A jornalista e historiadora Ana
Landi acaba de publicar o livro “Divaldo Franco: a trajetória de um dos maiores
médiuns de todos os tempos”, pela editora Bella. Recebi a notícia de primeira
mão, pelo confrade Washington Fernandes, que estava feliz com a venda do
pré-lançamento, cerca de 40 mil livros.
O livro é delicioso de ler, mercê
do lado jornalístico de Ana. Ela não fez um texto linear, mas um texto que, embora siga a linha da vida de Divaldo, vai e volta no tempo, detalhando
situações que ela vai narrando. Ao ler, eu parecia estar ouvindo o próprio
Divaldo, que já vi contar pessoalmente um grande número dos eventos biográficos
escolhidos pela autora.
Apesar do interesse pelo
Divaldo-médium, o que mais me tocou foi a preocupação de se mostrar sua
dimensão humana e o alcance de sua obra. As histórias de Divaldo são quase
inacreditáveis, se eu não o tivesse conhecido pessoalmente e visto um pouco de
suas faculdades e qualidades.
A mais grata surpresa do livro
não foi o texto fluente e magnético, nem as fotos muito bem escolhidas de
diferentes momentos da vida do médium, assim como de algumas de suas
psicografias. Foi a extensa narrativa sobre a relação de Divaldo com Chico
Xavier, outro personagem que conheci em vida, embora muito rapidamente, e cujos amigos, livros e espíritos estão muito presentes na minha história pessoal como espírita.
Para quem conhece um pouco da
história do espiritismo, o texto traz uma surpresa após a outra, dada a
quantidade de personagens espíritas que aparecem na vida do baiano, oriundos do
mundo físico e do mundo espiritual.
A Mansão do Caminho vai sendo
construída, passo a passo, aos olhos do leitor. É uma espécie de patrimônio
coletivo, porque tem as mãos e a generosidade de um número enorme de pessoas e
instituições, que geralmente contribuem e passam. A mão amiga de Nilson está
presente o tempo todo, fazendo justiça àquele que foi o esteio para que Divaldo
pudesse realizar sua missão como expositor e psicógrafo.
O livro emociona, faz rir e
chorar, assim como o próprio Divaldo. Ana não trabalhou como historiadora, uma
vez que posso até estar errado, mas penso que o médium baiano insere “o seu
tempero” nas histórias, já que são contadas para um público que o escuta por
uma hora ou mais. Ganham um tom humorístico, mesmo em situações claramente
dramáticas. Ela foi uma bela médium do médium, transmitindo a história que ele
escolheu contar para todos nós.
O livro não foge dos temas polêmicos
que envolveram a vida de Divaldo, e que tanto impactaram na terra de Chico
Xavier, de onde escrevo a vocês. Não vou falar muito, para que fique aquela
dúvida intrigante que faz com que o leitor desta história resolva adquirir,
ajudando a obra social do médium (os direitos autorais foram cedidos) e
embeber-se do texto.
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