Salomão Borges, irmão de Henrique Kemper Borges
Estava lendo o livro "Diretrizes de segurança", de Divaldo Franco e Raul Teixeira. Este livro tem um significado especial para mim, porque eu assisti o livro sendo feito. Foi na década de 80, no Colégio Tiradentes da Santa Tereza - BH. A Aliança Municipal Espírita, com a colaboração da saudosa Telma Núbia, organizou as questões e os dois médiuns e oradores espíritas se dispuseram a responder de forma concisa, para que o seminário fosse gravado e transcrito.
Encontrei uma das referências típicas do Divaldo: uma menção a um espírito que se apresentava como Henrique Kemper Borges, que houvera sido militar e médium na capital mineira. Imediatamente lembrei-me do novo presidente da União Espírita Mineira, que deve ser filho do espírito percebido (ele se chama Henrique Kemper Borges Júnior). Fui procurar mais informações na internet, e encontrei o depoimento abaixo no site do Museu do Clube da Esquina, feito por Salomão Borges, pai do conhecido músico mineiro, Lô Borges, e membro de uma família muito ligada ao Milton Nascimento e ao Clube da Esquina.
"O nome Magalhães é o seguinte: meu pai e minha mãe eram pioneiros do espiritismo kardecista aqui em Minas Gerais. Aliás, por isso eles foram muito perseguidos. É bom que se diga isso, que eles sofreram muitas perseguições, porque naquele tempo a intolerância era uma coisa medonha. Mas meu pai foi fundador de um centro espírita que existe até hoje, em condições precárias mas existe. É o Centro Espírita Luz, Amor e Caridade. Meu pai fundou esse centro e, na primeira reunião pública do centro, eles receberam lá um espírito que se ofereceu para ser um diretor, o guia espiritual do centro. O nome desse espírito era Salomão Magalhães, que era o nome de um jovem médico de Bagé, Estado do Rio Grande do Sul. E meu pai, em homenagem a esse médico, me deu esse nome de Salomão Magalhães, além do Borges dele. E teve uma reunião pública muito tumultuada nesse centro espírita. E foi contra vontade de meu pai que essa reunião se efetuou, porque ainda era cedo pra uma reunião pública, pela fluência de maus espíritos em grande quantidade, e foi exatamente o que aconteceu. Então o pau quebrou lá, muita gente foi tomada de espírito mau e começaram a quebrar as coisas, tamboretada. E meu pai descreve isso num livro manuscrito que ele não chegou a publicar. E o Salomão Magalhães, que era o guia espiritual, não conseguiu segurar a barra dos espíritos maus que estavam lá conturbando a sessão. Foi quando apareceu então o Henrique Kemper – um outro irmão que recebeu esse nome de Henrique Kemper –, que tinha sido professor de medicina do Salomão Magalhães. E o Henrique Kemper então debelou a rebelião dos espíritos e acalmou todo mundo. Então meu pai, em homenagem ao Henrique Kemper, deu ao meu irmão o nome de Henrique Kemper Borges".
As informações do médium baiano são corretas, e o Kemper-pai tornou-se militar, como se pode ver no transcorrer da entrevista. O Luz, Amor e Caridade está revitalizado, mantido por um grupo de trabalhadores oriundos da União Espírita Mineira, dentre eles o Geraldinho Lemos, muito conhecido nos dias de hoje pelo seu trabalho de recuperação da memória de Chico Xavier.
Adorei, achei muito bom mesmo, pois muito disso foi novidade para mim. Então a turma do Clube da Esquina teve muitos contatos extra-terrestres mesmo: "Anda, quero lhe dizer nenhum segredo. Falo deste chão da nossa casa, vem que tá na hora de arrumar... Beto Guedes." E eu cantei e toquei muitas músicas desta turma. Valeu e muito a matéria.
ResponderExcluirAbs,
Jotalu.
Muito bom saber dessa história. Legal
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