25.7.13

METADES ETERNAS E AFINIDADE ENTRE ESPÍRITOS



Platão foi um dos expositores do mito dos andróginos no livro “O Banquete”.

A história narrada por ele trata de seres criados com duas cabeças e oito membros, que se insurgiram contra os deuses do Olimpo e tentaram vencê-los em batalha. Zeus resolveu dividi-los ao meio, e desde então uma metade estaria em busca da outra, que lhe completaria.

Este mito dava sentido, na cultura grega, à ligação afetiva entre as pessoas, à homo e à heterossexualidade, ao prazer sexual e à ligação amorosa profunda. Como todo mito, fala do ser humano, de seus sentimentos, do fenômeno humano e lhes dá uma explicação simbólica, nada lógica, muito menos científica.

Diante de uma nova realidade, a vida após a morte e a reencarnação, Kardec não se furtou a perguntar aos espíritos se este mito não teria algum fundamento.  Em “O livro dos espíritos”, nas questões de 291 a 303, ele questiona se não haveria na criação dos espíritos algum fenômeno como o descrito no mito grego.


“298. As almas que devam unir-se estão, desde suas origens, predestinadas a essa união e cada um de nós tem, nalguma parte do Universo, sua metade, a que fatalmente um dia reunirá?

“Não; não há união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males dos humanos; da concórdia resulta a completa felicidade.”

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