Placa de 1960
Além do seminário, autografamos livros. No caso de São Bernardo, o valor que eles conseguiram obter com a venda foi para a creche mantida pela instituição há décadas. Em Contagem, os organizadores calcularam o lucro obtido, adquiriram mais livros com ele e os sortearam entre as instituições presentes. Os livros foram para as bibliotecas, servir a mais leitores.
O empenho dos organizadores na divulgação dos eventos atraiu espíritas não só da casa onde o evento acontecia, mas também de outras casas e de cidades vizinhas.
O Lar da Criança Emmanuel hoje, em São Bernardo do Campo - SP
Perguntando quem "conhecia O livro dos espíritos" e quem participava de reuniões mediúnicas, mais de noventa por cento dos presentes respondia afirmativamente. O conhecimento e a experiência de todos permitia uma participação mais qualificada, perguntas muito procedentes, troca de experiências muito rica.
O que mais me toca é a relação entre os espíritas. Muitos amigos de longa data que se encontram e se abraçam, fazem brincadeiras entre si, têm satisfação em falar dos seus trabalhos que fazem voluntariamente... Lembram-me os colonizadores norte-americanos, que se uniam para enfrentar problemas comuns, só que o problema deles é a dor alheia.
Nesse clima de fraternidade, os seminários começam sempre com um grau de expectativa, já que os participantes não conhecem o expositor, e aos poucos as resistências vão sendo quebradas, e os presentes vão reconhecendo nas narrativas e análises a sua própria experiência com mediunidade.
Vista parcial do público em São Bernardo do Campo
Creio que muitos veem novos caminhos no diálogo com os espíritos, na medida em que vão assistindo ao seminário. Contam histórias, pensam em voz alta, às vezes discordam com urbanidade, questionam bastante.
Acho que essa comunidade de propósitos faz uma mágica com o tempo, que passa rapidamente. Pouquíssimos participantes se sentem cansados após quatro horas de estudos (e um lanchinho, porque ninguém é de ferro). Ao final, fica uma impressão que ainda há muito o que ser visto e estudado, e muitas pessoas levam para casa não só o livro Conversando com os espíritos, mas também os livros O observador e outras histórias e Casos e descasos na casa espírita, fruto da nossa experiência mediúnica.
O expositor sempre recebe mais que doa. Sente o bem-estar de quando é lembrado nas preces, o carinho das pessoas que nunca o viram antes, mas o abraçam como se fossem amigos há muitos anos, agradece a confiança dos que compartilham suas experiências, em público ou nos momentos em que é possível conversar. Nem sempre dá para lanchar, por mais que os organizadores se preocupem e tragam o que comer e beber, mas sempre há o alimento espiritual.
Grupo Espírita Francisco de Assis nos acolheu em Contagem pela AME-Contagem
Nesses eventos lembro-me do conselho de Washington Fernandes, para que a doença não interrompesse o trabalho. E a doença, nessas horas, fica esquecida. Só aparece no meio das histórias contadas, como se fosse apenas um percalço, um incidente no caminho. Deixa de ser o centro das atenções e dos cuidados, e, talvez por isso, temporariamente esquecida, como se não existisse.
Agradeço a todos os que nos foram ver e ficaram até o final! Temos algo em comum, algo que nos liga uns aos outros, e, nesses tempos bicudos de notícias de corrupção e ódio, o que nos liga é a caridade cristã e a convergência de propósitos. Muito grato!
Prometi aos participantes do seminário de Contagem que responderia no EC as perguntas escritas que me foram dirigidas, mas que não tivemos tempo de responder. Vou colocá-las em conjunto com as perguntas do seminário no Thiago Maior, e começar a responder aos poucos. Obrigado a todos os que trabalharam e participaram para que os encontros se materializassem!
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