6.3.11
ESPIRITISMO BH PUBLICA ENTREVISTA SOBRE SINCRETISMO RELIGIOSO
O site Espiritismo BH publicou no último sábado uma entrevista conosco sobre Sincretismo. Deolindo Amorim foi recordado, assim como seus livros "O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas" e "Africanismo e Espiritismo". Assista no site http://www.espiritismobh.com.br.
Outra dica: a entrevista sobre métodos anticoncepcionais com Janete Reis está muito interessante.
5.3.11
LUZ E TREVAS
Sabemos da influência do pensamento iluminista e francês na formação de HLD Rivail, que transparece em seus textos.
Uma descoberta interessante que fizemos na leitura de "O Céu e o Inferno" foi o emprego do termo trevas e luz diferente do que temos feito no movimento espírita.
Observo o emprego de "espíritos das trevas" para espíritos inferiores em geral (escala espírita) e "espíritos de luz" para espíritos superiores. Há também o emprego de trevas como sinônimo de espíritos que se associam para praticar o mal e a partir da leitura de André Luiz (Nosso Lar, cap. 44), muitos leitores utilizam as trevas como uma espécie de lugar "geográfico" do plano espiritual onde se congregam espíritos em condição pior que os do Umbral (que seria um ambiente de sintonia de espíritos em estado de sofrimento). Penso que este último sentido é uma espécie de atavismo do pensamento católico, que aproxima a compreensão do mundo espiritual das velhas ideias de céu, purgatório e inferno, muito criticadas por Kardec no livro em questão.
Allan Kardec emprega em alguns momentos o termo luz como entendimento ou consciência do plano espiritual.
Na comunicação de Sanson (pág. 181) ele pergunta o que o espírito viu quando seus olhos se abriram à luz, e o espírita recém-desencarnado explica que passado o período de perturbação, recuperadas as faculdades, ele reconheceu seus amigos e espíritos protetores.
Samuel Filipe (pág. 193) tece consideração semelhante: "Pouco a pouco as minhas idéias adquiriram mais lucidez, a luz que entrevia, por denso nevoeiro, fez-se brilhante; e eu comecei a compreender-me, a reconhecer-me, compreendendo e reconhecendo que não mais pertencia a esse mundo."
O diálogo mais expressivo que demarca esta compreensão, envolve São Luís, e Allan Kardec, na análise do caso Claire, que é um Espírito sofredor. O diretor da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas pergunta a São Luís o que se devia entender por trevas; se seria o sentido bíblico.
O Espírito responde que se tratava de uma alegoria, que deve-se entender por trevas "uma verdadeira noite da alma, comparável à obscuridade intelectual do idiota" (p. 291), "uma inconsciência daquele e do que o rodeia, a qual se produz quer na presença, quer na ausência da luz material". Ele diz que é comum acontecer em meio aos que acreditavam no nada após a morte, e reafirma "coisa alguma percebe em torno - nem coisas, nem seres; somente trevas..."
O assunto não se encerra e Kardec adiciona novas explicações. Ele compara o Espírito a um fósforo, capaz de produzir sua própria luz, proporcionalmente à sua pureza. (p. 292) e teoriza sobre a irradiação de "fluidos luminosos pelos Espíritos superiores".
A afirmação mais importante vem a seguir: "primeiro, porque nem todos os Espíritos inferiores estão em trevas; segundo porque um mesmo Espírito pode achar-se alternadamente na luz e na obscuridade; e terceiro, finalmente, porque a luz também é castigo para os Espíritos muito imperfeitos." (pág. 293)
Ele argumenta: "Se a obscuridade em que jazem certos espíritos fosse inerente à sua personalidade, essa obscuridade seria permanente e geral para todos os maus Espíritos, o que aliás não acontece." (pág. 293)
"Às vezes os perversos mais requintados vêem perfeitamente, ao passo que outros, que assim não podem ser qualificados, jazem temporariamente, em trevas profundas." (pág. 293)
Parece que temos um novo sentido para espíritos iluminados e espíritos em trevas (e não das trevas), mas este é apenas um primeiro ensaio que precisa ser analisado com mais profundidade na obra de Allan Kardec.
26.2.11
UM EVENTO ESPÍRITA EM BOSTON
24.2.11
CHEGAMOS EM 82 PAÍSES!
21.2.11
O ENTERRO DE ANTOINE COUSTEAU
- ‘Amigo, adeus para sempre'. Mas hoje vos dizemos, de fronte erguida, radiante de esperanças, e com o coração repleto de amor e de coragem: - ‘Caro irmão, até breve, orai por nós."
"Obrigado, amigos, obrigado. O meu túmulo ainda nem mesmo de todo é fechado, mas, passando um segundo, a terra cobrirá os meus despojos. Vós sabeis, no entanto, que minha alma não será sepultada nesse pó, antes pairará no Espaço a fim de subir até Deus!
"E como consola poder-se dizer a respeito da dissolução do invólucro: Oh! eu não morri, vivo a verdadeira vida, a vida eterna! O enterro do pobre não tem grandes cortejos, nem orgulhosas manifestações se abeiram da sua campa...
"Em compensação, acreditai-me, imensa multidão aqui não falta, e bons Espíritos acompanharam convosco, e com estas mulheres piedosas, o corpo que aí jaz estendido.
"Ao menos todos vós tendes fé e amais o bom Deus!
"Oh! certamente não morremos só porque o nosso corpo se esfacela, esposa amada! Demais, eu estarei sempre ao teu lado para te consolar, para te ajudar a suportar as provações. Rude ser-te-á a vida, mas repleto o coração com as idéias da eternidade e do amor de Deus. Como serão efêmeros os teus sofrimentos! Parentes que rodeais a minha amantíssima companheira, amai-a, respeitai-a, sede para ela como irmãos. Não vos esqueçais nunca da assistência que mutuamente vos deveis na Terra, se é que pretendeis penetrar a morada do Senhor.
"Quanto a vós, espíritas, irmãos, amigos, obrigado por terdes vindo a esta morada de pó e lama, a dizer-me adeus. Mas sabeis, e sabeis muito bem, vós, que minh'alma imortal vive, e que algumas vezes vos irá pedir preces que jamais lhe recusareis para auxiliá-la na vida magnífica que lhe descortinastes na vida terrena.
"A vós todos que aqui estais, adeus. Nós nos podemos rever noutro lugar que não sobre este túmulo. As almas me chamam a conferenciar. Adeus, orai pelos que sofrem e até outra vista.
Fico imaginando a emoção da esposa, a surpresa dos amigos e muito mais a dos que enterravam o corpo sem vida, desconhecedores do Espiritismo e da Mediunidade. Igualmente me tocou o carinho que os membros da Sociedade dedicaram ao companheiro e a sua família, independente de suas posses ou projeção social. É uma mensagem poderosa aos espíritas, quase um século e meio depois.
19.2.11
ESPIRITISMO COMENTADO EM MUITAS LÍNGUAS
18.2.11
MARÍLIA CONVIDA OS ESPÍRITAS A AGIREM CONTRA A LEI DE ABORTO
14.2.11
AS MÃES DE CHICO XAVIER
As Mães de Chico Xavier é o novo longa metragem que estará no circuito a partir de primeiro de abril de 2011. Nelson Xavier faz novamente o papel do médium mineiro, mas a trama se desenvolve em torno de algumas mães que perderam seus filhos e o procuram em busca de informações. Baseado em fatos reais, o filme tem tudo para ser um novo sucesso de bilheteria, dado o interesse que o Espiritismo tem despertado na população brasileira e na qualidade da produção. Acho que o filme que deve levar aos cinemas um público de pelo menos dois milhões de expectadores. E você, leitor, o que acha?
12.2.11
CORAL PEDRO HELVÉCIO E MEU CANTAR
8.2.11
DELÍRIO, ALUCINAÇÃO E FENÔMENO MEDIÚNICO
6.2.11
AGENDA DE UMA MOCIDADE ESPÍRITA CONTEMPORÂNEA
5.2.11
MOEDAS DO EVANGELHO: ÓBOLO E LEPTO
Figura 1: Óbolo de bronze
Figura 2: Lepto de bronze (frente)
A passagem dos dois evangelistas foi denominada como o óbolo da viúva. Cabe comentar que a palavra óbolo tem também o significado de pequeno donativo.
A moeda denominada quadrante, citada no texto de Marcos, parece ser uma moeda em cobre, Romana, do período do império, de baixo valor. Pode-se ler um pouco sobre as moedas romanas no site http://www.angelinicoins.com/Hist/ImpRomano/MundoRom.html
31.1.11
MOEDAS DO EVANGELHO: DRACMA
Kardec considerava necessário que se estudasse o significado das palavras da época para que a interpretação fosse clara. Faz-se menção a diversas moedas nos textos evangélicos, por causa da localização da Judéia e dos países vizinhos. Moedas gregas, romanas e locais eram utilizadas pelos habitantes. Escolhemos algumas e rastreamos seu valor para auxiliar o leitor do Espiritismo Comentado que se interessa pelos estudos evangélicos.
Figura 2: Tetradracma com a efígie de Alexandre O Grande, cunhada próximo ao ano de 330 a. C.
A dracma corresponde em valor a um centésimo de uma “mina” de prata suméria. Seis mil dracmas equivaliam a um talento de ouro. Haroldo Dutra afirma que a dracma equivalia ao preço de uma ovelha. Tucídides (historiador grego clássico) afirma que no século IV a.C. uma dracma era equivalente a um dia de trabalho de um soldado grego e outros historiadores associam uma dracma ao dia de trabalho de um operário qualificado. Uma dracma valia seis óbulos e seis mil dracmas equivaliam a um talento ateniense. Encontram-se moedas de valores múltiplos de uma dracma (didracmas, tridracmas, tetradracmas e decadracmas, etc) na antiguidade.Figura 3: Decadracma de cerca de 400 a.C.
No Evangelho de Lucas, capítulo 15, Jesus conta a parábola da dracma perdida.
20.1.11
PASSE E OBSESSÃO EM ALLAN KARDEC
13.1.11
NOVA AURORA COMEMORA 60 ANOS DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO PIAUÍ
5.1.11
LIVRO SOBRE DEPRESSÃO ESCRITO POR MÉDICOS ESPÍRITAS
Trata-se de uma coletânea de textos sobre o assunto. Sua abordagem é interessante, porque baseia-se em revisões de literatura e publicações sobre o tema de duas fontes distintas: fontes de pesquisa médica e fontes espíritas. O livro emprega uma linguagem direta e clara, porque é voltado ao grande público, apesar de tratar de alguns temas técnicos.
Roberto Lúcio (psiquiatra) apresenta o diagnóstico, uma diferenciação conceitual entre depressão, tristeza e melancolia, as alterações orgânicas e neurofisiológicas, a abordagem cognitiva e as diferentes abordagens terapêuticas, incluindo a espírita, que considera a obsessão, os passes, o auto conhecimento e as atividades sociais.
Jáider (psiquiatra) trata da depressão e da ética.
Oswaldo Heli (cardiologista) faz uma dissertação breve sobre a associação entre depressão e doença cardíaca, e comenta muitos casos descritos pelo espírito André Luiz.
Percebo no livro a intenção de se discutir alguns mitos correntes no movimento espírita, oriundos do senso comum. Eles envolvem um desconhecimento sobre a visão psiquiátrica da depressão, que vai do seu conceito às fantasias sobre o tratamento com medicamentos “tarja preta”. Eles defendem a articulação entre o tratamento médico e as propostas do movimento espírita, sem fazer apologia destas.
O livro da segunda edição traz alguns erros de revisão, como é o caso da sigla FDA, que significa Food and Drugs Administration (uma agência pública Norte Americana da área de saúde), à qual antecediam reticências na publicação, possivelmente porque o autor queria pesquisar o nome correto da sigla.
Há certo desequilibro entre os autores. A maioria dos capítulos é de autoria de
Roberto Lúcio, e os trabalhos de Jáider e Oswaldo Heli são justapostos. O livro não tem uma linearidade do texto, os temas do diagnóstico e da terapêutica vão e vêm. É uma coletânea de trabalhos isolados sobre o tema.
A experiência dos autores e seu domínio técnico fazem do livro uma referência importante ao movimento espírita, especialmente às atividades de orientação (que aqui em Minas se chama de “atendimento fraterno”) do público que procura os centros espíritas para encontrar alternativas para seus problemas pessoais.