22.9.20

ELAINE A. R. VALE: UMA VIDA DE DEDICAÇÃO AO ESPIRITISMO EM MINAS E NO PARÁ

 


Clique na imagem acima e acesse a entrevista no YouTube


Lembro de Elaine ainda muito jovem no movimento espírita. Papai fazia algum dos seus estudos em um evento da região oeste de Minas Gerais e eu havia ido junto com ele. Lembro-me da quase xará de Elaine, a Eliane de Divinópolis conversando comigo sobre os autores de livros espíritas. Eliane me convidou para uma palestra e, de imediato, Elaine me convidou para ir a Pains-MG.

Foi uma palestra no Messe de Luz, com o Breno implicando porque eu havia escolhido um terno jeans e tinha deixado o cinto em Belo Horizonte. Lembro como hoje de falar de "O Livro dos Espíritos" e de discutir com os presentes sobre Deus, o espírito e a matéria. Lembro de acordar no outro dia bem cedo para poder pegar o ônibus que ia para Belo Horizonte. Eu estava acostumado a acordar às seis e tive que acordar ainda de noite para não perder a condução.

Depois foi um encontro regional sobre mediunidade, que tive o prazer de ir com a Telma Núbia, ainda encarnada. Conversamos sobre a prática e a teoria da mediunidade com os espíritas da região, e apresentamos algumas das analogias dos mecanismos da mediunidade apresentada por André Luiz em seu livro com o mesmo nome.


Elaine no C.E. Renascer, em Marabá - Pará

Após a Elaine, veio a Clícia, sua filha, e a relação com o movimento espírita da região oeste continuou nos mantendo na estrada, tratando de evangelização infantil, de sonhos, de mediunidade e de muitos outros temas.

Passados todos esses anos, tenho acompanhado à distância a Elaine e sua luta pela saúde. Toda a contribuição dela na região oeste não foi o suficiente. Ela mudou-se com a família para o sul do Pará e lá continuou seu trabalho de divulgação e estudo do espiritismo. Vejo as gerações novas surgindo no espiritismo, e sua história ficava apenas entre os muitos espíritas que a acompanharam em seu desejo de levar a quem fosse possível a doutrina de Allan Kardec, Bezerra de Menezes e Chico Xavier. Uma história de vida como essa não devia ser esquecida. Alguém deveria contá-la aos que hoje frequentam os centros espíritas que ela fundou, os que tiveram familiares acolhidos por ela, os que nasceram em família espírita porque os pais aceitaram seu convite de estudo e trabalho, os que tiveram parentes da roça trazidos às cidades "Deus sabe como" para serem ouvidos e cuidados da forma possível.

Então fizemos esse programa, com a Clícia, que hoje está em Arcos-MG, o Élcio Farnese, que hoje está em Uberlândia, o Mário Lúcio que está em Patos de Minas e a Marluce, de Uberaba, mas que está em Marabá, no Pará. Todos trabalharam com Elaine e têm algo a dizer sobre ela. Têm "causos" para contar. Têm eventos engraçados, outros admiráveis, outros curiosos. Têm o que agradecer e o que lembrar. Espero que vocês gostem.

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