Há uma saudável discussão sobre as origens do carnaval, embora a maioria dos foliões não estejam muito interessados nisto.
Curiosamente, o carnaval é uma inserção de cultos pagãos no movimento cristão.
O velho Houaiss fez um estudo etimológico no qual encontra no latim medieval a origem da palavra carnaval.
1. carneleváre ou carnileária - "véspera da quarta feira de cinzas em que se inicia a abstinência de carne exigida na quaresma" (século XI ou XII)
2. carnelevale - milanês (1130), oriundo do latim clássico carne levare (abstenção de carne)
3. carnevale - italiano (século XIV)
4. carneval - francês (1552)
5. passa às demais línguas européias (século XVII)
Guitar (2001) afirma que o carnaval se origina da Saturnália, uma festa romana na qual as pessoas rompiam com as diferenças de status social, escravos poderiam criticar seus donos, banquetes eram feitos e se elegia um príncipe da festa (que evoca a imagem do Rei Momo moderno), que regularia o que aconteceria (de forma apenas simbólica).
A data da Saturnália é próxima ao período do Natal (solstício de inverno, a mais longa noite do ano no hemisfério norte), mas teria sido posteriormente adiada para as vésperas da quaresma, próximo ao equinócio da primavera, na Itália.
Além do sincretismo pagão, nas Antilhas se incorporaram elementos da cultura indígena local (dança, música e participação de todos os membros da comunidade, como celebração da plantação da Yucca (que é comida até hoje no México por época do carnaval) e da comunidade africana, trazida como escrava. Dos africanos vieram os ritmos, as cores e as máscaras.
No Brasil veio o entrudo, uma festa portuguesa celebrada à época do carnaval, que consistia de brincadeiras e folguedos. O nome se deve a grandes bonecos que faziam parte da festa, e o entrudo de rua trazia, segundo a Wikipédia, brincadeiras violentas como o lançamento de urina e sêmem nos participantes. No século XIX vieram algumas tentativas de proibição do festejo, mas sem sucesso.
No Brasil, havia também blocos, cordões e desfiles de automóveis, chamados corsos, no início do século XX. Posteriormente surge o desfile de escolas de samba e as demais variações de festejos, como os que acontecem na Bahia, Pernambuco e no interior de Minas Gerais.
Participar ou não do carnaval de rua? Deixo a questão ao leitor.
Eu penso que festejar o carnaval de forma saudável não faz mal, muito menos prejudicará ninguém. Como qualquer outra festa, pode-se reunir com os amigos para se divertir um pouco, desde que não se desrespeite ninguém, PRINCIPALMENTE o seu corpo. Afinal, precisamos de momentos de descontração também.
ResponderExcluirNão importa se não há ou não a intenção de participar de momentos menos nobres, a simples participação do carnaval implica em atrair para si espíritos que estão ali no meio, querendo sorver mais fluídos que lhes são agradáveis e que, os encarnados desavisados, fornecem-lhes "involuntariamente". Por sabermos dessas verdades, não há que se falar em brincadeira inocente ou simplesmente querer curtir.
ResponderExcluirAcredito que existem muitas outras maneiras mais saudáveis de se estravasar o estres ou festejar...mas, respeitar a opinião alheia também é uma caridade. Até porque, quem terá que responder pelos meus atos, será apenas eu. Pessoalmente, não gosto de carnaval, mas respeito quem gosta.
ResponderExcluirBeijos no coração!♥
Mari