A discussão do véu é imensa, muito maior que o pequeno espaço disponível neste blog. Alguns pontos parecem claros: uma coisa é a proibição de sinais religiosos em prédios públicos, outra coisa é a proibição das pessoas portarem ou exibirem em seus corpos sinais religiosos.
11.8.07
O Véu e a República Francesa
A discussão do véu é imensa, muito maior que o pequeno espaço disponível neste blog. Alguns pontos parecem claros: uma coisa é a proibição de sinais religiosos em prédios públicos, outra coisa é a proibição das pessoas portarem ou exibirem em seus corpos sinais religiosos.
4.8.07
O Estado Deve Regular as Religiões?
Eles noticiam também que o último lama identificado pelo Dalai Lama, em 1995, o Panchen Lama, foi recusado pelas autoridades de Pequim, retirado da sua casa por autoridades e nunca mais foi visto.
Foto 1: Tibetanos exilados em Nova Délhi fazem vigília pela libertação do Panchen Lama (Fonte: O Povo)
Como pode um estado que se considera materialista histórico criar uma agência e atribuir-lhe a capacidade de identificar reencarnações de Lamas já desencarnados? Não é preciso ser muito perspicaz para entender que se trata de um uso político da religião, e que a ação desta agência tem fins manipuladores. Seria uma criança identificada como um Lama Reencarnado uma ameaça à potência Chinesa? Seria o budismo tibetano um poder capaz de desestabilizar um governo que tem sob suas ordens um poderio bélico de primeira ordem?
A perseguição às religiões ainda não terminou no século XXI.
3.8.07
O Espiritismo nos Estados Unidos
Antônio: Os eventos maiores com o propósito de divulgar o espiritismo de forma mais ampla, para um maior número de pessoas, normalmente ocorrem com a união de esforços de mais de um grupo espírita. Muitas vezes, por ocasião da visita dos nossos mediums e palestrantes mais conhecidos, como por exemplo o Divaldo Pereira Franco, o Raul Teixeira e outros, os quais nos visitam anualmente, os grupos se unem em torno do evento e proporcionam meios para que as palestras sejam feitas com tradução simultânea para o inglês.
(Foto 1: Raul Teixeira em Baltimore. Da esquerda para a direita, Vanessa Anseloni, Elmo Deslandes, Raul, Alexandre Fonseca e Antônio Leite)
EC: Fale um pouco mais sobre a divulgação espírita nos Estados Unidos.
Antônio: Saindo um pouquinho da região da grande Nova Iorque, podemos mencionar também a Spiritist Society of Baltimore, que vem fazendo um trabalho extraordinário na disseminação do Espiritismo já há alguns anos. Este grupo cujas atividades são todas em inglês e voltadas para o público americano, pela estrutura que tem e graças ao dinamismo e a dedicação da Vanessa Anseloni e seu esposo Daniel, seus principais dirigentes, tem a participação de um público americano em maior percentual. Eles mantém um calendário permanente de eventos de divulgação do espiritismo aqui na América, o que pode ser checado no website do grupo. Em julho de 2005, este grupo espírita promoveu um encontro sobremaneira importante para a aproximação dos movimentos Espírita e do Moderno Espiritualismo aqui na América. O evento aconteceu em Lily Dale, sede do movimento do Moderno Espiritualismo aqui nos Estados Unidos, e contou com a presença de um grande público, em sua maioria de americanos. Podemos mencionar ainda a Spiritist Society of Florida, que sob a liderença da dedicada e dinâmica confrade Yvonne Limoges e o seu pai, Edgar Crespo, promovem o Espiritismo por aqui há meia década. Recentemente publicaram a tradução para o inglês da clássica obra de Amália Domingo Soler, - Memórias do Padre Germano (Memoirs of Father Germain), a qual se encontra à venda na internet. A tradução foi feita por Edgar Crespo e a revisão por Yvonne Limoges. Uma característica interessante nas atividades deste grupo espírita, é que a sua reunião mediúnica é aberta à participação pública. Em visita recente que fiz a este grupo, em companhia da minha esposa, pudemos testemunhar a seriedade e sentir o clima de vibraçoes harmoniosas que reinan no ambiente dessas reuniões, as quais propiciam uma grande oportunidade de aprendizado para os presentes, no que diz respeito especificamente à sagrada prática da mediunidade.
EC: Fale um pouco mais da tradução dos livros para a língua inglesa.
Antônio: Esta é uma tarefa de grande importância para que o Espiritismo venha se tornar mais conhecido num futuro próximo. E na atualidade, sem nenhuma sombra de dúvidas, o inglês é a língua de caráter universal capaz de fazer uma idéia ser disseminada mais rapidamente pelo mundo afora. Para enfatizar a importância dessa iniciativa, mencionamos aqui o parágrafo final da mensagem do próprio Kardec (espírito), intitulada O Espiritismo e o Espiritualismo, a qual foi psicografada em 14 de setembro de 1869, na casa da senhora Anna Blackwell, tradutora de algumas das obras básicas para o inglês, em presença do senhor Peebles, um dos pioneiros do movimento do Moderno Espiritualismo aqui nos Estados Unidos da América. Disse o codificador: "Traduzí as minhas obras! Só se conhecem na América os argumentos contra a reencaranção. Quando as demonstrações em favor dêsse princípio ali se tornarem populares, o Espiritismo e o Espiritualismo não tardarão a se confundir e se tornarão, por sua fusão, na Filosofia natural adotado por todos." *
(Foto 2: Janet Duncan, tradutora de "O Evangelho Segundo o Espiritismo em Miami, ano 2000, à direita de Antônio)
Pelas dificuldades que envolve a tarefa, até que não temos o direito de nos lamentar, pois muita coisa já aconteceu até aqui neste particular, e a tendência é o crescimento. No tocante as obras básicas, tivemos o trabalho pioneiro nas traduções de Anna Blackwell [O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e o Céu e o Inferno]; Emma A. Wood [O Livro dos Médiuns]; W. J. Colville [A Genese]; e Janet A. Duncan [O Evangelho Segundo o Espiritismo]. Assim, temos todas as obras básicas já traduzidas para o inglês e inteiramente disponíveis na internet. Além das obras básicas, temos também várias obras de autores espíritas clássicos que foram vertidas para o inglês e encontram-se inteiramente disponíveis na internet. A propósito, citaremos algumas aqui. De LÉON DENIS temos, Life and Destiny [O Problema do Ser do Destino e da Dor], traduzida pela famosa autora e poetisa espiritualista Ella Wheeler Wilcox; Here and Hereafter [Depois da Morte], tradução de George G. Fleurot; The Mystery of Joan of Arc [Joana D'Arc], traduzida pelo famosíssimo escritor Arthur Conan Doyle, que foi também um dos maiores propagadores do movimento do Moderno Espiritualismo e escrveu vários livros nesta área, e dentre eles citamos aqui a importante obra The History of Spiritualism, traduzida para o portugês por Júlio Abreu Filho, com prefácio de J. Herculano Pires, com o título de História do Espiritismo; Christianity and Spiritualism [Cristianismo e Espiritismo], tradução de Helen Draper Speakman. Muitas das obras de CAMILLE FLAMMARION, GABRIEL DELANNE e outros autores clássicos espíritas foram também traduzidas para o inglês, como é o caso da importante obra em três volumes, Death and Its Mysteries [A Morte e seus Mistérios] e Evidence for a Future Life [A Alma é Imortal], respectivamente, as quais encontram-se em edições novas e revisadas, inteiramente disponíveis no website do SGNY. As obras de Léon Denis acima mencionadas, também estão inteiramente disponíveis na página do SGNY bem como na do GEAE, além de muitas outras obras. Ao lado das obras clássicas de autores espíritas, como as mencionadas acima, temos também uma vasta literatura espiritualista e aquela mais voltada para o campo da Psychical Research [Pesquisa Psíquica], as quais foram originariamente, em sua grande maioria, publicadas no idioma inglês. O conteúdo dessas obras, em geral, está em perfeita sintonia com os ensinos espíritas, discrepando muito pouco ou quase nada com a essência dos princípios da codificação. A prova disto é que muitas delas foram traduzidas para o português e são tidas como obras genuinamente espíritas. Mencionaremos algumas a seguir. Researches in the Phenomena of Spiritualism [Fatos Espíritas] de autoria de Sir William Crookes, publicaão FEB, tradução de Oscar D'Argonnel; Spirit Teachings [Ensinos Espiritualistas] autoria de William Stainton Moses, publicação FEB, tradução de Oscar D'Argonnel; The Scientific Basis of Spiritualism [Bases Científicas do Espiritismo] autoria de Epes Sargent, publicação FEB, tradução de Francisco Raimundo Ewerton Quadros; The Debatable Land Between this World and the Next [Região em Litígio Entre este Mundo e o Outro] de autoria de Robert Dale Owen, publicação FEB, tradução de Francisco Raimundo Ewerton Quadros; The Life Beyond the Veil [A Vida Além do Véu] de autoria do Rev. G. Vale Owen, publicação FEB, tradução de Carlos Imbassahy; Raymond or Life and Death [Raymond, Uma Prova da Sobrevivência da Alma] de autoria do grande escritor, cientista e espiritualista britânico Sir Oliver Lodge, Edição Edigraf, tradução do imortal Monteiro Lobato; Why Do I Believe in Personal Immortality [Por Que Creio na Imortalidade da Alma] do mesmo autor acima, Sir Oliver Lodge, Edições FEESP, tradução de Francisco Klors Werneck.
A lista é grande e não quero abusar do precioso espaço gentilmente nos cedido, mas gostaria de finalizá-la, mencionando uma das obras espiritualistas mais iinteressantes que li ao longo dos anos. Trata-se do precioso opúsculo The Scientific Aspect of the Supernatural [O Aspecto Científico do Sobrenatural] de autoria do extraordinário Alfred Russel Wallace, célebre escritor espiritualista, um entre os grandes cientistas que habitaram este orbe e co-autor da Teoria da Evolução das Espécies, com Charles Darwin. A tradução para o português que está um primor, foi publicada recentemente pela Publicações Lachâtre. Outro aspecto também digno de nota nesta área de divulgação do Espiritismo para o público de língua inglesa, é que além das traduções de livros propriamente espíritas, há também outros originariamente escritos em inglês, por diversos autores, os quais de alguma forma introduzem o espiritismo para este público. Gostaria de mencionar alguns aqui como exemplificação do afirmado. The Indefinite Boundary e The Flying Cow - Research into Paranormal Phenomena in the World's most Psychic Country, ambos de autoria do escritor e jornalista Guy Lyon Playfair. Ambos os livros foram muito bem escritos e introduz o espiritismo de forma muito bem apropriada e séria. O segundo deles, em seu Capítulo 7 [The Little Red Fish], fala sobre Francisco Candido Xavier, discorrendo amplamente sobre a série de obras da coleção André Luiz e traz um apêndice sobre a Teoria Corpuscular do Espírito, de Hernani Guimarães Andrade; Spiritis and Scientists - Ideology, Spiritism and Brazilian Culture, resultado das pesquisas para a tese de doutorado do professor David J. Hess, junto ao Departamento de Antropologia da Cornell University, publicado em 1991.
Dando continuidade ao trabalho dos pioneiros tradutores, mais recentemente temos o excelente trabalho da Allan Kardec Educational Society com as traduções novas de duas das obras básicas [O Livro dos Espíritos e O Evangelho Segundo o Espiritismo] e mais ainda as obras introdutórias de Kardec [O Espiritismo em sua Expressão mais Simples e O Que é o Espiritismo], ambas compiladas num único volume cujo título em inglês é Introduction to the Spiritist Philosophy. Além dessas obras, a AKES também já traduziu três das obras da coleção André Luiz [Nosso Lar; E a Vida Continua; e Os Mensageiros], e tem um projeto permanente de ação em que novas obras serão traduzidas. O Spiritist Group of New York, sob a coordenação de Jussara Korngold, também tem feito um trabalho profícuo nesta área de traduções de livros espíritas. Além das novas traduções de duas das obras básicas [A Gênese e O Céu e o Inferno], traduziu ainda obras espíritas importantes como Nos Domínios da Mediunidade [In the Domain of Mediumship], Desobsessão [Disobsession], Pão Nosso [Our Daily Bread], todas psicografadas por Francisco Cândido Xavier; Obsessão, O Passe, A Doutrinação [Obsession, Passes, Counseling] de autoria do saudoso J. Herculano Pires, entre outras. Ainda mais recentemente, ganhamos também um outro grande aliado nesta nobre tarefa de traduções de livros espíritas, a Federação Espírita Brasileira. As recentes traduções das duas obras básicas, O Livro dos Espíritos, e O Evangelho Segundo o Espiritismo, e ainda o primeiro livro da série da coleção André Luiz - Nosso Lar, nos deixa a certeza de que isto é apenas um começo, e que a FEB, com a sua experiência aliada a sua forte estrutura, será um componente importantíssimo nesta área, e o espiritismo irá gradativamente ganhando espaço nos corações e nas mentes das pessoas, em todos os quadrantes do nosso Planeta Terra. Assim, para resumir esta resposta, muito embora saibamos que ainda há muito para se fazer nesta área, eu diria que o que já foi feito até aqui está de bom tamanho. Sabemos que a marcha do espiritismo na conquista das mentes e dos corações do nossos irmãos que ainda não tiveram o privilégio de o conhecer, tem mesmo que ser lenta e gradual, pois ninguém está numa corrida a cata de prosélitos e o livre-arbítrio tem que ser respeitado.
EC: Vocês têm escrito livros espíritas em inglês? Que títulos foram lançados até o momento?
Antônio: Eu particularmente não me vejo em condições de escrever um livro espírita nem mesmo em português, muito menos em inglês. Não, isto não está nos meus planos para esta encarnação. Tenho escrito alguns pequenos artigos e textos que são veiculados em algumas páginas na internet, em especial no GEAE, os quais faço com a ajuda do meu filho que é fluente no idioma inglês. De que tenho notícias, a Jussara Korngold escreveu um, Practical Guide for Magnetic and Spiriutal Healing, o qual se acha disponível inteiramente no website do SGNY. Se não me falha a memória ela estaria escrevendo um segundo, do qual não tenho maiores informações. Está aí uma boa dica para mais uma entrevista, ela terá muito o que falar sobre suas experiências com a disseminação do espiritismo em língua inglesa, tanto aqui nos Estados Unidos, bem como na Inglaterra, onde também viveu por vários anos.
3.7.07
ESPIRITISMO COMENTADO ENTREVISTA ANTÔNIO LEITE: O ESPIRITISMO EM NOVA YORK
EC: Antônio, Você poderia se apresentar aos nossos leitores?
Antônio: Bem, meu nome completo é Antonio Cunha Lacerda Leite, mas aqui em Nova Iorque, bem como no meio espírita, e mais especificamente na internet, eu sou conhecido como Antonio Leite, apenas. Sou natural do Estado do Ceará, onde nasci, mas antes de completar dois anos de idade, a minha família mudou-se para o antigo Estado de Mato Grosso. Passei a maior parte da minha vida em duas cidades do atual Estado de Mato Grosso do Sul, Pedro Gomes e Campo Grande, a Capital do Estado. Vivi também entre os anos de 1970 a 1977 na cidade do Rio de Janeiro, onde ingressei na Faculdade Cândido Mendes, para cursar Administração de Empresas. Venho de família católica praticante, especialmente a minha mãe, que tinha como seu grande sonho, ter um filho padre. A propósito, eu sou um dos quatro filhos que estudaram no Seminário Diocesano de Campo Grande, o qual era de regime fechado à época, onde permaneci durante três anos e meio.
Por volta do ano de 1977, oportunidade em que retornei do Rio de Janeiro para a cidade de Campo Grande-MS, travei contacto com a Doutrina Espírita. Este incidente foi de grande importância na minha vida, pois eu vivia naquela constante insatisfação por não ter condições de obter respostas satisfatórias às minhas inquirições filosófico-existenciais. O meu contato inicial com a Doutrina Espírita, o que faço questão de enfatizar, deu-se mais diretamente por intermédio do estudo das obras básicas da codificação e autores espíritas clássicos, do que pela participação no movimento espírita. Como sempre fui um leitor voraz. Ao me deparar com os conhecimentos espíritas e a medida que lia e os estudava, aquilo fluía de maneira muito natural e agradável para mim, tendo a impressão de que já houvera tido contato com tudo aquilo anteriormente. Obviamente que depois de algum tempo de estudo, comecei a me integrar no movimento espírita. Anos depois me casei e introduzi o espiritismo para minha esposa, que também vinha de família católica. O nosso único filho foi também, muito cedo, levado a participar das aulas de evangelização.
Com o meu retorno da cidade do Rio de Janeiro para Campo Grande-MS, tomei a decisão de parar com o curso de Administração de Empresas e ingressei nas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso, onde me graduei em Direito e passei a exercer a advocacia naquela cidade. Passados alguns anos na prática da advocacia e não me encontrando muito satisfeito com a profissão, decidimos dar uma guinada de trezentos e sessenta graus e vir morar em Nova Iorque, onde nos encontramos desde o mês de Julho de 1994.
EC: Que sociedades espíritas você freqüentou em Nova York?
Antônio: Eu imaginava não existir centros espíritas por aqui. Qual não foi a minha surpresa ao chegar aqui e descobrir um pertinho da nossa casa, o Allan Kardec Doctrinal Society. Passamos a freqüentar as reuniões de estudos deste centro, aos domingos. Depois de alguns meses, a pessoa responsável pela condução desta reunião de estudos, a Norma Guimarães, resolveu fundar um novo centro com um grupo de amigos. Passamos a freqüentar esta nova casa, o Allan Kardec Spiritist Center, e em seguida nos envolvemos com as atividades de estudos espíritas dirigido aos jovens. Durante cinco anos, a minha esposa e eu, conduzimos os estudos com jovens na faixa etária entre 12 a 16 anos, o que foi uma maravilhosa experiência de aprendizado para todos nós. Um dos alunos da turma era o nosso filho, o qual tinha quase nove anos, quando viemos para os Estados Unidos. Dentre os estudos que desenvolvemos com esses jovens neste período, podemos mencionar o do The Spirits' Book [com a Introdução, inclusive], bem como o interessante livrinho do Sir Arthur Conan Doyle, The New Revelation, que todos gostaram muito. A menção dos títulos em inglês é proposital, para enfatizar que todos os estudos eram desenvolvidos na língua inglesa, o que parece ser o óbvio, mas nem todo mundo encarava a questão assim. Imagino que hoje isto seja um problema superado.
Em abril de 2001 nos unimos a um grupo de pessoas lideradas pelo casal Jussara & João Korngold, para iniciar um grupo espírita voltado para o público americano, ou seja, com atividades exclusivamente em inglês. Assim surgiu o Spiritist Group of New York, que tem feito desde a sua fundação um trabalho extraordinário, inclusive na área de traduções. Participamos ativamente das atividades e da direção deste grupo por um período de aproximadamente três anos, na condição de vice-presidente do mesmo. Ultimamente, não temos participado ativa e sistematicamente dos trabalhos semanais do grupo, o que fazemos esporadicamente, na medida das nossas possibilidades, neste e em outros grupos com os quais mantemos contatos. Recentemente, fizemos uma pequena palestra no SGNY, cujo tema foi: Spiritism, Spiritualism and The New Revelation.
No momento, o grupo espírita do qual eu participo ativa e sistematicamente de suas atividades, é o GEAE-Grupo de Estudos Avançados Espíritas. O GEAE é um grupo de estudos espíritas virtual, já com quase dezesseis anos de atividades ininterruptas, do qual sou um dos membros do Conselho Editorial e responsável pela elaboração, em conjunto com outros membros, do boletim em inglês, o The Spiritist Messenger.
EC: Que público geralmente frequenta o Spiritist Group of New York? Norte americanos ou latino americanos?
Antônio: No caso do Spiritist Group of New York e outros em que as atividades são todas em língua inglesa, eu diria que há uma participação de mais ou menos uns quarenta por cento de americanos. Nos centros espíritas em que as atividades são desenvolvidas em língua portuguesa, a quase absoluta maioria dos participantes são de brasileiros. Os norte-americanos que eventualmente comparecem aos encontros desses grupos, o fazem porque tem vínculos familiares ou afetivos com brasileiros e os acompanham, mas efetivamente não participam, pois não entendem a língua. O americano, com raras exceções, fala apenas o inglês. Já os latino-americanos participam em número um pouco maior, muito embora eles prefiram, por razões óbvias, participar de centros onde as atividades são desenvolvidas em espanhol.
EC: Que atividades são realizadas no Spiritist Group of New York?
Antônio: As atividades que se realizam semanalmente no grupo, o que pode inclusive ser checado no website do mesmo, são as seguintes: reunião mediúnica às segundas-feiras; reunião pública de estudos nas quintas-feiras, no momento, estudo de O Livro dos Espíritos (The Spirits' Book); reunião pública de estudos nos primeiros e terceiros domingos de cada mês, sendo que no momento estão sendo estudados, respectivamente, Os Mensageiros (The Messengers) de André Luiz, e o Evangelho Segundo o Espiritismo (The Gospel According to Spiritism).
21.6.07
Ciclo de Estudos Sobre Espiritismo
17.6.07
Correio Fraterno Lança Site e Republica Artigos
O endereço é: http://www.correiofraterno.com.br/
Agradeço à equipe a publicação de uma entrevista que fizeram na época da defesa da tese na USP. As perguntas da Izabel ficaram muito bem feitas e são abrangentes. O leitor do blog pode acessá-la clicando no título desta postagem.
9.6.07
Carlos Imbassahy
3.6.07
O Conto Perdido
31.5.07
Pelos Caminhos da Mediunidade Serena
Tese Sobre Motivação e Cultura de Creche Espírita Disponível na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
22.5.07
O Passe Pesquisado por Cientistas
Basta clicar no título desta postagem.
19.5.07
Professor de Neurologia Faz Acusações ao Movimento Espírita
"...os centros espíritas de nosso estado filiam-se basicamente às idéias de seu mentor francês, Alan Kardec. Centros desta natureza apresentam-se à sociedade como uma forma de panacéia: tornando claras, justificando e tratando todas as doenças, disseminando entre seus praticantes a idéia conformista de que os problemas de saúde atuais são consequência de processos de vidas passadas. Resumindo, a doença atual é produto da vida de ontem, e no amanhã virá a consequência do que se fez ou não hoje. Tais centros tem uma poderosa ferramenta terapêutica que denominam cirurgia espiritual. Este tipo de procedimento, ocorre numa sequência análoga às cirurgias reais, onde o médium é uma espécie de cirurgião-chefe."
Tristes comentários. O pior é que o pesquisador não se deu ao luxo de estudar minimamente o Espiritismo para falar dele, quando muito, reproduziu o que ouviu seus pacientes dizerem, ou seja, escreve de oitiva...
Há uma contradição no texto. Panacéia ou conformismo? Panacéia é o remédio para todos os males. Se o Espiritismo possui alguma, por que o conformismo? Se conhecesse o tema sobre o qual escreve, o autor veria que não há defesa de panacéias nem apologia do conformismo em matéria de Doutrina Espírita.
Kardec e os principais autores espíritas não defendem a idéia "conformista" de que os problemas de saúde atuais são todos conseqüências de processos de vidas passadas. Se o autor do artigo e seus colaboradores tivessem avaliado a obra do codificador antes de escreverem sobre ele, teriam encontrado um pensamento muito mais complexo do que barbaramente reduziram em seu texto. Ele escreve em "O Evangelho Segundo o Espiritismo":
"De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 5)
No mesmo capítulo, mais à frente, ele escreve:
"Não há crer, no entanto, que todo sofrimento suportado neste mundo denote a existência de uma determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito para concluir a sua depuração e ativar o seu progresso." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 5)
Quanto ao conformismo a que se referem os autores, Kardec escreveu sobre a fatalidade e se refere a ela da seguinte forma:
Do fato de ser infalível a hora da morte, poder-se-á deduzir que sejam inúteis as precauções para evitá-la?
“Não, visto que as precauções que tomais vos são sugeridas com o fito de evitardes a morte que vos ameaça. São um dos meios empregados para que ela não se dê.” (O Livro dos Espíritos, questão 854)
A idéia de conformismo não é consistente com as opiniões de Kardec e dos Espíritos nem em matéria de enfermidades, como já o mostramos, nem em matéria de desigualdades sociais como se lê:
813. Há pessoas que, por culpa sua, caem na miséria. Nenhuma responsabilidade caberá disso à sociedade?
“Mas, certamente. Já dissemos que a sociedade é muitas vezes a principal culpada de semelhante coisa. Demais, não tem ela que velar pela educação moral dos seus membros? Quase sempre, é a má educação que lhes falseia o critério, ao invés de sufocar-lhes as tendências perniciosas.” (685) (O Livro dos Espíritos)
Quanto às cirurgias espirituais, a sua qualificação irônica como "poderosa ferramenta terapêutica" demonstra a atitude de pouco afastamento ou objetividade com que escreveu o artigo. Diversos autores sérios pesquisaram o tema e os resultados são controversos, assim como é controversa a questão no seio do movimento espírita. Não existe uma conduta comum com relação às cirurgias espirituais nos centros espíritas.
Eu poderia continuar citando obras espíritas. Vêm-me à mente o livro Mediunidade Serena, de Yvonne Pereira e os livros de Carlos Toledo Rizinni, pesquisador do CNPq, que se opõem claramente a esta suposta interpretação que estes médicos catarinenses fazem da doutrina dos espíritos. Poderia citar toda a revisão bibliográfica que tenho feito sobre curas espirituais em periódicos internacionais, cujas posições dos autores são geralmente contraditórias às desrespeitosas afirmações dos médicos catarinenses.
Quanto ao design do trabalho, encontram-se inúmeras falhas, de forma que ele dificilmente seria aceito em um periódico criterioso com blind review. Como pesquisa descritiva, ele é não probabilista, não se podendo generalizar resultados, como os autores bem o admitem no seio do trabalho. Como não é experimental, ele não comparou resultados de terapias alternativas aos da medicina oficial, não podendo comparar a eficácia dos métodos. A revisão bibliográfica é limitadíssima, talvez devido à má delimitação do tema de pesquisa.
Para mais confundir ainda, eles admitem que a doença tem taxas altas de remissão, mas não as explica em bases fisiológicas, nem é capaz de distinguir o que ocorre devido à "natureza" (termo empregado pelos autores) daquilo que acelerou os processos naturais ou interviu de outras formas. Em suma, ele é uma manifestação dos preconceitos do grupo de médicos que o escreveu, de forma tão descuidada, tão desrespeitosa, que não se deu ao luxo de sequer analisar e fundamentar suas acusações e impropérios, talvez julgando ignorantes os espíritas e incapazes de perceber dimensão de leviandade com que produziram este trabalho.
10.5.07
REVISTA ICESP 21
Agradeço ao seu diretor a publicação do artigo "Mediunidade, Inconsciente e Psicopatologia: Considerações sobre um Estudo de Caso de C. G. Jung.". Ele não poupou espaço na revista e o publicou na íntegra.
Além dos artigos a revista sempre publica informações sobre eventos espíritas no Brasil e no Mundo, traduções de trechos de obras raras e resenhas de livros, mantendo seu leitor informado sobre a memória e o movimento espírita.
Os interessados em assiná-la podem fazê-lo pela módica quantia de R$20,00 anuais (quatro exemplares). Maiores informações podem ser obtidas através de e-mail icesp@frontier.com.br ou no site www.frontier.com.br/icesp.
9.5.07
O Espiritismo Espanhol no Século XIX
8.5.07
O Espiritismo na Áustria
EC: Rejane, como nasceu o grupo espírita que você freqüenta na Áustria? Como ele se chama?
Rejane: As sementes da nossa casa - Sociedade para Estudos Espiritas Allan Kardec (VAK) - foram plantadas por Divaldo Franco em 1988, quando pela primeira vez proferiu uma palestra em Viena, capital da Áustria. Um ano após, Raul Teixeira aqui esteve, e desde então, ambos vem apoiando o desenvolvimento deste núcleo espírita através de palestras e seminários, e orientando o grupo com sua sabedoria e vivência espírita.
A semente germinou sob a liderança de Josef Jackulak, tcheco de nascimento, que aos poucos foi reunindo os companheiros espíritas de Viena. A princípio, um pequeno grupo reunia-se em sua casa semanalmente para estudo e orações, depois devido ao crescente número de interessados, em local mais apropriado à rua Spengergasse 10/3, onde ainda hoje é a sede do VAK. No ano de 2000, a Sociedade para Estudos Espíritas Allan Kardec foi registrada oficialmente e legalizada na cidade de Viena. Desde então, Josef Jackulak é seu presidente e eu, apoio os trabalhos como vice-presidente.
Foto: À frente e à esquerda, Rejane, Divaldo Franco, atrás Josef Jackulak e Nilson. Os demais são membros do VAK.
EC: Rejane, que atividades vocês fazem em sua casa espírita?
Rejane: Temos várias atividades por semana, concentradas em 3 dias: segunda, terça e sábado. São 2 palestras semanais às terças-feiras e aos sábados. Nestes dias realizamos estudos especializados e oferecemos evangelização infantil (aos sábados). É rotina da casa o estudo para médiuns, pois acreditamos que o estudo faz parte do dia a dia do médium, ajudando no equilíbrio mental e emocional, mas atualmente também conduzimos um estudo especial para passistas. Na segunda-feira reunimos o grupo mediúnico e o grupo de orações e irradiações.
Além destas atividades na sede do VAK em Viena, há 5 anos também atuamos junto a 2 países vizinhos – a Republica Tcheca e a Eslováquia, onde também sob a liderança de Josef Jackulak organizamos 2 grupos espíritas locais. Estes grupos de cidadãos tchecos e eslovacos, reúnem-se uma vez por mês para palestras e estudos espíritas nas cidades de Brno (Republica Tcheca) e Bratislava (capital da Eslováquia). As palestras são proferidas em português com tradução consecutiva para o idioma tcheco, ou diretamente em tcheco, uma vez que os participantes não falam português.
EC: Há quanto tempo vocês se organizaram?
Rejane: O grupo que originou a nossa Sociedade para Estudos Espíritas Allan Kardec, reúne-se desde 1988, portanto há quase 20 anos. No entanto, o VAK foi legalizado no ano de 2000, portanto há seis anos.
O grupo de Bratislava iniciou-se em 2002 e o grupo de Brno em 2005, um trabalho que vem amadurecendo aos poucos.
EC: Os trabalhadores do grupo são predominantemente brasileiros residentes na Áustria ou austríacos? As reuniões em seu grupo são realizadas em que idioma?
Rejane: Em Viena, o grupo é internacional. São brasileiros, portugueses, espanhóis, tchecos, austríacos, japoneses, todos residentes em Viena. Os trabalhadores da sociedade ainda são predominantemente brasileiros, mas esperamos e trabalhamos para aos poucos formar um grupo firme de trabalhadores austríacos, atendendo assim, a comunidade local e não somente a comunidade flutuante internacional ou de brasileiros residentes em Viena.
Deste modo, as reuniões da Sociedade para Estudos Espíritas Allan Kardec de Viena são realizadas em português ou alemão, dependendo dos participantes. Já fizemos experiências de conduzir as palestras também em inglês, mas o número de interessados não justificou a iniciativa, e optamos por manter o alemão e o português.
EC: Suas atividades estão articuladas com centros de outros países europeus?
Rejane: Iniciamos e continuamos dando nosso suporte a 2 grupos: um na República Tcheca e outro na Eslováquia. Nestes grupo, damos palestras mensais traduzidas para o tcheco e o eslovaco.
Josef Jackulak é o pai desta iniciativa, eu o acompanho na tarefa. Ele fala tcheco, e lidera o trabalho, e é um batalhador e divulgador do Espiritismo. É claro que o trabalho conjunto e o apoio mútuo é necessário, mas eu acredito, que sem a sua força de nobre trabalhador da causa espírita, este trabalho no leste Europeu e aqui em Viena não seria feito.
Foto: Divaldo Franco e Josef Jackulak em Brno, na República Tcheca.
EC: Há outras atividades de divulgação doutrinária feitas por vocês?
Rejane: Anualmente organizamos as viagens de Divaldo Franco no leste europeu, que inclui República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Polônia e na ONU de Viena, e neste ano (2007), pela primeira vez em Istambul, na Turquia onde estaremos dia 23 de maio. Organizamos também as visitas de Raul Teixeira e Juan Durante nestes países. São eles, na minha opinião, as 3 estrelas que apóiam o desenvolvimento da nossa sociedade e do Espiritismo nesta região.
Além disso, atuamos junto a ONU em Viena, seja organizando palestras destes líderes do Espiritismo atual, como participando de eventos onde podemos divulgar o Espiritismo, ou oferecendo livros em inglês, que é a língua de trabalho na ONU. Os frutos deste trabalho minúsculo, vemos este ano, com a ida de Divaldo Franco a Turquia, que é organizada por um ex-colega da ONU, que acompanhou silenciosamente as palestras de Divaldo na ONU, desde 1992. O trabalho da espiritualidade é discreto, mas os frutos são colhidos na hora certa.
EC: Você tem notícias das origens do Espiritismo Austríaco? Quando ele surgiu? Quem eram seus fundadores? Qual foi sua trajetória?
Rejane: Morando na Áustria há 18 anos, espírita de nascimento (minha família foi fundadora de um dos primeiros centros espíritas em Porto Alegre Brasil) não poderia deixar de buscar as origens do espiritismo na Áustria. O que sabemos no momento, é que em Viena existiu uma sociedade espírita já na época de Kardec, pois a Revista Espírita menciona uma troca de correspondência de Allan Kardec com o Sr. Delhez , que foi também o tradutor de O Livro dos Espíritos e outras obras da codificação para o alemão. A Sociedade Espírita de Viena existiu portanto desde a época de Kardec (1862).
No entanto, o império austro-húngaro abrangia um território muito maior do que a Áustria dos dias de hoje. Nossas pesquisas abrangem, portanto, a Republica Tcheca e Eslováquia, principalmente a região da Boêmia, e a Hungria. Nestas regiões existiram grupos espíritas até antes da segunda guerra mundial. Uma das conhecidas médiuns espíritas da região é a Baronesa Adelma von Vay, que também viveu no mesmo período e que deixou vários livros psicografados, entre eles citamos “Espírito, Forca e Matéria” (psicografado em 36 dias em 1869), e seus belos livros de orações, que infelizmente somente encontramos em língua tcheca. Depois disto, como em toda a Europa, o movimento espírita foi diminuindo até quase desaparecer. No entanto, no contato com os freqüentadores locais, principalmente na Republica Tcheca e Eslováquia, fomos descobrindo que alguns núcleos espíritas mantiveram-se em atividade quase em segredo em certas famílias espíritas. Muitos destes senhores e senhoras participam hoje de nossos estudos, e aos poucos vão tornando-se mais ativos trabalhadores espíritas, possibilitando assim o ressurgimento do Espiritismo em nossos dias nestes locais. (Clique no título do blog e veja uma foto da Baronesa Von Vay - Contribuição de Marco Milani/LIHPE)
EC: Você tem informações sobre os grupos na Áustria? Quantos são? Em que cidades estão situados?
Rejane: Atualmente existem somente dois grupos espíritas na Áustria: a nossa Sociedade para Estudos Espíritas Allan Kardec (VAK) na capital, em Viena, e um grupo fundado em Dornbin, Voralberg.
EC: Há alguma singularidade no Espiritismo Europeu, quando comparado ao brasileiro?
Rejane: Sem esquecer que o Espiritismo codificado por Allan Kardec é um só, eu diria que existem diferenças sim, pois a cultura européia é diversa da cultura brasileira.
O Espiritismo brasileiro é de brasileiros, portanto, cresceu em torno da cultura do povo brasileiro, e sofreu e sofre a influência desta cultura diversificada, colorida.
O espiritismo europeu, com algumas exceções, ainda cresce em torno dos imigrantes brasileiros, mas deve tomar um caráter local para que não se restrinja aos brasileiros e dissemine-se pelo povo local, atingindo o seu objetivo de educar o ser humano quanto aos mistérios da vida, de acabar com o misticismo e colocar o fenômeno na sua correta perspectiva, através dos aspectos científicos do Espiritismo, e trazer ao indivíduo, as metas primordiais, que são a auto-educação e busca pelo autoconhecimento.
Dar espaço para o desenvolvimento de grupos locais, com participação local, deve ser, na minha opinião a meta destes trabalhadores do Espiritismo no solo europeu.
EC: Vocês têm planos para o futuro? Quais são?
Rejane: Nossos planos são modestos. Seguir a doutrina através das orientações de Allan Kardec nas suas obras básicas, e principalmente seguir Jesus, sem jamais nos afastarmos dos ensinamentos do Mestre. Estes dois pontos já bastam para uma vida inteira. E a Sociedade é a nossa vida.
Esperamos seguir em frente e um dia, ser uma semente de luz no céu de Viena, iluminando os corações e as vidas de seus habitantes – sejam eles austríacos de nascimento ou de coração, ou passageiros do trem da vida, que aqui aportam por um tempo.
EC: Que dificuldades vocês têm enfrentado para poder estudar e praticar o Espiritismo na Áustria?
Rejane: Nenhuma. Nossa Sociedade foi legalizada no ano de 2000, como sociedade beneficente espírita na Áustria, sem dificuldades.
As dificuldades que encontramos são aquelas normais de todo agrupamento humano, seja ele um centro espírita ou não. Como somos um grupo internacional, mas no momento predominantemente de brasileiros, temos de enfrentar os problemas da língua – tradução de material para a língua local, etc. Mas, seguindo Kardec, que foi e é universal, pois segue os ensinamentos do mestre Jesus, estamos seguros de seguir o caminho certo.
EC: Como os espíritas brasileiros podem auxiliar o trabalho de vocês?
Rejane: Os espíritas brasileiros vêm ajudando nossa Sociedade de vários modos. A Editora Leal, e portanto, Divaldo Franco e Nilson de Souza Pereira tem auxiliado e disponibilizado literatura em alemão, tcheco, húngaro e inglês, facilitando a divulgação do Espiritismo nas línguas locais. Alguns grupos ou indivíduos têm ajudado mandando DVDs, livros e material de consulta que ficam então disponíveis na nossa biblioteca, e servem de apoio ao trabalhador e de material de consulta e estudo.
Agradecemos a todos que procurarem ajudar através da doação de livros e material de estudo.
Finalizando gostaria de deixar nosso endereço:
Sociedade para Estudos Espíritas Allan Kardec
(Verein für spiritistische Studien Allan Kardec)
Spengergasse 10/3 – entrada pela Jahngasse 28
1050 Wien
email: vakardec@msn.com
28.4.07
Correio Fraterno Publica Conto sobre Síndrome de Burnout
26.4.07
Semana da Família na Associação Espírita Célia Xavier
24.4.07
Flores no Dólmen de Allan Kardec
Nos 150 anos da publicação de O Livro dos Espíritos, nossos amigos Élcio e Selene visitaram o túmulo e fizeram estas belas fotos que partilhamos com os leitores do blog.
Após muitos críticos do Espiritismo afirmarem que o mesmo pereceu na Europa, as flores no túmulo de Kardec parecem lhes desafiar as crenças. Outros amigos que lá estiveram dizem que são trocadas amiúde. Um dos ombros do busto se desgastou de tanto que as pessoas lhe colocavam as mãos, ao ponto da União Espírita Francesa e Francófona lhes pedir por escrito que evitassem este hábito, para que as pessoas não associassem o Espiritismo com "manifestações de idolatria".
Pensar que este belo monumento, símbolo que recorda à humanidade o esforço de um homem em realizar o intercâmbio com os chamados mortos, já foi objeto de vândalos que lhe puseram uma bomba caseira há alguns anos.
Que emoções controversas a memória do codificador do Espiritismo desperta nas pessoas!Não há dúvida que o olhar dos fotógrafos põe em destaque sentimentos muito diferentes daqueles que nublam o coração dos céticos e críticos da doutrina dos espíritos.
Bendita seja a luz dos céus de Paris nesta manhã do dia 02 de abril de 2007 que permitiu fizessem tão belas fotos.
21.4.07
Atualização do Site Espiritismo Comentado
- Resenha do livro Evidências da Sobrevivência, escrito por Carlos Guimarães;
- Síntese da palestra "Como foi escrito O Livro dos Espíritos?" na seção memória espírita.
www.jadersampaio.uaivip.com.br
19.4.07
150 Anos de Espiritismo em São Paulo
4.4.07
Célia Xavier Comemora 150 Anos de Publicação de O Livro dos Espíritos
16/04 - O Livro dos Espíritos (1a. Parte) - Jáder Sampaio (20 horas)
17/04 - O Livro dos Espíritos (2a. Parte) - Fátima Delgado (20 horas)
18/04 - Lei de Destruição - Luiz Reis (20 horas)
19/04 - Espiritismo, O Consolador Prometido - Mário Andrade (15 horas)
19/04 - As Leis Morais - Rita (20 horas)
20/04 - Reflexões sobre os 150 Anos de Espiritismo - Eliana Mello (20 horas)
Associação Espírita Célia Xavier
Rua Coronel Pedro Jorge, 314 - Prado
Belo Horizonte - MG Fone: 31-3334-5787
1.4.07
Adolescentes de 11 e 12 anos Estudam Dr. March
25.3.07
O Espiritismo é uma religião?
25 anos de música espírita em Belo Horizonte
A confraternização das mocidades espíritas de Belo Horizonte comemora um quarto de século e com ela uma evolução contínua da música composta e executada para os jovens, o teatro espírita e outras manifestações artísticas.
Em iniciativa de bom gosto e qualidade, os jovens músicos se reuniram em estúdio durante um ano, fizeram arranjos com diversos instrumentos e arranjos vocais e, sem o saber, fizeram uma peça de preservação da memória da música espírita que foi criada ao longo dos anos para a COMEBH.
Piano elétrico, saxofone, baixo, guitarra, violão de aço e baterias são alguns dos instrumentos usados na gravação do CD COMEBH: 25 ANOS TRABALHANDO COM JESUS. Quem pensa que vai encontrar um CD de garagem, cantores desafinados ou músicas mal produzidas, engana-se. O trabalho é rigoroso, eu não o qualifico como profissional porque é todo voluntário.
Programas espíritas de rádio e interessados na música espírita podem ter acesso ao CD através de Constantino 31-9981-0241 e às letras cifradas para violão no site dmcrebh.blogspot.com
22.3.07
Espiritismo Eclético?
15.3.07
Aluna da UNICAMP Defende Tese de Doutorado em História sobre o Confronto entre Espíritas e Psiquiatras
13.3.07
Livros de Pesquisa Psíquica Disponibilizados na Internet
Artigo Espírita é citado em Tese da Universidade de Oxford
11.3.07
O Que é a Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas?
Pai da Teoria da Evolução Pesquisa Espíritos
Leia sobre a vida dele e as investigações com médiuns no site Espiritismo Comentado (http://www.meusite.uai.com.br/~jadersampaio/) na página O Aspecto Científico do Sobrenatural.
Um Homeopata Brasileiro do Século XIX
O site está no ar
A última postagem (10/03/2007) foi uma resenha sobre o livro "Um Fluido Vital Chamado Ectoplasma", escrito por Matthieu Tubino.
Um abraço