11.8.15

MARIO BARBOSA, VINTE E CINCO ANOS DEPOIS



Na década de 1980 fiquei conhecendo o trabalho de Mário da Costa Barbosa, que foi trazido a Belo Horizonte por Marlene Assis e por outras lideranças espíritas para promover seminários de reflexão sobre assistência social espírita.
Vi-o também em Juiz de Fora-MG, em um evento que alguns expositores do Rio de Janeiro promoviam anualmente, em que havia a presença de Raul Teixeira. Mário também foi responsável por uma CEOMG, que é a Confraternização Espírita do Oeste de Minas Gerais. 

A marca que Mário Barbosa deixava imediatamente é de um pensamento fortemente calcado na filosofia, por um lado, e no espiritismo por outro. Ele citava extensamente O Livro dos Espíritos (principalmente as questões que tratam da desigualdade das riquezas e da lei de sociedade) e O Evangelho Segundo o Espiritismo, assim como as passagens evangélicas. Mário era graduado em serviço social, com mestrado em ciências sociais. Foi secretário de ação social ou algo semelhante, se me recordo bem, e lecionava na UNESP.

Ele foi trazido a Montes Claros em 1990, pela Sociedade Espírita Allan Kardec e tive a oportunidade de conhecê-lo mais de perto, porque ele passou alguns dias como nosso hóspede. À época ele já tinha a doença que levou-o à desencarnação alguns meses depois, mas não tocou no assunto com nenhum de nós em momento algum. 

Fui surpreendido por duas ou três coincidências por esses dias,  onde pude constatar que a Federação Espírita Brasileira publicou um livro organizado a partir das ideias e vivências dele e encontrei dois vídeos da Federação Espírita Catarinense, um dos quais compartilho com os leitores do EC.

Uma das preocupações de Mário Barbosa era evitar as relações verticais com quem quer que seja no movimento espírito. Vestia-se com simplicidade, e tinha uma proposta de ação social espírita a partir do trabalho e da convivência. 

Não sei se é apenas um pouco de saudosismo, então aguardo as impressões das novas gerações de espíritas.

Um comentário:

  1. Olá Jáder,

    O me impressiona na forma da abordagem do Mário da Costa Barbosa, são a simplicidade, objetividade e generosidade com o conhecimento e a comunicação do mesmo.

    Abraços,

    Altair

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