1.7.09

ENGAJADOS

Figura 1: Convite distribuído aos alunos da turma de 11 e 12 anos
Há alguns anos eu ouço uma lamentação dos programas de evangelização infantil quanto à evasão das crianças das sociedades espíritas, quando elas se tornam adolescentes e são convidadas a ir para as mocidades e juventudes espíritas.
Algumas sociedades espíritas modificaram seu organograma e criaram os Departamentos de Infância e Juventude, mas as atividades continuam estanques, com coordenações que apenas se reúnem de tempos em tempos para comunicar o que fazem.
Este ano tenho acompanhado algumas iniciativas muito interessantes, com a nossa turma de pré-adolescentes de 11 e 12 anos (Eles se auto-intitulam Sextão, porque são o Sexto Período de Evangelização). Um dos coordenadores da mocidade tornou-se também evangelizador e em conjunto com suas duas colegas têm realizado iniciativas para que seus alunos participem e conheçam a sociedade espírita que frequentam.
No final do semestre eles estão incentivando duas iniciativas.
A primeira é a tradicional ajuda à organização da festa junina na qual interagem entre si fora de sala de aula, com os jovens da mocidade que passam a conhecer e com os trabalhadores da casa que se voluntariam.
Nossa sociedade espírita tem quatro unidades geográficas em lugares diferentes. Uma fica na cidade de Ribeirão das Neves, vizinha da capital mineira e com muitos problemas sociais. A unidade é conhecida como Nova Luz, mas a distância (e o pouco interesse) distanciam os frequentadores de BH de lá e vice-versa.
No próximo sábado os alunos do Sextão irão preparar um presentinho para as crianças que frequentam a evangelização de Nova Luz e no dia 11 irão em caravana visitá-las.
Não preciso dizer da motivação de todos para realizar a atividade. Apenas as crianças autorizadas pelos pais irão participar desta "aventura".
Este tipo de iniciativa cria vínculos mais profundos que as tradicionais aulas, geram amizades, confiança com os adultos, consciência social e possibilita que formem grupos de amigos entre os colegas da sociedade espírita, coisa fundamental para que desejem participar das mocidades durante o período da adolescência, que pode ser marcada pelo questionamento dos valores familiares e pela reconstrução da identidade, como afirmam meus colegas psicólogos.
Pensem nesta iniciativa e revejam a prática das Escolas Espíritas de Evangelização!

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