28.8.11

VIDA, MORTE E MEDIUNIDADE


Propaganda do filme. Já saiu de cartaz.

Após acompanhar uma verdadeira guerra de opiniões sobre o último filme dirigido por Clint Eastwood, criei coragem e adquiri o blu-ray, que já está sendo comercializado e possivelmente alugado nas locadoras.

Alguns críticos diziam que era o pior filme do ex-ator e atual diretor, feito para ganhar uns trocados aproveitando a onda espiritualista. Outros diziam que era o melhor filme dirigido por ele, se observássemos que ele trata da vida e do homem, e  não da mediunidade.

Eu gostei de tudo. O roteiro lembra o comemorado Babel, não direi porque, para não atrapalhar as emoções daqueles que não o assistiram ainda.

A mediunidade do personagem de Matt Damon não é o centro do filme, é uma espécie de fundo. O diretor focaliza no conflito que vive o médium em função das dificuldades do exercício de sua faculdade. A cena se desenrola na relação entre o médium e a pessoa que o procura, mais que entre o médium e o espírito. Por esta razão, na minha opinião ganhou um ponto quem acha que o filme é sobre a vida, o humano, as emoções e a sociedade de consumo.

A jornalista Marie vive uma experiência de quase morte que altera todo o seu mundo pessoal e profissional. Suas escolhas decorrentes de sua experiência levam-na ao que no filme e aqui no Brasil chamamos de Conspiração do Silêncio.

Quem mais me tocou foi o menino Marcus e sua busca incansável por seu irmão e pela reconstrução de sua família. Em sua fragilidade ele representa a força do ser humano, sua capacidade de superação e de inspiração.

Os espíritas ganham de graça um passeio pelo mundo dos médiuns londrinos, dos pesquisadores psíquicos e dos herdeiros do "modern spiritualism" anglo-saxão.

Cenas belíssimas, cortes secos, música deliciosa, cenários ricos e variados, o filme se parece às vezes com uma projeção de slides de três histórias que se embaralham. Eu vi e recomendo.

4 comentários:

  1. Você já assistiu Amor Além da Vida com o Robin Williams ? É belíssimo !

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  2. Assisti, sim. Ele trata mais do mundo dos espíritos, com muita arte e humanidade. Robin William, como sempre, com papéis marcantes e intimistas. Recomendo.

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  3. Jáder,

    Este filme é fantástico mesmo. Vale a pena assistir a um filme que está longe de se constituir como proselitismo. A mensagem dele é clara e nos dá uma percepção de como americanos e ingleses, de certa forma, encaram a mediunidade.

    Valeu pela lembrança e pela resenha!

    Anderson Santiago
    analisesespiritas.blogspot.com

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  4. Jáder,gostei muito desse filme,que aborda com delicadeza a questão da mediunidade,a cena mais marcante para mim,foi quando Marcus finalmente faz contato com seu irmão através da personagem de Matt Damon.é um filme sensível sobre o fenômeno mediúnico,com uma leitura toda particular de Clint Eastwood.

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