3.11.07
Notícias do Espiritismo Comentado
GEAE completa 15 anos de vida virtual
Figura 1: Logomarca do Boletim GEAE
EC: O que é GEAE e como surgiu?
CARLOS: O GEAE é um grupo de pessoas que se reúne pela Internet para estudar o Espiritismo. Estudamos os seus diversos aspectos e as relações que tem com outros campos do conhecimento humano. Procuramos tratar de forma equilibrada as questões religiosas, científicas e filosóficas da Doutrina.
Estamos abertos a participação de todas as pessoas que de boa vontade queiram contribuir aos estudos propostos. Não faz parte dos nossos objetivos fazer proselitismo ou promover qualquer tipo de polêmica religiosa ou filosófica
A propósito, quando nos referimos aos aspectos religiosos do Espiritismo, estamos falando de suas conseqüências e aplicações nos domínios da Religião. Por Religião entendemos, utilizando as palavras de Léon Denis, a "concepção geral que, do mais intimo da vida interior, eleva o pensamento às culminâncias da Criação, até Deus, e liga todos os seres numa intérmina cadeia".
A história do GEAE é interessante. Ela começa em 15 de outubro de 1992 com uma mensagem que o Raul Franzolin Neto distribui na BRASNET propondo a criação de um grupo de estudos sobre Espiritismo. Eram os primeiros tempos da Internet, em que ela estava restrita ao meio acadêmico e a BRASNET era um “newsgroup”, uma lista de discussão, onde se discutiam questões relacionadas ao Brasil e servia de meio de contato entre brasileiros que estudavam fora do país.
Figura 2: Encontro de Pirassununga de 1999
O Raul é de família espírita e estava na época estudando nos Estados Unidos. Como não existiam grupos espíritas nas proximidades de onde se localizava, pensou em usar o novo meio de comunicação para reunir pessoas que tinham o mesmo interesse de manter o contato com a Doutrina Espírita. Uma das primeiras pessoas a se juntar ao grupo foi o José Cid, que também estudava em outra cidade dos Estados Unidos. À medida que a Internet foi se espalhando, o grupo também foi crescendo.
EC: Como esta iniciativa cresceu?
CARLOS:As pessoas mandavam textos ou comentários para o e-mail do Raul e ele os consolidava em um Boletim semanal que distribuía para os assinantes. O Boletim por sua vez era a base para os estudos e alimentava os debates. A mensagem colocada pelo Raul na BRASNET foi o primeiro Boletim. Quando o Raul retornou ao Brasil, após o termino de seus estudos em julho de 1993, ele deixou o encargo da edição e distribuição dos Boletins para o José Cid.
Eu conheci o GEAE em 1994, através da cópia do Boletim GEAE n° 1 que havia sido postada novamente na BRASNET pelo José Cid. Na época eu trabalhava com o desenvolvimento de sistemas de comunicação de dados e tive os primeiros contatos com a Internet, que começava a se estender para usuários fora da área acadêmica. Lembro que as tecnologias de acesso eram bastante limitadas, bem distantes dos recursos atuais, mas já permitiam a troca de e-mails com relativa facilidade.
Fiz a inscrição no grupo e durante algum tempo apenas acompanhei as trocas de idéias. Fiquei impressionado com a forma como o José conduzia as discussões, ele levava o debate de tal forma que o GEAE parecia o equivalente virtual daquelas rodas de amigos que se formam nas universidades para aprofundar os estudos de algum tema mais difícil. E via-se claramente que participando dos debates estava um grupo de pessoas sérias e empenhadas no aprendizado. As idéias eram apresentadas e debatidas em réplicas e tréplicas que convergiam para um entendimento maior da questão inicial, sem personalismos ou vaidades.
Incentivado pelo ambiente simples e fraterno me aventurei a mandar alguns comentários sobre história do espiritualismo, um tema que sempre me interessou bastante, e aos poucos fui participando mais ativamente dos debates.
Em 1995 foi montada pelo Sérgio a primeira página WEB do GEAE e neste mesmo ano conseguimos autorização da FEESP para colocar o Livro dos Espíritos no site. A digitalização do livro levou quase um ano, passamos as páginas para o formato digital usando um scanner manual e era necessário revisar detalhadamente os textos para eliminar os erros do processo. A equipe que participou deste trabalho foi o núcleo do Conselho Editorial que se formou em 1996. A volta do José ao Brasil, ao término de seus estudos nos Estados Unidos, foi um grande desafio para a continuidade do GEAE e assim ele - em contato com o Raul - teve a idéia de criar este grupo de trabalho com o papel de editor e moderador. O Conselho Editorial possibilitou que o trabalho se tornasse menos pessoal e mais independente das eventuais trocas de editores, permitindo a continuidade do grupo até hoje.
Figura 3: Encontro de Pirassununga em 1998
EC: Hoje, quantas pessoas compõem a equipe do GEAE?
- Ademir Luiz Xavier Junior (Campinas, Brasil)
- Alexandre Fontes da Fonseca (Texas, EUA)
- Antonio Leite (Nova Iorque, EUA)
- Carlos A. Iglesia Bernardo (São Paulo, Brasil)
- José Cid (Vancouver, Canadá)
- Raul Franzolin (Brisbane, Austrália)
- Renato Costa (Rio de Janeiro, Brasil)
Minha esposa e o filho do Antonio participam das atividades do GEAE ajudando na elaboração dos Boletins e na revisão das matérias. Além deles há também a Regina Werneck (Belo Horizonte, Brasil) , jornalista que tem nos ajudado na revisão final dos textos do Boletim antes da transmissão.
EC: Como vocês trabalham à distância?
CARLOS: Nossa principal ferramenta de comunicação é o e-mail. A troca de e-mails entre nós é praticamente diária e há uma grande afinidade de pensamento e propósitos entre nós, o que facilita bastante o trabalho a distância. Eventualmente fazemos reuniões usando recursos de vídeo e som, porém as diferenças de fuso horário dificultam a logística dessas reuniões.
EC: Vocês já fizeram alguma reunião presencial do GEAE?
CARLOS: Sim, já nos reunimos algumas vezes. A primeira reunião que participei foi em 1996 com o José Cid.
Figura 4: Encontro de 2006 em Pirassununga
EC: O trabalho no GEAE é todo voluntário?
CARLOS: Totalmente voluntário. Inclusive somos um grupo informal, não existe uma instituição formada para dar sustentação ao trabalho do grupo.
EC: Como as pessoas podem participar do GEAE?
CARLOS: Participando dos estudos, enviando textos ou comentários para o endereço editor@geae.inf.br ou participando mais diretamente da elaboração do Boletim e da manutenção da página. Precisamos de pessoas que escrevam bem em inglês e espanhol para nos ajudar a desenvolver os estudos nessas línguas.
EC: O GEAE mantém boletins em três idiomas? Que públicos foram atingidos pelo GEAE?
CARLOS: Atualmente mantemos apenas os Boletins em português e em inglês. Infelizmente não conseguimos manter a publicação da versão em espanhol por causa da dificuldade de preparar material suficiente nessa língua para manter uma edição periódica.
Grande parte dos assinantes é brasileira, distribuídos geograficamente por todo o país e pelo exterior. Muitos freqüentam grupos espíritas e o Boletim é um complemento aos estudos que já fazem neles. Mas há também os que residem em localidades onde não há grupos espíritas e que tem o GEAE como um meio de estudar o Espiritismo. Algumas vezes já tivemos contato com pessoas que queriam conhecer o Espiritismo e buscaram informações na Internet antes de procurar um centro espírita.
EC: Quantas pessoas recebem o boletim GEAE em português, hoje?
CARLOS: O Boletim GEAE 530 foi distribuído para 2583 e-mails e o Spiritist Messenger 87 para 353. O Spiritist Messenger é o boletim em inglês do GEAE e seu público são pessoas de língua inglesa interessadas em estudar o Espiritismo. A maioria reside nos EUA ou fora do Brasil.
EC: Quantas pessoas acessam o site, de que pontos do mundo?
CARLOS: Pela estatística do site tivemos em setembro 13974 visitas (125075 hits) de 53 países diferentes. A maior parte dos acessos é feita por endereços dos domínios .com e .br, mas há acessos de locais tão distantes de nós quanto Singapura e Nova Zelândia.
EC: O que aconteceu com uma lista de Centros Espíritas no exterior que vocês mantinham no site?
CARLOS: Na época em que criamos a lista havia uma grande procura por informações sobre Centros Espíritas no exterior e era muito difícil de conseguir essa informação atualizada. Usávamos nossa rede de contatos no exterior para conseguir os endereços. Com o desenvolvimento do Conselho Espírita Internacional, que também completou recentemente os 15 anos de atividade, a situação se modificou e eles passaram a ter informações atualizadas sobre os grupos no exterior. Tornou-se desnecessário mantermos uma lista no GEAE e passamos a direcionar os pedidos de informações para o CEI.
EC: Trabalhos publicados originalmente no GEAE já foram republicados em outros órgãos de divulgação espíritas, como o Reformador. É correto pensar o GEAE como um espaço de gestação, da mesma forma que um congresso funciona para um trabalho científico?
CARLOS: Gostamos de nos ver como um grupo de aprendizes que se reúne para estudar em conjunto. Trocamos idéias e desenvolvemos nossa visão da Doutrina Espírita. Desta forma creio que fazemos o papel de um espaço de gestação de idéias e me agrada pensar que o ambiente aberto do grupo incentivou muitos amigos a começarem a escrever e expor suas idéias.
EC: Ao completar 15 anos você escreveu que o GEAE é uma pitada de sal. Não é uma posição modesta, diante das informações desta entrevista?
CARLOS: Acredito que não. Somos aprendizes e pessoas com vontade de conhecer mais sobre o Espiritismo e sobre a vida, experimentamos alguns caminhos que deram certo e talvez tenham contribuído para o desenvolvimento dos estudos espíritas na Internet, mas estamos muito longe do trabalho de outros irmãos que impulsionam o movimento espírita.
EC: Quais são os projetos para o futuro?
CARLOS: Continuar a estudar e a aprender. Talvez conseguir superar nossas limitações de tempo e dar maior regularidade a edição dos Boletins. Gostaríamos muito de voltar a editar o “Mensajero Espirita” e eu sonho em ter uma edição em Esperanto do Boletim.
Não consegui ainda tempo para desenvolver meus conhecimentos de Esperanto, aprendi apenas a ler e escrever de forma bastante irregular, mas acredito firmemente que a língua fraterna é a grande esperança para uma globalização verdadeira da humanidade no futuro. Sem um veículo que permita a expressão do pensamento de forma ágil e isenta nunca aproximaremos efetivamente o coração dos povos. Farão negócios e trocarão conhecimentos, mas não serão irmãos de fato.
1.11.07
Visita ao Centro de Cultura
O Centro foi criado a partir da iniciativa do Eduardo, hoje desencarnado, que dedicou sua vida à construção de um acervo de livros, documentos impressos e digitais referentes ao Espiritismo e outros assuntos.
Há mais de um ano a equipe assumiu o desafio e inicialmente transferiu, higienizou e está catalogando o acervo doado.
O acervo ocupa um andar inteiro do prédio e estará aberto a consultas após a catalogação e registro. Entre livros, documentos e outras fontes ele foi estimado em mais de 40.000 objetos.
Outra frente de trabalhos do CCDPE é a publicação das obras do Eduardo e de outras obras para a preservação da memória e história espíritas no Brasil. Com o selo do CCDPE já foram publicados "Marechal Ewerton Quadros: Primeiro Presidente da Federação Espírita Brasileira", "O Espiritismo na Bíblia", "Cem Anos de Evangelho com Eurípedes Barsanulfo" e "Auto de Fé de Barcelona". Este último encontra-se resenhado no site Espiritismo Comentado.Outros livros do Eduardo também são encontrados como "História da Dramaturgia com Temática Espírita (1850-1950)", "Anália Franco - A Grande Dama da Educação Brasileira", "Maçonaria e Espiritismo: Encontros e Desencontros", além dos três volumes do "Anuário Histórico Espírita" editados a partir dos trabalhos dos membros da Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas.
Com infra-estrutura montada para cursos e reuniões, o Centro de Cultura vem ocupando seu lugar bandeirante na construção de um espaço novo e oportuno no Movimento Espírita Brasileiro.
Agradecemos à gentileza da Júlia Nezu, da Izabel Vitusso e do Geraldo que nos receberam de coração aberto. Desejamos à equipe muito sucesso nos seus sensatos empreendimentos em prol da divulgação e pesquisa da cultura espírita.
23.10.07
Video Spirite Lança DVD Sobre Chico Xavier
20.10.07
Reunião Prévia da Comissão Organizadora da XVIII COMECON
11.10.07
Espírita Norte-Americana Apresenta Trabalho em Congresso Espiritualista
Como sabemos, o Espiritualismo Moderno ou Novo Espiritualismo é um movimento anglo-saxão, hoje espalhado por diversos países do mundo, que se consolidou a partir dos estudos com médiuns realizados inicialmente no século XIX. É um movimento anterior ao Espiritismo de Kardec, mas com muitos pontos de contato com a Doutrina Espírita.
O encontro foi realizado em Rochester - New York, cidade próxima aos primeiros eventos mediúnicos das então adolescentes irmãs Fox. A ISF é uma instituição octogenária, funciona desde 1923.
Yvonne relata ter contatado neo-espiritualistas, que apesar de não terem conhecido as obras de Kardec, são reencarnacionistas, ponto de discussão que remonta os tempos do codificador.
Durante a programação do evento, os participantes puderam ir a Lily Dale, que é um centro importante dos espiritualistas nos Estados Unidos. O Reformador já publicou uma matéria sobre este núcleo.
Yvonne pertence à diretoria da Academy of Spirituality and Paranormal Studies Inc. (www.lightlink.com/arpr)
Quem desejar conhecer um pouco mais sobre a história e as pesquisas dos neo-espiritualistas ingleses e norte americanos do século XIX, recomendo o livro "O Aspecto Científico do Sobrenatural", escrito pelo naturalista Alfred Russel Wallace e publicado em português pela editora Lachâtre.
A Serena Via-Crucis de Yvonne
O número traz artigos muito interessantes e polêmicos, como o trabalho de Paulo Urban, psiquiatra, mostrando a trajetória dos antidepressivos e dos conceitos psiquiátricos, da Psicanálise ao DSM-IV.
Há um conto imperdível de Monteiro Lobato, retirado do livro Negrinha, de sua autoria, no qual ele trata de um milionário "pão-duro", dirigido pela "força" e interessado em reencarnação.
A revista noticia o prêmio Jabuti, ganho por Laura Bergallo, espírita, com o livro Alice no Espelho, que trata da anorexia, e muitas outras notícias, informações e livros do interesse do movimento espírita.
10.10.07
Psiquiatras e Parapsicólogos Escrevem Sobre Espiritualidade
7.10.07
Leandro Cosme Couto
Àqueles que querem emagrecer, o Ministério da Saúde poderia advertir: "Campanha do Quilo é um exercício recomendável para a saúde humana: você ganha alguns quilos enquanto perde outros e ainda faz bem a muitos corações!"
2.10.07
Visita ao Lar da Criança Emmanuel em São Bernardo
Foto 2: Crianças brincando no parquinho
Foto 3: Crianças, Crianças e Crianças...
Além de brincar, comer. Uma cozinha quase industrial funciona sob as regras de higiene e cuidado, para repor as energias das pequenas e dos funcionários.
Foto 4: Funcionária antiga da creche, Tia Lolô (Leonor) trabalhando ativamente com as refeições
Em alguns minutos, as crianças estão em fila, servindo-se sob os olhares cuidadosos da funcionária. A seguir assentam-se nas muitas mesinhas, da sua altura, para almoçar.
Na hora do almoço a máquina fotográfica já não faz muito sucesso, mas ainda atrai as crianças da fila.
Foto 5: Crianças servindo seu prato.
Depois de comer, dormir. Um segundo andar repleto de crianças no horário da soneca, deitadas nos colchões à meia luz, nos fez andar nas pontas dos pés. Os sapatinhos guardados ao longo dos corredores, um do lado do outro, da mesma forma que as meias de Natal, esperando o presente de Papai Noel, encantam os visitantes. Nesta hora, nenhuma foto para não atrapalhar o sono...
Foto 6: Sapatinhos...
Apesar dos avanços, as paredes da creche guardam seus segredos. Histórias de falta, de tristeza, de medo, de violência, de abandono e desconfiança. Histórias mil, ocultas por detrás de algumas horas de infância por dia. Passados os anos e apesar das aparências, o Lar é um oásis para a infância que hoje habita a selva de asfalto e solidão da periferia dos grandes centros urbanos. Um local de refazimento em um curto, mas importante período da vida.
Foto 7: Afresco....
O Lar da Criança é realmente da criança. Móveis adequados, lavatórios à altura dos clientes, afrescos com temas infantis por todos os lados demarcam o território da infância. Visto a olhos rápidos, de viajante, o lar parece a materialização de uma oração psicografada por Chico Xavier há muitos anos, intitulada "Oração da Criança ao Homem". Deus e seus agentes no mundo os conservem.
25.9.07
A Dama da Caridade em Uberaba
22.9.07
Semana de Espiritismo e Psiquiatria no Hospital Espírita André Luiz
Semana de Kardec 2007
I Simpósio Paulista de Saúde Espiritualidade e Educação
13.9.07
Como foi escrito O Livro dos Espíritos?
12.9.07
Projeto Futuro: O Programa Espírita de Rádio de Divinópolis
11.9.07
Ciclo de Estudos sobre Passe na AECX
6.9.07
Desencarna Martins Peralva
Muitas foram as vezes em que vi Peralva representando a União Espírita Mineira em eventos espíritas, mas algumas vezes, na intimidade, encontrava-o no consultório de meu pai, sempre gentil, sempre presenteando-o com trabalhos e livros, especialmente os então recém-publicados por Chico Xavier.
Ainda esta semana tive em mãos um trabalho autografado por ele, dado a papai após um evento no estado do Rio de Janeiro.
Os feitos, cargos e realizações, o leitor deste blog poderá acessar clicando o título, que o remeterá a uma biografia publicada pela União Espírita Mineira, com base em informações fornecidas por um de seus filhos, Basílio Peralva.
O que não se lê, foi a política de apoio à mediunidade e à pessoa de Chico Xavier, da qual União Espírita Mineira sempre foi defensora e que teve Martins Peralva como seu articulador.
Em nossa casa, a Associação Espírita Célia Xavier, Peralva escreveu o livro Estudando a Mediunidade, publicada pela Federação Espírita Brasileira, na qual comenta e explica em linguagem direta e simples o conteúdo do livro "Nos Domínios da Mediunidade", de André Luiz.
2.9.07
Assista o Trailer do Filme de Bezerra de Menezes
1.9.07
Revista Espírita
O número 13 apresenta, entre outras matérias, uma entrevista com Décio Iandoli Jr., professor titular da cátedra de Fisiologia da Universidade Santa Cecília. Uma das idéias que ele desenvolve em seu trabalho é a de que "por crer-se capaz de curar, ainda que inconscientemente, o médico acaba assumindo uma posição de superioridade com relação ao paciente, alimenta um sentimento de onipotência que se transmite de geração em geração nas escolas médicas. ... O médico que se despoja do peso da onipotência de portador do dom de curar, tira dos ombros um fardo que nunca foi capaz de carregar: a responsabilidade pelo outro. Ele se converte em irmão, companheiro, que auxilia, orienta e conforta."
Richard Simonetti discute a posição de Jesus frente à humanidade e se mostra contrário à idéia de evolução em "linha reta", que se entendida como uma evolução sem erros, situaria este espírito em uma posição semelhante às dos anjos católicos.
Ainda neste número, resgata-se uma evocação de Kardec a um chefe taitiano, já desencarnado, que foi condecorado pelo governo francês. Apesar de médium intuitivo, ele redigiu corretamente dados que desconhecia, como o agraciamento deste chefe com a comenda da Legião de Honra.
Enrique Baldovino escreveu um trabalho sobre a tradução de "Telêmaco", escrito por Fénelon, pelo professor Rivail para o francês, seu significado e implicações futuras para a codificação.
Com desenhos cuidadosos e coloridos, a revista apresenta trechos do livro "Pai Nosso", de Meimei, psicografado por Chico Xavier e publicado no Paraguai com o título "Padre Nuestro".
Uma narrativa de pressentimentos de morte, explicada pelos espíritos a Amália Domingo Soler, um trabalho de Grisot sobre a inteligência animal e uma breve dissertação sobre como o Espiritismo pode melhorar a vida das pessoas, escrita por Divaldo Franco, concluem este número.
A assinatura anual da Revista pode ser feita por módicos 20 reais nas terras brasileiras. Maiores informações podem ser obtidas no link inserido no título desta postagem.