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19.3.09

MENSAGENS DE EMMANUEL TORNAR-SE-ÃO DOCUMENTÁRIO



Figura 1: Convite da apresentação no Centro Espírita Luiz Gonzaga

O Centro Espírita Luiz Gonzaga de Pedro Leopoldo-MG convida a todos para ouvir a leitura de mensagens de Emmanuel, lidas originalmente nos anos 50 por Clóvis Tavares.

Oceano Melo, colega da Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas - LIHPE, remasterizou as fitas de rolo que foram cedidas por outro colega dileto, o médico Flávio Mussa Tavares, filho do Clóvis.

"O Clóvis Tavares antes de fazer suas palestras semanais na Escola Jesus Cristo, depois de ler um trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo, lia uma mensagem de Emmanuel "recém recebida por Chico Xavier em Pedro Leopoldo" , que lhe enviava.
Em seguida, Clóvis fazia uma prece lindíssima. Depois é que ele fazia a palestra.
Nós estamos produzindo um filme sobre a ligação Espiritual de Chico Xavier e Clóvis Tavares e o Centro Espírita Luiz Gonzaga (Pedro Leopoldo,MG, com a Escola Jesus Cristo, (de Campos, RJ.)", explica-nos Oceano.

Esse filme, junto com as mensagens serão lançados em 2010 durante as comemorações do Primeiro Centenário de Chico Xavier.

1.7.08

Belo Horizonte Recebe Pesquisador de Campos - RJ

Foto 1 - Flávio Tavares e Geraldo Lemos no Lançamento do Livro
O Centro Espírita Luz, Amor e Caridade, situado na Av. Contorno 2890, no Bairro Santa Efigênia em Belo Horizonte, receberá no dia 07 de Julho de 2008 o médico homeopata Flávio Mussa Tavares, para falar de seu novo livro "Célia Lucius, Santa Marina".


O livro trata da personagem Célia, do livro de Francisco Cândido Xavier - 50 Anos Depois e mostra o resultado de estudos que defendem que há muitas semelhanças entre a personagem de Emmanuel e Santa Marina, alcunhada "o monge".


Flávio sistematizou os trabalhos de Clóvis Tavares, seu pai, e trouxe a público uma informação que poderia ter sido perdida no tempo.

29.4.08

Novo Céu e Nova Terra


A primeira vez que conversei sobre Nina Arueira, foi com a Dra. Ângela, da Fundação Getúlio Vargas. Eu havia apresentado um trabalho sobre construção de arquivos históricos espíritas, com a colega Míriam Hermeto, em um evento de História Oral. O nome não me era estranho, vinha à mente a psicografia do Chico e alguma obra social que levava o nome da "pequenina".
Depois, em conversa com o Alexandre Rocha, fiquei conhecendo rapidamente a vida, os amores e o pós-vida de Nina e Clóvis Tavares.
A história de Nina virou dissertação de mestrado, e como todo trabalho acadêmico é seminal, incentivou o Flávio Mussa Tavares, alma amiga a quem conheço apenas pela internet, a escrever mais do mesmo, talvez com uma outra visão.
O estilo do Flávio é delicioso. Uma vez iniciada a história que ele conta, não se tem vontade de parar.
É a história de uma jovem brilhante, que na flor da adolescência conhece o amor, a teosofia e a militância socialista. Longe de ser ambígua, ela constrói uma síntese pessoal, humanista, e se lança ainda na flor da idade a reconstruir a terra, através da escrita, das incursões no campo, da organização dos pobres. Como a maioria dos jovens honestos, ela é puro ideal, quase inconsequente, ovelha enviada em meio aos lobos.
Flávio enfatiza este lado das muitas Ninas, o lado que sua família e seus amigos de Campos conheceram, a jovem admirada por sua inteligência, por seu verbo, por seu coração, estas coisas que os advogados da "realidade" teimam em condenar, não importa sua orientação político-econômica.
Após o resumo biográfico que corre célere aos olhos do leitor, vêm os textos escritos por Nina encarnada. Ela realmente merece ser admirada pela sua ilustração, seu tirocínio, sua habilidade com as letras, sua tenacidade e seu destemor adolescente. Temas como a pobreza, o conformismo, a reforma da educação, Deus, o amor, o dinheiro, o utilitarismo e os céus preenchem sua poesia e sua prosa.
Na penúltima parte do livro, Flávio selecionou psicografias de Chico Xavier atribuídas a Nina. Certamente, o conteúdo mudou. Nina está mais cristã, mais evangélica, menos militante socialista, mas ainda militante humanista.
Penso que a militância socialista não deve perdoar esta mudança e considerá-la mito. Ameaça muito aceitar que uma de suas pérolas tenha revisto suas idéias ao se colocar de pé, ao lado do corpo frio e visualizar um novo céu, uma nova realidade. Será possível ser exatamente o mesmo após a experiência da morte? Penso que não. O lado humanista-cristão de Nina cresceu e floresceu.
Chamou-me a atenção as poesias ditadas por Nina a Chico. Nelas encontro mais proximidade do estilo que a pequenina utilizava quando encarnada.
A última parte do livro são poesias dedicadas a Nina Arueira, de espíritos, ora encarnados, ora desencarnados.
Cabe ainda uma palavra sobre a apresentação de Virgílio de Paula, seu instrutor em assuntos teosóficos em vida e seu protetor nas horas de perseguição. Não se pode ler o livro sem ler as palavras do amigo que ficou. Elas nos confirmam ainda mais a Nina sedenta dos conhecimentos do espírito e dos céus, inconformada com a versão vigente da religião oficial do Brasil do início do século passado e ansiosa por novas luzes para o problema da existência.
Belo trabalho o do Flávio. Ao colecionar e apresentar novas fontes, a História ainda há de reconhecer o seu valor.