18.2.17
DOLORES BACELAR E O RISHI
21.6.17
UM NOVO VELHO GRANDE LIVRO
16.8.20
A CURIOSA LIGAÇÃO DE UMA MÉDIUM DE PERNAMBUCO COM UMA INSTITUIÇÃO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP
10.7.20
PEQUENAS EDITORAS, GRANDES AUTORES
15.11.20
UM INDIANO NA REUNIÃO MEDIÚNICA
Rabindranath Tagore - 1909 (Fonte: Wikipédia)
Ontem estudávamos, em nossa reunião mediúnica, o capitulo 2 da terceira parte do livro “Amor e Ódio”, de Yvonne Pereira. O capítulo trata de um plano para incriminação de um personagem importante do livro.
Na parte de comentários, alguns membros deixaram escapar sua impressão sobre a perversidade do malfeitor, causada por orgulho e egoísmo. Outro companheiro se incomodou com o mal que a influência pessoal pode causar em um processo jurídico, quando este não corre segundo as regras estritas do direito processual. Tocou-nos a impiedade do nobre, capaz de mobilizar influências e manipular pessoas para obter nada mais que uma vingança pessoal.
Passadas a leitura e os comentários, veio a parte mediúnica. Como a reunião se faz via um aplicativo, em decorrência dos cuidados com a COVID-19, não temos manifestação psicofônica, apenas psicográfica, preces em favor de terceiros e o relato das percepções mediúnicas (ou anímicas, quem vai saber?) na nossa terceira parte.
A médium “Carla” (nome fictício) relatou sua percepção. Viu um espírito de um indiano, com barbas, descreveu sua percepção com algum detalhe, que lhe dizia, apenas:
“Se o ódio pode tanto, imagine o amor!”
Ela percebia com os olhos da alma o espírito passando por um campo, com uma mão espalmada, e à medida em que passava sobre a vegetação, que chegava à altura do quadril, as flores se abriam. É uma espécie de "poesia visual" uma imagem que reforça a frase e lhe dá significado.
De fato, uma nova perspectiva da leitura vinda de um espírito superior a nós, despertando nossa atenção para outra ótica do texto.
As emoções não terminaram aí. O colega “Jacques” pesquisou no smartphone e perguntou à médium, mostrando uma fotografia:
- O espírito é esse aqui?
Com alguma dificuldade, por estar passando uma imagem digital por uma câmera de vídeo, sem nome, Carla, após analisar um pouco, disse:
- Parece-se com ele. É sim.
Era Rabindranath Tagore, que estava sendo estudado por Jacques no início do dia. A frase única lembra sua prosa como o espírito “Um Jardineiro”, psicografado por Dolores Bacelar e publicado pela editora Correio Fraterno.
Passada a reunião, encontrei o seguinte capítulo do livro, que passo a reproduzir:
RESUMO
- A Vida?
- É o Amor.
- E o Amor?
- Vida.
Um Jardineiro (Tagore), psicografia de Dolores Bacelar.
Livro: A Rosa Imortal
Editor: Correio Fraterno
São Bernardo do Campo, 3ª. Edição - 1981
7.12.16
SINAIS DO IMPÉRIO RUSSO NA PSICOGRAFIA DE DOLORES BACELAR
11.8.20
AQUELA DA PASSAGEM AÉREA ERRADA QUE VIROU CENTENAS DE ATIVIDADES!
Há uns treze anos participei de um congresso no Paraná e os organizadores compraram uma passagem Maringá - São Paulo, que chegava de manhã e partia para Belo Horizonte à tarde. Em vez de ficar horas a fio no aeroporto, resolvi fazer uma limonada do limão e entrei em contato com a Izabel Vitusso, do Correio Fraterno. Ela gentilmente se dispôs a me levar ao Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo para conhecer.
Chegando em São Paulo, mudança de planos. Izabel me levou no Lar da Criança Emmanuel, em São Bernardo do Campo, antes de irmos ao CCDPE-ECM. Fiquei conhecendo também, por dentro, o Correio Fraterno. Como não perco a oportunidade de fazer uma boa matéria, e na época tinha fôlego de sobra, fotografei e colhi as informações que se transformaram na matéria sobre a creche que saiu dia 02/10/2007 - https://espiritismocomentado.blogspot.com/search?q=Tia+Lol%C3%B4
Depois, Izabel levou-me para conhecer o CCDPE-ECM. Fiquei conhecendo pessoalmente a Júlia Nezu, e, no almoço, fui convidado a ajudar a reativar o Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo.
Desde então, tem sido uma troca muito intensa entre o Correio, o CCDPE-ECM e o Espiritismo Comentado. O quarto Enlihpe já está na sua décima sexta versão, suspensa pela pandemia. O Correio Fraterno, então, nem se fala.
Por todas essas histórias e mais uma, que será contada ao longo da entrevista com Izabel é que a convidamos com muita alegria para falar dos livros da médium Dolores Bacelar, que são editados pelo Correio. Dolores já está no plano espiritual, mas sua imensa discrição fez com que ela ficasse pouco conhecida enquanto estava encarnada, apesar da qualidade literária e doutrinária de seus livros, que vez por outra aparecem no EC.
Quem é o espírito "Um jardineiro", que tem dois livros psicografados?
Dolores tem o seu "Parnaso de Além Túmulo"?
Um romance de judeus, assírios e persas?
Contos de diversos autores brasileiros desencarnados?
Confiram no próximo sábado.
3.6.07
O Conto Perdido
23.3.08
Às Margens do Eufrates: A Trilogia
Uma mistura equilibrada de ficção e realidade, sob uma ótica espírita. Esta é a impressão que fica após a leitura da trilogia "Guardiães da Verdade", "Veladores da Luz" e "O Vôo do Pássaro Azul".
O espírito Josepho, através da mediunidade de Dolores Bacelar, descreve as intrigas de uma corte assíria à época do século VII a. C. O personagem central é o imperador Assírio Sargon II, filho de Salmanazar e pai de Senaqueribe. Em foco, o domínio assírio sobre o oriente médio e o antigo egito, as guerras contra a Samaria e o domínio do reino de Judá. A resistência urartiana e a cultura persa também têm um papel importante nesta história.
Josepho cria personagens que encarnam a dualidade do ser humano, as suas contradições, as escolhas entre o poder e o dever. A pena deste espírito vagueia entre as paixões dos indivíduos e as análises sociais.
O enredo é bem tramado, sendo muito difícil ao leitor adivinhar o desfecho dos três romances que se seguem, contando apenas uma história. Mais uma vez, impressionam as citações, datas, informações sobre os personagens históricos que se entrelaçam com os personagens imaginados, a ficção. Josepho interrompe sua narrativa inúmeras vezes para tecer explicações com bases na doutrina espírita para o leitor, às vezes muito extensamente.
Outra articulação curiosa é a dos dados históricos com os dados da tradição hebraica. A cultura assíria é posta a nu, e o espírito defende a tese de Burns que propõe que uma sociedade não se sustenta apenas com o cultivo do militarismo e de um imperialismo predatório.
Esta política gera as bases da insatisfação e da busca de libertação pelos povos dominados, com tanto mais empenho quanto mais se lhes dilacerem os recursos e a perspectiva de futuro.
Deixando um pouco de lado os relatos o que invadiram o mercado editorial espírita brasileiro, com pouca qualidade literária, o realismo fantástico de Josepho merece ser apreciado pela comunidade espírita brasileira e internacional.
15.9.20
SAMUEL MAGALHÃES NO ESQUINA DO CÉLIA: ESPIRITISMO, MEDIUNIDADE E MEMÓRIA
“Esquina do Célia” é um programa mensal de “bate-papo” sobre temas doutrinários, que acontece no segundo sábado do mês. Em julho entrevistamos Luciano Klein, historiado, sobre suas pesquisas acerca de Bezerra de Menezes. https://www.youtube.com/watch?v=sUgHTF-0cRg&t=58s
Em agosto entrevistamos Izabel Vitusso, jornalista, sobre os livros e a vida de Dolores Bacelar, que tem seus livros publicados pelo Correio Fraterno. https://www.youtube.com/watch?v=9sGLKpFZWjs&t=41s
Agora em setembro, entrevistamos Samuel Magalhães, contador que trabalha voluntariamente na preservação da memória do movimento espírita. Samuel fala de sua iniciação no espiritismo, que é surpreendente, e da criação dos Centros de Documentação em quatro estados.
Ele dá detalhes da pesquisa e da elaboração de seus livros “Charles Richet: o apóstolo da ciência e o espiritismo”, e “Anna Prado: a mulher que falava com os mortos”. Os dois trabalhos se mostram ligados ao espiritismo no norte do Brasil (Pará e Amazonas), que tinha canal direto com a Europa no século 19, em decorrência das riquezas decorrentes do ciclo da borracha e de sua infraestrutura portuária e de transporte fluvial.
Samuel fala da trajetória da construção do conhecimento, seu encontro com familiares das pessoas estudadas, documentos, mudanças de concepções pré-existentes (Anna Prado é do Amazonas e não do Pará) e novas informações (a desencarnação de Anna Prado). O livro sobre Richet foi considerado por Gabriel Richet a melhor biografia já escrita sobre seu avô, Nobel de medicina, um dos fundadores da metapsíquica, esperantista e estudioso de fenômenos espíritas com Gabriel Delanne. O livro hoje se encontra na biblioteca da Universidade de Paris.
Assista a entrevista no YouTube com o seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=6HEBuEwuaQE
Ou acesse YouTube – TV Célia Xavier – Esquina do Célia e escolha a entrevista
28.2.08
Como Pesquisar no Blog "Espiritismo Comentado"
Figura 1: Cortesia de Marcus Vinícius Papa Lobo.
Muitos leitores do Espiritismo Comentado têm perguntado como encontrar postagens (publicações) antigas. O Blogspot oferece diversos recursos para encontrar o assunto que você deseja no EC. Hoje irei explicar como utilizar o instrumento de busca.
1.Observe a régua acima da primeira publicação da página do blog.
2. Ao lado do símbolo do Blogspot você encontrará uma caixa de pesquisa (um espaço quadrado branco para digitação), ao lado da informação "Pesquisar Blog"
3. Digite na caixa uma palavra ou expressão que você pretende pesquisar. Ex: Mediunidade, Honório, Dolores Bacelar, Universidade, Tese, etc.
4. Se você tiver uma determinada publicação em mente, escolha palavras que certamente estarão nela mas que dificilmente se encontrarão em outras publicações ("posts").
5. Clique em "Pesquisar Blog".
6. Após alguns instantes, as publicações abaixo serão substituídas por todas as que contém as palavras que você mandou pesquisar no Espiritismo Comentado.
27.1.08
Um Romance com Personagens Bíblicos
O espírito que se identifica como Josepho seria o conhecido Flávio Josefo, escritor judeu-romano do século 1 DC? Independente da resposta à pergunta, o autor demonstra ter um grande conhecimento das tradições históricas e legendárias do antigo testamento.
A série é um relato de reencarnações de um mesmo espírito, o autor. Não sou capaz de dizer se se trata de uma estratégia literária ou se o autor pretende realmente fazer um relato memorialista das suas encarnações. A fragilidade documental da civilização hebraica, especialmente no período em que acontecem os eventos do primeiro livro da série, nos permitem dizer apenas que o autor parece conhecer os costumes hebraicos e a genealogia do livro do Gênesis.
Seu personagem central, Javan, mais que um representante de uma classe social ou homem de época, é um indivíduo diferenciado na tribo de Methusala (seria Matusalém, da Bíblia, como referencia Josepho?). Javan parece representar o espírita no mundo contemporâneo, de tendência espiritualista em meio a uma sociedade imediatista; romântico, em meio a pessoas sensualistas; com senso de dever e que toma decisões heróicas, pensando na comunidade e na vida após a morte antes dos interesses pessoais.
A cidade de Enoch, possivelmente a mesma que se diz no Gênesis Bíblico ter sido criada pelo filho de Caim, representa no contexto do livro a vida dirigida pelo poder, pela dominação e pelo sensualismo. Mesmo em Enoch, Javan encontra um patriarca que preza os valores e a tradição, Methusael, que convive com uma geração cainita dividida entre o poder dos guerreiros, simbolizados em Tidal e a teocracia dos sacerdotes de Baal.
Descendentes de Caim e de Seth se enfrentam no contexto do livro.
O autor espiritual e outros membros da equipe de Dolores Bacelar fazem inúmeras notas ao longo do texto e tecem explicações no contexto da ética espírita para muitos dos acontecimentos e decisões dos personagens.
A editora fez um excelente trabalho nas edições mais recentes. Ampliou os tipos, tornou a capa mais sugestiva, criou títulos para os capítulos, colocou as notas no rodapé das páginas, evitando que o leitor tenha que ir ao fim do livro para conhecer seu conteúdo, ampliou o tamanho das fontes facilitando a leitura e as limitações de leitores que, como eu, já passaram dos quarenta anos.
Apesar da profunda impressão que a leitura me causou, não me sinto informado o suficiente para a defesa do caráter histórico da narrativa, mas sem dúvida, seu caráter simbólico traz uma bela reflexão para a comunidade espírita, hoje.
No texto se encontram três ou quatro referências muito polêmicas: Capela, Lemúria, Atlântida e o dilúvio. O autor espiritual defende sua existência, embora relativize a questão do dilúvio, que aparenta ser regional. A referência aos avanços das sociedades atlantes e rutas (habitantes da Lemúria) são surpreendentes e causam estranheza, mas não chegam a comprometer o conjunto da obra.
Outra questão que apenas proponho, mas não tenho condições de desenvolver é se haveria uma influência do pensamento gnóstico no texto do autor espiritual.
Parece-me que conhecer e debater o conjunto da obra, que demonstra as muitas variações e possibilidades da faculdade mediúnica é uma tarefa importante para o movimento espírita, que ainda não lhe deu o devido valor.