19.10.09

ESPIRITISMO NA ÁUSTRIA

Foto de Viena, nas cercanias do VAK, por by Székely Levente


Recebi notícias do VAK, que significa Verein für spiritistische Studien Allan Kardec, ou melhor dizendo, Sociedade de Estudos Espiritas Allan Kardec.

O grupo vienense está de site novo, bilingue (alemão, português - ainda bem!) e divulgando muitas atividades. Seu endereço é http://www.spiritismus.at/

O navegante pode acessar uma seção de vídeos e assistir às palestras de Divaldo Franco e Raul Teixeira na Europa. (Confiram)

Para quem estiver em Viena-Áustria, os horários das reuniões e os temas das palestras com os respectivos palestrantes está disponibilizado.

Artigos e palestras também estão disponibilizados na pasta "Material de Estudo".

O Espiritismo Comentado agradece o link em meio a outras referências na internet de instituições reconhecidas pela qualidade e seriedade doutrinária.

Das montanhas de Minas Gerais, saudamos os operosos espíritas vienenses e lhs desejamos perseverança e fraternidade, ingredientes fundamentais para cumprirem sua tarefa no continente europeu.

16.10.09

ESPIRITISMO NO JAPÃO

Foto 1: Grupo de Estudos Espíritas de UEDA - Japão

Um dos objetivos do Espiritsmo Comentado é noticiar as realizações do movimento espírita fora do Brasil. Tenho recebido notícias de Portugal, Holanda, Estados Unidos e mais recentemente do Japão.
Há alguns núcleos espíritas no Japão e tenho conversado com Adalberto Prado de Morais que está ativo na proposta de consolidação de uma Associação de Divulgadores do Espiritismo do Japão. Ele mantém um blog pessoal http://tioadaespirita.blogspot.com/ e sempre divulga um projeto interessante que é a constituição de rádios espíritas no Japão http://radioespiritasnojapao.blogspot.com/.
A ADE-Japão também mantém um blog: http://adejapaodivulgespirita.blogspot.com/
Recebi a divulgação de uma reunião em UEDA-shi, que acontecerá no dia 18 de outubro, às dez horas.
O grupo de UEDA mantém uma biblioteca espírita itinerante, faz atendimento fraterno e tem um projeto culturalmente interessante que é o Grupo de Teatro Espírita de Fantoches, sobre o qual não tenho muita informação.
Desejo sucesso aos trabalhadores voluntários do movimento espírita japonês, no outro lado do mundo, que está em ascensão.

14.10.09

DESLIENS EXPLICA O QUE ACONTECEU COM "A GÊNESE"


Na última matéria, tratamos de uma questão referente às diferenças de edições de A Gênese na época de Kardec. Estou publicando agora a tradução de um artigo de 1885 em resposta ao texto que saiu na revista "Le Spiritisme", assinado por Henri Sausse, intitulado "Uma Infâmia". Há um outro texto anterior a este que dá detalhes sobre a pesquisa feita por Desliens junto aos responsáveis pela montagem das placas de letras soltas pela sua transformação em placas permanentes de impressão. Quem quiser ler em francês, este outro texto está na Revue Spirite, 1884, Nº 24, 15 dezembro, pp. 753.



A Gênese de Allan Kardec

Tradução: Alcione Albuquerque
Consultor para a língua francesa: Pierre Joseph Marchet
Revue Spirite, 1885, 15 de março, n. 6, ano 28, pp - 169 – 71


Paris , 1º de março de 1885.
Senhores membros do conselho de fiscalização da Sociedade Científica de Espiritismo.
Tendo sido eu o secretário de Allan Kardec até a sua morte, muitos espíritas buscaram as minhas lembranças para constatarem se o Sr. Allan Kardec teria introduzido modificações na primeira edição de A Gênese segundo o Espiritismo; eu vos peço que insiram esta resposta nas demandas que me foram feitas pois ela é a expressão da verdade.
Devo vos confessar, antes de tudo, que, ainda que as minhas convicções continuem inalteradas em me atendo ao credo de nosso mestre (refere-se a Allan Kardec), não tenho sido militante da vida espírita há quatorze anos. Isto colocado , eis aqui algumas palavras que posso afirmar:
A primeira tiragem de A Gênese, dividida em três edições, segundo o costume, foi editada pela livraria A . Lacroix, Verboeckhoven e Cia, no Boulevard Montmartre, 15, vindo a público em 1o de janeiro de 1868.
No correr deste ano de 1868, os editores faliram e o que restou da primeira tiragem ficou naturalmente perdida para Allan Kardec. O que aliás propiciou o acordo feito com o Sr. Bittard, nesta época empregado da livraria Lacroix, que o mestre ali estabeleceria as bases para a fundação de uma livraria especial para a publicação e a venda das obras sobre o Espiritismo. Este projeto começava apenas a ser executado quando a morte o surpreendeu, no dia mesmo da abertura da livraria espírita, na rua de Lille , 7.
Antes mesmo de ter se esgotado a primeira tiragem de A Gênese, Allan Kardec autorizou uma nova publicação em 1868, que são as 4a, 5a e 6a edições, o que os impressores Rouge, Dusnon e Fraisné podem confirmar como sendo esta a matriz que serviu para as edições publicadas de 1869 a 1871 e em diante.
As modificações que foram introduzidas nesta nova edição são, evidentemente, as que se tornaram objeto de polêmica.
O que posso afirmar , da maneira mais nítida e clara possível ,é que até o mês de junho de 1871, a Sociedade Anônima de Espiritismo, seguia sendo administrada pelos Senhores Bittard, Tailleur e eu; e que o Sr. Leymarie esteve completamente alheio à redação da Revista , bem como na reimpressão de qualquer das edições. Posso afirmar, igualmente, que neste período, de 1o de abril de 1869 a 1o de junho de 1871, nenhuma modificação foi introduzida na redação de A Gênese e que a sua última edição datada de 1868, é semelhante, exatamente àquela da primeira tiragem realizada pelo mestre.
Todos sabem que a impressão de uma obra se faz através de letras avulsas, reunidas em formas que por sua vez constituem as páginas. Se a obra não tem futuro está destinada a uma única edição e a composição é destruída imediatamente após a impressão servindo as letras para novas obras. Mas se se trata de um livro importante e de onde o autor espera retirar um certo número de edições, as formas são conservadas durante um certo tempo para permitir a introdução, no texto original, de todas as modificações julgadas necessárias a uma edição definitiva.
Uma vez o texto revisto e corrigido, sua impressão é definida; (foi o que fez Allan Kardec com A Gênese) e em seguida destroem–se as letras soltas (placa provisória). O que se ignora em geral é a diferença entre uma marca , um relevo e um clichê (matriz da placa).O relevo não serve para a impressão, é como um molde, uma forma que conserva as marcas das letras e estas não podem ser reproduzidas senão através da sua fonte (clichê).
Isto é o que pode explicar como, as impressões tendo sido realizadas em 1868, seus clichês só foram fundidos em 1883. Se fontes parciais foram feitas neste intervalo, foram sem duvida destinadas a uma publicação à parte, em brochuras especiais, extraídas de certos capítulos da obra. Ora, se estas impressões foram feitas em 1868, estando vivo Allan Kardec, é incontestável que o mestre, e somente ele, pode introduzir as mudanças que existem nas edições realizadas posteriormente, utilizando–se dos clichês anteriormente fundidos .E saiba-se que o mestre pagou pelas placas matrizes a seus impressores.
Possa esta curta explicação ser suficiente para eliminar toda causa de desunião a família espírita.
Lembremo-nos dos preceitos de nossos mestres:
“Amemo-nos uns aos outros. Fora da caridade não há salvação.”
A. Desliens

12.10.09

GUILLON RIBEIRO MODIFICOU A TRADUÇÃO DE "A GÊNESE"?


Está havendo um debate no meio espírita sobre as diferenças de tradução de "A Gênese", principalmente entre a terceira, quarta e quinta edições.

Carlos de Brito Imbassahy descobriu durante um programa que há diferenças entre a 5a. edição publicada pela FEB e a 3a. edição, que ele tem no original francês. Isto é fato, não há como negar. As explicações de Imbassahy podem ser lidas em http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/movimento/traducoes-falsas.html.

O que não me parece correto é a inferência (isto mesmo, inferência) que ele faz, de que Guillon Ribeiro teria modificado intencionalmente a obra de Kardec possivelmente motivado pela sua simpatia com as ideias de Roustaing.

Obtive na internet o original da Revista Espírita de 15 de março de 1885. Qualquer um pode acessar o site da Encyclopédie Spirite http://www.spiritisme.net/, cadastrar-se e baixar o texto publicado pelos espíritas franceses contemporâneos, que nenhuma relação guardam com as diferenças do movimento espírita no Brasil Imperial e da República Velha.

Àquela época, Pierre Leymarie (possivelmente, pelo que se entende da leitura do texto), foi acusado de ter modificado os textos de "A Gênese" após a desencarnação de Kardec, por Henri Sausse, hoje conhecido como biógrafo de Kardec. Esta acusação, considerada infundada por Desliens, secretário de Kardec e um dos diretores da Sociedade Científica do Espiritismo, responsável pela publicação da Revue, denota que já havia uma confusão sobre que texto utilizar, quando Guillon Ribeiro nem espírita era.

Irei publicar a tradução do texto, realizada gentilmente por amigos, um deles francês e a outra amiga de Carlos Imbassahy (pai), que a conheceu na tenra infância e autografou um de seus livros com uma sensível poesia.

As decisões sobre o texto a ser publicado por "A Gênese", foram tomadas àquela época, e posso dizer que tive acesso ao texto de uma edição francesa posterior às polêmicas, que traz o texto semelhante à primeira edição e muito fiel à tradução de Guillon.

Publico este e publicarei outras informações sobre a situação, nada preocupado com a questão, qual seria a edição definitiva do livro de Kardec, mas discordando veementemente da acusação de fraude feita a Guillon Ribeiro.

Agradeço aos amigos do Espiritismo Comentado se conseguirem os originais das edições francesas (a primeira eu já tenho, graças à gentileza de Washington Fernandes) e tenho também a tradução do original de Carlos de Brito Imbassahy, feito por ele próprio.

9.10.09

LACHATRE PUBLICA "A HISTÓRIA TRISTE"


Há anos ouvi falar do romance. Premiado no exterior, psicografado por Pearl Curran, que descobriu sua faculdade quase ao acaso e cuja produção impressionou Ernesto Bozzano no seu livro Xenoglossia, que é a capacidade mediúnica de produzir fenômenos em línguas desconhecidas pelo médium.
O espírito, Patience Worth, produziu textos (Telka, por exemplo) que intrigaram os especialistas em literatura inglesa antiga, pelo volume de palavras, expressões e informações sobre uma época da Inglaterra em que ela havia vivido, 263 anos antes de Pearl (a médium é norte-americana).
Este livro foi reconhecido por sua qualidade literária, e os críticos evitavam posicionar-se quanto à sua origem, mas não hesitavam afirmar sua qualidade literária.
Eu vinha acompanhando, atento, os esforços de Hermínio Miranda em traduzi-lo. Não deve ter sido uma tarefa fácil, mas em breve o Brasil terá contato com um dos personagens que viveu a época de Jesus, e cuja participação Novo Testamento eu omitirei, para manter o suspense.

8.10.09

SITE PUBLICA FOTOS E RESUMOS DO 5o. ENLIHPE

Figura 1: Mesa de Abertura do 5o. ENLIHPE
Da esquerda para a direita, Eurípedes, Airton, o representante da USE-SP, Jáder e Júlia Nezu

O site Espiritualidade e Sociedade, editado pelo colega de LIHPE, Maurício Brandão, fez uma cobertura completa do 5o. Encontro Nacional de Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas, filmando, fotografando e publicando resumos dos trabalhos.
Esta cobertura pode ser acessada no http://www.espiritualidades.com.br/
Já estão disponíveis as fotos e os resumos dos trabalhos. Aguardamos a edição das filmagens.

7.10.09

100 SEGUIDORES!

Pessoalmente não gosto muito do nome "seguidor". Ele faz recordar os adeptos de crença, acríticos, que aceitam tudo o que lhes é dito. Por isso escrevi "Pessoas que não Perdem Nenhuma Novidade do EC".
Aproveito o momento para agradecer a todos os "seguidores", sua participação ativa na construção do blog e a sua presença, que é sinal de interesse e aprovação da linha que temos adotado. Cada comentário, crítico ou de incentivo, sinaliza o que fazer, o que escrever, que rumo tomar.

Como filosofia de trabalho tenho publicado praticamente tudo o que é submetido. Sei o trabalho que dá utilizar os instrumentos do Blogspot.

Agradeço, sensibilizado e continuemos nosso intercâmbio.

Jáder Sampaio

4.10.09

FUENTÈS ANALISA ARQUIVOS DE CAMILLE FLAMMARION

Figura 1: Última foto de Camille Flammarion

Pretendo publicar alguns comentários baseados no texto de Patrick Fuentès, intitulado "Camille Flammarion et les forces naturelles inconnues" (Camille Flammarion e as Forças Naturais Desconhecidas), publicado em 2002 como capítulo do livro "Des savants face à l'occulte", publicado pelas Éditions La Découverte, em Paris. Aproveito a gentileza e a atenção do Dr. Alexandre Caroli Rocha, que me deu acesso ao texto.
Flammarion se afasta da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
O trabalho de Fuentès traz uma nova versão para o afastamento de Flammarion do movimento espírita, especialmente dos seus "discípulos". Sabe-se que Kardec tinha um respeito especial por Flammarion. Quando ele desencarnou, sua esposa pediu aos membros da SPEE que o convidassem para a presidência, o que ele declinou respeitosamente.
Fuentès atribui o afastamento de Flammarion do movimento espírita em decorrência da publicação dos livros relacionados ao Cristianismo por Kardec. Ele não os apresenta, mas certamente é a obra após 1864, "O Evangelho Segundo o Espiritismo", "O Céu e o Inferno" e "A Gênese".
A afirmação de Fuentès entra em choque com dois pontos importantes: a autobiografia de Flammarion e a obra de Kardec anterior ao período que ele aponta.
Na autobiografia, Flammarion dá a entender que ele ficou em dúvida quanto à origem das mensagens que recebia. Ele não sabia distinguir o que era oriundo da própria mente e o que proviria da mente dos espíritos. A insegurança falou mais alto que o método desenvolvido por Kardec para a seleção dos conteúdos oriundos das comunicações espirituais.
Outro ponto favorável à minha posição é que Kardec publica na Revista Espírita e em "O Livro dos Espíritos", sua obra primeira, comentários e respostas na defesa do pensamento cristão, mesmo ante a posição tolerante para com outras tradições religiosas, como é o caso do Islamismo e do Druidismo (Revue Spirite 1858?).
Na autobiografia, Flammarion apresenta a desconstrução que seus mestres dos estudos na infância fizeram dos dogmas católicos aceitos à época, como o tempo da criação do mundo e outros, mas não se posiciona contrário à ética cristã.
Assim, apesar de ter utilizado fontes desconhecidas por nós, como o arquivo pessoal do astrônomo francês, Patrick Fuentès fica devendo a citação de uma ou mais fontes que fundamentem sua opinião.


30.9.09

DVD VERSÁTIL LANÇA FILME SOBRE A VIDA DE PESTALOZZI - SÃO PAULO


Recebi o texto abaixo sobre o lançamento de um filme sobre Pestalozzi. Charles Kempf é um espírita francês atuante no movimento dos dias de hoje. Como ainda não assisti, não tenho como comentar, mas segue o release da Versátil.
"A Versátil Vídeo Spirite estará lançando em outubro, DVD inédito com o filme "Para Sempre Pestalozzi" sobre a vida do grande educador.
No extra do DVD, excelente palestra de Charles Kempf proferida no Castelo de Yverdon, Suiça, sobre um dos alunos de Pestalozzi, Rivail, nosso Mestre Allan Kardec. O DVD estará à venda nas principais lojas e livrarias do país a partir do dia 1 de outubro."

23.9.09

Saiu a Programação do 5o. ENLIHPE


1º Dia - Sábado, dia 26

8h00 Recepção, entrega de material e visita aos pôsteres

8h30 Abertura – lançamento do livro PESQUISAS SOBRE O ESPIRITISMO NO BRASIL: TEXTOS
SELECIONADOS

9h00 Jáder Sampaio – Satisfação, desligamento e sofrimento de voluntários espíritas
Psicólogo, doutor e mestre em Administração. Professor da Universidade Federal de Minas Gerais. Co-autor do livro Diante do mistério: psicologia e senso religioso (Loyola). Tradutor da obra O aspecto científico do sobrenatural, de Alfred Russel Wallace (Lachâtre). Editor do blog Espiritismo Comentado, com mais de 50 mil acessos em todo o mundo.

9h40 Marco Milani – Aspectos da governança da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
Economista, professor universitário, mestre e doutor em Controladoria e Contabilidade pela FEA/USP. Coordenador do Núcleo de Estudos do Terceiro Setor da Universidade Mackenzie. Membro da diretoria- USE Distrital Lapa, SP.

10h20 Intervalo para café e visita aos pôsteres

10h55 Alexandre Caroli Rocha – Uma estratégia para a construção autoral na psicografia: as
citações
Graduado em Letras pela Unicamp, autor da dissertação de mestrado A poesia transcendente de Parnaso de além-túmulo (2001) e da tese de doutorado O caso Humberto de Campos: autoria literária e mediunidade (2008).

11h35 Astrid Sayegh – Bergson e o Espiritismo: a evolução do princípio espiritual
Pós-Graduada em Filosofia. Ex-coordenadora do curso de Filosofia da FEESP. Fundadora do Instituto Espírita de Estudos Filosóficos (IEEF). Autora dos livros: Bergson, o Método Intuitivo — uma abordagem positiva do Espírito e Ser para conhecer, conhecer para ser.

12h15 Almoço e visita aos pôsteres

14h05 Alexander Moreira-Almeida/Klaus Alberto – O método de Kardec na elaboração do
Espiritismo
Professor Adjunto de Psiquiatria e Semiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. Diretor do NUPES - Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da UFJF.

14h45 Paulo Henrique Figueiredo – As origens científicas do princípio vital
Diretor do grupo editorial Universo das Letras (Revista Universo Espírita). Apresentador do programa de rádio Universo Espírita – pensar e viver com liberdade. Autor do livro: Mesmer, a ciência negada e os textos escondidos (Lachâtre).

15h25 Intervalo para café e visita aos pôsteres

16h00 Samantha Lodi – Anália Franco e sua ação sócio-educacional
Mestre em Educação na área História, Filosofia e Educação pela Unicamp. Graduada em Comunicação Social pela Unesp. Professora no Ensino Fundamental, no Ensino Médio e na Graduação de Pedagogia.

16h40 Oceano Vieira – Filme Documentário "A Grande Síntese" de Pietro Ubaldi - Direção do
pesquisador espírita Oceano Vieira.

18h15 Encerramento das atividades do dia.

2º Dia - Domingo, dia 27

8h00 Abertura e Composição mesa

8h05 Nadia Lima – A psicografia como historiografia
Jornalista, articulista do jornal A Nova Era. Professora doutora de História Moderna no curso de graduação em História da UNIFRAN, Universidade de Franca.

8h45 Pedro Camilo – Deolindo Amorim: cultura e vanguardismo espírita no aquém e no além
Advogado com especialização em Ciências Criminais. Professor universitário no estado da Bahia e autor do livro Yvonne Pereira: uma heroína silenciosa (Lachâtre).

9h25 Intervalo para café e visita aos pôsteres

10h00 Ana Catarina Elias – Elementos da Espiritualidade que compõem A intervenção RIME
Psicóloga, doutora em ciências médicas/UNICAMP. Professora doutora do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP).

10h40 Dora Incontri – A Pedagogia Espírita e a Educação para a Morte
Jornalista, mestre, doutora e pós-doutora em Filosofia da Educação/USP, Coordenadora do curso de pós-graduação em Pedagogia Espírita pela Associação Brasileira de Pedagogia Espírita. Professora de pós-graduação em “Metodologia de Ensino I: Preparação Pedagógica” e “Tanatologia-Educação para a Morte”, na Faculdade de Medicina da USP.

11h20 Angélica A. S. Almeida – Inácio Ferreira: A Institucionalização da integração entre Psiquiatria
e Espiritismo.
– NUPES – Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Trabalho sobre Inácio Ferreira aceito para publicação na revista Society for Psychical Research em Londres.

12h00 Almoço e visita aos pôsteres

14h00 Reinício - apresentações

14h10 Ercilia Zilli – A Ética da Psicologia e a Religiosidade do Psicólogo
Psicóloga Clínica, mestre pelo Programa de Ciências da Religião, da PUC. Pós-graduada em Administração para Organizações do Terceiro Setor, pela FGV. Autora do livro O Espírito em Terapia - Hereditariedade, Destino e Fé. Apresentadora do programa Novos Rumos, na Rádio Boa Nova. Presidente da ABRAPE - Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas.

14h50 José Roberto de Lima Dias - A Cultura Espírita no Rio Grande do Sul Através do Jornal "A
Evolução"
Doutorando no Curso de História Ibero-Americana, da PUC - Rio Grande do Sul. Professor da Universidade do Rio Grande – FURG.

15h30 Apresentação Musical

16h00 Prece Final

19.9.09

FILOSOFIA ESPÍRITA É TEMA DE SIMPÓSIO EM SÃO PAULO

Astrid Sayeg está organizando o primeiro simpósio espírita de estudos filosóficos, cuja programação abaixo encontra-se também no blog Eventos Espíritas (http://eventoespirita.blogspot.com/). Ela conversou com o Espiritismo Comentado e esclareceu nossas dúvidas e questões sobre o evento. Confira!
EC - Por que você está organizando um Simpósio Espírita sobre Estudos Filosóficos?
ASTRID - A busca da verdade não pode permenecer circunscrita nos horizontes limitados do mundo fenomênico, mas importa a mudança de olhar sobre o mundo em direção às verdades do espírito, que só a filosofia pode propiciar. O presente evento visa promover e divulgar o estudo da filosofia, colocando-a a o alcance de todos, como forma de obter uma visão racional e libertadora do Evangelho, abalizando a possibilidade de uma transformação ética do ser.

EC - Franklin Leopoldo é um professor muito conhecido no meio acadêmico por seus trabalhos e traduções de textos filosóficos. Qual a ligação dele com o Espiritismo?
ASTRID - Prof Franklin não é espírita, mas autoridade no meio acadêmico filosófico. Importa esse dialógo entre espiritas e não espiritas de modo a nos propiciar uma visão mais compreensiva. A Filosofia Espírita nada tem a temer da filosofia acadêmica, da qual é a síntese; por outro lado a filosofia acadêmica muito pode enriquecer-sea luz da filosofia espírita que traz a sançao de seus valores. Importa novos diálogos para acrescentar algo inovador e superar os paradigmas ou temáticas espíritas que se repetem.

EC - O que o interessado pode esperar do Simpósio?
ASTRID - Não temos como prometer algo, mas trazemos a boa vontade de esclarecer o que seja a Filosofia Espírita, assim como alguns temas filosóficos como a questão de Deus na nossa vida. Por outra, importa trazer aos centros espíritas a visão da filosofia de modo a ser divulgada nos cursos e palestras. É importante ainda fazer ver o papel da filosofia, no mundo, para a nossa sociedade pós -moderna. Gostariamos que o participante despertasse para o que seja a filosofia espírita, tão pouco exaltada em sau especificidade, e para a importância da sua divulgação como forma de educação liberta.

EC - Como, quando e onde inscrever-se?
ASTRID - As inscrições encontram-se abertas até dia 10 de Outubro, e podem ser efetuadas pelo site:
www.ieef.com.br. Informações podem ser obtidas pelo telefone: 2973-6580. Convidamos todos a compartilhar desse banquete de idéias.

15.9.09

JESUS EM BETÂNIA

Figura 1: Mapa da Judéia na época de Jesus


Betânia era um povoado à época de Jesus, que ficava a cerca de 4 km de Jerusalém, o que fica a um dia de caminhada, passando pelo Monte das Oliveiras



Figura 2: Foto contemporânea da região de Betãnia



Figura 3: Antiga Aldeia de Betânia
Três personagens do Evangelho fizeram forte amizade com Jesus: Lázaro e suas irmãs Maria e Marta. Ficaram muito conhecidos pelo movimento espírita os episódios da chamada "ressurreição" de Lázaro, que Kardec explicou como sendo um fenômeno de catalepsia ou morte aparente, e não de ressureição propriamente dita.

Figura 4: Foto contemporânea do local considerado ser o túmulo de Lázaro

O interesse de Maria pela doutrina de Jesus, para a indignação de Marta, que queria ajuda nos serviços domésticos, também foi objeto de muitas considerações de autores espirituais e espíritas, comentaristas do evangelho, como A. L. Sayão, Emmanuel e Amélia Rodrigues.

Uma terceira passagem muito conhecida é a das vésperas da prisão de Jesus, quando em Betânia, a mesma Maria surge, unta os pés de Jesus com um óleo aromático e enxuga com seus cabelos, para a incompreensão dos apóstolos.



Figura 5: Vitral do College St John em Cambridge (Maria aos pés de Jesus)

12.9.09

CCDPE E LIHPE LANÇAM LIVRO DE PESQUISAS SOBRE ESPIRITISMO


Figura 1: Capa do Livro

PESQUISAS SOBRE O ESPIRITISMO NO BRASIL: TEXTOS SELECIONADOS é um livro que traz textos que têm como base monografias, dissertações de mestrado e teses de doutorado, além de pesquisas independentes, produzidas entre 1989 e 2003 sobre a temática espírita.

A obra será lançada no 5.º ENLIHPE, que acontecerá nos dias 26 e 27 de setembro de 2009, numa iniciativa do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo Eduardo Carvalho Monteiro e da Liga dos Historiadores e Pesquisadores Espíritas.
SUMÁRIO
1. PERFIL DA PRODUÇÃO ACADÊMICA BRASILEIRA COM TEMÁTICA ESPÍRITA (1989 A 2006) - Marco Antonio Figueiredo Milani Filho
2. AS MUITAS FACES DA INTOLERÂNCIA CONTRA O ESPIRITISMO- Jáder Sampaio
3. A CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO E A METAFÍSICA DE NEWTON - Paulo Henrique de Figueiredo
4. YVONNE DO AMARAL PEREIRA: LITERATURA A SERVIÇO DO BEM - Pedro Camilo
5. CLÓVIS TAVARES - Flávio Mussa Tavares
6. FOGO SELVAGEM, ÁGUA QUE BRILHA: HISTÓRIA DA DOENÇA E DO HOSPITAL DO PÊNFIGO FOLIÁCEO DE UBERABA - Nadia Rodrigues Alves Marcondes Luz Lima
7. JOSÉ MARQUES GARCIA, PIONEIRO DA HISTÓRIA DO ESPIRITISMO EM FRANCA
Adolfo de Mendonça Junior
8. IRMÃO X E O PROCESSO DE 1944 - Alexandre Caroli Rocha
9. ABRIGOS ESPÍRITAS PARA A INFÂNCIA: UMA DESCOBERTA DA INFÂNCIA SOB O LEMA "FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO" - Alexandre Ramos de Azevedo
10. ESTRATÉGIAS DA MÍDIA JORNALÍSTICA A SERVIÇO DA MEMÓRIA ESPÍRITA -Izabel Regina Rodrigues Vitusso

Venda promocional antecipada
APENAS R$ 17,00
Descontos especiais para Clube de Livros, Distribuidoras e Livrarias

Preço de capa: R$ 25,00
Formato: 14x21 cm
Páginas: 192 (estimado)

Telefone: 11 3664-9600
www.ccdpe.org.br

Apoio:
5enlihpe@ccdpe.org.br
Obs: O preço de R$17,00 é válido para compras efetuadas até a data do 5o. ENLIHPE. Os livros serão entregues a partir de seu lançamento.

6.9.09

Leandro Resenha "A Caminho da Luz" de Emmanuel


por Leandro Couto



A obra A Caminho da Luz: história da civilização à luz do Espiritismo, merece ser lida e estudada por quem busca compreender a assistência constante de Jesus á humanidade. Podemos fazer a seguinte apresentação da obra:
Título: A caminho da luz: história da civilização à luz do Espiristimo.
Autoria: Ditado pelo espírito Emmanuel e psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Editoração: 1ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira (FEB) em 1938.
Estrutura da obra:
• Antelóquio (17-08-1938);
• Introdução;
• 25 capítulos;
• Conclusão (21-09-1938).
No Antelóquio Emmanuel esclarece:
“(...) Não deverá ser este um trabalho histórico. A história do mundo está compilada e feita. Nossa contribuição será à tese religiosa, elucidando a influência sagrada da fé e o ascendente espiritual, no curso de todas as civilizações terrestres. (...)”
É um livro religioso, tendo a religiosidade o significado da conexão entre o ser humano e Deus, e que se assenta em informações e conhecimentos histórico científicos.
Na Introdução, pondera Emmanuel:
“(...) Esse esforço de síntese será o da fé reclamando a sua posição em face da ciência dos homens, e ante as religiões da separatividade, como a bússola da verdadeira sabedoria (...)”
Os 25 capítulos que se seguem ao longo do livro consistem na abordagem que Emmanuel faz da História terrestre. Um dos destaques dados por Emmanuel se refere aos missionários divinos, espíritos eminentes no plano dos valores espirituais que visitam outras pátrias siderais e regressam ao orbe no esforço abençoado de missões regeneradoras dentro das igrejas e das academias terrestres.
Igrejas: lugares de avanço moral e religioso.
Academias: lugares de avanço intelectual e de melhora através da aplicação da razão.
Na conclusão, afirma: “(...) Em nosso modesto estudo da História, um único objetivo orientou as nossas atividades – o da demonstração da influência sagrada do Cristo na organização de todos os surtos da civilização do planeta, a partir da sua escultura geológica. (...)”
As datas do Antelóquio e da Conclusão chamam a atenção, por indicar que o livro foi psicografo por Chico no período de 36 dias e, principalmente, pelo momento histórico vivido na época: a obra foi psicografada na iminência da II Guerra Mundial (1939 - 1945).
Apreendendo a coerência entre o conteúdo da obra e a época da psicografia feita por Chico, é possível o seguinte entendimento acerca do livro:
• Mensagem esclarecedora da Espiritualidade Superior à humanidade terrestre da total compreensão do andamento dos fatos no orbe terrestre;
• Recorda o ascendente místico (elevação religiosa e a melhora espiritual) de todas as civilizações que surgiram e desapareceram;
• Ressalta o interesse na devida compreensão da História, buscando os grandes períodos evolutivos da Humanidade, com as suas misérias e seus esplendores, para afirmar as realidades espirituais acima de todos os fenômenos transitórios da matéria.
Ficou interessando pelo livro, então mãos à obra!

31.8.09

Why Spritism Gladdens Me



Figura 1: Cidades da Flórida com Centros Espíritas

Edgar Crespo

Tradução: Jáder Sampaio

Recebi no boletim da "The Spiritist Society of Florida" de julho de 2009 um texto escrito por Edgar Crespo, pai da Yvonne Limoges, hoje desencarnado. Como vivemos em uma sociedade que cada vez mais confunde felicidade com consumismo e sensações físicas, traduzi este texto ainda contemporâneo e o estou publicando alternando inglês e português. A sociedade fundada por Edgar fica em St Petesburg.

"Há pessoas que dizem que o conhecimento espírita tornou sua vida, às vezes, insuportável e deprimente. São os que sentem que eram mais felizes antes de haver conhecido o Espiritismo. Eu acredito que se eles se sentem desta forma, possivelmente não entenderam a doutrina corretamente.

There are those who say that knowing about Spiritism has made their life, at times, unbearable and depressing. Those that feel this way say that they were happier before they knew about Spiritism. I believe that if they feel this way, possibly they do not fully understand its true nature.

É verdade que o Espiritismo nos cobre de responsabilidades, e isto pode pesar sobre nós, mas explica o porquê, o que nenhuma outra crença ou filosofia faz. Sabemos onde há coisas que parecem ser injustas, porque estamos aqui e para onde vamos quando deixarmos o nosso corpo material. Para mim, este conhecimento faz a vida valer a pena e a torna mais interessante. Antes de conhecermos o Espiritismo, como vivíamos e quais eram as nossas prioridades na vida? Ela era mais voltada às coisas materiais e mais egoísta.


It is true, Spiritism does put a blanket of responsibility over us, and this can weigh heavy on us, but it explains what no other belief or philosophy does. We know why there are things that appear to be unfair, why we are here and where we go when we leave our material body behind. To me this knowledge makes life worth it and more interesting. Prior to our knowing about Spiritism, how did we live and what were our priorities in life? It was probably more material-oriented and maybe more selfish.

É verdade que gostamos da vida em família e de sair com os amigos e de passar horas agradáveis, mas à medida em que o tempo passa e começamos a envelhecer, começamos a pensas no que nos espera após a nossa curta jornada terrestre. As respostas mais completas vêm do Espiritismo, com suas muitas facetas.

True we enjoy family life and going out with friends and having a good time but when this time is past and we start to age, we then start to think about what awaits us after our earthly sojourn. The most complete answers come from Spiritism, with its many facets.

Tenham em mente que a filosofia espírita não é para qualquer um. Quando as religiões tradicionais não nos dão consolo ou respostas, uma pessoa pode ser suficientemente madura para aceitá-lo.


Keep in mind that the Spiritist philosophy is not for everyone. When traditional religions do not provide us solace or answers, a person may be mature enough to accept it.
Esta aceitação é spiritual e irá permanecer conosco por um longo tempo, durando após todos os outros sentimentos de satisfação material nos deixarem. Sentimentos espirituais permanecem conosco para a eternidade, enquanto os prazeres materiais irão ficar por aqui quando nos formos.

This acceptance is a spiritual one that will remain with us for a long time; lasting after all other feelings of material enjoyments will have left us. Spiritual feelings remain with us for eternity, while earth’s material pleasures will remain here when we are gone.

É uma grande alegria saber que alguém nos ama pelo que somos e não pelo que temos, é uma felicidade saber que não perdemos nossos parentes e pessoas queridas para sempre, mas que estarão conosco quando retornarmos para nossa verdadeira casa, o mundo espiritual. Parecemos esquecer que quando uma criancinha nasce aqui, há muitos que se entristecem no mundo dos espíritos. Você já pensou nisto? Eles estão perdendo seu amigo devido ao seu retorno ao mundo material, repleto de provas.

It is sheer joy to know that someone loves us for what we are and not what we have, certain gladness in knowing that our relatives and dear ones are not lost to us forever, but that they will be there when we return to our true home, the spirit world. We seem to forget that when a baby is born here, that many are very sad in the spirit world. Did you ever think of this? They are losing their friend due to its returning to the material world full of trials.

Os muitos mistérios da vida irão desaparecer lentamente quando começarmos a explorar esta nova ciência chamada Espiritismo; quando começarmos a compreender claramente que somos de fato almas que não se extinguirão quando perdermos estas frágeis coberturas chamadas corpos! Viveremos para sempre no mundo que alguns chamam de Invisível.

Life’s many mysteries will slowly disappear when we start to fully explore this new science called Spiritism; when we start to fathom that we are indeed souls which will not be extinguished when we lose this flimsy covering called bodies! We will live forever in the world some call the Invisible.

Se deixarmos de lado os desapontamentos da vida material, concluiremos que agora temos uma nova consciência por causa do Espiritismo, a vida que nós conhecemos irá se expandir diariamente enquanto aprendermos as muitas coisas que antes não tinham significado para nós.

If we put aside life’s material disappointments we will come to the conclusion that now we have a new awareness because of Spiritism, life as we know it will now expand on a daily basis while we learn many things that before did not even have meaning for us.

Sou dos que é feliz porque Deus, meu Pai, possibilitou-me o privilégio de conhecer esta doutrina. Sem seus ensinamentos, muitas das tribulações da vida não teriam significado para mim.

I for one am glad that God, my Father, has granted me the privilege of knowing about it. Without its teachings, many of life’s tribulations would be meaningless to me.

Eu evito os sentimentos de depressão reconhecendo que minha alma tem um longo caminho por percorrer na jornada evolutiva. Deus é todo amor, nossos parentes e família nos amam e esperam por nós no mundo espiritual, e nossos mentores espirituais nos amam.

I fight off feelings of depression by recognizing that my soul has a long way to go on it evolutionary journey. God is All Love, our relatives and family love us and await us in the spirit world, and our spiritual mentors love us.

Lendo e estudando o Espiritismo com sinceridade com uma mente aberta pode trazer a você uma elevação espiritual. Você começará a ter sentimentos para os quais não há nenhuma explicação material, só espiritual.

Sincerely reading and studying Spiritism with an open mind can bring you a spiritual uplifting. You will start getting feelings for which there are no material explanations, only spiritual ones.

Quando você começar a ter seu equilíbrio espiritual, você irá começar a ter sentimentos de êxtase e seu espírito ficará feliz o que irá afetar seu corpo de uma forma positiva, especialmente quando os problemas da vida vierem. Por estas razões o Espiritismo alegrará a sua alma e não deixa-la-á triste.

When you start to get your spiritual balance, you will begin getting feelings of bliss and your spirit will be happy which in turn will affect your body in a positive manner, especially when life’s troubles come your way. Then Spiritism will gladden your soul, not sadden it!"

26.8.09

LIVRO APRESENTA PESQUISAS BRASILEIRAS SOBRE O ESPIRITISMO - SP




Está no prelo o livro "Pesquisas sobre o Espiritismo no Brasil: Textos Selecionados". Está sendo feita a pré-venda do livro pela Comissão Organizadora do 5o. ENLIHPE.


O preço de capa é de 25 reais. Para quem comprar ou encomendar o livro para retirar no 5o. ENLIHPE ele sai a 17 reais.

Quem quiser receber em casa paga também a taxa de correio, que está em torno dos 5 reais, o envio normal.

Vendas para livrarias, Centros Espíritas, Distribuidores e Clubes do Livro Espírita: Preços promocionais.

Pedidos para o Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo - Eduardo Carvalho Monteiro, aos cuidados de Edson Santiago ou Wanda Guerreiro. Endereço: Alameda dos Guaiáses, nº 16 – Planalto Paulista – São Paulo/SP Fone: (011) 5072-2211

Pode ser feito depósito ou transferência pela internte para conta bancária no Brasdesco. Informações no CCDPE: 5enlihpe@ccdpe.org.br

Segue aos interessados a introdução do livro, com uma apresentação rápida dos temas e autores.


"O Brasil é o país com o maior número de pessoas afiliadas a sociedades espíritas em todo o mundo. No último censo, há quase dez anos, 2,2 milhões de pessoas se declararam espíritas ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e este segmento apresentou a maior média de escolaridade (9,6 anos de estudo). Simpatias à parte, quando se constata que o movimento espírita tem mantido seu percentual da população em nosso país nos últimos 50 anos, enquanto diminuem os que se declaram católicos e aumenta vertiginosamente os que se declaram evangélicos ou sem religião, era de se esperar que a Universidade Brasileira ficasse curiosa quanto ao Espiritismo em três vertentes: o movimento espírita, os fenômenos espíritas e a filosofia espírita.

Infelizmente, são recentes os estudos sobre a primeira vertente. Apenas um grupo de pesquisa do banco de dados do CNPq em todo o país apresenta a palavra Espiritismo como linha de pesquisa (três são encontrados com alguma menção ao Espiritismo em suas bases), nenhum apresenta o termo filosofia espírita, ou história do Espiritismo como objeto de estudo, nem mesmo nas universidades que apresentam cursos de ciências da religião. Não é curiosa esta negligência para um fenômeno social tão relevante para o entendimento da brasilidade, ou, até mesmo do ser humano?

Apesar da falta de visibilidade pesquisas têm sido realizadas no Brasil, seja na Universidade, seja fora dela. A antropologia tem sido o campo de conhecimento que mais se interessou pelo Espiritismo como manifestação cultural e social, e o tema parece ter se legitimado com o interesse da Escola Francesa, que tem realizado trabalhos sistemáticos, como é o caso de Marion Aubrée e François Laplantine. Aqui e ali surgiram trabalhos na Física (isto mesmo, Física), na Administração, na Medicina e em outros campos do conhecimento, mas são iniciativas isoladas e motivadas por interesse pessoal.

Como o movimento espírita se interessa pelos trabalhos acadêmicos, há cerca de dez anos surgiu uma iniciativa de um psicólogo interessado pela preservação da memória do movimento. Eduardo Carvalho Monteiro foi convidando e agrupando pessoas interessadas no Espiritismo, não necessariamente espíritas, e propôs a criação de uma associação virtual (Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas - LIHPE), que ganhou corpo com a iniciativa de Milton Piedade ao fundar-se um grupo virtual na internet para o intercâmbio entre interessados no Brasil e no Exterior. Do grupo vieram as reuniões presenciais, iniciativas de apoio a publicações, parecerias com periódicos espíritas e outras ações de divulgação do conhecimento, mas seguramente o projeto mais audacioso foi a fundação do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo, que com a desencarnação de seu idealizador e principal doador do vasto acervo bibliográfico e documental, recebeu seu nome como justa homenagem.

Como instituição para-acadêmica, semelhante a tantas outras no exterior, o CCDPE tem apoiado as iniciativas de produção de conhecimento e mesmo ante a escassez de recursos, não tem se furtado a apoiar a publicação, a oferecer o espaço físico para iniciativas consistentes com seus objetivos e nos últimos anos tem sido a sede do Encontro Nacional da LIHPE e colocou toda a sua equipe de apoio à disposição da organização do evento. Este livro é uma das iniciativas conjuntas entre LIHPE e CCDPE e compreende uma seleção de trabalhos apresentados no evento de 2008.

O evento abriu espaço para a inscrição de trabalhos, e sua localização possibilitou uma grande presença de pesquisadores paulistas, mas também de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Bahia. A divulgação dos temas aceitos atraiu jovens pesquisadores que estavam com seus projetos de pesquisa ainda incipientes, mas que participaram ativamente das discussões dos trabalhos apresentados. Um destes jovens pesquisadores foi o italiano Reginaldo Cerolini, que posteriormente teria seu trabalho de pós-graduação aprovado na Universidade de Bologna.

O intercâmbio pessoal, que tanto valorizamos em Minas Gerais, catalizado pela apresentação da relação de teses e dissertações que tratam de Espiritismo, apresentada pelo doutorando Marco Milani, da USP, gerou uma iniciativa de um grupo de pesquisadores atualmente na Universidade de Franca, de publicar teses e dissertações que tratam do Espiritismo. Neste momento, três livros estão no prelo e serão lançados no 5º. ENLIHPE, em setembro de 2009. Esta iniciativa fortalecerá o Centro de Cultura.

Neste pequeno livro, o leitor encontrará inicialmente um levantamento das teses e dissertações de mestrado e doutorado com temática espírita, produzidas entre 1989 e 2003 que ficaram registradas nos arquivos da CAPES (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Não é uma lista exaustiva, mas muito criteriosa e o autor está aceitando indicações de trabalhos que estejam fora da sua estratégia de pesquisa, mas que contemplem sua intenção de registrar e informar.

O segundo capítulo trata da intolerância contra o Espiritismo. Ao contrário do que se imagina, este tema abre novas possibilidades de compreensão da trajetória do pensamento espírita, porque traz à luz o que está no porão da História. Em seu nascimento e ao longo dos anos o movimento espírita de diversos países sofreu agressões e pressões que não se resumem ao democrático exercício da crítica.

O terceiro capítulo, escrito por um pesquisador independente, é um estudo de revisão das obras de Claude Bernard, com alguma incursão em seus comentaristas. Paulo Henrique surpreende a Universidade Brasileira, que hoje ensina que o médico francês é uma das grandes expressões do século XIX na defesa de uma medicina sem o conceito de fluido vital. Ele mostra como Bernard era um vitalista a sua moda, ou seja, não rejeitou jamais esta teoria, apenas seus excessos e nunca reduziu a fisiologia ao estreito paradigma naturalista da físico-química.

O quarto capítulo vem de um jovem escritor baiano, que dedicou anos de estudo e trabalho à recuperação de fontes pouco conhecidas da médium Yvonne A. Pereira. Entrevistas radiofônicas e jornalísticas de periódicos espíritas de pequena circulação foram compulsados, o que lhe deu uma bagagem interpretativa e a possibilidade de um olhar inovador sobre sua obra.

No quinto capítulo o leitor encontrará outra análise expressiva de um outro ator importante ao movimento espírita. Este trabalho de Flávio Tavares sobre seu pai, Clóvis Tavares, ex-militante do partido comunista, convertido ao pensamento e à ação social espírita, é uma espécie de diálogo (talvez um desabafo) contra uma dissertação de mestrado defendida no conhecido CPDOC da Fundação Getúlio Vargas, que conta uma história após a qual uma de suas principais fontes, a mãe de Flávio, não reconhece seu discurso gravado e transcrito, mas implacavelmente interpretado à moda do escritor.


O sexto capítulo, escrito pela Professora Nadia Lima, da Universidade de Franca, é um retorno no tempo à Uberaba de Chico Xavier, na qual uma auxiliar de enfermagem e um grupo de simpatizantes do Espiritismo fundam a partir de uma decisão médica de se colocar na rua portadores de pênfigo foliáceo. A mestre em História, influenciada pela Nova História Cultural, trata de uma lacuna curiosa da História da Saúde, simpática aos grandes médicos, às decisões e políticas de âmbito nacional e aos grandes empreendimentos; uma história faraônica, que no seu silêncio despreza as minorias sem voz.

O sétimo capítulo, escrito por Adolfo Mendonça da mesma região da Profa. Nadia é calcado na proposta de se fazer uma narrativa analítica da vida de José Marques Garcia, ao redor do qual se vê o renascimento do movimento espírita de Franca em uma concepção não apenas experimental ou mediúnica. Apesar de sucinto, possibilita ao leitor informado uma análise transversal com outros atores importantes e de outras localidades geográficas do movimento espírita brasileiro, como Bezerra de Menezes, Batuíra e Guilherme Taylor March, cujos estudos mais conhecidos no ambiente acadêmico focalizam muito a efervescente capital do império que se torna república e talvez pontualmente a mineira Sacramento de Eurípedes Barsanulfo.

O oitavo capítulo, oriundo de uma dissertação de mestrado em Literatura, faz uma esforço de hermenêutica de algumas crônicas de Irmão X, que são associadas ao conhecido processo de 1944, movido pela viúva do escritor Humberto de Campos contra Chico Xavier. Alexandre Caroli Rocha, hoje doutor, desvenda o olhar testemunhal do autor espiritual sobre o processo, que usa dos seus vastos recursos de escritor para comentar em crônicas e contos, e talvez discutir com o médium e a sociedade de sua época os fatos que marcariam o futuro das ações movidas na justiça contra médiuns no Brasil.

O nono capítulo é mais uma peça do quebra-cabeças do Espiritismo Brasileiro no início do século XX. Alexandre Ramos se debruça sobre a noção de caridade e a construção de abrigos espíritas para a infância, tendo como ator importante na sua constituição Leopoldo Cirne, e como pano de fundo as relações entre o movimento espírita e a igreja católica. Cirne é outro personagem pouco conhecido, seja pelo movimento espírita, seja pelos historiadores, pelos primeiros possivelmente pelo roustainguismo que polarizou e polariza espíritas ainda nos dias de hoje Brasil afora.

O décimo capítulo conclui esta seleção de trabalhos com um estudo de caso sobre as ações mais contemporâneas do jornal Correio Fraterno na preservação da memória. Izabel Vitusso,, atual editora do jornal, também não se furta a tratar da constituição do Correio e de sua experiência pessoal, memórias que remontam à infância uma vez que Raymundo Espelho foi um dos trabalhadores silenciosos da manutenção ininterrupata de um periódico de quarenta anos de idade, de uma das cidades satélite da capital de São Paulo.

Apesar de prejudicado pelo pouco espaço concedido por um dos organizadores do evento (mea culpa) aos autores, e inegavelmente simpático ao movimento espírita, apesar do esforço de seus autores no respeito à metodologia alcunhada científica de pelo menos quatro campos diferentes do conhecimento, o livro abre perspectivas, inicia diálogos e funciona como um sinal de que o desdém e o preconceito contra o estudo do Espiritismo está mudando e a Universidade Brasileira está se interessando por uma minoria brasileira e uma forma de conhecimento que institucionalizou-se e insiste em prosseguir sua trajetória há muito mais que um século."

24.8.09

TERMINADAS AS FILMAGENS DE CHICO XAVIER

FIGURA 1: Foto da equipe que trabalhou em Chico Xavier, o Filme.

O blog que noticia a produção de Chico Xavier, o Filme, longa metragem dirigido por Daniel Filho, anunciou no dia 17 o final das filmagens. O filme entra agora em outra fase, a de edição. Fica a pergunta dos entusiasmados internautas que acessam nosso blog: Quando vai estar na telona? Estamos com muita vontade de comer pipoca e assistir a nova leitura da vida do médium mais importante do século XX na história do Espiritismo Brasileiro.


20.8.09

REVISTA DA UNCAMP PUBLICA ARTIGO SOBRE PSICOPICTOGRAFIA


Figura 1: Augustin pinta no IMI, na França. Figura obtida no artigo tema desta publicação.

Luisa Pessoa, graduanda em Ciências Sociais da UNICAMP publicou artigo sobre psicopictografia na Revista de Antropologia e Arte. Segue o resumo e o link para os interessados.



Resumo: O artigo tem como objetivo apresentar reflexões preliminares sobre o uso religioso da arte a partir da descrição de uma sessão de pintura mediúnica ocorrida na cidade de Campinas, em 2008. Ao longo do artigo são apresentadas algumas referências relevantes para a compreensão das implicações do conceito de arte espírita sobre a prática psicopictográfica. A exposição está dividida em três partes: (a) etnografia de uma sessão de pintura mediúnica, (b) apresentação de casos de psicopictografia em precursores do espiritismo, assim como de exemplos contemporâneos e locais, (c) conceitualização de arte espírita.

Palavras Chave: mediunidade, psicopictografia, espiritismo, arte espírita.

16.8.09

MUITO SERÁ PEDIDO

Figura 1: Culpa
O comentário de Allan Kardec em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, tornou conhecida no meio espírita a afirmação de Jesus: “Àquele a quem muito se deu , muito será pedido” (Lc 12:48).

O que se conhece pouco é o contexto no qual foi dita a frase magistral, que encerra uma história de Jesus para os apóstolos.

Jesus utiliza a imagem do senhor e dos servos. Na sociedade judaica, a servidão era uma forma de quitação de dívidas.

O Rabi conta a história de um senhor que saiu para uma festa de núpcias. À época, este tipo de festa poderia durar muitas horas e até dias. Como tivesse muitos servos ele escolheu um deles e repassou a responsabilidade sobre a casa. Neste caso, os demais servos deverão obedecê-lo e ele pode, segundo os costumes da época, puni-los com chibatadas se necessário for.

Diante do pequeno poder que lhe é confiado este servo pode fazer duas coisas. A primeira é ser zeloso com seus deveres, manter-se acordado (vigilante), pronto para atender a porta quando seu senhor chegar, com as lâmpadas de azeite acesas, mantendo a ordem na casa e tratando com humanidade os demais servos. A segunda é imaginar que o seu senhor demora a chegar, tornar-se arbitrário, espancar seus desafetos que se encontram sob sua autoridade, “comer, beber e embriagar-se”, esquecendo-se dos seus deveres e do seu lugar.

Jesus recomenda que o servo, temporariamente com as atribuições de administrador, mantenha os rins cingidos (esteja vestido adequadamente) e as lâmpadas acesas (Lc 12:35). Ele deve fazê-lo mesmo que o seu senhor chegue na segunda ou terceira vigílias (a noite era dividida pelos judeus em três vigílias), ou seja, tarde da noite.

Pedro parece perceber que Jesus está fazendo uma recomendação aos apóstolos e faz uma pergunta confirmatória (Lc 12:41), a qual é respondida afirmativamente, mas de forma igualmente metafórica.

O Mestre conclui sua parábola com uma explicação estranha, se tomada em separado, mas muito lógica. Se os servos exorbitarem na ausência do senhor, serão chicoteados (ou punidos, conforme a tradução), mas aquele que conhecia a vontade do seu senhor, será ainda mais punido.

Jesus ilustra o papel da vigilância na vida dos que desejam ser seus seguidores. Em linguagem espírita, é uma das passagens que mostra o papel da consciência do mal nas relações de causa e efeito.

Uma leitura psicológica possibilita a seguinte análise: além do sofrimento próprio da conseqüência dos atos equivocados, aquele que se reconhece negligente sofre duas vezes, porque lhe advém à mente que poderia ter agido de forma diferente para evitar as conseqüências indesejáveis.

No contexto contemporâneo, a história não se aplicaria apenas aos apóstolos, como na origem, mas a todas as pessoas. A vigilância não significaria apenas a fiel observância dos valores cristãos, mas a vida responsável pelas ações realizadas e a certeza de que nossas negligências ou cuidados desencadearão consequências futuras.