

Coordenação em NAGANO-KEN/ADE-JAPAO-Associação de Divulgadores do Espiritismo do Japão: Adalberto Prado de Morais - 090 8328 4773 Apoio-postos de arrecadação:
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Após uma breve prece, descerra-se a placa inaugural, simples mas de bom gosto, como se pode ver abaixo.
Breves palavras de incentivo da Federação Espírita Brasileira, e se abrem as portas à primeira visitação do público.
Mais de uma centena de participantes, imagino, perambularam pelas muitas salas, visitaram a exposição e conheceram o pequeno jardim de inverno.
A sede da Rua Guarani continua ativa, com suas atividades doutrinárias, assistenciais e com a tradicional livraria, que deve abrir uma filial na sede administrativa. Ela passa a ser conhecida como sede histórica.
Os locais que estão colhendo sangue informados por Adalberto são os seguintes:
Nahur Fonseca, do movimento espírita de Boston, escreveu um texto instigante, a pedido do EC, onde mostra sua visão do movimento espírita de Boston e norte-americano em geral.
Um Movimento Imigrante
Foto: Quarto Encontro Espírita da Família
A maior omissão do movimento espírita nos EUA, aos olhos de um espírita do Brasil, na minha opinião, são as atividades de assistência social em seu entendimento mais amplo.
Não julgamos que essa ausência seja resultado de uma falha de caráter do movimento espírita americano, nem da inexistência de carências humanas no país, mas sim de uma confluência de fatores, tais sejam a pouca idade das casas espíritas, a rotatividade de trabalhadores que chegam com uma meta a cumprir e que têm data para voltar, entre outras barreiras legais e culturais.
No nosso modo de ver, os fatores que dificultam a expansão do movimento espírita dos EUA, serão solucionados à medida que novos trabalhadores espíritas americanos ou que pretendam residir permanentemente no país sejam agregados ao movimento.
O Potencial do Movimento Espírita nos Estados Unidos
Em suma o movimento espírita nos EUA é relativamente novo, e possui um grande potencial. A cultura americana tem-se aberto cada vez mais à espiritualidade. Basta ver a evolução das produções cinematográficas espiritualistas, a penetração das idéias de entidades como Deepak Chopra, ou o Dalai Lama; as entrevistas em programas populares de terapeutas de vidas passadas; os seriados de TV sobre médiuns e sobre manifestações espirituais físicas e intelectuais; e etc.
Quando esses segmentos da sociedade (re) descobrirem o Espiritismo, especialmente quando bem compreenderem e bem sentirem as conseqüências dos princípios iluminativos da Doutrina Espírita, então sim poderemos dizer que teremos não apenas um movimento espírita nos EUA, mas dos EUA dirigido pelos e para os habitantes daquele país.
3. Há problemas nas cidades em decorrência do terremoto:
- Gunma: parte da cidade sem energia elétrica, casas semi destruídas.
- Shizuoka: tem um alerta de tsunami.
- Osaka: as pessoas relatam a sensação do tremor, sem notícias mais graves entre os brasileiros.
- Mie: não houve relatos graves, apenas enjôo dos alunos de escolas brasileiras devido à longa duração dos tremores
- Nagoya: parece ter sido menos atingida. O trânsito está intenso, mas as pessoas estão trabalhando e há partes da cidade que não sentiram os tremores do terremoto.
3. A embaixada brasileira informou que não há notícias de vítimas de nacionalidade brasileira.Além da crítica ao uso inadequado de conceitos oriundos de outras áreas de conhecimento, sem a devida formação, Raul discute um tema interessante que é o valor dado à ciência, na sua concepção empírico-formal (Ladrière).
Sabemos da influência do pensamento iluminista e francês na formação de HLD Rivail, que transparece em seus textos.
Uma descoberta interessante que fizemos na leitura de "O Céu e o Inferno" foi o emprego do termo trevas e luz diferente do que temos feito no movimento espírita.
Observo o emprego de "espíritos das trevas" para espíritos inferiores em geral (escala espírita) e "espíritos de luz" para espíritos superiores. Há também o emprego de trevas como sinônimo de espíritos que se associam para praticar o mal e a partir da leitura de André Luiz (Nosso Lar, cap. 44), muitos leitores utilizam as trevas como uma espécie de lugar "geográfico" do plano espiritual onde se congregam espíritos em condição pior que os do Umbral (que seria um ambiente de sintonia de espíritos em estado de sofrimento). Penso que este último sentido é uma espécie de atavismo do pensamento católico, que aproxima a compreensão do mundo espiritual das velhas ideias de céu, purgatório e inferno, muito criticadas por Kardec no livro em questão.
Allan Kardec emprega em alguns momentos o termo luz como entendimento ou consciência do plano espiritual.
Na comunicação de Sanson (pág. 181) ele pergunta o que o espírito viu quando seus olhos se abriram à luz, e o espírita recém-desencarnado explica que passado o período de perturbação, recuperadas as faculdades, ele reconheceu seus amigos e espíritos protetores.
Samuel Filipe (pág. 193) tece consideração semelhante: "Pouco a pouco as minhas idéias adquiriram mais lucidez, a luz que entrevia, por denso nevoeiro, fez-se brilhante; e eu comecei a compreender-me, a reconhecer-me, compreendendo e reconhecendo que não mais pertencia a esse mundo."
O diálogo mais expressivo que demarca esta compreensão, envolve São Luís, e Allan Kardec, na análise do caso Claire, que é um Espírito sofredor. O diretor da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas pergunta a São Luís o que se devia entender por trevas; se seria o sentido bíblico.
O Espírito responde que se tratava de uma alegoria, que deve-se entender por trevas "uma verdadeira noite da alma, comparável à obscuridade intelectual do idiota" (p. 291), "uma inconsciência daquele e do que o rodeia, a qual se produz quer na presença, quer na ausência da luz material". Ele diz que é comum acontecer em meio aos que acreditavam no nada após a morte, e reafirma "coisa alguma percebe em torno - nem coisas, nem seres; somente trevas..."
O assunto não se encerra e Kardec adiciona novas explicações. Ele compara o Espírito a um fósforo, capaz de produzir sua própria luz, proporcionalmente à sua pureza. (p. 292) e teoriza sobre a irradiação de "fluidos luminosos pelos Espíritos superiores".
A afirmação mais importante vem a seguir: "primeiro, porque nem todos os Espíritos inferiores estão em trevas; segundo porque um mesmo Espírito pode achar-se alternadamente na luz e na obscuridade; e terceiro, finalmente, porque a luz também é castigo para os Espíritos muito imperfeitos." (pág. 293)
Ele argumenta: "Se a obscuridade em que jazem certos espíritos fosse inerente à sua personalidade, essa obscuridade seria permanente e geral para todos os maus Espíritos, o que aliás não acontece." (pág. 293)
"Às vezes os perversos mais requintados vêem perfeitamente, ao passo que outros, que assim não podem ser qualificados, jazem temporariamente, em trevas profundas." (pág. 293)
Parece que temos um novo sentido para espíritos iluminados e espíritos em trevas (e não das trevas), mas este é apenas um primeiro ensaio que precisa ser analisado com mais profundidade na obra de Allan Kardec.