exposição comemorativa dos 100 anos da desencarnação de Alfred Russel Wallace. 

A página deles na internet está repleta de informações interessantes. Pena que na linha do tempo não há a informação da publicação de "Miracles and the modern spiritualism", seu livro-coletânea dos principais trabalhos sobre o espiritualismo anglo-saxão.

Recomendo a leitura da correspondência de Wallace, para quem tem facilidade com a língua inglesa.



http://www.nhm.ac.uk/nature-online/science-of-natural-history/wallace/index.html

11.6.13

AS ROSAS FALAM


Não consegui a música, acima, a abertura da Sinfonia.


Estava ouvindo mais uma vez o DVD da Sinfonia apresentada pelo Plínio Oliveira como homenagem aos 100 anos de Chico Xavier. Há uma música chamada “As Rosas Falam”. 

Quando comecei a ouvir os primeiros acordes, recordei de uma visita ao Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo. Divaldo Franco faria uma palestra na casa que recebeu, em sua simplicidade os primeiros trabalhos do médium da humildade.

Casa pequena, um salão pequeno, alguns cômodos e nas laterais as roseiras.

- Foram plantadas por Chico Xavier, dizia um de nossos acompanhantes.

Era uma noite agradável, nem quente, nem fria. De repente, o aroma das rosas invadiu o salão. Era algo forte, inebriante, envolvia as pessoas. Divaldo falou de Francisco Xavier, não o médium, mas o sacerdote da igreja que foi considerado santo. Foi uma noite memorável, pena que só tenham podido vivenciá-la os que estávamos lá.


Os acordes continuam, a música toca, e não consigo deixar de pensar no aroma das rosas do Chico.

Para adquirir o DVD na FEP:  

7.6.13

LIÇÕES DE SAPUCAIA DO SUL





O espiritismo é o grande reformador de almas. Tive certeza disso quando embarcava de volta da viagem que fiz às terras do sul do Brasil.

O sul é quase outro país. Fronteiriço com os países do prata, herdeiro das mais diferentes comunidades europeias, filho da farroupilha...

Sapucaia do Sul é uma criança, se pensarmos nos anos de tradição gaúcha.  Cidade ainda horizontal, repleta de gente boa, honesta e hospitaleira. Sei que se eu fosse escritor de jornais, não iria vender nada, porque o reconhecimento do bem não desperta a curiosidade.

Visitei dois grupos espíritas, sob os auspícios do Conselho Regional Espírita da segunda região. Fui quase carregado à rádio, para gravar programas de conteúdo espírita.

Primeira lição: a falta de recursos nada pode ante a colaboração e a união.
O CRE custeou as passagens aéreas e as pequenas despesas da estada. Como os membros das sociedades espíritas não ostentassem nenhuma riqueza, mas, ao contrário, aquela simplicidade operária e trabalhadora que a aprendi a admirar com os exemplos da minha avó, perguntei-me: como?

Na abertura das palestras, os organizadores comunicaram a todos que as despesas da iniciativa de trazer pessoas de fora para permutar sua experiência se davam com a venda de livros. Eles montaram uma banca com o “Casos e descasos” e com o “Diálogo com os céticos”. Quem levasse os dois, ganhava, de brinde, o delicioso “Dr. March entre dois mundos”. Não preciso dizer que fiquei com as mãos doendo, porque além de trazer os livros para autografar, as pessoas queriam dar um abraço, trocar uma palavra, fazer uma pergunta, aquelas coisas bem humanas, que me fizeram lembrar a fogueira que acendíamos na fazenda de papai ao cair da noite para contar casos.

Segunda lição: Pequenos grupos unidos são tão ou mais eficientes que os grandes grupos

Nas palestras, chegavam as pessoas de Esteio, de Canoas e de outras cidades circunvizinhas. Nada de grandes auditórios, bastavam os auditórios das sociedades espíritas, seus corredores e alguma sala com projetor de imagens e alto-falantes para acomodar toda esta gente. Lembrei da minha juventude, de uma viagem que fizemos na região da lagoa de Araruama, com o expositor fluminense Luiz Flávio, hoje desencarnado. Entramos em uma estradinha de terra e chegamos em uma fazenda. As pessoas chegavam aos poucos, em pequenos grupos, vindas dos pastos, das picadas e da estrada. Elas acomodavam-se na salinha da sede, separada para ser centro espírita rural...

Terceira lição: o entusiasmo operoso faz mais que as organizações complexas

Mariela, nossa anfitriã, nos levou a uma casinha no meio de uma região pacificada, se é que o termo é este. Casinha simples, com uma placa na porta escrita Centro Espírita, fomos recebidos pelo entusiasmado locutor, o Rubens. Não vou ficar escrevendo os sobrenomes de propósito, para que o leitor possa sentir a informalidade da acolhida. Brincadeiras espíritas, piadas leves, e brilho nos olhos na medida em que ia me mostrando a biblioteca, a livraria, a sala com gêneros doados, o pequeno auditório com data-show, o estúdio de rádio...  Um momento, estúdio de rádio? Isso mesmo, com mesa de edição, microfones, isolamento acústico, tudo simples, mas montado aos poucos, incansavelmente, até gerar programas que ganham o mundo através do encontro de mídias, a radiofônica e a internet. Mesa branca cheia de fios e copos de água para ficarmos uma hora proseando sobre os temas mais diversos, trocando experiências. Depois chegou o irmão-gêmeo do Rubens, aqueles que não são filhos da mesma mãe, mas se reencontram na idade adulta quando descobrem o significado da casa espírita que os acolhe.

Eu poderia falar das outras lições que recebi. Foram muitas e profundas. Voltei para Minas com minha mineirice incorrigível, mas me sentindo um pouco gaúcho, e me perdoem os colorados, mas com um par de camisas do time do Grêmio.

3.6.13

O CONCEITO DE MATERIALIZAÇÃO EM ALEXANDER AKSAKOF


Aksakof escreveu o livro “Animismo e Espiritismo” para discutir a crítica virulenta realizada pelo filósofo alemão Von Hartmann à teoria espírita. Grosso modo, Hartmann desejava explicar os fenômenos espirituais a partir da teoria do inconsciente.

Por esta razão, Aksakof iniciou sua argumentação a partir dos fenômenos objetivos, perceptíveis pelos sentidos, e definiu-os como fenômenos de materialização.

Ele cita Hartmann:

“Uma questão do mais alto interesse, do ponto de vista teórico, é saber se um médium tem a faculdade não somente de provocar a alucinação visual de uma forma em outra pessoa, porém ainda de produzir essa forma como alguma coisa de real, posto que consistindo em uma matéria rarefeita, no lugar objetivamente real, onde se acham reunidos todos os experimentadores, e isto, desprendendo previamente do seu próprio organismo a matéria necessária para formar a imagem. (...)” (p. 53)

Aksakof iria mostrar este tipo de fenômeno e outros. Ele parte das seguintes definições:

“Há dois gêneros de materialização: há em primeiro lugar a materialização invisível ao olho, e não apresentando mais do que um atributo físico, acessível ao nosso confronto: consiste na emissão de raios luminosos, que não produzem ação alguma sobre a nossa retina, porém agem sobre a placa sensível de um aparelho fotográfico; para os resultados, assim obtidos, proponho a expressão fotografia transcendente.

Há de um outro lado a materialização visível, que é acompanhada dos efeitos físicos próprios ao corpo humano.” (p. 55)


Encontramos, portanto, em Aksakof o emprego da palavra materialização com um sentido um pouco mais amplo do que entendemos nos dias de hoje, no Brasil (como sinônimo de ectoplasmia visível).

Post Scriptum: Encontramos no livro “Um caso de desmaterialização” um capítulo introdutório, denominado teoria, no qual Aksakof volta a discutir a classificação das materializações. Ele as classifica em três categorias:


1 – Materialização invisível que envolve, por exemplo, o deslocamento de objetos que pressupõe uma ação espiritual, algumas vezes constatada pela fotografia transcendente.

2 – Materialização visível e tangível, mas parcial e incompleta.

3 – Materialização completa de uma forma humana.

Ele tenta, neste livro, associar os fenômenos de materialização à desmaterialização parcial ou total do médium, mas esse é um assunto para outra publicação.

1.6.13

9o. ENLIHPE - RESERVE SEU VOO ENQUANTO HÁ PASSAGENS ECONÔMICAS


O 9o. Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo acontecerá em São Paulo, nos dias 24 e 25 de agosto de 2013. 

Se você pretende ir, e deseja reservar passagem aérea, agora é o melhor  momento. Encontrei passagens econômicas para São Paulo em três companhias que consultei. Isso pode significar uma economia de até 50% com passagens. Programe-se, se possível, para desembarcar no Aeroporto de Congonhas, que fica bem próximo da localização do evento. 

Ainda não saiu a lista de hotéis para reserva, mas há serviço de hotelaria confortável na região, como o Ibis Congonhas (que é um hotel executivo) que fica bem próximo ao aeroporto. Muitos congressistas ficam no Comfort Ibirapuera, situado na região de Moema, pouca coisa mais distante que o Ibis, mas situado em uma região com melhor infraestrutura.

Em um mês publicaremos a programação, mas o tema deste ano será Espiritismo e Ciência.

30.5.13

APARIÇÃO OU MATERIALIZAÇÃO?




Cometi um erro em Sapucaia do Sul que peço aos amigos que corrijam, se possível. Ao falar do conceito de aparição em Kardec, fiz uma distinção entre aparição e materialização. Estava equivocado.

Kardec só utiliza a palavra materialização nos seus escritos como um estado dos fluidos, como oposição ao estado de eterização. É posterior a Allan Kardec o uso de materialização como sinônimo de aparição tangível.

Encontrei no vocabulário da primeira edição de “O Livro dos Médiuns”, posteriormente traduzido como “Definições Espíritas”, pela Lachâtre, um verbete de quase uma página sobre aparições, escrito pelo próprio fundador do espiritismo. Está tão claro, que peço a licença dos leitores para transcrevê-lo:

Aparição: Fenômeno pelo qual os seres do mundo incorpóreo se manifestam visíveis.

Aparição vaporosa ou etérea: aquela que é impalpável, que não pode ser agarrada e não oferece qualquer resistência ao toque.

Aparição tangível ou estereotita:  aquela que é palpável e apresenta a consistência de um corpo sólido.

A aparição difere da visão pelo fato de que ela tem lugar no estado de vigília pelos órgãos visuais, quando o homem tem plena consciência de suas relações com o mundo exterior. A visão acontece no estado de sono ou êxtase, e também no estado de vigília pelo efeito da segunda vista. A aparição nos chega pelos olhos do corpo, produzida no próprio lugar onde nos encontramos; a visão tem por objeto coisas ausentes ou afastadas, percebidas pela alma em seu estado de emancipação e enquanto as faculdades sensitivas estão mais ou menos suspensas.” (Allan Kardec, Definições Espíritas. Niterói, Lachâtre, 1997)

Em outras palavras, aparição em Kardec é o que chamamos hoje de materialização, podendo ser esta vaporosa ou tangível.



16.5.13

ADIADA A DATA DE INSCRIÇÃO DE TRABALHOS DO 9o. ENLIHPE



Atendendo a solicitação de alguns colegas para que a submissão de artigos completos pudesse ocorrer nos próximos dias, a organização do 9º ENLIHPE decidiu prorrogar a data final para envio de trabalhos (artigos e projetos) para todos os interessados.
Data prorrogada: 25/05


Informações sobre o 9o. Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo no site da LIHPE.

10.5.13

PROJETO CURTA LEITURA PUBLICA TEXTO SOBRE ANIMISMO DO EC



Leitura Espírita é um jornal do Instituto Lachâtre, que tem por epígrafe: "Divulgando cultura e conceitos espíritas" - http://leituraespirita.org

3.5.13

COMO KARDEC UTILIZOU A EXPRESSÃO "PRINCÍPIO INTELIGENTE"?



Um desafio importante para o pensamento espírita é evitar a confusão de palavras e distinguir diferentes conceitos em diferentes autores.

Desdobramento, por exemplo, é uma palavra amplamente utilizada pelo movimento espírita brasileiro contemporâneo, para referir-se a um tipo de mediunidade na qual o Espírito do médium aparenta sair do corpo e incursionar-se pelo plano espiritual. Na obra de Kardec, no entanto, este termo não é empregado. Para referir-se à mesma faculdade, o fundador do espiritismo usa a expressão "sonambulismo mediúnico", e o explica a partir da teoria da emancipação da alma.

Um termo praticamente redefinido é a expressão kardequiana princípio inteligente. Lendo sua obra, vê-se que o principal emprego para esta expressão é fazer oposição à ideia de um princípio material, ou seja, adotar uma posição filosófica dualista, na qual espírito (com e minúsculo) e matéria formam os elementos constitutivos do universo, não se podendo reduzir um ao outro. Allan Kardec está propondo a existência de uma natureza material e uma natureza espiritual, que se interagem, mas são irredutíveis uma à outra.

Um dos recursos da hermenêutica usados para identificar o sentido das palavras é verificar como são utilizadas pelo mesmo autor em diferentes textos produzidos, se possível (desde que ele não as tenha redefinido, como pode acontecer com os filósofos e cientistas ao longo de sua obra). São diversas as passagens nos textos de Kardec na qual encontramos uma explicação do que é princípio inteligente. Selecionei algumas, de obras e passagens menos lidas, para fundamentar minha análise do sentido desta expressão:

3. O Espírito propriamente dito é o princípio inteligente; sua natureza íntima nos é desconhecida; para nós ele é imaterial, porque não tem nenhuma analogia com o que chamamos matéria.(O espiritismo em sua expressão mais simples, os grifos são nossos)

Vê-se que Kardec não atribui "princípio inteligente" apenas ao princípio espiritual que animaria seres anteriores ao homem na escala evolutiva.

6. Terá o princípio espiritual sua fonte de origem no elemento cósmico universal? Será ele apenas uma transformação, um modo de existência desse elemento, como a luz, a eletricidade, o calor, etc.?

Se fosse assim, o princípio espiritual sofreria as vicissitudes da matéria; extinguir-se-ia pela desagregação, como o princípio vital; momentânea seria, como a do corpo, a existência do ser inteligente que, então, ao morrer, volveria ao nada, ou, o que daria na mesma, ao todo universal. Seria, numa palavra, a sanção das doutrinas materialistas. (A Gênese, cap. 11 - Princípio espiritual)

Neste trecho de um capítulo que merece ser lido por inteiro, Kardec justifica porque mantém uma posição dualista. O princípio espiritual não apresenta propriedades da matéria. Ele percebe claramente que o monismo, se levado às últimas consequências, está associado ao pensamento materialista ou fisicalista. O monismo, como doutrina filosófica, embora possa ter muitas acepções, geralmente é utilizado nos nossos dias como a inexistência ou impossibilidade de se defender com bases empíricas a existência de outra natureza que não a material. É uma expressão do ceticismo radical e de uma concepção das ciências naturais.

21. A verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal, do mesmo que não está no vestuário. Está no princípio inteligente que preexiste e sobrevive ao corpo. Esse princípio necessita do corpo, para se desenvolver pelo trabalho que lhe cumpre realizar sobre a matéria bruta. O corpo se consome nesse trabalho, mas o Espírito não se gasta; ao contrário, sai dele cada vez mais forte, mais lúcido e mais apto.(A Gênese, cap. III, O Bem e o Mal. Os grifos são nossos) 


Esta também é uma das passagens de Kardec na qual se vê que quando ele emprega a expressão princípio inteligente, não se refere apenas aos seres anteriores aos humanos, mas a um princípio que se opõe ao princípio material. Ele argumenta pela necessidade da interação entre os princípios (espirito e matéria) para a evolução do espírito. Kardec defende aquilo que o Prof. Rubens Romanelli (espírita mineiro e professor universitário) denominaria "o primado do espírito".

Podemos continuar, citando outras obras e contextos em Allan Kardec, mas ficaria enfadonho. Creio que é suficiente para demonstrar que nosso uso contemporâneo de "princípio inteligente" não é o mesmo empregado pelo mestre lionês.

25.4.13

ESPIRITISMO E ESPIRITUALISMO


Foto 1: Pedro Camilo.

A sociedade espírita em que trabalho tem reuniões diárias, de segunda à sábado, que começam em torno das 20 horas. Em uma delas fui convidado a apresentar um estudo no qual abordei o trabalho de Deolindo Amorim, "O espiritismo e as doutrinas espiritualilstas".

Deolindo viveu em uma época de intensos debates no movimento em torno da identidade do espiritismo, e como tivesse conhecimento filosófico e coerência doutrinária, assumia posições contrárias aos sincretismos que os mais entusiasmados propugnavam, e que já haviam gerado diversas cisões no movimento espírita. 

Seu livro foi publicado originalmente pela Federação Espírita do Paraná, e objetiva distinguir o espiritismo das diferentes doutrinas espiritualistas em voga no Brasil. Deolindo era membro da Liga Espírita do Brasil, cuja sede era estabelecida em Niterói-RJ, e que se transformaria da FEERJ, após o Pacto Áureo. Ele somava forças com Herculano Pires e Carlos Imbassahy, dois grandes pensadores daquela época, nos congressos e encontros que organizaram.

Como pensador, sensato que era, em vez de escrever em tom panfletário, o que não lhe era característico, Deolindo analisava, calmamente, mas de forma clara e incisiva, as semelhanças e diferenças entre o espiritismo e: a rosacruz, a cabala, a teosofia, as doutrinas evangélicas, a umbanda, e o movimento espiritualista anglo-saxão. Posteriormente ele publicaria africanismo e espiritismo.

Este tema parece nunca ter fim. É muito comum os neófitos (e mesmo espíritas com muitos e muitos anos de casa) desejarem trazer algo de sua experiência pessoal para as sociedades espíritas. Recentemente ouvi pessoas quererem trazer o reiki para as casas espíritas (talvez pela similitude com os passes), as práticas de medicina chinesa, a cromoterapia, a acupuntura (que hoje é uma especialidade médica em nosso país, portanto, regulamentada), os florais de Bach  e outras práticas/filosofias, nas quais parecem perceber alguma identidade de conceitos, mas que tem suas diferenças. 

Parece haver uma nova onda africanista no movimento, e como se vende de tudo nas livrarias, a leitura de um livro opinativo, ainda que considerado mediúnico, parece ser suficiente para sacramentar sincretismos. Felizmente, há pessoas lúcidas no movimento, como o Pedro Camilo, que muito recentemente publicou um artigo no qual se dirige respeitosamente à umbanda e aos umbandistas, mas reafirma a identidade destas duas práticas, posicionando-se contra as misturas.
Voltando às palestras na Associação Espírita Célia Xavier, em uma delas, uma frequentadora perguntou se eu não considerava os cultos afrobrasileiros e o espiritismo como sendo a mesma coisa. Em outra, um frequentador ficou incomodado com o trabalho do Deolindo e veio me questionar após a palestra. Quando reafirmei o que disse ele desabafou: eu não vou deixar de tomar os meus banhos de flores brancas... 

Creio que na esfera particular, devemos respeitar o livre-arbítrio das pessoas.  A questão maior é quando, querendo reconhecimento social para escolhas individuais, elas resolvem querer implantar suas combinações pessoais nas casas espíritas, como forma de buscar reconhecimento. Se em nome da tolerância os trabalhadores da casa aceitam, em breve não se conseguirá mais  identificar o que é espiritismo e o que não é.

23.4.13

OS BORGES: DO CLUBE DA ESQUINA À UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA.


Salomão Borges, irmão de Henrique Kemper Borges


Estava lendo o livro "Diretrizes de segurança", de Divaldo Franco e Raul Teixeira. Este livro tem um significado especial para mim, porque eu assisti o livro sendo feito. Foi na década de 80, no Colégio Tiradentes da Santa Tereza - BH. A Aliança Municipal Espírita, com a colaboração da saudosa Telma Núbia, organizou as questões e os dois médiuns e oradores espíritas se dispuseram a responder de forma concisa, para que o seminário fosse gravado e transcrito.

Encontrei uma das referências típicas do Divaldo: uma menção a um espírito que se apresentava como Henrique Kemper Borges, que houvera sido militar e médium na capital mineira. Imediatamente lembrei-me do novo presidente da União Espírita Mineira, que deve ser filho do espírito percebido (ele se chama Henrique Kemper Borges Júnior). Fui procurar mais informações na internet, e encontrei o depoimento abaixo no site do Museu do Clube da Esquina, feito por Salomão Borges, pai do conhecido músico mineiro, Lô Borges, e membro de uma família muito ligada ao Milton Nascimento e ao Clube da Esquina.



"O nome Magalhães é o seguinte: meu pai e minha mãe eram pioneiros do espiritismo kardecista aqui em Minas Gerais. Aliás, por isso eles foram muito perseguidos. É bom que se diga isso, que eles sofreram muitas perseguições, porque naquele tempo a intolerância era uma coisa medonha. Mas meu pai foi fundador de um centro espírita que existe até hoje, em condições precárias mas existe. É o Centro Espírita Luz, Amor e Caridade. Meu pai fundou esse centro e, na primeira reunião pública do centro, eles receberam lá um espírito que se ofereceu para ser um diretor, o guia espiritual do centro. O nome desse espírito era Salomão Magalhães, que era o nome de um jovem médico de Bagé, Estado do Rio Grande do Sul. E meu pai, em homenagem a esse médico, me deu esse nome de Salomão Magalhães, além do Borges dele. E teve uma reunião pública muito tumultuada nesse centro espírita. E foi contra vontade de meu pai que essa reunião se efetuou, porque ainda era cedo pra uma reunião pública, pela fluência de maus espíritos em grande quantidade, e foi exatamente o que aconteceu. Então o pau quebrou lá, muita gente foi tomada de espírito mau e começaram a quebrar as coisas, tamboretada. E meu pai descreve isso num livro manuscrito que ele não chegou a publicar. E o Salomão Magalhães, que era o guia espiritual, não conseguiu segurar a barra dos espíritos maus que estavam lá conturbando a sessão. Foi quando apareceu então o Henrique Kemper – um outro irmão que recebeu esse nome de Henrique Kemper –, que tinha sido professor de medicina do Salomão Magalhães. E o Henrique Kemper então debelou a rebelião dos espíritos e acalmou todo mundo. Então meu pai, em homenagem ao Henrique Kemper, deu ao meu irmão o nome de Henrique Kemper Borges".


As informações do médium baiano são corretas, e o Kemper-pai tornou-se militar, como se pode ver no transcorrer da entrevista. O Luz, Amor e Caridade está revitalizado, mantido por um grupo de trabalhadores oriundos da União Espírita Mineira, dentre eles o Geraldinho Lemos, muito conhecido nos dias de hoje pelo seu trabalho de recuperação da memória de Chico Xavier.


14.4.13

AS POTÊNCIAS DA ALMA





Léon Denis foi um dos continuadores da obra de Allan Kardec. Filho das classes operárias, desde jovem interessou-se pelo espiritismo e por uma França mais justa. Um dos trabalhos que prestou foi participar da Liga de Ensino, de Jean Macé, fundou bibliotecas pelas cidades em que passava profissionalmente e trabalhou pela criação do ensino "obrigatório, gratuito e leigo". Interessado no socialismo, ficou chocado com o crescimento do materialismo nos grupos socialistas franceses.


Parte ativa do movimento espírita, estava sempre atualizado com relação às publicações espíritas, espiritualistas, de pesquisa psíquica e outras relacionadas ao espiritismo. Ele trabalhou pela ideia de Kardec, de acompanhar o desenvolvimento das ciências e das filosofias de sua época. Sua obra é sempre uma articulação entre o novo e o pensamento kardequiano, um desenvolvimento do que ele estudava e das matérias de suas conferências.

Sua admiração pelo mestre é patente em todos os seus livros. 

Passei a ler, depois de alguns anos, de forma mais atenta, as introduções e apresentações dos livros de Denis. Ele não era apenas um compilador, mas um pensador espírita em seu tempo. Ele sempre dá notícias das razões de ter escrito os livros, que nunca são "mais do mesmo". 

As potências da alma, que foi objeto do meu trabalho em Formiga-MG, é a terceira parte do livro "O problema do ser, do destino e da dor", escrito em 1908. Ele foi escrito para a juventude francesa da época, que tinha por influência o pensamento positivista e cético. Denis avaliava que os jovens haviam ficado um tanto inertes, pela falta de ideais nobres e espírito de trabalho e transformação. Esta parte do livro, escrita após uma defesa da concepção espírita do homem e da reencarnação, é quase uma exortação à avaliação de si mesmo, e à transformação do mundo interior.

Com os termos próprios do pensamento da época, Denis se volta a mostrar as capacidades que o mundo interior oferece ao homem, especialmente se este não se nega a entrar em contato com seu sentido íntimo, se se propõe a empregar a vontade na superação dos limites, se amplia a consciência para além da superficialidade dos sentidos, se disciplina o pensamento e reforma o caráter, se não se nega ao amor e se lança nova visão sobre a dor inevitável em sua trajetória.

Em uma época ainda mais sombria, passados mais de cem anos, na qual progrediu o relativismo filosófico, onde ainda se vê um ceticismo doutrinário, militante e antireligioso, mais que metodológico, influenciar a juventude; o brado latino de Denis ainda soa e fala alto para as mocidades espíritas. Releiamos Denis.

9.4.13

AS POTÊNCIAS DA ALMA - FORMIGA-MG



É com muita alegria que fui convidado para participar das comemorações dos 85 anos do Centro Espírita Lázaro, em Formiga-MG. São cerca de trinta anos de permuta e aprendizado com os trabalhadores incansáveis deste núcleo de luz.

No próximo sábado, dia 13, vamos conversar sobre um belo trabalho de Léon Denis: as potências da alma. Neste texto do livro "O problema do ser, do destino e da dor", já centenário, o espírita lionês, de posse das, então, novas descobertas da pesquisa psíquica e da sólida argumentação da obra de Kardec, faz propostas para a construção de um novo homem.

Além do diálogo, teremos um tempinho para divulgar nossos livros e autografar os de nossa autoria/coautoria. Serão expostos os livros da Coleção Espiritismo na Universidade, da série "Pesquisas Brasileiras sobre o Espiritismo", as traduções das obras espiritualistas de Alfred Russel Wallace e  a obra mediúnica "Casos e descasos na casa espírita", do espírito Conselheiro.

Aguardo vocês lá!

4.4.13

DA CURIOSIDADE À RENOVAÇÃO SOCIAL




Allan Kardec publicou em 1863 o trabalho intitulado "Período de Luta" no qual ele fez uma avaliação do progresso do movimento espírita, à época. Em outras publicações ele havia identificado períodos por que passava o movimento espírita, mas neste texto quase desconhecido pelo movimento espírita atual, ele tece considerações que merecem uma análise.

Kardec identifica o primeiro período do espiritismo como sendo o da curiosidade. Podemos identificar na biografia de Rivail, especialmente os relatos autobiográficos que compõem o livro "Obras Póstumas", um convite recebido por ele de Fortier para que conhecesse as mesas girantes. Recusado em princípio, mas intrigado com as características do fenômeno, o professor procura grupos familiares onde as experimentações eram feitas. Após observar, ele se convence que havia inteligências incorpóreas por detrás dos movimentos, e dispõe-se a dialogar com elas. É difícil traçar datas, mas esse período deve cobrir os anos de 1853 a 1855-56.


O segundo período é intitulado filosófico. Ele parece cobrir essencialmente as pesquisas e os diálogos que teve com os espíritos. Satisfeito com as demonstrações de sua existência, o pesquisador decidiu discutir grandes temas da filosofia com seus interlocutores desencarnados. A existência de Deus, a origem do homem, a criação do universo, o mito adâmico, o mundo dos espíritos, as condições dos espíritos, a felicidade, as ideias inatas, as leis do universo, o futuro, entre outros, foram seus objetos de questionamento. Um estudioso da filosofia identifica as raízes de muitas das questões que comporiam O Livro dos Espíritos em obras de autores que vão de Sócrates e Platão a Descartes, os empiristas ingleses, os racionalistas alemães, etc. Se fôssemos identificar este período na biografia de Rivail/Allan Kardec, ele envolveria a preparação de seu primeiro livro espírita (1856/1857), suas primeiras publicações até O Livro dos Médiuns (1861), a fundação da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (1859) e da Revista Espírita (1858).

O terceiro período foi identificado por Allan Kardec como o período de luta. Nele identificamos incidentes como o que aconteceu em Barcelona, envolvendo a queima de livros encomendados por Maurice Lachâtre, por ordem de autoridade eclesiástica (1861). Daí para a frente, a igreja católica inseriu os livros de Kardec no Index Prohibitorum e abriu campanha contra o espiritismo. Nas páginas da Revista Espírita se pode acompanhar os debates com os opositores das ideias espíritas, que estão em diferentes lugares das sociedades europeias. Quando escreveu o texto que citamos Kardec afirma: "Estamos, pois, plenamente no período de lutas, mas ele não terminou." 

O quarto período previsto pelo druida reencarnado seria o período religioso. Não há nenhuma explicação no texto, mas nota-se que ele envolveu os anos subsequentes da obra de Kardec. "O evangelho Segundo o espiritismo" (1864) e "O céu e o inferno, ou a justiça divina segundo o espiritismo" (1865) são trabalhos que se voltam ao cristianismo. Se no evangelho, Kardec privilegia a questão moral, o mesmo não se dá em O céu e o inferno, no qual se discute racionalmente a teologia católica, em comparação às crenças clássicas (greco-romanas). Kardec tenta apontar a superioridade da concepção da justiça divina no pensamento espírita, e suas origens nas declarações dos espíritos, que ele transcreve na segunda parte, mostrando seres em diversas condições evolutivas e focalizando seus atos e consequências. Mesmo no corpo de "A gênese, os milagres e as predições segundo o espiritismo" (1867), livro considerado científico pela articulação entre o debate proposto pelo codificador entre a gênese moisaica e as teorias de formação da terra, além das comunicações sobre o tema obtidas na Sociedade, ele se volta a questões evangélicas, como os milagres do Cristo e as predições, reinterpretados ante as descobertas e contribuições da ciência espírita. Note-se que são temas evitados por Kardec em "O evangelho segundo o espiritismo", e dissertados amplamente neste livro. Veja que apesar de refutar o caráter institucional da religião para o movimento espírita, que desejava fosse racional e democrático,  ele não nega um caráter religioso do espiritismo. 

O quinto período previsto por Kardec seria um período intermediário, sobre o qual ele não consegue fazer antecipações. É, possivelmente, o que vivemos agora. O movimento não continuou seu crescimento exponencial como desejava o prof. Rivail, as guerras mundiais e as instituições políticas tomaram a cena na Europa, o espírito cético e materialista fez diversas objeções ao progresso dos estudos espíritas nas universidades e centros de pesquisa, apesar de não tê-los conseguido interromper. O movimento espírita teve grande aceitação no Brasil, onde conta com milhões de adeptos, e agora volta-se a uma nova empreitada voltada à internacionalização. As ideias espíritas, como a imortalidade e a reencarnação, estão mais presentes nas sociedades ocidentais.

O sexto período igualmente antevisto e proposto no texto é o período da renovação social, que teria início no século XX, mas que ainda se acha em construção. Kardec escreve que a "geração que surge, imbuída das ideias novas, estará em toda a sua força e preparará o caminho da que deve inaugurar a vitória definitiva da união, da paz e da fraternidade entre os homens, confundidos numa mesma crença, pela prática da lei evangélica". Ainda não vivemos este momento histórico, mas muitos avanços se fizeram na questão dos direitos humanos, nas concepções de justiça e se não vivemos ainda o desejo de Rivail, estamos mais próximos dele que estávamos no século XIX.

O espiritismo concebido por Kardec não ficou circunscrito às ciências ou às filosofias, mas foi visto como uma força de mudança social a partir da transformação ética dos homens. Este é um ponto que gerou discussões no meio espírita de sua época e que deve ser recordado e pensado pelas casas espíritas.

27.3.13

DESAFIOS EM CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE




O Dr. Alexander Moreira-Almeida é psiquiatra e pesquisador da pós-graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Há anos dedica-se à realização de pesquisas com fenômenos espirituais e saúde, tendo contribuído para o avanço de temas como a questão cultural na psiquiatria. Ele articula métodos quantitativos e qualitativos e tem contribuições na área da epistemologia e da filosofia da ciência.

Muito claro em suas explicações, ele aponta para mitos e pressupostos filosóficos muito comuns no senso comum e na representação social da ciência, desconstruindo ideias divulgadas, mas equivocadas.

Em sua breve comunicação, conclui com recomendações para os interessados na área.

25.3.13

OS FANTASMAS DE UBIRATAN MACHADO




- "Um charuto!" - foi a primeira impressão que tive ao ver a capa do livro que chegou pelo correio, mercê do livro do mês da Lachâtre. Aos poucos os olhos foram se acomodando à imagem e vi que se tratava de uma lombada de um livro antigo, com o título da obra: Diálogo com o invisível.

Ubiratan Machado é um velho conhecido, que nunca vi pessoalmente, mas que aprendi a apreciar através de suas letras, especialmente as que discorrem sobre o espiritismo. Escreveu uma obra de peso sobre o espiritismo no pensamento de intelectuais brasileiros do século XIX, que se tornou uma leitura obrigatória a quem se interessa pela história do espiritismo no Brasil.

Estava cheio de obrigações, mas seu texto insidioso combinou-se com uma limitação que me impedia de digitar durante as sessões de hemodiálise, e o livro do charuto estava lá, como quem não quer nada, na cadeira. Eu abri o livro, senti o cheiro de folhas novas e falei comigo mesmo, só um...  Toda pessoa que faz dieta sabe muito bem o que isso significa. Veio o primeiro conto, mostrando assombrações na minha terra, bem no escritório de Pedro Nava, aquele escritor que tive que ler para o exame vestibular. Seguiu-se mais um, o desconhecido Eduardo Prado, igualmente assombrado, mas acompanhado do famosíssimo Eça de Queiroz. Depois vieram Humberto de Campos, Coelho Neto e, pasmem, Vinícius de Morais, todos atropelados pelo além!

Neste momento, vi que a dieta de leitura já tinha ido para o brejo e resolvi me esbaldar. Viriato Corrêa, Afonso Schmidt e o celebrado Murilo Mendes, este último acompanhado de Wolfgang Amadeus Mozart. Pensei comigo: ou os escritores são meio pancadas, do tipo psicótico, ou a experiência de escrever abre suas janelas interiores de alguma forma. Como é possível tanta gente famosa, passar pela mesma experiência dos médiuns que acostumei a observar nas tardes de sábado.

Mais alguns escritores e vem a segunda parte. Foi uma surpresa completa. Lembrei do velho e amarelado livro da biblioteca da minha tia, "A Montanha Mágica", que minha rinite não permitiu devassar até o final, e eis que encontro seu autor, o notável Thomas Mann, usando sua pena detalhista para descrever seu encontro com o Barão Von Schrenk-Notzing na intimidade de seu laboratório, preparado para vasculhar as faculdades de efeitos físicos de Willi Schneider. Willi, que era um verbete na minha cabeça, se tornou um personagem de filme hollywoodiano, contido pelas mãos do escritor, agitado como um epiléptico, em um parto difícil do qual nasceriam as artes do espírito Mina. Mann faz um texto no qual vemos ao mesmo tempo os eventos da sala e os pensamentos e sentimentos no íntimo do romancista alemão.

Outro texto extenso e sou apresentado ao informal Pitigrilli e às faculdades assombrosas de uma médium italiana. Apesar da extensão, fiquei com os olhos presos aos eventos que sucediam e dos quais não posso falar muito para não estragar a experiência primeira de quem agora me lê.

Finalmente, um autor do meu domínio. O Dr. Jung, sobre o qual já escrevi alguns trabalhos. Será que Ubiratan conhecia mesmo todos os encontros deste médium suíço com a mediunidade? Leitura fácil, narrativa simples e clara, quase morri de inveja ao ver como Machado ia contando, detalhadamente mas de forma a prender a atenção, cada detalhe com o além do psiquiatra suíço, desde a infância até o trabalho derradeiro, Memórias, Sonhos e Reflexões. Ubiratan faz mais, ele descreve com clareza as reuniões mediúnicas que Jung participou com a médium que Jung intitulou S.W. e que o autor do "livro do charuto" descobriu se chamar Helly. Ubiratan não cai na tolice do Dr. Sérgio de dizer que Jung estudou médiuns, como se ele acreditasse na mediunidade. Jung resistiu bravamente por toda a vida, usando suas teorias do anímico para explicar o que ia além do inconsciente. Atropelado por espíritos durante toda a sua vida, sempre hesitante, ao final ele aceita que suas teorias não são suficientes para explicar não apenas o que houvera visto, mas vivido. Afinal, como teria dito Freud, há horas que um charuto é apenas um charuto...

20.3.13

NOVA DIRETORIA E NOVO SITE DA UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA



César Perri (de terno) e Marival Veloso (de camisa branca) na inauguração da Sede Federativa da UEM

A União Espírita Mineira acaba de publicar seu novo site, no qual se pode ter acesso aos últimos exemplares do jornal O Espírita Mineiro (http://www.uemmg.org.br). Nele se comunica também a nova diretoria que foi eleita para o triênio 2013-2015, que mescla membros da antiga diretoria com novos membros. O EC deseja muitas realizações para o novo grupo que assume as responsabilidades desta casa, e agradece os anos de serviço prestado por Marival Veloso de Matos, ex-presidente, que deixa um rastro de trabalho, luz e entendimento nos anos em que dirigiu a União, como nós, mineiros, a chamamos.


Kemper, novo presidente.


Abaixo, a nova composição da direção da UEM.

Diretoria da União Espírita Mineira

Presidente
Henrique  Kemper Borges Junior

1º Vice-Presidente
Mauro Soares Freitas

2º Vice-Presidente
Bady Raimundo Curi

1ª Secretária
Maria Luiza Leão Toledo (Dona Cotinha)

2º Secretário
Lenice Aparecida de Souza Alves

1ª Tesoureira

Carlos Evangelista Ferreira

2º Tesoureiro
Walkiria Teixeira Campos

Consultor Jurídico
Braz Moreira Henriques

Diretora de Patrimônio
Elizabeth de Abreu Bittar

Bibliotecário
Marcelo Gardini

CONSELHO FISCAL
Fausto Lins de Souza Castro
Antonio Roberto Fontana
Vinícius Almeida Medeiros

SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL
Maria Regina Severino
Jairo Eustáquio Franco
Luiz Carlos Gomide