23.9.08

Sai a lista de hotéis do 4o. ENLIHPE

Participantes do ENLIHPE oriundos de outras cidades já têm uma lista de hotéis oferecida pela RW turismo, agência oficial do evento. São os seguintes:






Hotel Quality Moema
Endereço Rua Rouxinol, 57 – Moema – SP - Telefone: (55 11) 2197-7100
Pagamento No local – com cartão ou em dinheiro
Obs: Inclui café da manhã

Hotel Comfort Moema
Endereço: Av Sabiá, 825 – Moema – SP - Telefone: (55 11) 2197-7200
Pagamento
No local – com cartão ou em dinheiro
Obs: Inclui café da manhã

Hotel Golden Flat
Endereço: Rua Baronesa Bela Vista, 499 – SP - Telefone: (55 11) 5536-9488
Sem taxas
Obs.SEM café da manhã – Tem Frigobar e permite o uso sem custo adicional.
Obs. Hotel terminando reforma. Em condições para acomodar os hóspedes, mas não para oferecer Café da Manhã.
Emília Coutinho hospeda-se neste hotel. Ela o recomenda e irá se hospedar nele.
Pagamento no local em espécie ou cheque – as máquinas dos cartões ainda não foram ligadas.

Hotel IBIS
Endereço: Rua Baronesa Bela Vista, 801 – SP - Telefone: (55 11) 5097-3737
Sem taxas
Obs: Café da manhã opcional: R$ 9,50 por pessoa

Informações sobre tarifas podem ser obtidas na RW Turismo

_______________________________________

R W - Viagens e Turismo e Eventos Ltda.

Tel. 11-3667-3506/ 3661-3026 - Fax. 3825-1562

E-Mail = rwturismo@rwturismo.com.br
E-Mail = wanda@rwturismo.com.br
E-Mail = marcia@rwturismo.com.br_
_______________________________________

19.9.08

Convênios de Creches Espíritas com o Poder Público


Foto 1: Crianças de uma Creche.
O movimento espírita lançou-se na construção e manutenção de instituições pré-escolares há mais de cinqüenta anos, em uma época na qual a população de baixa renda necessitava e não tinha acesso a este tipo de serviço.

A lei de diretrizes e bases, nos anos 90, atribuiu ao município a responsabilidade pela educação infantil. Nesta época, as atenções do legislador criaram uma série de exigências, muito justas, que transformou o perfil destas instituições e, com estas mudanças, o volume de recursos necessário para mantê-las.

A antiga monitora, que na verdade trabalhava mais como cuidadora que como educadora, passou a ser substituída por educadoras com formação em nível de ensino médio, o que alterou substantivamente os custos da folha de pagamento, principal despesa deste tipo de organização.

As instituições espíritas passaram a aceitar o estabelecimento de convênios com as prefeituras, para cobrirem as despesas adicionais que começaram a surgir.

Algumas prefeituras, por sua vez viram nesta parceria uma forma de atender uma quantidade maior da população, destinar recursos para a área de educação e de reduzir despesas com pessoal, já que os empregados são contratados das instituições espíritas, e não são (s.m.j.) computados como servidores públicos (o que facilita o problema do limite de gastos com pagamento de servidores). Tudo isto, sem contar que em curto e médio prazos, as prefeituras não necessitam investir em aluguel ou construção de prédios.

Após a celebração de convênios, a política da prefeitura de Belo Horizonte tem sido exigir mudanças e adaptações aos espaços existentes, o que caiu em um espaço de arbitrariedades imensas, cometidas pelos fiscais, uma vez que o conjunto dos convenentes tem instalações muito diferentes entre si.

Não bastassem as arbitrariedades, a PBH (falo desta porque não tenho dados de outras), após a assinatura dos convênios deixa de ser parceira e age como se fosse dona da instituição: transforma problemas de comunicação em negligências (nas quais as socidades espíritas pagam a conta), baixa portarias e deliberações, sem negociação clara com seus parceiros, envia fiscais para verificar o cumprimento de suas decisões e não dá o devido suporte em áreas de sua responsabilidade, como é o caso da saúde.

A questão que originou esta publicação surgiu quando começamos a observar que a Prefeitura, ao celebrar convênios com instituições espíritas, passou a exigir que estas abrissem mão de práticas espíritas oferecidas à comunidade. Em uma das instituições tentou-se proibir o passe aplicado nas crianças, por entender que se trata de prática religiosa, e alegando o princípio da laicidade do ensino.

O órgão público tem razão, quando alerta que uma prática religiosa não pode ser imposta a crianças ou famílias que não a aceitem, em um espaço aberto à população em geral, contudo, em meu entendimento, não tem poder para proibir a prática de passes para quem o desejar receber em uma instituição que por força de convênio presta serviço de cunho social mas continua sendo espírita.

Os convênios, com o passar do tempo, tornam-se um problema para a manutenção das creches. As sociedades espíritas passam a depender dele, e evitam confrontação com o município, por medo de não conseguir manter financeiramente as despesas com as creches. Chegará um tempo em que o poder público irá adotar uma política de desapropriação das creches espíritas? Viveremos no Brasil situação semelhante à que enfrentaram nossos irmãos portugueses e espanhóis na triste época da ditadura em seus países? Espero que não.

Este relacionamento precisa ser revisto e cabe ao movimento promover uma discussão com especialistas na área de direito público para orientar as instituições como celebrar parcerias que não exijam das sociedades espíritas abrirem mão de sua identidade essencial, identidade esta que motivou os associados a se unirem para tentar colaborar na solução de uma chaga social que estava aberta em uma época na qual o poder público não tinha olhos de ver a necessidade do ensino pré-escolar para as populações de baixa renda.

17.9.08

Letargia e Catalepsia

Figura 1: Yvonne Pereira, médium brasileira, quase foi enterrada na tenra infância por ter sido considerada morta pelos médicos (letargia).


Allan Kardec utilizou alguns conceitos próprios de sua época para a exposição de teses espíritas. Alguns deixaram de ser usados pelas respectivas áreas da ciência, o que exige do leitor da codificação um resgate do sentido dos termos na época e do contexto teórico no qual eles foram utilizados para uma compreensão clara do raciocínio do codificador e dos espíritos que dialogaram com ele.

Letargia e Catalepsia são conceitos associados à tese da emancipação da alma e que com o passar do tempo foram ganhando novos sentidos até caírem em desuso na Medicina e na Psicologia.

É possível que o sentido utilizado por Kardec tenha sido obtido nas teorias do magnetismo animal desenvolvidas depois de Mesmer, especialmente na obtenção do sonambulismo provocado.

Letargia, em “O Livro dos Espíritos” significa em estado de “perda temporária da sensibilidade e do movimento”, em que o corpo parece morto, no qual os sinais vitais se tornam quase imperceptíveis, a respiração reduz-se bastante e a pessoa pode ser tomada como morta.

Catalepsia em Kardec é uma espécie de letargia parcial, que atinge apenas alguns órgãos do corpo e que pode não prejudicar a comunicação com o seu portador, que poderia ter este estado induzido pelo magnetismo animal (passes, como dizemos hoje).

Alguns fenômenos parapsicológicos (humanos, mas não estudados convenientemente pela Psicologia) podem ser encontrados concomitantemente a estes dois estados. Um deles é a hiperestesia, ou seja, uma ampliação paradoxal da capacidade dos sentidos. Há registros de casos de sonâmbulos que, em estado cataléptico, eram capazes de descrever o que acontecia a uma distância muito superior à capacidade de nossos órgãos, ou de descrever, por exemplo, percepções que eles alegavam ter de órgãos internos do organismo de pacientes que lhes eram trazidos.

Kardec analisou situações de quase-morte na Revista Espírita. Há diversos casos de letárgicos, pessoas que chegaram a ser consideradas mortas pela medicina da época como a Sra. Schwabenhaus (Revista Espírita, 1858) ou que passaram por situações de claro risco de morte, ou como o Dr. D. (Revista Espírita, 1867), que ficou mais de meia hora debaixo d’água e foi resgatado e retomou a consciência.

Outro caso apresentado por Kardec é o da jovem cataléptica de Souabe, que após um evento traumático (morte da irmã), entrou em um estado entre cataléptico e letárgico e passou a ser capaz de descrever pessoas enterradas, bastando ser levada próxima ao túmulo e a descrever a aparência de pessoas idosas que a visitavam quando eram jovens e sem modificações do tempo e das doenças.

Eles narram histórias envolvendo o contato com pessoas desencarnadas e descrições do plano espiritual. Por esta razão, Kardec teorizou que os sonâmbulos, letárgicos e catalépticos perceberiam o plano espiritual, ou dariam notícias de eventos à distância porque perceberiam com a alma, semi-liberta do corpo (emancipação) que transmitiria suas sensações espirituais ao cérebro.

Posteriormente, o hipnotismo e a neurologia dariam um outro sentido à letargia e à catalepsia, que hoje se encontram em desuso (muitos hipnotizadores ainda os utilizam), substituídas pelo conceito mais preciso de “coma”, mas os estranhos fenômenos descritos por Kardec continuam acontecendo, como se pode ler no livro “Vida além da Vida” do Dr. Raymond Mood Jr. e nos estudos de experiências de quase-morte, que se transformou em linha de pesquisa de médicos e parapsicólogos modernos.

9.9.08

Semana de Espiritismo e Psiquiatria em Belo Horizonte


O Hospital Espírita André Luiz está realizando sua vigésima sexta semana entre os dias 27 e 30 de outubro, em Belo Horizonte-MG. As conferências serão realizadas por médicos e psicólogos convidados no auditório do hospital; a semana será encerrada pelo orador fluminense Raul Teixeira.

7.9.08

Pequeno Anjo


O poeta Leandro Couto leu o livro acima e, inspirado pela suavidade do Jardineiro, escreveu o poema abaixo que faz referência a uma passagem de "O Caminho das Águas".
Pequeno Anjo
― Deus o proteja, meu senhor, pelo bem que nos faz.
― Que podes tu, pobre criança, saber sobre o bem?
― Muito, meu senhor. O bem é um torrãozinho de açúcar,
Que adoça tudo onde cai. (A ternura eterniza a vida)...

Sim... compreendi em fim. O bem não é somente definido,
Mas, eterno, docemente sentido, e assim vivido.
― E eu o senti em ti, pequeno anjo, que, como um torrãozinho
De açúcar, adoçaste minha alma e a elevou da dor.

O eterno só se pode ser alcançado pelo eterno...
Do humano efêmero há de surgir um pequeno anjo,
Quando o Amor encontrar ali sua morada singela.

Mesmo que o mundo confunda todo conhecimento,
O A é o princípio da aprendizagem e o Um do Infinito...E o bem é sempre o bem, enquanto o mal é sua ausência...

Revista Icesp Lança seu Número 26


O Instituto de Cultura Espírita do Estado de São Paulo publicou sua Revista de número 26. Já são sete anos publicando em papel couchet e recuperando biografias de pessoas que trabalharam pelo Espiritismo em seus respectivos países, mas que caíram no esquecimento das massas. A personalidade deste número é Raymond Auguste Quinsac, dito Monvoisin, que se auto-intitulou "o pai da pintura espírita" e que fez o retrato alegórico do Sr. Allan Kardec aos 25 anos.
Segue um trabalho nosso: A Construção da Psicologia Espírita, que originalmente foi apresentado no I Simpósio Mineiro de Psicologia Espírita, em 1998 (há dez anos...), mas que lamentavelmente continua atual.
O Museu mantido pelo instituto vai montando seu acervo aos poucos. Neste número anuncia-se a aquisição de uma "mesa dançante", semelhante às utilizadas no século XIX, na época em que Kardec iniciou seus trabalhos, e tem um disco de vinil "enrolado por um médium durante sua sessão".
Elfay Apollo comenta o movimento pararrealista e o livro "A Arte de Agora. Agora", de Herbert Read.
Altair apresenta o livro "A Volta de Allan Kardec", de Weimar Muniz de Oliveira.
A revista publicou a poesia A Partida das Andorinhas, de Alfred de Musset, publicada no livro "Ecos Poéticos de "Além Tumba", publicado pelo ICESP.
O número também

6.9.08

Saiu a Programação do 4o. ENLIHPE



A Construção de estratégias para a memória e a pesquisa espírita

Criada há mais de dez anos, a Liga de Historiadores é uma associação virtual, que ganhou projeção ao reunir, através da internet, historiadores, pesquisadores e escritores espíritas, interessados em todo o mundo pelo estudo da temática espírita.

O 4.o Encontro Nacional será mais uma oportunidade para os pesquisadores apresentarem seus trabalhos mais recentes no campo da pesquisa espírita e também abrir novos horizontes e inspirar novas realizações.

Participarão expositores de São Paulo (capital e interior), Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

Programação
Sábado - 27/09
8h30 – Composição da Mesa/Prece de abertura/Apresentação musical
8h50 – Saudação do CCDPE e da LIHPE
9h00 – Homenagem a Eduardo Carvalho Monteiro – Apresentação de vídeo (Versátil Home Vídeo)
9h30 – Intolerância ao Espiritismo na Espanha e no Brasil – Jáder Sampaio
10h30 – Coffee break
10h45 – Minicurso: O uso das fontes documentais na preservação da memória espírita – Míriam Hermeto
12h15 – Yvonne do Amaral Pereira: literatura a serviço do bem – Pedro Camilo
12h45 – Intervalo para almoço
14h00 – A conspiração do silêncio (Mesmer, Newton, Claude Bernard) – Paulo Henrique Figueiredo
14h30 – Clóvis Tavares: entre o Socialismo e o Espiritismo – Flávio Mussa Tavares
15h00 – O caso Humberto de Campos sob os olhos da Academia – Alexandre Caroli Rocha
15h30 – Coffee break
16h00 – Filosofia, ciência e moral: os três aspectos do Espiritismo aplicados à pesquisa – Cristina Sarraf
16h30 – Novas pesquisas na Transcomunicação Instrumental (TCI) – Sônia Rinaldi
17h30 – Perguntas e debates
18h30 – Encerramento
Domingo - 28/09
8h00 – Composição da Mesa/Prece de abertura
8h05 – A história do Espiritismo na cidade de Franca-SP – Adolfo de Mendonça Júnior
8h35 – Fogo selvagem, a água que brilha: Hospital do Pênfigo de Uberaba – Nádia Rodrigues A. M. Luz Lima
9h05 – Como resgatar a memória do Espiritismo por meio da mídia – Izabel Vitusso
9h40 – Perguntas e debates
10h00 – Lançamento do livro Chico Xavier: um herói brasileiro no universo da edição popular, de Magali de Oliveira Fernandes
10h15 – Coffee break
10h30 – Tema: Por que foram criadas creches espíritas no Brasil – Alexandre R. de Azevedo
11h00 – Instituições centenárias ativas: a história viva do Espiritismo – Washington Nogueira Fernandes
11h40 – Tema: Perfil da produção acadêmica brasileira com temática espírita (1989-2006) – Marco Milani
12h20 – Perguntas e debates
12h35 – Apresentação musical
12h50 – Encerramento


4.9.08

Cuidado, Crianças!

O menino não aceitava receber passes.
A mãe o levava ao Centro Espírita e, das primeiras vezes, não havia quem o pusesse sentado na cadeira sem retirar a cabeça do alcance das mãos do passista, chutar as pernas do infeliz, rebelar-se em alto brado: Não quero receber passes.
Com algum tempo e muita paciência ele foi cansando de rebeldia, mas continuava sem aceitar os passes. Como ato extremo de protesto, ele encostou o topo da cabeça no espaldar da cadeira e disse, vitorioso: - "Pronto, agora não entra nada"....

2.9.08

História Espírita Concorre a Final do Projeto Generosidade da Editora Globo



Estas são algumas fotos da Oficina Escola de Ângelis, da Sociedade Espírita Joana de Ângelis.

Eu gostaria de lhes contar a história da sociedade, mas não posso. Primeiro porque não consigo escrever melhor que sua fundadora. Segundo, porque se vocês acessarem a história, estarão criando condições para que ela seja escolhida para um prêmio de duzentos mil reais, que auxiliará em muito a manutenção de 440 crianças de um dos bolsões de pobreza da capital mineira.

Ajude a divulgar. Leia e história. Emocione-se.

http://projetogenerosidade.com.br/site/materia.php?id=d8e1028cd8fa524f924d845a3b5cd9ce

1.9.08

4o. ENLIHPE ENTRA EM CONTAGEM REGRESSIVA


O mês de setembro começou e com ele começou a contagem regressiva para o Quarto Encontro Nacional da Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas.
A LIHPE foi uma iniciativa do amigo Eduardo Carvalho Monteiro, que dedicou grande parte de sua vida à construção de arquivos, biblioteca e publicação de livros que pudessem preservar a memória espírita no Brasil. Ela ganhou notoriedade com a construção do grupo na internet, iniciativa de Milton Bonfante, que agregou interessados no tema de três continentes e possibilitou a troca de fontes, informações, fotografias, imagens, projetos de pesquisa e publicações entre os membros. Eventualmente se discutia um tema, mas sempre houve o esforço de não transformar o espaço recém construído em uma lista de discussões.
Muitas das últimas teses, dissertações e monografias defendidas nas universidades brasileiras, que tinham por temática o Espiritismo, transitaram, ainda embrionárias, por este espaço, em busca de informações e interlocução.
Os encontros nacionais são um espaço de encontro entre a comunidade acadêmica e o público espírita. O primeiro ocorreu em Goiânia-GO, o segundo, mais estruturado, em Campinas-SP, paralelo a um evento da USE e o terceiro, já autônomo, em Belo Horizonte-MG. O último evento aproximou expositores, pesquisadores, escritores, editores, profissionais de mídia e muitos historiadores, espíritas ou não e contou com a presença física do Eduardo, que se preparava para apresentar trabalho no Congresso de Paris, e dele surgiram muitas parcerias e iniciativas, inclusive o Anuário Histórico Espírita de 2006.
O quarto encontro será decisivo na consolidação da LIHPE. Organizado em parte pela operosa equipe do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa - ECM, de São Paulo e em parte por membros da LIHPE, ele está concebido da seguinte forma:
- Um mini-curso aos interessados em aprender como preservar a memória do seu Centro Espírita, Federativa ou de personalidades, sem ter necessariamente a formação de historiador.
- Um vídeo sobre o trabalho do Eduardo Carvalho Monteiro, preparado exclusivamente pela Versátil Home Vídeo para o evento
- Diversas mesas, compostas de trabalhos previamente selecionados, com diversos temas associados à pesquisa e memória espírita. Após a apresentação dos trabalhos haverá debate dos temas com o público presente.
- Lançamento do livro: Chico Xavier - Um Herói Brasileiro no Universo da Edição Popular, de Magali Oliveira, escrito a partir de sua tese de doutoramento.
Há expositores de quatro estados: São Paulo (capital e interior), Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
O evento está voltado para o público espírita que deseja conhecer sua história e para o público acadêmico que deseja conhecer o Espiritismo e sua construção na sociedade brasileira.
As inscrições estão abertas. Peço aos interessados a gentileza de confirmar a presença com antecedência, para que a Comissão Organizadora possa ter uma noção do número de pessoas que estarão presentes, mesmo que só possam realizar a sua inscrição mais próxima ao evento.
Peço aos simpatizantes da idéia a gentileza de divulgarem as informações do evento e o cartaz, entre o seu círculo de relações.
Há uma agência de viagens oficial do evento, pronta a facilitar a reserva de hotéis e o translado para os participantes de outros estados.
Toda ajuda será importante.

29.8.08

Bezerra nos Cinemas e nas Bancas de Revistas



Dois lançamentos em uma mesma semana.

O filme Bezerra de Menezes estréia nas salas de cinema do país. A estréia é tímida, uma vez que o filme está passando em poucas salas. Em Belo Horizonte, apenas uma das salas do BH Shopping o apresenta neste final de semana.

Pelo visto, os administradores das salas de cinema vêem o filme com desconfiança. Filme nacional, sobre um personagem conhecido principalmente pelos espíritas, que não deve atrair um grande público... Devem estar pensando...

Acredito que a timidez dos administradores, associada à qualidade do filme e à relevância do personagem devem atrair uma multidão de espíritas nesta primeira semana, uma vez que ficaremos temerosos de não poder vê-lo na telona, com um som de última geração, para aproveitar o excelente trabalho de fotografia que foi feito, assim como a reconstituição de época. É uma oportunidade de ouro para rever os companheiros dos diversos centros espíritas, que o cotidiano afastou...

A Universo Espírita está apostando em Bezerra: lançou um número especial, intitulado "Revista Oficial do Filme", com inúmeras referências, textos, comentários sobre a obra e curiosidades sobre Bezerra.

Só faltou mesmo a coluna Espiritismo Comentado neste número, contendo, por exemplo a publicação que fizemos em 01 de março do corrente, na qual se recupera o discurso de posse de Bezerra na FEB em 1895, no qual ele traçou as diretrizes que marcariam o futuro do Espiritismo no Brasil.

27.8.08

Agendas na Mão




A Companhia Espírita Laboro irá apresentar sua peça "Francisco" no Espaço Cultural Imaculada, na rua Aimorés 1600, esquina com rua da Bahia.

Os ingressos estão sendo vendidos antecipadamente, por R$12,00 (doze reais).

Contato: Antônio Rubatino mailto:rubatino@pib.com

Livro Espírita na Bienal de São Paulo



Quem não foi... ainda pode comprar.

Terminou no último dia 24 a Bienal do Livro de São Paulo. Diversas editoras espíritas estiveram presentes e divulgaram seus lançamentos e catálogos.

Vera Cordeiro, do CLUBAME, esteve presente e nos enviou a seguinte relação de livros espíritas em outros idiomas:

ALEMÃO:
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
NOSSO LAR

ESPANHOL:
ALAN KARDEC, O EDUCADOR E O CODIFICADOR ( VOL.I)
ALAN KARDEC, O EDUCADOR E O CODIFICADOR (VOL. II)
DOUTRINA ESPIRITA PARA PRINCIPIANTES
JUSTIÇA DIVINA
NOSSO LAR
SEARA DOS MEDIUNS
VIDA E SEXO
E A VIDA CONTINUA...

FRANCÊS:
AÇÃO E REAÇÃO
AVE CRISTO
CINQUENTA ANOS DEPOIS
NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE
NO MUNDO MAIOR
ENTRE A TERRA E O CÉU
HÁ DOIS MIL ANOS
EU TE PERDÔO
O LIVROS DOS ESPIRITOS
OS MENSAGEIROS
MISSIONÁRIOS DA LUZ

HÚNGARO:

O LIVRO DOS ESPIRITOS

RUSSO:

HÁ DOIS MIL ANOS
LIBERTAÇÃO
OS MENSAGEIROS
MISSIONÁRIOS DA LUZ
NOSSO LAR
NO MUNDO MAIOR

NOS DOMINIOS DA MEDIUNIDADE
OBREIROS DA VIDA ETERNA

Estes livros são trabalho do Conselho Espírita Internacional e da Federação Espírita Brasileira.

17.8.08

Atenção Gourmets de Plantão


O grupo de trabalhadoras capitaneadas por Dona Geralda, em Belo Horizonte, está promovendo mais um delicioso café colonial. É tanta coisa gostosa, a um preço per capita, que já estou meio arrependido de fazer propaganda e atrair muita gente para o evento...

Salgados, doces, tortas, biscoitos, cafés, chás e boa companhia. Ideal para pessoas falantes (os beneficiários do enxovalzinho agradecem), mas melhor ainda para bons ouvintes.

Se você não está podendo ingerir muitas calorias, seja um dos contribuintes (pague e tome um cafezinho inglês...).

Se você ingere muitas calorias, vê se não faz jejum antes do evento (o garfo também mata).

Se você não vai resistir às delícias, pelo menos traga uma namorada magrinha ou venda ingressos para toda a sua família.

14.8.08

Memórias de uma Enfermeira dos Espíritos

Foto 1: Dona Odete
Jáder Sampaio
Extremo Sul da Bahia, década de 90. Convidado a fazer uma palestra em no Centro Espírita Semente de Luz, em Mucuri, fiquei conhecendo Dona Odete.

Ela havia sido fundadora desta sociedade espírita, mas tinha uma longa trajetória anterior na participação em sociedades espíritas. Sua experiência mais interessante foi com uma médium de efeitos físicos que durante anos trabalhou em reuniões de materialização e tratamento em Teófilo Otoni, Minas Gerais, chamada de Sinhá, segundo sua filha Vera.

Os doentes participavam da reunião. Dona Odete assumia a frente dos trabalhos como se fosse uma enfermeira. Organizava, preparava o material que seria utilizado, agendava os presentes, entre outros cuidados. Um de seus cuidados mais especiais era com os vidrinhos de vacina que esterilizava, rotulava, enchia com água e colocava à vista dos membros da reunião. Ao longo da sessão, sob a ação espiritual, a água dos vidrinhos mudava sua constituição: uma nova cor, um novo odor e um sabor diferente. Cada vidrinho, destinado ao tratamento de uma pessoa diferente, podia apresentar uma coloração diferente dos demais. Um detalhe: eles estavam fechados e lacrados.

Outra peculiaridade da reunião: os espíritos materializavam-se na penumbra e conversavam com os presentes. Dona Odete guardou consigo uma fita K7 na qual registrou de forma amadora as vozes dos seres que surgiam e se manifestavam. É, talvez, além da memória dos que participaram, o único registro que fizeram e que resistiu ao tempo.
Comentários, orientações, explicações, um humor leve, tudo isto se encontra nos muitos minutos de gravação. José Grosso e Palminha são alguns dos espíritos materializados que falaram ao público (e tiveram suas vozes registradas pelo gravador).

Ao terminarem-se as sessões, estavam escritas as prescrições e orientações de uso do conteúdo dos vidrinhos. Como não havia curiosidade científica, não tenho notícia de qualquer envio para análise das substâncias modificadas ao longo das sessões. Uma pena!

Odete informou-me que uma vez Chico Xavier foi assistir aos trabalhos. Ele advertiu aos organizadores que aquele tipo de mediunidade tornar-se-ia cada vez mais raro. De fato, hoje se contam nos dedos os grupos que trabalham com efeitos físicos, e são mais raros ainda aqueles que obtém fenômenos expressivos, com participação de ectoplasma tangível e visível. Será que na presente encarnação ainda assistirei um renascimento deste tipo de fenômeno para fins de estudos controlados? Espero que sim.

11.8.08

Onde será o 4o. ENLIHPE?



O 4o. Encontro Nacional da Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas - ENLIHPE acontecerá nos dias 27 e 28 de Setembro de 2009 no Instituto Espírita de Educação, à rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, 695. Itaim-Bibi - São Paulo, Capital.

Inscrições com desconto até 31 de agosto de 2008.

Maiores informações e inscrições no site do Centro de Cultura - http://www.ccdpe.org

Veja também no site os expositores já confirmados.

O prazo de entrega dos trabalhos foi prorrogado para o dia 18 de agosto e os resultados serão divulgados em 15 dias.

10.8.08

Parabéns para o EC....



O Espiritismo Comentado chegou a vinte mil acessos desde a inserção do contador de acessos em agosto/setembro do ano passado. Obrigado a você que tem acompanhado nosso trabalho de perto.
Foram 200 matérias publicadas, entre ensaios, entrevistas, resenhas, artigos de diálogo com o leitor e divulgação de eventos.
Chegamos à terceira publicação na Universo Espírita, com a matéria sobre Victor Hugo, com a imagem e textos complementares criados pela competente equipe editorial da revista.
Com a implantação do FEEDJIT no blog ficamos mais próximos de você, e sabemos um pouco mais o que têm lido, procurado e em que cidades estão os leitores.
A Comunidade EC está principalmente na região sudeste e sul do Brasil, nas capitais nordestinas, e nas grandes cidades do centro-oeste/norte.
No exterior, acessaram este mês de Portugal, Estados Unidos, França, Reino Unido, Espanha, Holanda e Áustria.
A comunidade de Portugal é bastante diversificada. Temos leitores de Lisboa, Sintra, Porto, Gondomar, Guimarães, entre muitas outras cidades. Os portugueses gostaram da poesia Encarnações, da matéria sobre as Flores no Dólmen de Kardec e das informações sobre o vídeo de Chico Xavier. Dos ensaios, o que trata sobre Mediunidade Intuitiva tem sido muito acessado.
No Brasil, a matéria da AME de Juiz de Fora, remetendo os leitores para modelos de aulas de evangelização infantil foi das mais procuradas, parabéns à equipe de JF e obrigado pela "dica".
Em breve levantaremos as cidades norte-americanas que nos tem dado o prazer da visita.

Você quer voluntariar-se?



Virgílio Pedro de Almeida criou o bazar da AECX em 1970, que hoje leva seu nome em sua memória. Ele congregava donas de casa que enviavam seus filhos para a escola à tarde, em serviço ativo para o próximo.

Há muitos anos vem sendo coordenado pela Rose (Rozimare Passini Barbosa) e pela Maria Célia. E o perfil dos colaboradores diversificou bastante, mas manteve seu caráter voluntário.

A equipe se encontra no Lar Espírita Esperança, à rua Samuel Hahnemann (atrás do Hospital Espírita André Luiz), no bairro Salgado Filho - BH. As reuniões são às quartas feiras, das 14:00 às 17:00 horas.
Quem quiser voluntariar-se pode procurar a Rose às quintas feiras à tarde, na sede da Associação Espírita Célia Xavier ou às quartas-feiras à tarde no Lar Espírita Esperança.

Voluntários procurados:

- Bordadeiras,

- Crocheteiras

- Costureiras

- Pessoas com habilidade em tapeçaria

- Pessoas de boa vontade (para passar, dobrar, medir, etiquetar, etc.)

- Pessoas habilitadas que possam receber o trabalho sob encomenda para fazer em casa.



- Se você não puder voluntariar-se, mas quiser ajudar, pode doar material.

3.8.08

ENCARNAÇÕES



Os anos não trazem apenas cabelos brancos,
Vêm a experiência, mestra da vida, e a sabedoria.
É belo ser jovem e temerário, mas talvez,
Mais belo é ser velho e iluminado pela vida.

Cada idade tem seu próprio encanto, a beleza própria.
E a vida tem estações, à semelhança do ano:
A primavera da infância e da adolescência pura,
O verão da mocidade e o outono da madureza.

Mas o inverno da velhice não é o fim que aparenta.
Também a vida, à semelhança do ano, se encadeia
Em estações e se renova, nas encarnações.

O branquear dos cabelos é o princípio das nevadas
De um inverno. Mas após cada inverno voltará a
Primavera, na direção da sabedoria.


Poema de Leandro Couto, inspirado na crônica "O Homem Novo", do livro homônimo de autoria de J. Herculano Pires. 2ª ed. Edições Correio Fraterno, 1985. 107 p.

2.8.08

Quem foi Célia Xavier?



Foto 1: Célia Xavier


Jáder Sampaio

Perdoem-me os leitores que não são de Belo Horizonte. Eu sou membro da Associação Espírita Célia Xavier, e muitas pessoas nos perguntam amiúde: quem foi Célia Xavier? Geralmente, os mal informados arriscam algum parentesco com Chico Xavier (mãe, irmã e até filha já foi objeto de cogitação), mas a nossa Célia não tem parentesco com o médium de Pedro Leopoldo, embora já tenha se comunicado através dele.

Célia é belo-horizontina, nascida em 19 de novembro de 1916 na Rua Tupinambás, filha de José Pedro Xavier e Dona Orlanda Reis Xavier. Aos quatro anos sua família se mudou para Ubá, onde José Pedro trabalhou como joalheiro, dono de uma "joalheria de seis portas" (Relojoaria Ideal). Célia e suas irmãs foram internas do Colégio Regina Coeli em Rio Pomba, considerada a melhor escola da região.

Em uma das férias, enquanto tocava piano, Célia sentiu-se mal, e depois apresentou uma paralisia do lado esquerdo, possivelmente causada por um acidente vascular cerebral.

A família voltou para Belo Horizonte e passou a residir no bairro Santa Tereza. As sequelas foram diminuindo, e ela foi atendida no Hospital Militar, por intervenção do Sr. Neves. A família mudou-se para o bairro Calafate. O Sr.Xavier trabalhava como joalheiro, gravador, cravador e relojoeiro. Ele abriu a relojoaria Brasil em Belo Horizonte, e ensinou seu ofício a muitos outros profissionais da capital mineira.

As mulheres dividiam o serviço da casa, e Célia, já bem melhor, escolheu lavar e passar a roupa. Segundo a irmã, era uma jovem "alegre, trabalhadora e muito religiosa".

Quando moravam na rua Itapecerica, na Lagoinha (antes de mudarem-se para o Calafate), as mulheres da família trabalharam como cortadeiras e costureiras em uma loja de roupas infantis, inclusive Célia. Após mudarem-se, Célia continuou costurando roupas de criança sob encomenda.

Após alguns anos de tranquilidade, Célia queixou-se de dores no lado direito do abdômen, que foram diagnosticadas como um "problema de fígado" e tratadas, na época, com "banhos de luz". Ela piorou paulatinamente. Tratava-se de um câncer no aparelho digestivo, mas a medicina não dispunha dos recursos diagnósticos que tem hoje.

Na noite da desencarnação, ela chamou a mãe e disse "Mamãe, a senhora foi a melhor mãe do mundo". Ela indicou à mãe uma lata onde guardava o dinheiro das costuras, que economizara por muito tempo, e pediu que ela pagasse uma empregada antiga que a família tinha e que desse o resto de esmola aos pobres, velhos e aleijados. Pediu à irmã que desse três vestidos para as sobrinhas. Ariadne, sua afilhada, guarda até hoje este vestido. Ela enviou rosas para freiras, suas amigas.

Célia recebeu muitas pessoas amigas, sempre carinhosamente. Disse a uma prima que a tia Taninha (o nome era Sebastiana) estava presente (ela já havia desencarnado) e que pedia que ela fizesse as pazes com o pai (ainda encarnado).
Ela não frequentava reuniões mediúnicas, mas viu tantas pessoas no leito de morte que desabafou com sua família: "Meu Deus, devia ter desenvolvido a mediunidade".

O Monsenhor Horta visitou-a no leito de morte, chamado por um tio, e dispôs-se ouvir-lhe a confissão. Ele pediu que as pessoas saíssem para que ela confessasse, ao que ela recusou, porque não tinha pecado algum para confessar. A irmã e a sobrinha-afilhada confirmam que o sacerdote saiu dizendo: "Meu Deus, eu vim confortar essa moça e saí confortado por ela."

Célia chamou pelo Sr. Antônio Loreto Flores, presidente de um centro espírita ao qual desejava ver. Flores era conhecido por sua mediunidade na capital mineira. Ariadne informou que ele ia ao cinema, no que foi interpelado por Bezerra de Menezes - espírito, que lhe disse: "Célia precisa de você". Ele chegou para vê-la e cerca de meia hora depois, às 22:35 horas. Célia desencarnou no dia 01 de agosto de 1943.

Posteriormente, alguns espíritas amigos do casal Xavier os incentivou a construir um Centro Espírita em homenagem à memória da filha. Fico lhes devendo mais informações sobre a construção do Centro Espírita Célia Xavier .

A história de Célia ganhou notoriedade na capital mineira, e em algum tempo começaram a surgir velas, flores e outros símbolos religiosos colocados por concidadãos em seu túmulo, no cemitério do Bonfim. A família julgou por bem fazer a exumação dos restos mortais, guardando-os em uma gaveta numerada no cemitério para evitar a santificação de Célia pela população.
Agradeço a Ariadne e a Ilza Xavier os dados cedidos.

PS: Algumas mudanças foram feitas no texto desde a primeira publicação graças à atenção de Ariadne Xavier, a quem agradecemos.