24.2.09

Espiritismo Comentado Agradece Visitantes


Há muito tempo que não agradecemos os acessos ao redor do mundo. Hoje já passamos os 35 mil acessos e gostaria de agradecer alguns cidadãos em diferentes pontos do mundo e do Brasil, aleatoriamente:
- A comunidade espírita portuguesa (Faro, Viseu, Porto, Mirandela, entre outras),
- A comunidade espírita norte-americana (Montain View, Ballwin, entre outras)
- Leitores dos países Liechtenstein e Luxemburgo, na Europa.
- Espíritas de Nagoya e Niigata, no Japão
- Navegantes Brasileiros de Serrinha (Bahia), Xanxerê (Santa Catarina), Cachoeira do Sul (Rio Grande do Sul), Primavera (São Paulo), João Monlevade (Minas Gerais), Araruama (Rio de Janeiro), Mantena (Minas Gerais), Urussanga (Santa Catarina), Taguatinga (Tocantins), Várzea Grande (Mato Grosso)...
Se puderem, enviem notícias do Espiritismo em suas cidades, além de fotos das sedes e dos trabalhos lá realizados, para que a comunidade internacional possa conhecê-los.
Fraternalmente,
Jáder Sampaio - Editor do EC

23.2.09

Ana Maria Braga Entrevistou Divaldo Franco


No dia 18 de fevereiro, a apresentadora global do programa Mais Você entrevistou Divaldo Franco. Ela mostrou uma bela matéria biografando o médium baiano antes da presença dele no estúdio.





19.2.09

Meu Cantar lança CD com Músicas do Coral Pedro Helvécio

Recebi e estou publicando uma chamada do excelente grupo Meu Cantar que divulga seu novo trabalho. Eu cresci ouvindo o Coral Pedro Helvécio nas Semanas de Arte Espírita. As músicas eram arrebatadoras, os arranjos eram diferentes, sempre com uma certa dissonância entre as vozes e um uso de falsetes que o tornavam uma experiência única em termos de música espírita.
O Meu Cantar está oferecendo uma pré-venda em meio eletrônico com preço promocional. Leia o texto que enviaram abaixo:

Novo CD – “Para Ter a Vida” - Pré Venda


Dando continuidade ao trabalho, o Grupo acaba de gravar o terceiro CD. Trata-se de uma homenagem ao Coral Espírita Pedro Helvécio (pertencia à Mocidade Espírita “O Precursor” , fundado em 1978 e extinto em 2000, sendo nesta época, órgão estrutural do Departamento de Juventude da União Espírita Mineira).

Este desejo se justifica pela riqueza de composições e de arranjos vocais que o Coral Pedro Helvécio apresentava. O Coral Pedro Helvécio foi extinto antes mesmo de registrar o seu trabalho musical que beneficiaria, certamente, ao movimento espírita. Em função disso, o Grupo Espírita Meu Cantar interessou-se em homenageá-lo, recuperando o repertório do Coral gravando um CD.

Com este trabalho, esperamos: • Recuperar o repertório musical do Coral Espírita Pedro Helvécio; • Divulgar a Doutrina Espírita e o Evangelho através da música; • Contribuir para o cultivo da memória musical espírita em Belo Horizonte e demais cidades brasileiras; • Possibilitar ao movimento espírita e simpatizantes o acesso a músicas espíritas de qualidade. • Incentivar a formação de grupo de Canto Coral.
Uma prévia deste trabalho pode ser vista em nosso site, na seção
Videos.

Disponibilizamos em nosso site a pré-venda do CD, com o intuito de angariar os recursos financeiros necessários para cobrir os gastos com o processo de registro das músicas (gravação, masterização, prensagem). Quem adquire o CD também é beneficiado, comprando a um preço mais baixo (R$ 12,00) do que o que será comercializado (R$18,00).

A data prevista para lançamento do CD é 18 de abril /09. Os CDs serão entregues no show de lançamento ou enviados pelo correio.

O Processo é bem simples e seguro.
Clique na imagem ao abaixo e será redirecionado uma página onde poderá optar pela compra ou por uma doação (no valor que quiser).



Agradecemos o apoio e a amizade. Você pode nos auxiliar divulgando essa mensagem.

Muita paz!

Grupo Espírita Meu CantarBelo Horizonte - MG
www.arteespirita.com.br/meucantar

Mapa de Sociedades Espíritas de Contagem


Vanilson Couto encaminhou também o mapa dos Centros Espíritas filiados à Aliança Municipal Espírita de Contagem, cidade vizinha a Belo Horizonte - MG. Se você frequenta uma sociedade espírita nesta cidade ou na capital que não consta em nenhum dos mapas e quiser incluí-la em uma versão futura, faça o seguinte:

Envie o nome da instituição e o endereço (rua, número, bairro, cep e, se possível, telefone) para vanilsoncosme@yahoo.com.br .
Em algum tempo poder-se-á comparar este mapa com o que contém as informações dadas pelos leitores do Espiritismo Comentado e outros órgãos que se interessarem, como a União Espírita Mineira.

Curso de Tanatologia em Belo Horizonte - MG


DEC Promove Oficina de Contação de Histórias em BH


Simpósio Ciência e Espiritualidade em Sorocaba - SP


16.2.09

João, Filho de Zacarias - Nazireu

Figura 1: Ícone de João criado por Mary Katsilometes (http://www.anastasisicons.com)
Duas palavras muito próximas em nossa língua, mas com significados distintos: Nazareno e Nazireu.

Nazareno, na Bíblia, é quem nasceu na pequena cidade de Nazaré, na Galiléia.

Nazireu é qualquer israelita que fez um voto de consagração para Iahweh, temporário ou permanente, e se dispõe a cumprir as restrições, repletas de simbolismo, propostas no sexto capítulo do livro de Números, do pentateuco moisaico.

As principais restrições de um Nazireu são as seguintes:

1. Não beber vinho, bebidas fermentadas ou embriagantes, nem comer uvas. O nazireu deve ficar mentalmente são. (Parece que as uvas entram na lista com um significado tabu)

2. Não cortar o cabelo, deixá-lo crescer livremente. Os cabelos sem corte simbolizam a sujeição à vontade de Iahweh.

3. Não tocar nem se aproximar dos mortos. O nazireu deve ficar cerimonialmente puro, e o contato com os mortos no moisaísmo era uma das muitas regras relacionadas à pureza e impureza.

João, chamado "o batista", fez o voto permanente de nazireato, seguindo a orientação dada a seu pai, Zacarias, por Gabriel, considerado pelos espíritas como um espírito superior ligado ao nascimento do cristianismo no mundo.

Jesus foi chamado de Nazareno, por ter nascido (para quem considera improvável o episódio de Belém) ou ter passado sua infância na cidadezinha galiléia.

Cabe, portanto, uma revisão na tradução do texto da introdução de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", feita por Guillon Ribeiro.

13.2.09

Arquiteto faz Mapa de Centros Espíritas de Belo Horizonte


Figura 1: Mapa dos Centros Espíritas Belorizontinos para visualização em computadores


Vanilson Cosme Oliveira Couto, arquiteto e urbanista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, entregou esta semana um mapa contendo cerca de 120 sociedades espíritas filiadas à Aliança Municipal Espírita de Belo Horizonte, AME-BH.

" ...os mapas são como um registro parcial do que de fato acontece sobre o território dos municípios", explica. "Ainda que representações limitadas, eles podem reforçar ou contradizer estudos e percepções futuros como o cruzamento de informações relativas à concentração de centros espíritas, à densidade habitacional e ao nível sócio-econômico destas áreas."
O mapa de Belo Horizonte traz informações curiosas. Algumas regiões são conglomerados de centros espíritas, enquanto que outras são verdadeiros "claros".
Na próxima semana iremos publicar o mapa que ele fez voluntariamente, conjuntamente com seu irmão, o geógrafo Leandro Couto, do município de Contagem.

Oficina de Teatro em BH


O INEDE - Instituto Espírita de Estudo e Divulgação do Evangelho - está promovendo uma oficina de teatro em Belo Horizonte - MG. Não tenho mais informações, mas os contatos são:

editora@inede.com.br
Rua Suassuí 266 - Carlos Prates, Belo Horizonte-MG
Telefone: 031-3278-2621

4.2.09

Você quer acompanhar o Espiritismo Comentado?

Há diversas formas de você não perder o lançamento das matérias do Espiritismo Comentado.
1. Nós instalamos um aplicativo do Blogspot, para o qual basta você clicar em "Acompanhar este site". Uma janela irá abrir. Você escolhe se quer seguir anonimamente ou publicamente (no último caso, sua imagem do blogspot aparecerá no quadro do blog). Sempre que for publicada uma matéria, uma chamada aparecerá no Blogger.com, a página na qual os internautas atualizam seu blog na internet.

2. O Espiritismo Comentado adicionou o RSS. Se você tiver um browser (Firefox, por exemplo) ou um programa específico para receber informações sobre este recurso, sempre que o EC for atualizado uma chamada aparecerá em seu programa. Basta cadastrar o blog.

3. Se você achar tudo isto complicado, envie um e-mail para jadersampaio@uai.com.br e será inserido em uma das listas de leitores. A cada três ou quatro publicações você receberá um e-mail (sem imagens, apenas texto, com os títulos das matérias...) com um link do blog avisando que houve atualizações. Basta clicar e ler!



29.1.09

Frequentadores de Centros Espíritas nos Estados Unidos (Português / English)

Foto 1: Yvonne Limoges, Florida.

Pessoas que vêm aos Centros Espíritas



Escrito por Yvonne Limoges da Sociedade Espírita da Flórida

Tradução: Jáder Sampaio

Este ano nosso centro celebra seu 27o. aniversário. Ao longo de todos estes anos, quando novas pessoas nos procuram, a maioria delas vem em busca das mesmas coisas (aprender o que o Espiritismo geralmente ensina, e/ou se temos médiuns, para que eles talvez possam receber uma mensagem espiritual).

Contudo, temos notado uma mudança de tendências sobre o motivo de procura de um grupo específico de pessoas ao longo dos anos.

Filmes, "shows" e programas de TV contendo médiuns e sensitivos expuseram amplamente às pessoas "instruídas" em geral a existência dos espíritos, o mundo espiritual, a mediunidade, a reencarnação e uma gama de tão conhecidos "fenômenos paranormais". Além disso, muitas pesquisas de opinião recentes revelaram que milhões de pessoas deste país (os Estados Unidos da América) acreditam nestes fenômenos e muitos mais falam abertamente sobre eles e até compartilham suas experiências pessoais. Por consequência, se há muito tempo atrás tínhamos pessoas geralmente em dúvida sobre estas coisas, agora temos muitas que acreditam nelas.
O exposto não é uma surpresa para muitas pessoas que descobriram ou sentem que podem revelar agora várias capacidades. E também, eu acredito que uma vez que muitas pessoas têm visto experiências emocionantes e recompensadoras através do trabalho de sensitivos e médiuns apresentados na TV e em filmes, etc., algumas decidiram que querem "desenvolver" estas faculdades de forma que elas possam fazer algumas destas coisas também (algumas com bons motivos e outras com intenções não tão boas, em nossa opinião). Por isso, temos recebido numerosos pedidos (através de e-mail ou pessoalmente) solicitando instruções para o desenvolvimento da mediunidade (ultimamente solicitações sobre "mediunidade curadora" estão particularmente populares). Gostaria de mencionar que há muitos outros tipos de aulas e escolas por aí que ensinam estes tipos de coisas, geralmente mediante pagamento.

No nosso website (Website: http://www.spiritistsocietyflorida.com/), publicamos uma seção intitulada "mediunidade espírita" por uma razão específica. Embora alguém possa realmente ter as faculdades de um sensitivo ou médium, isto NÃO significa que esta pessoa seja um médium espírita, para o quê há critérios específicos que precisam ser considerados para que ele haja como um, e que é o único tipo de prática da mediunidade que um Centro Espírita ensina, que é baseado nos livros de Allan Kardec. Um médium espírita necessita continuamente educar-se na Doutrina Espírita, aceitar seus princípios e mudar seu comportamento de forma a ficar coerente com ela, o máximo que possa. A moralidade de um médium afeta intensamente a forma como sua faculdade será utilizada. Um dos princípios básicos que o Espiritismo ensina acerca da mediunidade é que seu principal propósito para os que a possuem, é o seu aperfeiçoamento moral. Em tempo, não queremos desencorajar os iniciantes do nosso Centro, mas envolvê-los em um processo de educação espírita suave, paciente e caridosa, especialmente se a pessoa nos busca sinceramente para aprender ou com problemas espirituais. Contudo, temos por dever ser cristalinos quanto aos princípios espíritas e o comportamento apropriado. Temos visto que eventualmente a pessoa decide por si mesma, após algum tempo, se deve ou não aceitar os princípios da Doutrina Espírita e também se ele ou ela deve aceitar as exigências necessárias para se tornar um médium espírita.


Some Who Come to Spiritist Centers

Written by Y. Limoges

This year our center celebrates its 27th year. Throughout these many years, when new people attend, they mostly come in search of the same things (to learn what Spiritism generally teaches, and/or, if we have mediums, so they perhaps can receive a spirit message).

Yet, we have noted different trends in WHAT some people specifically are trying to seek from us throughout the years.

Movies, TV shows and programs containing psychics and mediums, has widely exposed and somewhat “educated” people in general, about the existence of spirits, a spirit world, mediumship, reincarnation, and a host of other “so-called” paranormal phenomena. In addition, many recent polls have revealed millions of people in this country believe in these and many more now speak openly about them, even sharing their own personal experiences. Therefore, a long time ago, we had people who generally were doubtful about these things, now we have more that believe in them.

This being said it is not a surprise that many people have discovered or feel they can now reveal that they have their own psychic and/or mediumship abilities, as anyone can have them in various aptitudes. Also, I believe that since many have seen the excitement and rewarding experiences people have received from the work of psychics and mediums as portrayed on TV and movies, etc., some have decided they want to “develop” these faculties so they can do some of these things too (some with good and some with not-so-good motives, in our opinion). Therefore, we have had numerous requests (via email or by new attendees) regarding instruction for the development of mediumship (lately requests for “healing mediumship” has been especially popular). Let me mention that there exist many other types of classes and schools out there that teach these types of things, generally for payment.

On our website, we list a section entitled as “Spiritist Mediumship” for a specific reason. Although one may legitimately have the faculties of a psychic or medium, this does NOT mean that person will become a SPIRITIST MEDIUM for there are strict criteria that must be met to practice as one, and that is the only type of mediumship a Spiritist Center teaches which are based on the books of Allan Kardec.

A Spiritist medium has to continually educate him or herself in the Spiritism Doctrine, accept its principles and change one’s behavior to be in accord with it as much as possible. The morality of a medium has a tremendous affect on how the faculty can and will be used. One of the basic principles Spiritism teaches about mediumship is that its main purpose for one who has it, is for their own moral betterment first.

Yet, we do not want to discourage newcomers to our center and so this involves a process of gentle, patient and charitable Spiritist education, especially if a person sincerely comes to us to learn or with spiritual problems. Nevertheless, we must also be crystal clear about Spiritist principles and proper behavior. We have found that eventually the person decides for him or herself, after attending for awhile, whether to accept the tenets of the Spiritist Doctrine and also whether he or she can accept the demands required in becoming a SPIRITIST MEDIUM.

Espiritismo Comentado em Revista


A revista Universo Espírita tem publicado mensalmente alguns dos trabalhos publicados no Espiritismo Comentado, sempre inserindo novos comentários, ilustrações e informações adicionais. A revista de janeiro nos trouxe duas publicações: Denis e a Evolução e Dicas para Ler Livros Espíritas.

Universo Espírita magazine has published monthly some of "Espiritismo Comentado" posts. They always insert new comments, pictures and suplementar informations. January's magazine has published two posts: "Léon Denis and the spirit evolution" and "how to read spiritist books"


A conhecida Revista Internacional de Espiritismo de dezembro de 2008 publicou uma entrevista realizada por Júlia Nezu com o editor de EC. Ela trata da intolerância com o Espiritismo ao longo da História, no exterior e no Brasil, da Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas - LIHPE, da tese Voluntários, e da Gestão dos Centros Espíritas. Confiram.


The known Spiritism International Journal (Revista Internacional de Espiritismo) published in 2008 december an interview done by Júlia Nezu with EC editor's. This interview is about intolerance against Spiritism at 19th and 20th century, in Europe and Brasil and about "Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas - LIHPE" a network based at internet in which participates researchers from Brasil and foreign countries. To finish it, Julia asked about Volunteers, a doctor's degree thesis defended at São Paulo University, and explores the management of spirit societies.

Mais um filme de temática espírita no Brasil?

Figura 1: Capa do livro de Osmar
Alexandre Caroli Rocha informou que está sendo filmado um documentário sobre o romance psicografado por Waldo Vieira, "Cristo Espera por Ti", atribuído a Honoré de Balzac. Ele foi posteriormente analisado por Osmar Ramos Filho no livro "O Avesso de um Balzac Contemporâneo: arqueologia de um pasticho", publicado pela Lachâtre.

Figura 2: Capa do livro psicografado por Waldo Vieira - Edição da CEC

Veja abaixo os dados disponibilizados pela ANCINE:

PROJETO
O último romance de Balzac
SALIC
080114
PROPONENTE
SARUÊ FILMES LTDA.
RESPONSÁVEL
Fidelis Geraldo Sarno
UF
RJ
DIRETOR
Geraldo Sarno
PRODUTOR
Fidelis Geraldo Sarno
ROTEIRISTA
Geraldo Sarno
SEGMENTO
Produção Cinematográfica
GÊNERO
Documentário
FORMATO
Longa
SINOPSE
O documentário se desenvolve ao redor do romance Cristo espera por ti, ditado pelo espírito do escritor francês Honoré de Balzac, psicografado por Waldo Vieira e posteriormente analisado por Osmar Ramos Filho, no seu livro O Avesso de um Balzac Contemporâneo. Arqueologia de um Pasticho. Transe e possessão, literatura, pintura e cinema. Longa-metragem, documentário, 90'. Captação em HD e cópia final em beta digital.
SITUAÇÃO
Aguarda Captação de Recursos

28.1.09

Poema de Damasceno Sobral

Foto 1: Sobral. Cortesia de Marco Antônio.

... E os Tempos Chegarão

Mais cedo ou mais tarde
no íntimo dos povos que se esclareceram despercebidamente ao contato da vida cotidiana
brotará o desejo de algo profundo, infinito e eterno.
O superficial carecerá de sentido
e as ciências exatas os impelirão para os domínios da metafísica,
experimentando a volúpia do inexplicável
que com o decorrer dos tempos será explicado
e natural até.
Enfim se definirá o mundo da razão e do equilíbrio
emancipado da perplexidade da matéria.

24.1.09

Cursos de Filosofia Espírita em São Paulo


Figura 1: Platão e Aristóteles

IEEF — INSTITUTO ESPÍRITA DE ESTUDOS FILOSÓFICOS
Comunica a todos que já se encontram abertas as inscrições para os cursos de Filosofia:

PROGRAMAÇÃO - 2009
CURSOS REGULARES

1º ANO: O ESPIRITISMO E OS FILÓSOFOS
Horários: 5ª. Feira – 9h, 16h e 19h30 e sábado 18h

2º ANO: TEMAS FILOSÓFICOS ESPÍRITAS
Horários: 5a. feira - 9h, 16h e 19h30 e sábado 18 h

3º ANO: EVOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL: DO FENÔMENO À ONTOLOGIA
Horários: 5ª. Feira – 9h, 16h e 19h30

4º ANO: CONHECIMENTO, ÉTICA E RELIGIÃO EM ESPÍRITO E VERDADE
Horários: 5ª. Feira – 9h e sábado - 18h

FORMAÇÃO DE EXPOSITORES DE FILOSOFIA PARA AS CASAS ESPÍRITAS
Horários: 5ª. Feira - 19h30 e sábado 16h

CURSOS MODULARES

CURSO INÉDITO DE FILOSOFIA TRADICIONAL: "FILOSOFIA E MODOS DE VIDA"
Expositor: Prof. Alfredo Fernandes (FFLCH - USP)
Horários: 6ª. Feira – 18h e sábado - 16h

CURSO SOBRE HERCULANO PIRES: "CONCEPÇÃO EXISTENCIAL DE DEUS"
Expositor: Prof. Astrid Sayegh
Horário: 5ª feira -18 h. Início em abril

CURSO SOBRE LEON DENIS: "O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR"
Expositor: Prof. Walter Barreto de Almeida
Horário: 6ª feira 18 h – início em Agosto

*Para saber mais sobre os cursos, acesse o site:
www.institutodeestudosfilosoficos.com

INSCRIÇÕES:
Pelo site:
www.institutodeestudosfilosoficos.com
Por telefone: (11) 2215-2684 2215-2522
Por email:
institutodeestudosfilosoficos@gmail.com.

LOCAL: INSTITUIÇÃO BENEFICENTE NOSSO LAR
Praça Florence Nightingale, 79 - Jardim da Glória (Vila Mariana)

CURSOS REGULARES INTENSIVOS DE UM ANO
OUTROS LOCAIS:
CENTRO ESPÍRITA NOSSO LAR — CASAS ANDRÉ LUIS
Rua Duarte de Azevedo, 691
Santana — São Paulo — SP
CEP: 02036-022— Tel: 2973-6580
http://www.nossolar.org.br/end1.php
CENTRO DE CULTURA DOCUMENTAÇÃO, PESQUISA DO ESPIRITISMO EDUARDO DE CARVALHO MONTEIRO
Al. dos Guaiases, 16
Planalto Paulista - (Travessa da Av. Indianópolis na altura do 1435)
CEP: 04079-010—Tel: 3661-3028
http://www.ccdpe.org.br-- Instituto Espírita de Estudos FilosóficosPraça Florence Nightingale, nº 79Vila Mariana - São PauloFones: 2263-8681 - 2215-2522Site:http//www.institutodeestudosfilosoficos.com

20.1.09

Associação Médica incentiva voluntariado.


O Jornal da Associação Médica de Minas Gerais publicou uma matéria sobre médicos voluntários. Ela mostra entrevistas com médicos que se voluntariam para realizar atividades ligadas à medicina e fora dela.
O Dr. Felipe Lessa, da Associação Espírita Célia Xavier, deu um depoimento sobre seu trabalho na organização de lanches e palestras relacionadas a saúde e cidadania para crianças na unidade Rosaneves, que fica no município de Ribeirão das Neves.
"Ser médico é gratificante diariamente, mas trocar vivências, entre novos e velhos amigos, gratuitamente, sem cobranças, sem receios, sem pressões e com uma tarefa tão simples não tem preço." Afirma o Dr. Felipe.

16.1.09

Como foi fundada a Federação Espírita Brasileira?

Figura 1: Sede da FEB na Av. Passos, Rio de Janeiro. Ela foi construída na gestão de Leopoldo Cirne e inaugurada em 1911.


Poucas fontes documentais tratam da fundação da Federação Espírita Brasileira.

Canuto Abreu escreveu um livro importante, mas pouco conhecido, chamado "Bezerra de Menezes - Subsídios para a História do Espiritismo no Brasil até o Ano de 1895." Consegui outras fontes, inclusive documentais, no livro do Eduardo Carvalho Monteiro que cito ao final do trabalho.

Nasce o Reformador

Abreu defende uma tese curiosa, a FEB é filha do Reformador e de uma pastoral da Igreja Católica de afirmava "devemos odiar pelo dever de consciência", referindo-se aos adeptos do movimento espírita e baseando-se no pensamento moisaico.

Esta pastoral foi escrita em junho de 1882. À época, Augusto Elias da Silva era neófito no movimento espírita, frequentava a Sociedade Acadêmica e convenceu-se das idéias espíritas a partir dos estudos de "O Livro dos Espíritos".

Incomodado pela pastoral, ele escreveu um texto em resposta aos católicos intolerantes e não conseguiu publicá-lo em nenhum órgão de imprensa da época. Resolveu então fundar uma revista de orientação liberal com duas partes: uma seção voltada a "todas as corporações científicas, filosóficas e literárias" e outra voltada ao Espiritismo.

Após publicar o primeiro número, afirma Abreu que o editor saiu à cata de colaboradores, e conseguiu envolver neste projeto Pinheiro Guedes (médico homeopata), Ewerton Quadros (marechal) e Bezerra de Menezes.

Bezerra de Menezes julgava necessário unir os espíritas no Brasil em um centro, na capital do império, formado por delegados de todos os grupos. Esta idéia ganhou força com a publicação de Reformador, uma vez que seu "conselho editorial" não desejava associá-lo a uma sociedade espírita isolada.

No natal de 1883 (segundo Abreu) ou em 1o. de Janeiro de 1884 (segundo Ewerton Quadros, apud MONTEIRO, 2006), reuniram-se na casa de Antônio Elias da Silva as seguintes pessoas: Bezerra de Menezes, Raymundo Ewerton Quadros, Manoel Fernandes Filgueira, Francisco Antônio Xavier Pinheiro, João Francisco da Silveira Pinto, Romualdo Nunes Victório e Pedro da Nóbrega.

Canuto Abreu entende que a idéia de congregar os grupos espíritas em torno de uma entidade central era uma das tônicas da fundação desta nova organização, mas Quadros afirma que a finalidade era “fundar uma sociedade para o estudo científico do Espiritismo” (MONTEIRO, 2006. p. 23). Giumbelli (1997, p. 63) também discute esta finalidade, e com base no Reformador da época ele encontra a apresentação da FEB como uma organização que visava a “propaganda ativa do Espiritismo pela imprensa e por conferências públicas”.

Foram convidadas outras pessoas para participarem da sociedade e as que o fizeram no prazo de sessenta dias foram inscritas como sócios-fundadores. O número chegou a 40 pessoas de pelo menos quatro estados diferentes. Giumbelli (1997, p. 62) fez um levantamento das profissões dos fundadores e encontrou engenheiros, homeopatas, advogados, militares, funcionários públicos, autônomos, algumas esposas dos fundadores e mulheres sem vínculo familiar com os demais associados.

A Sobrevivência da Nova Sociedade

Com uma sede alugada e poucos recursos, Dias da Cruz, médico homeopata, eleito presidente, teve um papel importante na sobrevivência da mesma. Ele a manteve e chegou a assinar um contrato de aluguel de valor muito mais alto que o inicial, enfrentando a crise econômica que sobreveio com a proclamação da república sem permitir que a sociedade se dissolvesse. (segundo Ewerton Quadros, apud MONTEIRO, 2006)

O Papel de Órgão Federativo

Giumbelli (1997, p. 63) mostrou muitas evidências de que o papel de órgão federativo, apesar do nome da sociedade, só foi assumido tempos após a fundação da FEB. Ela chegou a filiar-se a uma sociedade que foi criada com esta função. Abreu (1981) entende que havia uma intenção da parte de Bezerra de Menezes em transformar a FEB em uma organização que coordenasse a propaganda espírita no Brasil, e cita seu discurso publicado no Reformador de 1895 no qual ele implementa mudanças importantes na gestão da sociedade que consolidariam, no futuro o papel que esta organização desempenha hoje.

Fontes Bibliográficas

ABREU, Canuto. Bezerra de Menezes.4 ed. São Paulo: FEESP, 1981.
GIUMBELLI, Emerson. O cuidado dos mortos. Rio de janeiro: Arquivo Nacional, 1997.
MARTINS, Jorge Damas. O 13º. Apóstolo. Niterói: Lachâtre, 2004.
MONTEIRO, Eduardo Carvalho. Marechal Ewerton Quadros: primeiro presidente da Federação Espírita Brasileira. Capivari-SP: EME e CCDPE, 2006.
_______ 100 anos de comunicação espírita em São Paulo. São Paulo: Madras Espírita, 2003.

9.1.09

Mediunidade Intuitiva



Sábado à tarde. Um pedido de orientação me fez chegar mais cedo ao Célia Xavier. A jovem não havia entrado em detalhes, apenas queria conversar sobre
mediunidade. A pergunta era: como eu posso ter certeza que sou médium?

Se fosse uma mediunidade de vidência ou audiência, a pergunta seria: será que eu não sou louca? Mas tratava-se de uma mediunidade que Kardec classifica
como intuitiva.

Mediunidade intuitiva é uma classificação que cabe em uma gama diversa de manifestações. Embora Kardec estivesse tratando de médiuns escreventes quando tocou no assunto (O Livro dos Médiuns, cap. XV.), sua definição se aplica também a médiuns falantes, de pressentimentos, pintores, entre outros.

A descrição da faculdade é simples. O médium percebe o conteúdo do que vai escrever ou falar antes do fenômeno acontecer, e movimenta o lápis ou a garganta de vontade própria. Como não há nenhuma interferência do espírito comunicante nas vias motoras do médium, não há mudança de caligrafia ou de entonação de voz, a menos que o médium assim o deseje (e o faça por conta própria, muitas vezes para se sentir mais seguro).

O problema dos médiuns intuitivos é a distinção entre seus próprios pensamentos e os pensamentos oriundos dos espíritos. Há faculdades em que a percepção dos espíritos é nítida e semelhante à percepção dos órgãos
dos sentidos. O mesmo não se dá com a intuição. O médium tem razões para crer que o pensamento não foi criado por ele, mas também não sente segurança para afirmar que é oriundo de um espírito, e em caso afirmativo, hesita quanto à fidelidade do que está escrevendo.

A mediunidade intuitiva é um conjunto de sugestões espirituais registradas pelo pensamento/sentimento do intermediário que é traduzido, interpretado e registrado por ele.

Para se ter noção da precariedade da comunicação intuitiva, faça uma vivência. Peça a um amigo para lhe contar, sem citar nomes, um episódio que aconteceu com ele, em ritmo de narrativa, pegue um lápis e vá anotando da forma possível o que ele diz. Compare o resultado final com uma gravação daquilo que ele narrou. Como se saiu?

Imagine agora uma situação em que você não é capaz de ouvir claramente, em que as idéias são percebidas com dificuldade, é necessário manter a concentração sobre o conteúdo, sem dispersar-se e as suas próprias emoções
alteram a comunicação com a fonte. Estas são algumas das dificuldades deste tipo de mediunidade.

Kardec estava atento a este tipo de situações quando escreveu sobre o assunto. Acostumado a trabalhar com médiuns mecânicos e semimecânicos, ele assim se
refere à mediunidade intuitiva:

“Efetivamente, a distinção é às vezes difícil de fazer-se. (...)”

Uma observação que Kardec faz quanto ao mecanismo desta faculdade é o que se pode chamar de criação simultânea. O médium não cria o texto em sua
mente e organiza as idéias para, a seguir, redigir. O pensamento “nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e, amiúde, é contrário à idéia que antecipadamente se formara. Pode mesmo estar fora dos limites dos
conhecimentos e capacidades do médium”. (O Livro dos Médiuns, parágrafo 180)

Quatro elementos identificadores se encontram, portanto, no texto kardequiano: a falta de impulsos mecânicos, a voluntariedade da escrita mediúnica, a criação
simultânea das idéias do texto e a presença de conhecimentos e informações que podem estar além das capacidades do médium.

Mesmo encontrando estas quatro características (e a última é muito importante para a identificação de um médium intuitivo), ainda assim o produto desta mediunidade é passível de mescla com as idéias pessoais do intermediário. Isto fez com que os espíritos dissessem a Kardec a seguinte frase sobre os médiuns intuitivos:

“São muito comuns, mas muito sujeitos a erro, por não poderem, muitas vezes, discernir o que provêm dos Espíritos e o que deles próprios emana”. (O Livro dos Médiuns, parágrafo 191)

Este tipo de faculdade desaponta bastante os que desejam ver fenômenos definitivos, que dão evidências da vida após a morte. Parece-se com o garimpo manual, descarta-se muita areia para encontrar uma ou outra pepita de ouro verdadeiro. O curioso é que os céticos ficam a dizer: “só vejo areia”, e quando surge o ouro vociferam “quem sabe este charlatão não o colocou aí quando nos
distraímos”.

Eu expliquei aos poucos estas informações à jovem, que me pareceu um pouco desapontada no final da conversa. Talvez ela tenha sido incentivada a escrever o
que lhe ocorria, mas não tenha surgido nada em seu texto que atenda ao quarto critério de Kardec. Tudo indica que continuou em dúvida.

Com o surgimento da Psicologia Analítica, a distinção entre mediunidade intuitiva e animismo ficou ainda mais difícil. Jung afirmou que alguns fenômenos psicológicos nos quais a pessoa se sente um expectador, são frutos da fantasia ou da imaginação ativa; esta última, uma manifestação de arquétipos do inconsciente coletivo, mas isto é assunto para um outro artigo.

8.1.09

Gil Restani e José Mário

Foto 1: José Mário Sampaio na juventude


Eu conheci o Gil Restani após uma palestra realizada no Centro Oriente (nome de fundação do grupo, ainda muito usado pelos espíritas da capital, que a partir de 1952 passou a chamar-se Grupo da Fraternidade Irmã Scheilla – Grupo Scheilla). Era um jovem estudioso do Espiritismo.

O Grupo Scheilla filiou-se ao Movimento da Fraternidade, interpretado por muitas pessoas como sendo uma espécie de movimento paralelo à União Espírita Mineira. Nos dias de hoje, praticamente inexiste esta questão. O Movimento da Fraternidade continua atuante e os Grupos da Fraternidade encontram-se adesos à Aliança Municipal Espírita – AME e ao pacto federativo.

Gil Restani, Daltro Rigueira e outros trabalhadores desta casa convidaram papai para realizar um ciclo de estudos sobre a mediunidade no Grupo Scheilla. Foi um ato corajoso porque apontava para uma aproximação entre um projeto da UEM e o "Scheilla".

Papai sempre foi muito reservado, mas penso que, entre um comentário e outro, ele tinha clareza da importância desta aproximação. Aceitou o convite e, se não estou enganado, coordenou o primeiro ciclo inteiro (não sei ao certo por quanto tempo trabalhou neste projeto).

Como o trabalho aproxima, recordo-me das visitas que os companheiros do "Scheilla" fizeram a papai durante suas enfermidades. Visitas de amigos saudosos que se tornaram, que tinham prazer em estar juntos e conversar, e não aquelas visitas breves de aplicação de passes, quase impessoais, como exige a boa técnica.

Ao saber que eu estava escrevendo alguns episódios da vida espírita de papai, Gil, solícito, enviou-me dois episódios envolvendo seu relacionamento pessoal, que passo a transcrever:

“No transcurso do Ciclo de Estudos Sobre Mediunidade, no Centro Oriente, fomos nos familiarizando e construindo uma boa amizade. Certa ocasião, disse ao José Mário que não estava conseguindo encontrar o livro "Primícias do Reino", do Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco. O comentário foi feito en passant. sem maiores conseqüências e dele logo me esqueci.

Passados uns dois meses, em novo encontro nas dependências do "Oriente", eis que o José Mário me surpreende: - "Gil, estive em Vitória e lá me lembrei de você; tome..." e me entrega um exemplar do livro "Primícias do Reino", com a seguinte dedicatória: "Ao amigo e companheiro de fé espírita - Gil - com a fraternal estima de sempre. José Mário. B. Hte. 21.10.83."

“Em outra ocasião, José Mário foi fazer uma palestra em reunião pública por mim dirigida no Centro Oriente. Como de praxe, passamos a palavra ao palestrante, que se achava sentado à mesa, ao meu lado. Quem conhece o Centro Oriente,
sabe que existe uma "tribuna", constituída de pedestal e microfone, para uso dos palestrantes. José Mário, contudo, pediu-me o outro microfone e permaneceu
sentado, para minha surpresa, e pronunciou a sua palestra, sempre muito preparada e agradável, naquela postura. Ora, sempre soube e aprendi que o orador ou palestrante deveria falar em pé, em respeito ao público. Terminada a
palestra, com a liberdade que têm os amigos, indaguei do José Mário por que motivo ele havia falado assentado e ele me respondeu:

"- Gil, estou adoentado. Já pensou se, enquanto estivesse falando, eu caísse?" Envergonhado, pespeguei um forte abraço naquele irmão de fé, denodado e dedicado, que, mesmo enfermo, a ponto de temer não suportar-se de pé, compareceu à palestra e deu o seu recado, em mais um testemunho de amor à Doutrina.”

“Como pode concluir, Jáder, são fatos comuns e corriqueiros, contudo, para mim, são inesquecíveis.”