8.12.10

ESPIRITISMO E FÍSICA QUÂNTICA



Um amigo meu, há alguns anos, concluiu o curso superior de Física em uma das Universidades mais prestigiadas no Brasil. Interessado em continuar a estudar, procurou um professor de pós stricto sensu para verificar se ele poderia fazer um mestrado na área de Física Quântica. A resposta do professor foi negativa, ele precisaria se preparar melhor para poder tratar do tema.

No último ENLIHPE, o Dr. Alexandre Fonseca (Doutor e Pós-Doutor em Física, com trabalhos publicados em órgãos prestigiados como a famosa revista Science) desconstruiu o livro "A Física da Alma" de Amit Goswani. Em princípio ele apontou contradições entre o pensamento Kardequiano e o conteúdo do livro, mas não passaram despercebidas as críticas de "falta de sentido" para afirmações sobre a Física Quântica expostas pelo autor. Eu já havia ouvido de uma física que trabalha na Europa que Goswani não tem o endosso da comunidade de físicos.

Quando vejo o entusiasmo de alguns segmentos do movimento espírita para a aplicação de princípios de Física Quântica no entendimento de fenômenos espirituais, acho muito atual o comentário que Kardec fez sobre uma teoria polêmica em sua época:

"Pelo fato de o Espiritismo assimilar todas as idéias progressistas, não se segue que ele se faça campeão cego de todas as concepções novas, por mais sedutoras que apresentem à primeira vista, com o risco de, mais tarde, receber um desmentido da experiência, e de se dar ao ridículo de haver patrocinado uma obra inviável. Se não se pronuncia abertamente sobre certas questões controvertidas, não é, como poderiam supor, para poupar os dois partidos, mas por prudência, e para não se adiantar levianamente num terreno ainda não suficientemente explorado." (...) (Revista Espírita - julho de 1868)

23 comentários:

  1. Se me permite, acrescento ainda que ao Espiritismo importa o que é moral, uma vez que o domínio de estudo da ciência espírita é o Espírito, nas suas diversas situações (encarnado, vivendo no mundo físico, desencarnado vivendo no mundo espiritual, encarnando, desencarnando, reencarnando, interferindo no mundo espiritual e sofrendo interferência no mundo físico) e relações, cujas leis que regem são as leis morais.

    Recordando:

    “Deus não se engana. Os homens é que são obrigados a modificar suas leis, por imperfeitas. As de Deus, essas são perfeitas. A harmonia que reina no universo material, como no universo moral, se funda em leis estabelecidas por Deus desde toda a eternidade.” (LE – 616).



    “Todas as da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o autor de tudo. O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda e pratica as da alma.” (LE – 617)



    Entre as leis divinas, umas regulam o movimento e as relações da matéria bruta: as leis físicas, cujo estudo pertence ao domínio da Ciência.

    As outras dizem respeito especialmente ao homem considerado em si mesmo e nas suas relações com Deus e com seus semelhantes. Contém as regras da vida do corpo, bem como as da vida da alma: são as leis morais. (Comentário de Kardec na questão 617) (grifos meus)



    Devo ainda vos assinalar uma outra tática de nossos adversários, que é a de procurar comprometer os Espíritas, impelindo-os a se afastarem do verdadeiro objetivo da Doutrina, que é o da moral, para abordarem questões que não são de sua alçada, e que poderiam, a justo título, despertar suscetibilidades sombrias. (Kardec – Revista Espírita Fev 1862.) (grifo meu)

    Waldemar K. Duarte

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  2. Jader, como faço pra ter acesso a estes trabalhos do ENLIHPE? Gostaria de procurar material para elaborar minha monografia [ainda falta muito, mas queria pensar em algo relacionado com o Espiritismo: faço Psicologia].

    Um forte abraço e espero teu retorno.

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  3. Anderson,

    Os melhores trabalhos do 4o. e 5o. ENLIHPE foram publicados. Os livros se chamam "Pesquisas sobre o Espiritismo no Brasil" e "A Temática Espírita na Pesquisa Contemporânea". Eu já escrevi sobre eles no EC, e você pode adquiri-los na livraria virtual do CCDPE (SP), ou na União Espírita Mineira, se estiver em MG.

    Boa sorte com seu trabalho.
    Jáder

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  4. Jader, mas, especificamente este trabalho do Dr. Alexandre Fonseca dissecando o livro do Amit, como faço pra ler? Gostaria muito já que me encheram o saco no centro pra ler as obras 'visionárias' deste escritor.

    Um forte abraço

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  5. Olá Anderson, olá Jader,

    O artigo completo referente a esse estudo sobre o livro do Prof. Amit, talvez seja publicado no ano que vém.

    Porém, eu consultei o Jader sobre a possibilidade de publicar uma versão mais curta do artigo, para divulgação no meio espírita.

    Nessa semana, essa versão acabou de ser publicada no periódico O Consolador, de Londrina, cujo link é:
    http://www.oconsolador.com.br/ano4/188/principal.html

    Pelo menos, já é uma referência.

    Obrigado pelo interesse!
    Um abraço fraternal,
    Alexandre F. da Fonseca

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  6. Alexandre,

    obrigado pela indicação. Já copiei o referido artigo e o enviarei para os meus contatos. Entretanto, gostaria de saber se você poderia me enviar o texto completo. Tenho muito interesse sobre o assunto.

    Se você puder, envie para este e-mail spiritiste@hotmail.com [que é para os contatos relacionados ao meu blog, o Análises Espíritas].

    E gostaria de te fazer um convite: você não gostaria de escrever um texto médio sobre o Espiritismo e o cuidado que devemos ter ao desejar atrelar qualquer novidade científica aos princípios doutrinários?

    Eu agradeceria a honra.

    No mais, obrigado por responder pessoalmente à minha pergunta e aguardo um retorno seu, seja por aqui ou pelo meu e-mail.

    Um abraço,

    Anderson Santiago

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  7. Bem! A Assisti à preleção do confrade Alexandre Fontes da Fonseca acerca do açodamento acerca de tais publicações de "Física Quântica" etc. No ponto, impende-lhe autêntica razão, mas houve comentários do vídeo nos quais o nobre professor e cientista também lança "opiniões pessoais". Em primeiro lugar, deve-se apontar a falha do argumento referente ao não "reconhecimento" de Amit Goswami pela comunidade de físicos. Honestamente, isto aí não passa de "argumentum ad hominem" (uma falácia). De idêntico modo, muitos espíritos aspiram a uma "ciência espírita" nos moldes de uma "ciência acadêmica e laboratorial", em contraposição à ideia ciência enquanto método. Há inúmeros problemas epistemológicos na sujeição do Espiritismo e respectivos conceitos ao modelo experimental vigente, sobretudo porque a ciência não se mostra capaz de alcançar, senão indiretamente, quando logra êxito, algumas verdades cuja demonstração não se encontra senão no campo filosófico. Em uma perspectiva do racionalismo alemão, a ideia de ciência na Doutrina Espírita está associada mais à lógica expositiva (sim, de fonte experimental, mas não redutível a ela) do que propriamente ao modelo cartesiano-baconiano de experimentação. Por outro lado, tendo lido, relido, treslido "n" livros de Física Conceitual e de História das Ciência, não posso concordar em que, na dicção do eminente física palestrante, haja um conceito unívoco de energia. Pareceu-me simplista reduzir o conceito de energia à mera função de expressão quantidade em sistema conservativo. Físicos de outrora e contemporâneos não roboram esta ideia, sobretudo pela guinada do energismo e das teorias de campo. De mais a mais, pareceu-me incoerente e mesmo contradoutrinária a alusão à "tese" de que "fenômenos espiríticos" poderiam não ocorrer no vácuo. Ora! Se ondas não mecânicas viajam no vácuo, por que razão os fenômenos espiríticos dependeriam de matéria em sentivo positivo (massa, extensão, volume, espaço, geometria etc)? Trata-se de uma "percepção reducionista" de um dos membros da mesa de debates. Então, "puxou-se a coberta para encobrir um lado e descobriu-se ao mesmo tempo o outro". O conceito de energia conversiva, na Física Moderna, não parece idêntico ao da Física Clássica, segundo alguns autores como Mário Bunge e Max Born. Então, aquilo não me pareceu totalmente endossável. Dizemo-lo, claro, respeitosamente. De mais a mais, segundo o Espiritismo, "o nada não existe", motivo por que o "vácuo" não seria expressão de ausência de nenhuma expressão "energética". Desse modo, não concordo com o autor em tais pontos.

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  8. Prezado A.,

    Agradeço os comentários francos e a exposição de seus motivos. Eu não tenho formação na área de Física (fiz algumas disciplinas em curso superior, mas não me sinto capacitado para discutir o tema devidamente). Convidarei o Alexandre para comentar suas análises.

    Do ponto de vista da Epistemologia, tenho uma formação melhor e trabalho com metodologia no curso superior.

    Hoje, nenhum de nós nas Humanas reduz a metodologia ao método experimental do século XIX. Mesmo os autores da Física se beneficiaram de novas contribuições como a do empirismo crítico de Popper, as teorias de Imre Lakatos, os conceitos de comunidade de pesquisadores oriundos de Thomas Kuhn.

    Bacon e Descartes, em Filosofia, são vistos como opositores, visto que Descartes defendia um método racional e ideias como o dualismo psicofísico, enquanto Bacon restringia suas contribuições às tábuas de ausência e presença, em um paradigma de base empírica.

    Quanto ao reconhecimento ou não de Goswani pela comunidade de Físicos, já ouvi de outros Físicos esta mesma posição. Certamente eles se referem aos trabalhos que incluem conceitos espiritualistas, inseridos no referencial teórico com base em especulação.

    Sob qualquer base epistemológica de ciência empírico-formal (Ladrière) há que se ter evidência empírica para a sustentação de teorias. Kardec não negava isto quando fundamentava suas teorias e distinguia ciência de Filosofia (vide suas definição de Espiritismo em O que é o Espiritismo).

    Com todo o respeito, se a base epistemológica do Espiritismo repousar completamente sobre a lógica da argumentação racional, como você advoga, reduziremos a Doutrina Espírita ao seu caráter filosófico (ou ao filosófico religioso se aceitarmos um princípio da racionalidade necessária em religião). Eu não veria distinção entre o Espiritismo e os sistemas filosóficos ou políticos e algumas correntes de pensamento religioso.

    Fraternalmente,

    Jáder

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Dileto Jáder,

    Se possível, apraz-me obter-lhe um "e-mail" pessoal, a fim de remeter-lhe uma análise mais detalhada do comentário. No último "post", ao qual me honrou com responder, acabei não sendo identificado graças a erros operacionais.

    Ricardo Matos Damasceno
    ricardomd@bol.com.br

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  11. PRIMEIRO
    Dileto Jáder

    Itero e reitero aqui o já obervado no comentário, mas assiste-me retificar um detalhe de leitura o qual não consta da minha contracrítica: não me reportei a uma simplificação racionalista do Espiritismo, embora, à evidência, o pensamento de Allan Kardec estivesse de certo modo influenciado pelo racionalismo francês de matriz germânica. Em mais de um excerto da Codificação, sobretudo no capítulo III da Primeira Parte de OLM, ao analisar o método, tem-se uma impressão de que o emérito Pedagogo francês não se utilizou do conceito de ciência em sentido estrito. Aliás, isto me tem parecido bastante vantajoso para retirar o Espiritismo de sob uma ingerência puramente axiomática e postulatória, como hão sutilmente pretendido os membros da CEPA (Confederação Espírita Panamericana). Desse modo, não afirmei insujeitável à experimentação laboratorial todos os aspectos do Espiritismo, insistindo na ideia de que a Doutrina não pode ser redutível àquela.

    Isto porque, a serem utilizados os princípios da refutabilidade e da testabilidade, segundo estabelece o próprio Karl Popper, inúmeros conceitos da Doutrina seriam impassíveis de testes e, portanto, irrefutáveis, fato por si mesmo suficiente a demonstrar a aceitação de verdades filosóficas, somente testáveis - por assim dizer - no âmbito de uma lógica sistêmica e racionalista. Exemplo: como testar e refutar a existência de Espíritos puros?! Se já se torna difícil testar e refutar a existência de Espíritos, a qual o emérito Pedagogo logra, no cap. I da Primeira Parte de OLM, demonstrar filosoficamente, dentro de uma lógica de argumentação, não se pode admitir a questão da pureza dos Espíritos individualmente perfeitos senão na admissão de uma perspectiva racionalista e não literalmente empírica (de Roger Bacon como precursor do indutivismo até Francis Bacon). CONTINUA

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  12. SEGUNDO
    Há alguns aspectos a serem observados: a) Em uma perspectiva de epistemologia clássica, os Espíritos não são autênticos objetos de experiência, mas subjetos dotados de vontade e de livre-arbítrio; b) Somente se afigura testável a fonte gnoseológica da Doutrina Espírita (a mediunidade), cuja natureza e fisiologia (por assim dizer) Allan Kardec procurou demonstrar. A partir do primeiro aspecto, chega-se à inferência de que os Espíritos não são ontologicamente objetificáveis, reduzindo-se a experiência aos fenômenos quando e se produzidos pela vontade espiritual. A partir do segundo aspecto, tem-se a noção de que da fonte gnoseológica decorrem verdades eminentemente filosóficas, as quais, em uma dimensão de informações pré-dadas, podem apenas parcialmente ser testadas e sujeitas a avaliações teoréticas de algumas disciplinas da ciência acadêmica. Eis o porquê de, no cap. I de A Gênese e na parte II da introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo, o emérito Pedagogo francês haver-se reportado ao Controle Universal do Ensino dos Espíritos (CUEE) e e à autoridade da Doutrina Espírita. Desse modo, Allan Kardec vislumbrou no CUEE um método para controlar tais verdades filosóficas (reveladas) segundo um critério de universalidade socrático-platônico. De certo modo, Kardec transpôs a universalidade do mundo sensível à compreensão do processo revelatório em uma espécie de universalidade do mundo espírita.

    De idêntico modo, falece razão àqueles que afirmam, de modo pouco refletido, a suposta demonstração científica da reencarnação. Fico a me perguntar qual ciência acadêmica se dispôs a confirmar a palingenesia. Isto há de ser muito bem assimilado: a autoridade doutrinária dispensa a autoridade acadêmica, pelo exato motivo de a sua construção teórica não ser essencialmente redutível à experimentação reducionista, havendo, pois, verdades filosóficas assim admitidas segundo critérios lógico-racionalistas e não propriamente empíricos. Ou se admite no discurso do eminente Codificador um conceito específico de ciência enquanto método ou se corre o risco de comprometer a textura filosófica do Espiritismo. Recordemo-nos de que Allan Kardec não acolheu a reencarnação porque cientificamente demonstrada ou porque lha ditaram os Espíritos. Ele a vislumbrou e acolheu em uma perspectiva eminentemente filosófica, haja vista a sua essencial lógica para explicar e justificar os problemas humanos. Ele mesmo assim reconheceu. O que se pode afirmar, sem margem de erro conceitual, é que existem fatos científicos capazes de evidenciar a reencarnação, mas nenhuma ciência já se pronunciou sobre ela. Deve-se ter o referido cuidado até para não se desautorizar a Doutrina e não se banalizar o conceito palingenético. Não obstante, isto não implica a inexistência de um approach possível entre avaliação lógico-racionalista e a testabilidade científica, separando-se, porém, o discurso científico (materialista), a ciência (sobretudo como o próprio método) e os aspectos ideológicos, sociológicos, antropológicos e políticos dos cientistas. Aliás, a maioria dos cientistas tem profunda rejeição ao debate da Sociologia da Ciência por um motivo muito simples, já enfrentado por Thomas Kuhn, por Fayerabend, por Edgar Morin etc: a questão da preferibilidade discursiva na ciência, em uma perspectiva axiológica, também ligada ao velho problema entre realismo. idealismo e fenomenologia. CONTINUA

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  13. Só um outro comentário: evidentemente, René Descartes compõe alto representante do "Racionalismo" francês, enquando Francis Bacon se aproximou de uma certa percepção indutivista do empirismo inglês. Por outro lado, há de se admitir o indutivismo experimental como insuscetível de problemas de contorno?! Onde, então, ficaria o problema anti-indutivístivo analisado por David Hume e reprojetado por Karl Popper em "Conhecimento Objetivo"?! Quando me reportei ao século XIX, não intentei confundir "Bacon" e "Descartes", mas pode-se afirmar ser o empirismo uma espécie de epígono do racionalismo tedesco, embora em uma clara objetificação da experiência. Só isto...

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  14. Caros Ricardo e Jader,

    Primeiro, agradeço os comentários e críticas do Sr. Ricardo. Eu vou responder a alguns pontos, pelo menos, em particular, àqueles relacionados à Física. Sem querer, os pontos que o Ricardo levantam são um pouco polêmicos e são muito mal compreendidos por leigos em geral e pesquisadores de áreas diferentes da de exatas.

    No seu comentário, Ricardo, me parece que voce se refere não somente ao texto publicado recentemente no periódico O Consolador, em http://www.oconsolador.com.br/ano4/188/especial.html
    mas também aos lances que aparecem nas gravaçoes da minha participação no 6o. ENLIHPE. Se não for isso, me perdoe o equívoco. Se foi isso, cabe comentar que o site espiritualidades.com.br (http://www.espiritualidades.com.br/Liga/6_ENLIHPE_2010/liga_6_encontro.htm), apenas postou parte da palestra o que não permite uma completa percepção do que foi comentado, as perguntas, etc. O ideal seria esperar a publicação do texto completo pela LIHPE e depois avaliarmos.

    Mas, vou tentar responder as suas questões. Vou fazer em parte pois o sistema do blog não aceita muitos caracteres por vez. Continuo, então no próximo comentário...

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  15. Continuando...

    Primeiramente, voce (Ricardo) questionou o comentário que fiz (e mantenho) de que o Prof. Amit não tem reconhecimento da comunidade de físicos cientistas, para suas idéias e teorias. Mas, discordando com respeito do seu ponto de vista, isso não é uma coisa de mera opinião, menos ainda uma falácia. Isso é mensurável! Se você não souber como, vá a uma universidade e peça para alguém (de uma biblioteca, por exemplo) te ajudar a navegar pelo site do Web of Science, onde voce pode verificar se as teorias do Prof. Amit Goswami tem sido citadas por outros pesquisadores de Física, em revistas de Física, de impacto regular ou melhor! Para avaliar o reconhecimento de um trabalho de pesquisa, basta checar ao longo dos anos as citações do(s) artigo(s) do seu trabalho de pesquisa. É preciso, também checar como são as citações, se confirmam ou negam o artigo original. Por mais que alguém possa questionar se isso é fundamental ou não, eu te garanto que essa é a maneira que a comunidade de Físicos avalia o impacto e as consequências de cada trabalho de pesquisa. Além disso, voce pode usar o Web of Science para comparar as listas e impactos das publicações de professores de Física brasileiros (pegue, por exemplo, alguns professores do IFGW da Unicamp), da mesma idade ou até mais jovens que o Prof. Amit, e veja o quanto o Amit está atrás de pesquisadores brasileiros normais, falando apenas da Física.
    Isso não está sendo dito em desrespeito ao Amit. Não estou dizendo que ele não sabe física, mas apenas que ele não é nenhum pesquisador especial e mais criativo do que muitos outros. Há muita gente que elogia em grau máximo o Amit como se isso fosse suficiente para aprovar as idéias dele...

    Ricardo, ao dizer isso, estou apenas tentando te passar qual é a forma de pensamento profissional da comunidade científica de físicos. Fora disso, só se pode especular e os físicos evitam perder tempo com o que não podem demonstrar ou avaliar com segurança. Nosso interesse se dá pelo fato do assunto do Amit parecer concordar com a Doutrina dos Espíritos, que eu e voce defendemos com amor. O artigo do Consolador e o que futuramente deverá ser apresentado pela LIHPE, demonstra o total desacordo entre o que o Amit diz e o Espiritismo. E isso não é nada muito diferente do exemplo de Kardec quando no artigo do mês de Março de 1867 da Revista Espírita, ele expõe longos argumentos contrários sobre a proposta de alguns médicos de sua época de que a Homeopatia poderia curar males morais. No número de Dezembro de 1867, Kardec diz que "Como em tudo, os fatos são mais concludentes do que as teorias, e são eles, em definitivo, que confirmam ou derrubam estas últimas, desejamos ardentemente que o Sr. o doutor Grégory publique um tratado especial prático da homeopatia aplicada ao tratamento das moléstias morais, a fim de que a experiência possa se generalizar e decidir a questão." Em outras palavras, Kardec diz que o tal doutor deveria publicar artigos com experimentos que demonstrem suas teses, nas revistas da época, para que, então, os cientistas possam avaliar e decidir sobre a questão. Não adianta eu e voce discutirmos se a teoria de Goswami é bonita ou não, a partir do momento que o Goswami saiu do esquema da Física para defender suas novas ideologias e teorias, então não se pode considerar que suas teses foram demonstradas pela Física. Agora, a verdade é como Kardec disse: só os fatos, os experimentos, as pesquisas bem controladas, os estudos aprofundados é que poderão mudar ou não um ponto de vista de nossa parte. E não é se afastando da Ciência que o Amit vai conseguir demonstrar de maneira científica suas teses.

    Portanto, eu mantenho e sustento a afirmação de que o Goswami não tem reconhecimento da comunidade científica da área de Física. Apenas os espiritualistas apoiam o Amit. Minha preocupação tem sido o fato de espíritas, companheiros nossos, estarem também reconhecendo e apoiando as teses do Amit, sem sequer saber o que ele está dizendo de fato.
    CONTINUA...

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  16. Continuando:

    Primeiramente, voce (Ricardo) questionou o comentário que fiz (e mantenho) de que o Prof. Amit não tem reconhecimento da comunidade de físicos cientistas, para suas idéias e teorias. Mas, discordando com respeito do seu ponto de vista, isso não é uma coisa de mera opinião, menos ainda uma falácia. Isso é mensurável! Se você não souber como, vá a uma universidade e peça para alguém (de uma biblioteca, por exemplo) te ajudar a navegar pelo site do Web of Science, onde voce pode verificar se as teorias do Prof. Amit Goswami tem sido citadas por outros pesquisadores de Física, em revistas de Física, de impacto regular ou melhor! Para avaliar o reconhecimento de um trabalho de pesquisa, basta checar ao longo dos anos as citações do(s) artigo(s) do seu trabalho de pesquisa. É preciso, também checar como são as citações, se confirmam ou negam o artigo original. Por mais que alguém possa questionar se isso é fundamental ou não, eu te garanto que essa é a maneira que a comunidade de Físicos avalia o impacto e as consequências de cada trabalho de pesquisa. Além disso, voce pode usar o Web of Science para comparar as listas e impactos das publicações de professores de Física brasileiros (pegue, por exemplo, alguns professores do IFGW da Unicamp), da mesma idade ou até mais jovens que o Prof. Amit, e veja o quanto o Amit está atrás de pesquisadores brasileiros normais, falando apenas da Física.
    Isso não está sendo dito em desrespeito ao Amit. Não estou dizendo que ele não sabe física, mas apenas que ele não é nenhum pesquisador especial e mais criativo do que muitos outros. Há muita gente que elogia em grau máximo o Amit como se isso fosse suficiente para aprovar as idéias dele...

    Ricardo, ao dizer isso, estou apenas tentando te passar qual é a forma de pensamento profissional da comunidade científica de físicos. Fora disso, só se pode especular e os físicos evitam perder tempo com o que não podem demonstrar ou avaliar com segurança. Nosso interesse se dá pelo fato do assunto do Amit parecer concordar com a Doutrina dos Espíritos, que eu e voce defendemos com amor. O artigo do Consolador e o que futuramente deverá ser apresentado pela LIHPE, demonstra o total desacordo entre o que o Amit diz e o Espiritismo. E isso não é nada muito diferente do exemplo de Kardec quando no artigo do mês de Março de 1867 da Revista Espírita, ele expõe longos argumentos contrários sobre a proposta de alguns médicos de sua época de que a Homeopatia poderia curar males morais. No número de Dezembro de 1867, Kardec diz que "Como em tudo, os fatos são mais concludentes do que as teorias, e são eles, em definitivo, que confirmam ou derrubam estas últimas, desejamos ardentemente que o Sr. o doutor Grégory publique um tratado especial prático da homeopatia aplicada ao tratamento das moléstias morais, a fim de que a experiência possa se generalizar e decidir a questão." Em outras palavras, Kardec diz que o tal doutor deveria publicar artigos com experimentos que demonstrem suas teses, nas revistas da época, para que, então, os cientistas possam avaliar e decidir sobre a questão. Não adianta eu e voce discutirmos se a teoria de Goswami é bonita ou não, a partir do momento que o Goswami saiu do esquema da Física para defender suas novas ideologias e teorias, então não se pode considerar que suas teses foram demonstradas pela Física. Agora, a verdade é como Kardec disse: só os fatos, os experimentos, as pesquisas bem controladas, os estudos aprofundados é que poderão mudar ou não um ponto de vista de nossa parte. E não é se afastando da Ciência que o Amit vai conseguir demonstrar de maneira científica suas teses.

    Portanto, eu mantenho e sustento a afirmação de que o Goswami não tem reconhecimento da comunidade científica da área de Física. Apenas os espiritualistas apoiam o Amit. Minha preocupação tem sido o fato de espíritas, companheiros nossos, também estarem reconhecendo e apoiando as teses do Amit, sem terem noção do que ele está propondo ou da relação com o Espiritismo.

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  17. Continuando:
    Primeiramente, voce (Ricardo) questionou o comentário que fiz (e mantenho) de que o Prof. Amit não tem reconhecimento da comunidade de físicos cientistas, para suas idéias e teorias. Mas, discordando com respeito do seu ponto de vista, isso não é uma coisa de mera opinião, menos ainda uma falácia. Isso é mensurável! Se você não souber como, vá a uma universidade e peça para alguém (de uma biblioteca, por exemplo) te ajudar a navegar pelo site do Web of Science, onde voce pode verificar se as teorias do Prof. Amit Goswami tem sido citadas por outros pesquisadores de Física, em revistas de Física, de impacto regular ou melhor! Para avaliar o reconhecimento de um trabalho de pesquisa, basta checar ao longo dos anos as citações do(s) artigo(s) do seu trabalho de pesquisa. É preciso, também checar como são as citações, se confirmam ou negam o artigo original. Por mais que alguém possa questionar se isso é fundamental ou não, eu te garanto que essa é a maneira que a comunidade de Físicos avalia o impacto e as consequências de cada trabalho de pesquisa. Além disso, voce pode usar o Web of Science para comparar as listas e impactos das publicações de professores de Física brasileiros (pegue, por exemplo, alguns professores do IFGW da Unicamp), da mesma idade ou até mais jovens que o Prof. Amit, e veja o quanto o Amit está atrás de pesquisadores brasileiros normais, falando apenas da Física.
    Isso não está sendo dito em desrespeito ao Amit. Não estou dizendo que ele não sabe física, mas apenas que ele não é nenhum pesquisador especial e mais criativo do que muitos outros. Há muita gente que elogia em grau máximo o Amit como se isso fosse suficiente para aprovar as idéias dele...

    Ricardo, ao dizer isso, estou apenas tentando te passar qual é a forma de pensamento profissional da comunidade científica de físicos. Fora disso, só se pode especular e os físicos evitam perder tempo com o que não podem demonstrar ou avaliar com segurança. Nosso interesse se dá pelo fato do assunto do Amit parecer concordar com a Doutrina dos Espíritos, que eu e voce defendemos com amor. O artigo do Consolador e o que futuramente deverá ser apresentado pela LIHPE, demonstra o total desacordo entre o que o Amit diz e o Espiritismo. E isso não é nada muito diferente do exemplo de Kardec quando no artigo do mês de Março de 1867 da Revista Espírita, ele expõe longos argumentos contrários sobre a proposta de alguns médicos de sua época de que a Homeopatia poderia curar males morais. No número de Dezembro de 1867, Kardec diz que "Como em tudo, os fatos são mais concludentes do que as teorias, e são eles, em definitivo, que confirmam ou derrubam estas últimas, desejamos ardentemente que o Sr. o doutor Grégory publique um tratado especial prático da homeopatia aplicada ao tratamento das moléstias morais, a fim de que a experiência possa se generalizar e decidir a questão." Em outras palavras, Kardec diz que o tal doutor deveria publicar artigos com experimentos que demonstrem suas teses, nas revistas da época, para que, então, os cientistas possam avaliar e decidir sobre a questão. Não adianta eu e voce discutirmos se a teoria de Goswami é bonita ou não, a partir do momento que o Goswami saiu do esquema da Física para defender suas novas ideologias e teorias, então não se pode considerar que suas teses foram demonstradas pela Física. Agora, a verdade é como Kardec disse: só os fatos, os experimentos, as pesquisas bem controladas, os estudos aprofundados é que poderão mudar ou não um ponto de vista de nossa parte. E não é se afastando da Ciência que o Amit vai conseguir demonstrar de maneira científica suas teses.

    Portanto, eu mantenho e sustento a afirmação de que o Goswami não tem reconhecimento da comunidade científica da área de Física. Apenas os espiritualistas apoiam o Amit, e me preocupo em ver companheiros nossos espíritas também apoiarem as teses do Amit, sem terem a menor noção do que ele está propondo ou da sua real relação com o Espiritismo.
    CONTINUA...

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  18. Continuando...
    Portanto, eu mantenho e sustento a afirmação de que o Goswami não tem reconhecimento da comunidade científica da área de Física. Apenas os espiritualistas apoiam o Amit, e me preocupo em ver companheiros nossos espíritas também apoiarem as teses do Amit, sem terem a menor noção do que ele está propondo ou da sua real relação com o Espiritismo.

    Sobre o conceito de energia, a melhor definição de energia foi dada por Richard Feymann em http://en.wikipedia.org/wiki/Energy
    Isso não é algo que eu e você discutamos se é ou não é. Simplesmente isso é uma lei da Física: a lei de conservação da energia. Mas, tanto no meio espírita quanto dentre físicos não-especialistas em Física de Partículas, existe uma confusão que eu mesmo fazia até recentemente ter estudado para escrever uma matéria espírita intitulada: "UM ENSAIO SOBRE MATÉRIA E ENERGIA", publicada em
    duas partes em FidelidadESPÍRITA 91(Abril), p. 6 (2010); e 92 (Maio), p. 20 (2010), e reproduzida em http://www.aeradoespirito.net/ArtigosAF/UM_ENSAIO_SOBRE_MAT_E_ENER_AF.html
    CONTINUA...

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  19. Continuando...
    Nessa matéria (a da FidelidadESPÍRITA do comentário anterior), tento trocar em miúdos a explicação de que matéria não se transforma em energia nem vice-versa, conforme se pensava. Para isso, o conceito de energia e sua conservação, são fundamentais. E é isso que, hoje, os Físicos consideram. Acho que voce precisa ir além da leituras de livros de Física Conceitual, e ler aqueles que são usados nos cursos de Física. Daí, voce não apenas vai ler essa ou aquela definiçao, mas vai calcular e ver como dá certo. No texto, voce falou de uma expressão estranha: "energia conversiva". Não existem conceitos diferentes de energia. Energia é energia, é o que o Feymann poeticamente colocou. O que difere é a forma pela qual a energia é calculada e armazenada. Energia, em Física Moderna é, portanto, o mesmo conceito na Clássica. Repetindo, o que muda são as formas de considerá-la e calculá-la na lei de conservação. Por exemplo, na Mec. Clássica as leis de conservação de massa e energia são desacopladas, isto é, são representadas por duas equações independentes. Na Teoria da Relatividade, a lei se tornou unificada pois a medida de massa está relacionada com uma forma de armazenar energia através da estrutura da partícula. Mas, energia cinética na mec. clássica é energia cinética na teoria da relatividade. Voce tem todo o direito de não acreditar no que eu digo. Mas isso não muda a forma pela qual os físicos avaliam a conservação de energia nos nossos trabalhos de pesquisa. Se tiver interesse e puder, leia as referências de Física do artigo que eu citei acima. Elas podem ser baixadas gratuitamente.

    Sobre o vácuo, sem querer, voce pegou o "bonde" pela metade. E isso não é culpa sua, mas sim do fato dos vídeos não terem sido divulgados completamente.

    O comentário sobre o vácuo decorreu de uma pergunta que, por sua vez, decorreu da apresentação da proposta de um experimento para investigar fenômenos de efeitos físicos, feita pelo Dr. Ademir Xavier. Sem voce ler o artigo dele, e acompanhar as perguntas, é impossível entender o significado dos comentários que eu ou ele fizemos.
    CONTINUA...

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  20. Continuando (é o último!):

    Caro Ricardo, suas dúvidas e comentários são a de muitas pessoas, companheiros nossos espíritas que interessados no aspecto científico do Espiritismo, e deslumbrados com essas afirmações envolvendo Física, desconhecem como as coisas acontecem. Certamente que o esquema da ciencia ortodoxa pode ter defeitos, mas não existe ainda meio mais seguro de acompanhar e avaliar as descobertas com mais segurança, do que essa. A nossa vigilância tem que ser redobrada pois em matéria de pseudo-ciência vale a regra de Erasto: "é preferível rejeitar 10 verdades do que aceitar uma só mentira". E por isso, não se pode descuidar em ficar querendo descobrir se é possível encontrar uma forma de fazer uma teoria errada se tornar certa... Até acredito que em Ciências Humanas, o caráter subjetivo das coisas seja importante, mas em ciências exatas, isso não pode predominar. E, como voce deve saber, existem várias doutrinas espiritualistas paralelas e práticas mediúnicas diferenciadas, sem respaldo doutrinário, que tem sido propostas como atividades mais modernas e científicas para o movimento espírita, alegando que a Física Quântica, por exemplo, as sustenta, o que, na realidade, é falso. E tem gente explorando a credulidade das pessoas vendendo livros e vídeos de Física Quântica e assuntos espiritualistas sem o menor respaldo científico formal da comunidade científica de físicos. Enquanto uma pessoa tem todo o direito de crer no que quer, quando essas idéias são propostas adentrar o mov. espírita, se torna dever de nossa parte esclarecer como essas coisas são de fato.

    Espero ter ajudado.
    Um abraço fraternal,
    Alexandre

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  21. Outrossim, não me pareceu essencialmente correta, no respeitável discurso do professor Alexandre Fontes da Fonseca, a transposição da crítica materialista à obra de Amit Goswami para o debate espírita, pela simples razão de que os mesmos críticos sentariam a borduna nos conceitos espíritas, sem dó nem piedade. Uma coisa está em afirmar a incompatibilidade entre os conceitos de A Física da Alma e o Espiritismo. Outra bem diferente está em exautorar Amit Goswami, sob influência de físicos estrangeiros descontentes com a obra. Eu tive esta impressão no discurso de Alexandre: usar a crítica materialista à obra de Amit Goswami para rebatê-lo no meio espírita, quando a mesma comunidade não admitiria - no mesmo tom - os conceitos do Espiritismo. Por outro lado, estando a Física Quântica cheia de interpretações, desde Max Planck e Niels Bohr até Sabramanian Chandrasekar e César Lattes, fico a me perguntar se alguém teria o direito de desmerecer o conhecimento técnico de Amit Goswami, sob o argumento de "falhas de sentido". Ele se referiu à coisa do teletransporte de modo um tanto curioso: compor matéria idêntica ao modelo, em outro ponto do espaço, não seria também impressionante, sobretudo se o princípio for replicável em outros sistemas mais complexos?! Ademais, não considero Amit Goswami menos físico do que Alexandre Fontes da Fonseca, a pique de iniciar-se o texto do blog com uma alusão a uma amigo rejeitado por um professor de mestrado. Escrevo-o com todo o respeito. Amplexos,

    Ricardo Matos Damasceno
    P.S.: Não consegui identificar-me a contento no blog por erro operacional. Grato.

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  22. Prezado Alexandre

    Primeiramente, não sou um leigo à maneira como V. Sa. aqui me expõe, a ponto de me ordenar ir a uma "universidade" e requerer ajuda de terceiros para examinar o "web of science". Absoluta pretensão de sua parte. A minha crítica não era pessoal à sua personalidade, tampouco à sua formação ou à sua experiência acadêmica. Evidentemente, como integrante do "meeting" científico, outra não poderia ser a sua opinião senão voltada a defender conceitos estritos de ciências exatas (materialistas). Aliás, os cientistas exatos, não raro, nem admitem a real cientificidade das "ciências humanas". Ademais, não se afigura verdadeira a ideia de que se abandonou o "subjetivismo" nas ciências exatas, por meio de afastar a "preferibilidade discursiva" ou ou influências axiológicas. Isto é o que vocês dizem para sustentar uma prevalência teórica no meio científico. De mais a mais, caro Alexandre, EU NÃO DEFENDI AMIT GOSWAMI para utilizá-lo como referencial de conceitos doutrinários. Pelo contrário. Até julguei importante o perfil crítico lançado na palestra. Quanto à Lei de Conservação de Energia, eu não me pus a desdizê-la em nenhum momento. Eu apenas lhe disse considerar "reducionista" o seu conceito de energia, baseado "poeticamente" em Richard Feymann, não havendo distinguido "energia cinética" da Mecânica Clássica e "energia cinética" da Teoria da Relatividade. TALVEZ LHE FALTE APOIO FILOSÓFICO para compreender o que lhe disse, pois, como você mesmo defende, as ciências exatas são "dessubjetivadas". O QUE VOCE NÃO PODE FAZER É USAR A CRÍTICA MATERIALISTA À OBRA DE AMIT GOSWAMI (o qual, repito, não defendi) para desdizê-lo no debate espírita, como se as críticas do materialismo não fossem igualmente aplicáveis à Doutrina Espírita, nos termos do que pensam os cientistas. Aliás, em artigo seu publicado http://www.espiritualidades.com.br/Artigos_D_L/fonseca_alexandre_perm_mud_perm.htm, você comete um breve lapso doutrinário ao afirmar o FCU como EMANAÇÃO DE DEUS. Não. Não é. Segundo o subitem I do item 74 de OLM, os Espíritos confirmaram não ser o "fluido cósmico universal" uma emanação de Deus, como você atesta no seu artigo. CONTINUA...

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  23. (I)

    O QUE VOCE NÃO PODE FAZER É USAR A CRÍTICA MATERIALISTA À OBRA DE AMIT GOSWAMI (o qual, repito, não defendi) para desdizê-lo no debate espírita, como se as críticas do materialismo não fossem igualmente aplicáveis à Doutrina Espírita, nos termos do que pensam os cientistas. Aliás, em artigo seu publicado http://www.espiritualidades.com.br/Artigos_D_L/fonseca_alexandre_perm_mud_perm.htm, você comete um breve lapso doutrinário ao afirmar o FCU como EMANAÇÃO DE DEUS. Não. Não é. Segundo o subitem I do item 74 de OLM, os Espíritos confirmaram não ser o "fluido cósmico universal" uma emanação de Deus, como você atesta no seu artigo. Se você acolhe uma definição unívoca de "energia" (reflita um pouco e saberá mais tarde aquilo a que me refiro), chegando a se apoiar na não interconversibilidade, não há nenhum problema. Aliás, por que o haveria em uma crítica eminentemente materialista? Uma outra coisa: quem disse que eu considerei as teses de Amit Goswami como "demonstradas pela Física"?! Eu apenas considerei errada a sua lógica de argumentação, pois, de idêntico modo, a crítica materialista ou a crítica interpretativa do materialismo seria aplicável ao contexto espírita, sem, no entanto, ser necessariamente verdadeira. CONTINUA...

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