26.12.11

A KIPPAH EM UMA SOCIEDADE MULTIRRELIGIOSA


JOVENS JUDEUS NO PÃO DE AÇÚCAR CONFRATERNIZAM COM SEU BLOGUEIRO CRISTÃO-ESPÍRITA (Foto da Júlia)


Oito de dezembro. Feriado em BH, dia de resolver problemas no Rio de Janeiro, que parece ter sido invadido por mineiros. As marcas de Minas Gerais estão por todo lado, como a disputa leal e gutural entre atleticanos e cruzeirenses na porta da agência dos correios atrás da embaixada norte-americana.

Depois do constrangimento na embaixada a que se submetem os que desejam conhecer as terras do Tio Sam, tão necessitada de turistas quanto temerosa de imigrantes ilegais e atentados a bomba, fomos aproveitar a vista maravilhosa do Pão de Açúcar.

Subir de bondinho até ficar ao nível das nuvens, ver de um ponto o calçadão de Copacabana e de outro as embarcações mais diversas na baía de Guanabara. Ver as construções centenárias da antiga capital do país, e num golpe de vista esbarrar com as paredes de concreto e tijolos dos edifícios residenciais separados da água salgada por vias qualhadas de automóveis de todos os tipos.

Não dá para não notar nos barracões morro acima, no lixo que enfeia a bela água verde azul, no subemprego que transforma jovens promissores em "chamadores de táxi", "tomadores de conta de celular", "flanelinhas" e outras ocupações criativas que não geram riqueza, mas mitigam a miséria e perpetuam a ignorância sob o olhar complacente (ou indiferente?) das autoridades.

O Pão de Açúcar é um lugar alugado (e caro!) aos turistas. Com um pouco mais de cinquenta reais/cabeça se pode alçar os céus e conviver por um momento na torre moderna da Babilônia, onde convivem as línguas inglesa, espanhola, alemã, francesa, idiomas neo-eslavos e outros cuja sonoridade singular nos faz pensar de onde vieram e para onde irão.

Uma excursão de jovens de origem judaica, inconfundíveis por seus Kippah multicoloridos sobre as cabeças masculinas, mesmo as imberbes, encheu de alacridade e alegria adolescente o ponto de parada das compras e lanches.

Eu me deixava ficar gostosamente em uma mesinha, enquanto a família olhava os muitos objetos de compra e venda aos turistas, e acompanhava com os olhos e ouvidos o ir e vir dos muitos visitantes que transitavam pelos espaços cuidadosamente construídos e reconstruídos para se passar uma manhã ou tarde em meio às alturas e nuvens.

A filha menor fotografava, matreira, coisas, lugares e pessoas, com seu olhar ora curioso, ora furtivo.

Em um segundo me vi cercado de jovens, que estavam abordando os descuidados como eu, aparentemente disponíveis, e perguntando:

- Você sabe o que é um Kippah?

Meu conhecimento era o trivial, mas dava para o gasto.

- Sei, sim.

- Então, o que é?

No inusitado, lancei mão do meu apurado mineirês:

- Este "negócio" que os homens usam sobre a cabeça.

Negócio, assim como trem, significa coisa e pode muito bem significar peça de vestuário, mas surtiu bem o efeito de se fazer entender.

- Ele sabe o que é um Kippah! Disseram quase em coro, e me vi cercado de jovens de origem hebraica que brotaram de diversos lugares e me pediram uma foto. O momento parecia merecer um registro. Minha filha não se fez de rogada e alinhou sua câmera às demais. Ela não se preocupou muito com o foco, só com o clique mágico, e aí nasceu a foto desta matéria.

Como não podia perder a oportunidade, perguntei a uma quase adolescente, que aparentava seus quatorze ou quinze anos:

- E você, sabe o que significa um Kippah?

Ela me respondeu, sem respirar.

- É o negócio que se coloca sobre a cabeça! Reafirmando o conceito que eu acabara de criar, num ímpeto.

- Nâo! Disse. Quero saber o significado...

Ela não se constrangeu e voltou a responder com prontidão, com um certo ar de obviedade, muito respeitoso.

- Ora, significa que Deus está acima do alto da cabeça dos homens!

Agradeci, não sem surpresa. Certamente ela não falava da geografia de Deus, mas deixava seus lábios repetirem uma sabedoria milenar, que era comum a cristãos, judeus e muçulmanos, além de todas as variações que o espírito humano criou destas três sólidas raízes da religião.

Eles se foram, igualmente álacres e felizes com o passeio. Depois um jovem, talvez com algo de mineiro no sangue, retornou e mostrou-me um Kippah verde, dobrado duas vezes, e checou comigo:

- Você sabe o que é isso?

- Um Kippah, respondi.

Ele pareceu satisfeito com a resposta, mas meio contrafeito. Deve ter perdido uma disputa, mas aceitava a derrota como bom desportista.

Eles se foram, mas Deus ficou comigo, em minha mente, na sabedoria da resposta adolescente, herdada dos antepassados, nas minhas meditações.

15.12.11

EC ENTREVISTA A EDITORA DO CORREIO FRATERNO

Izabel Vitusso, Editora do Jornal Correio Fraterno
  
O Espiritismo Comentado conversou com esta jovem e dinâmica editora, Izabel Vitusso. Foram muitas perguntas ligadas ao jornalismo e à mídia especializada espírita, que iremos publicar aos poucos. Nesta primeira parte, tratamos principalmente do jornal "Correio Fraterno".
EC - Izabel, o que é o Correio Fraterno?

O Correio Fraterno é hoje o resultado de mais de 40 anos de trabalho de divulgação do espiritismo. Foram alguns dos fundadores do Lar da Criança Emmanuel, em São Bernardo do Campo, SP– dentre elas meu pai, Raymundo Espelho, que instituíram o jornal. Na época, a comunicação social espírita não ia além de poucos jornais e revistas.
Hoje, além de valorizarmos o importante acervo histórico que o Correio possui, trabalhamos para que a mensagem de consolo e da proposta libertadora da doutrina sensibilize um número cada vez maior de pessoas.
Daí a nossa preocupação em atualizar o estilo jornalístico da comunicação que realizamos e ir também utilizando as ferramentas que a era digital vem disponibilizando.

EC - Quais são as principais dificuldades que um editor de jornal espírita enfrenta hoje?

Ah! deixa eu falar das alegrias,vai... Porque o trabalho é indescritível. Perceber a cada edição, de jornal e de livros, a atuação do editores espirituais é uma lição que só nos acrescenta a cada dia. Sem contar que o trabalho favorece o nosso contato com pessoas em todos os cantos do Brasil e do mundo, que passam a fazer parte do nosso rol de amigos, verdadeiros representantes do Correio no movimento espírita. Nós somos realmente muito unidos na equipe, uma verdadeira roda de amigos que tem como ideal a deliciosa incumbência de encontrar as estratégias na comunicação para sensibilizar aqueles que nos leem. Existe um jargão no jornalismo que diz que o maior desafio de quem escreve é que seu texto seja lido, de preferência até o fim. Levamos isso muito a sério e acrescentamos: que o leitor sinta-se também tocado por aquilo que lê.
Quanto aos desafios, penso que adequar a comunicação social espírita seja um deles. O espiritismo venceu as paredes da casa espírita. Está estampado na grande rede, pela internet. E se não apropriamos o nosso discurso para esse público, corremos o risco de praticar uma espécie de proselitismo, diante daqueles que não estão abertos e com interesse como nós.
Nosso entusiasmo muitas vezes soa como desejo de conversão do outro, como: “se é tão bom para mim, ele tem que entender que será bom para ele”. E esquecemos que cada um tem suas escolhas, suas necessidades, seus momentos.
Penso que o importante é falarmos sobre a doutrina, evidenciando o conjunto das ideias encadeadas, os fundamentos que dão corpo a ela, os aspectos consoladores, e tudo o que de maravilhoso ela possui, mas observar se não estamos desvalorizando as opções de escolhas de cada um. Todos são livres para escolherem o que quer que seja. Penso que ficou pra traz o discurso de coerção.
EC - Você considera o Correio um jornal local, mais posicionado no estado de São Paulo ou nacional?

Nós trabalhamos sempre com a ideia da abrangência de assuntos e localidades e distribuição. Mas não há dúvidas de que nossa relação se fortalece muito mais com o que e quem está à nossa volta. Pela própria proximidade. Daí a importância da participação de amigos do movimento espírita que tem nos auxiliado, enviando fotos e informações sobre os mais diversos eventos que ocorrem com fartura pelo Brasil e também no exterior. Muitos companheiros já se familiarizam com a nossa linha editorial e têm nos brindado com excelentes trabalhos, que são publicados no jornal impresso e em nosso site, como por exemplo o jornalista André Trigueiro, em sua coluna Mundo Sustentável.

10.12.11

GUARACI ENTREVISTOU-ME PARA A REVISTA O CONSOLADOR.





Foto na entrevista com a TV Minas Educativa em 2010

Atualidade, trabalho, espiritismo e movimento foram temas propostos por Guaraci Lima Silveira, de Juiz de Fora, para a revista digital "O Consolador". Prestigie e comente!

9.12.11

QUANTAS GELATINAS ATÉ AGORA?



190 pacotinhos de gelatina!

A Campanha da Gelatina está chegando ao final e conseguimos um quinto da cota completa da Associação Espírita Célia Xavier.

Agradecemos muito aos amigos de Montes Claros - MG, aos familiares de Ipatinga-MG e do extremo sul da Bahia, assim como aos colegas de hemodiálise do Instituto Mineiro de Nefrologia, em Belo Horizonte.

Para quem gosta de prestação de contas, ficou assim:

8 caixas com 15 pacotinhos de Gelatina Royal
19 pacotinhos de Gelatina Royal
45 pacotinhos de Gelatina Carrefour
5 pacotinhos de Gelatina Otker
1 pacotinho de Gelatina AMO

Total: 190 pacotinhos de Gelatina

Aguardem notícias da confecção das cestas e da distribuição.

Obrigado a todos os que participaram.

4.12.11

ANIMISMO, VAIDADE E LIVROS ANÍMICO-MEDIÚNICOS.


Neste filme, o personagem encontra médiuns que dão comunicações com alto teor anímico, antes de obter uma comunicação convincente.  
Animismo: Do latim anima (alma).
A palavra animismo, com o sentido com que é usada hoje, é estranha a Kardec. O fenômeno que ela representa não. No capítulo 19 de "O Livro dos Médiuns" discute-se o papel do Espírito do médium nas comunicações.
Kardec fala da possibilidade de uma pessoa encarnada comunicar-se pela via mediúnica. Ele entende que se o encarnado estiver em estado alterado de consciência (Allan Kardec usa o termo crise sonambúlica ou extática). Lembre-se o leitor que ele já havia tido contato com sonâmbulos antes de conhecer o fenômeno mediúnico. Contudo, isso não é animismo, mas "comunicações mediúnicas entre vivos" (termo de Ernesto Bozzano).
Continuando o capítulo, ele fala que o Espírito do médium pode recordar-se de conhecimentos adquiridos em existências anteriores, que ele não possui na presente vida.
Uma das mais importantes colocações de Kardec, nem sempre lembrada pelas pessoas hoje, é que na comunicação mediúnica, o Espírito do médium serve como intérprete do comunicante, ou seja, exerce uma influência sobre o conteúdo da mensagem, podendo alterar as respostas, segundo "suas próprias ideias e seus pendores". Isto é a mesma coisa que dizer que em toda comunicação mediúnica há uma parcela anímica, devido ao mecanismo próprio das comunicações mediúnicas. (Parágrafo 7º)
Se o animismo ou, em menor escala, a influência do médium sobre a comunicação, é como a de um intérprete, não há como esperar-se que as comunicações mediúnicas sejam infalíveis. Mesmo um bom médium interfere nas comunicações, o que exige dos que se dedicam a esta prática um cuidado especial para que não sejam iludidos pelo seu próprio inconsciente.
Com o passar dos anos, o movimento espírita brasileiro criticou a prática do trabalho isolado do médium, recomendando que ele se dedique às suas faculdades em grupo, que teria a liberdade de observar, recomendar e criticar antes que sua produção se torne pública. Infelizmente, nem todos seguem esta metodologia, e muitos os membros de grupos encantam-se com o lápis que corre solto pelas páginas, idealizam o intermediário e consideram-no uma pessoa superior, o que não é sensato.
Este lugar social os deixa muito expostos à vaidade. Mesmo sabendo-se limitados, eles passam a acreditar "nesta personagem" criada pelos admiradores, e recebem com surda resistência qualquer crítica que lhes seja dirigida, acreditando-se superior aos pares.
Uma vez pública a sua produção, fica mais e mais difícil rever conceitos, somente as grandes pessoas conseguem aceitar de coração seus equívocos. Dessa forma, não é necessário um espírito fascinador para que um médium escreva belos textos entremeados de tolices, basta a velha vaidade para confundi-lo e cristalizar opiniões insensatas.

29.11.11

AS CESTAS DE NATAL E A CAMPANHA DA GELATINA


Gelatinas em 2008


Há décadas o grupo que frequento realiza uma festa de natal para famílias em situação de vulnerabilidade social. Já escrevi sobre uma delas no Espiritismo Comentado, e elas geralmente fecham um trabalho pontual, mas sistemático de recebimento das famílias, discussão de temas de interesse, oferta de passe aos interessados, acesso a curso de gestantes (preparação para a maternidade), cursos de qualificação profissional e diversas outras atividades de apoio e promoção social realizadas pelos grupos de Associação.

No Natal geralmente lembramos de Jesus, através de uma peça teatral amadora, aproximamos os membros da casa com a campanha e a confecção de cestas, cantamos e acolhemos as pessoas e um acompanhante.

Marlene Assis costumava dizer a todos que o que lhes oferecíamos era a festa, a cesta era apenas um "cafezinho", coisa que todo bom anfitrião em Minas oferece a seus visitantes.

Sempre houve um debate em torno no "assistencialismo", mas esta festa de natal sobreviveu às mudanças favoráveis à promoção social, possivelmente por seu caráter espiritual e pela integração que sempre proporcionou a diversos segmentos de nossa casa. (Associação Espírita Célia Xavier - Belo Horizonte, Betim e Ribeirão das Neves - MG)


Voluntários preparando cestas

Como é a cesta de natal este ano?

Açúcar - 5 Kg
Arroz - 5 kg
Feijão - 2 Kg
Macarrão - 2 Kg
Farinha de Mandioca - 1 kg
Fubá - 2 kg
Óleo - 2 lt
Sal - 1 Kg
Tempero - 1 pt
Milho Verde - 1 lt
Sabão - 2 un
Chá - 1 cx
Caldo de carne - 2 tb
Sardinha - 2 lt
Gelatina - 2 cx
Extrato de tomate - 1 lt
Salsicha - 1,5 kg
Refresco artificial - 2 pt
Doce - 1 barra
Refrigerante pet 2 lt - 1 un

São ao todo quase 500 cestas que serão montadas nos dias 15 e 16 de dezembro no Lar Espírita Esperança (Salgado Filho - BH) e distribuídas na festa de natal que segue o seguinte calendário:

17/12 - 08:00 Lar Espírita Esperança (Belo Horizonte)
17/12 - 09:00 Casa de Etelvina (Betim)
17/12 - 09:00 Nova Luz (Rosaneves - Ribeirão das Neves)
18/12 - 09:00 Lar Espírita Esperança (Belo Horizonte)


Cestas prontas para a entrega em 2008



Cestas confeccionadas

Em breve divulgo os resultados da campanha de gelatinas para a cesta.

24.11.11

MAIS RECORDAÇÕES SOBRE RAUL TEIXEIRA


Foto postada no twitter @mansaodocaminho em 22/11


Recebi da Débora esta foto que mostra a recuperação de Raul Teixeira nos Estados Unidos e fiquei pensando sobre a oportunidade de divulgar sua obra. Geralmente a desencarnação é usada para a recordação dos que se foram e do que fizeram, e às vezes os torna notáveis. Oxalá pudessem os homens fazer sua homenagem aos que merecem enquanto estão conosco.

1985. Uma das lideranças ativas da Aliança Municipal Espírita de Belo Horizonte era a amiga Telma Núbia, que, entre mil atividades, organizou um simpósio sobre mediunidade em nossa capital com Divaldo Franco e Raul Teixeira.

O evento ocorreu, salvo engano, no auditório do Colégio Tiradentes, em Santa Tereza, local capaz de abrigar mais de quinhentas pessoas àquela época.

Ambiente cheio, a AME havia elaborado dezenas de perguntas para os dois expositores espíritas tratarem ao longo do dia. Eles se intercalavam nas respostas, cada um respondia a uma pergunta.

Acostumados a vê-los em conferências públicas e a ver Raul em estudos com grupos menores, geralmente habituados a dissertações de 90 minutos ou mais, qual não foi a nossa surpresa quando os vimos respondendo sucintamente, em menos de cinco minutos, cada pergunta.

Os assuntos desenvolviam-se e iam desde o conceito de mediunidade, à prática e às questões associadas e à obsessão. Apesar da brevidade, as perguntas completavam-se, como em uma peça, e assistíamos todos atentos ao simpósio.

Ambiente harmonioso e tranquilo, encerrado o evento, voltamos para casa.

Passados alguns meses, encontrei a Telma sorridente. Eles haviam gravado as respostas e a AME-BH publicaria o seminário em forma de livreto.

Mais alguns anos, a editora Fráter solicitou o material, ampliou-o e lançou o livro Diretrizes de Segurança, que tem sido utilizado como um guia de estudos para a prática mediúnica.


Capa atual do Diretrizes de Segurança


Recomendamos este livro a todos os que procuram uma leitura sensata sobre o tema.


23.11.11

ANIVERSÁRIO DE AMÉLIE-GABRIELLE BOUDET: VOCÊ CONHECE?




A TV Mundo Maior publicou este pequeno vídeo sobre a Sra. Rivail, que nasceu no dia 23 de novembro de 1795 (2 do Frimário do ano 4, segundo o calendário da revolução francesa, cf. Zêus Wantuil e Francisco Thiesen). 

Agradeço à Magali Bishop a dica.

19.11.11

NOTÍCIAS E RECORDAÇÕES DE RAUL TEIXEIRA


Raul Teixeira

Conheci Raul Teixeira ainda na adolescência, em palestras e encontros que ele realizava junto à Mocidade da Associação Espírita Célia Xavier, em Belo Horizonte. Ele sempre dispensou atenção especial aos jovens, e com o apoio dos adultos, viajávamos pelo interior mineiro, acompanhando e aprendendo muito com seu conhecimento e experiências espíritas. Não faltou oportunidade de conhecer os espíritas e o movimento espírita de Niterói, e acompanhar o nascimento da Sociedade Espírita Fraternidade e a construção da sede de São Gonçalo.

Janeiro era o mês em que podíamos contar com sua presença, embora não raro ele viesse a Belo Horizonte ao longo do ano.

Foram muitos eventos, como os marcantes estudos das Cartas de Paulo, no auditório do Hospital Espírita André Luiz, em finais de semana que iniciar-se-iam com uma palestra pública na sexta-feira, atividades ao longo do sábado e do domingo.

Raul sempre repetia o conselho do apóstolo dos gentios a Timóteo: "Foge das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, a caridade, a paz com aqueles que, de coração puro, invocam o nome do Senhor." (2 TIM 2:22)

O tempo passou, e embora nossos encontros tivessem datas cada vez mais dilatadas, o apreço, carinho e consideração sempre permearam nossas relações.

Esta semana todos recebemos a notícia de um acidente vascular cerebral que o  expositor espírita de Niterói - RJ sofreu em viagem para os Estados Unidos. 

A Sociedade Espírita Fraternidade tem publicado relatórios frequentes sobre seu estado de saúde. Remetemos, portanto, o leitor que deseja acompanhar o que esperamos ser a recuperação da saúde física do Raul para esse blog e desejamos força a ele e aos seus irmãos de trabalho e convivência mais próximos.

13.11.11

CAMPANHA DE NATAL: GELATINA


Olha só o que dá para fazer com gelatina!
(Colaboração: Júlia Sampaio)

Todos os anos, a Associação Espírita Célia Xavier realiza uma Campanha de Natal para a distribuição de cestas de alimentos para assistidos de comunidades em situação de risco nas regiões da zona oeste de BH, Citrolândia e Ribeirão das Neves.

Estas comunidades participam de diversas atividades de promoção social em seu próprio benefício, como cursos de gestantes, encontros com as famílias, oficinas profissionalizantes, entre outras. O Natal é uma época que escolhemos para comemorar juntos o ano que passamos e a cesta é um presente simbólico.

Em 2011, o Espiritismo Comentado entrou na Campanha e está tentando arrecadar pacotinhos de gelatina. Anualmente minha filha menor trabalha na confecção de cestas e seu trabalho é colocar dois pacotinhos de gelatina em cada uma. Como distribuiremos cerca de 500 cestas, a meta da AECX é receber donativos de cerca de 1000 pacotinhos. 

Vamos colaborar? Não vale doar gelatina de má qualidade...

As doações podem ser entregues na Associação Espírita Célia Xavier, situada à Rua Coronel Pedro Jorge, 314 - Prado. Belo Horizonte-MG. A secretaria recebe as doações, e você comunica que está participando da campanha pelo Espiritismo Comentado. 

A data limite para o recebimento das doações é o dia 14 de dezembro. Depois disso, haverá a confecção de cestas e a distribuição.

Vou divulgar ao longo da campanha outros postos de coleta, que talvez sejam mais fáceis ou próximos para vocês.

Vamos cobrir a meta?

12.11.11

EDUCAÇÃO INTER-RELIGIOSA



Capas dos livros Todos os Jeitos de Crer - Editora Ática

A matéria sobre o caráter cristão do espiritismo fez nascer uma conversa com uma leitora do blog (Profa. Janaína) que trabalha com educação pública e tem visto como a escola, ao optar por não tratar das religiões com suas características distintivas, acaba reproduzindo o ambiente social, que é de desconfiança, preconceito e desinformação.

Não tratar das religiões parece ser o mesmo que tratar de forma exclusiva (dar uma educação católica ou evangélica, em lugar de uma educação inter-religiosa).

Como forma de lidar com o problema sem sectarismos, a profa. Dora Incontri e o prof. Alessandro Bighetto publicaram uma coleção de livros-texto para a educação inter-religiosa.

Encontrei na internet alguns relatos de experiências que eles desenvolveram em escolas, que primaram pelo respeito às diversas "formas de crer". Os links estão no comentário da matéria "O espiritismo é uma doutrina cristã?". E você, leitor, o que pensa? http://espiritismocomentado.blogspot.com/2011/11/o-espiritismo-e-uma-doutrina-crista.html

HOSPITAL ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ PUBLICA JORNAL





7.11.11

SUPERFALACIOSA: A OPINIÃO DE RITA FOELKER

Rita Foelker: escritora


Rita Foelker mantém um blog chamado Ciência do Invisível. Trabalho de fôlego, arte e elegância, três qualidades difíceis de se encontrar bem articuladas na "blogosfera".

Ela fez um artigo muito claro, no qual comenta o artigo da Super, que se pode ler clicando neste link.  http://cienciadoinvisivel.blogspot.com/2011/10/falacia-e-mais-interessante-que-o-texto.html

Sua análise consegue mostrar mais uma faceta do trabalho do autor e do editor que outros autores, menos versados em filosofia, ainda não haviam abordado. Ela fala das falácias e da falácia do espantalho. Eu não vou ficar comentando, para que vocês não percam a oportunidade de ler o texto diretamente na fonte.

Um adendo apenas: como a Super escolhe os opositores das ideias que critica? No Google? E não confere sua formação e a produção no Lattes (a principal fonte de informações sobre os pesquisadores do Brasil e de alguns países do exterior, que leva a respeitada chancela do Conselho Nacional de Pesquisa - CNPq)?

6.11.11

LIHPE NO CANADÁ



Marco Milani em Toronto - Canadá

A Liga de Pesquisadores do Espiritismo - LIHPE, é uma rede de pesquisadores e estudiosos do Espiritismo, que tem se reunido virtualmente em caráter permanente (lihpe87@yahoogrupos.com.br) para intercâmbio de material de pesquisa, traduções, pedidos de ajuda e opinião sobre trabalhos em curso. Anualmente temos nos reunido no Encontro Nacional da LIHPE - ENLIHPE, que tem acontecido em São Paulo, na sede do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo - Eduardo Carvalho Monteiro.

Desde que foi reativada, a LIHPE já organizou três livros: Pesquisas sobre o espiritismo no Brasil, A temática espírita na pesquisa contemporânea e O espiritismo visto pelas áreas de conhecimento atuais (Edições CCDPE-ECM, LIHPE e Editora EME).


Banner do encontro

Mais recentemente, o Dr. Marco Milani apresentou a LIHPE para os espíritas e interessados canadenses, e nos enviou a seguinte sinopse e fotos, que passamos a transcrever:


Vista do público


"Com o tema central “Mediunidade”, nos dias 29 e 30 de outubro ocorreu o III Toronto Spiritist Weekend, no Canadá, evento cuidadosamente planejado pelo movimento espírita local. O público estimado em ambos os dias foi de 100 pessoas."

"A convite da comissão organizadora, Marco Milani apresentou um panorama da produção acadêmica recente sobre Espiritismo no Brasil e apresentou as atividades da Liga de Pesquisadores do Espiritismo (LIHPE), destacando que esse grupo virtual vem aproximando pesquisadores acadêmicos e não-acadêmicos do Brasil e do exterior. A proposta de formação de rede entre estudiosos e a ênfase na divulgação de trabalhos científicos sobre o Espiritismo despertou muito interesse no público presente, principalmente porque o ambiente cultural de países como Canadá e Estados Unidos favorece  a abordagem científica da Doutrina Espírita."


Alguns participantes com o convidado

5.11.11

O ESPIRITISMO É UMA DOUTRINA CRISTÃ?

João, o apóstolo


Giovanni Reale e Dario Antiseri (2011) escreveram e publicaram uma coleção intitulada História da Filosofia. No Brasil, a Paulus fez a empreitada de traduzir para a língua portuguesa e trazer a público.

No segundo volume, os autores apresentam a filosofia patrística e escolástica. Com mais de 300 páginas, eles podem se dar ao luxo de apresentá-las com mais cuidado. Um tema desenvolvido por eles vem de encontro às nossas pesquisas sobre a identidade do cristianismo.

O Cristianismo é trinitário?

Minha filha entrou em debate com seu professor de religião, que afirmou que embora os espíritas acreditem ser o Espiritismo uma doutrina cristã, o resto da cristandade não compartilhava desta posição. Ele se justificou: na sua concepção de cristianismo a doutrina trinitária (Deus-Jesus-Espírito Santo são uma só pessoa) é o marco central. Quem não aceita este dogma, não é cristão.

A Construção do Trinitarismo

O Trinitarismo não é um ponto pacífico entre os cristãos dos primeiros séculos. Reale e Antiseri entendem que alguns problemas enfrentados foram centrais: a conciliação do Antigo Testamento com o Novo Testamento, os problemas textuais (a multiplicação de textos) e os problemas teológicos (que têm por centro a questão da trindade).

Comecei uma leitura dos textos dos chamados Padres Apostólicos (os que foram discípulos dos apóstolos e deram sequência ao movimento cristão). Em Clemente Romano, por exemplo, não há clareza alguma do trinitarismo. O tema não parece ser relevante em suas preocupações, que envolviam as discórdias internas do movimento e o ethos cristão.

Esta questão vai tornar-se relevante aos poucos, no confronto entre o pensamento cristão, que se desenvolve a partir dos "padres apologistas", debatedores com os filósofos e que aos poucos absorvem alguns dos instrumentos do pensamento filosófico. 

Os filósofos italianos afirmam: "A formulação definitiva do dogma da Trindade só ocorreu em 325, no Concílio de Nicéia, depois de longas discussões e polêmicas, quando foram identificados e denunciados os perigos opostos do adocionismo (...) e do modalismo (...), bem como uma série de posições relacionadas a estas de diversos modos." (pág. 29-30)

A pergunta que não quer calar

Publicamos há alguns meses uma matéria sobre o Concílio de Nicéia, suas interferências políticas e os interesses que o cercaram, bem como sua composição e como foram votadas suas conclusões. 

Independente deste relato, se o trinitarismo como conhecemos só foi formulado no século IV, e se as posições do movimento cristão iam da indiferença à oposição a esta tese, dar-se-á que os cristãos dos primeiros séculos fossem heréticos, todos heréticos? Penso que não, assim como nós espíritas, nos dias de hoje.

O trinitarismo não é o pilar central do cristianismo, é só uma ideia dos cristãos dos séculos III e IV que se tornou majoritária no futuro. Uma esquina de pedra.

4.11.11

SUPERINTERESSANTE: A OPINIÃO DE RICARDO ALVES DA SILVA


Alfred Russel Wallace

Mais uma Superinteressante nas bancas falando de Espiritismo, desta vez abordando o que ela denominou Ciência Espírita.

Em tempos de redes sociais, entrevistas gravadas ou realizadas por meio de registro escrito das respostas dadas aos questionamentos feitos, podemos nos felicitar com o acesso direto das informações geradas pelos entrevistados. É claro que na reportagem deve constar o tratamento de outras fontes de informação, atividade que acredito ser inerente ao trabalho dos profissionais envolvidos.

No caso da Superinteressante deste mês, o Dr. Alexander Moreira-Almeida, através dos documentos em anexo e que também podem ser localizados nas Notícias, em 13/10/2011, do site http://www.ufjf.br/nupes/, nos ajuda a entender um pouco mais da seriedade de seu trabalho como cientista, e não cientista espírita como a reportagem sugere e induz a uma interpretação duvidosa do seu trabalho.

As informações publicadas pelo Dr. Alexander Moreira-Almeida e a edição de outubro/2011 me fizeram revisitar dois trechos, distantes um do outro, que acabei de ler no início do livro “Diálogo com os Céticos”, de Alfred Russell Wallace, tradução de Jáder dos Reis Sampaio, editora Lachâtre, transcritos abaixo:

“É, por consequência, no interesse da verdade que toda doutrina ou crença, por mais bem estabelecidas ou consagradas que pareçam ser, devem em certos momentos ser desafiadas a armar-se com os fatos e raciocínios que possuem, para encontrar-se com seus oponentes no campo aberto da controvérsia, e batalhar pelo seu direito de existir.”

“Contudo, uma teoria ou crença pode ser sustentada por argumentos muito ruins e, ainda assim, ser verdadeira, ao mesmo tempo que pode ser sustentada por argumentos muito bons e ser falsa; mas nunca houve teoria verdadeira que não tivesse nenhum argumento bom a sustentá-la.”
 
 
A forte exposição da Doutrina Espírita, ou indícios dela, junto ao público, por meios nem sempre atentos à qualidade da informação veiculada, e as consequentes críticas veladas que surgem em reportagens duvidosas nos indicam a atualidade das palavras deste honesto cientista do século XIX, escritas em outro contexto que o livro citado evidencia com clareza, mas cujos vícios pelo visto permanecem até hoje.
Ricardo Alves da Silva
Natal - RN

31.10.11

DORA INCONTRI E A SUPERINTERESSANTE


Dora Incontri


Muitos dos leitores do blog conhecem a Dra. Dora Alice Colombo, vulgo Dora Incontri. Ela defendeu a tese "Pedagogia Espírita: um projeto brasileiro e suas raízes histórico-filosóficas", na USP em 2001. Depois disso, outros pesquisadores das áreas de ciências humanas têm dado suas contribuições à linha de pesquisa que ela inaugurou, como é o caso de Alessandro Bighetto, que defendeu a dissertação de mestrado "Eurípedes Barsanulfo: um educador espírita na primeira república" na UNICAMP.

O que ela pensa da matéria da Super sobre Ciência Espírita?

Veja em                                                                                             http://www.espiritualidades.com.br/Not_2011/2011_10_16_cienca_espirita_reportagem_superinteressante_replicas.htm

28.10.11

CONHEÇA ELIAS BARBOSA

Figura 1: Foto de Elias Barbosa



Em trinta e um de março de 2011, retornou à pátria espiritual o médico e professor Elias Barbosa. Eu não o conhecia pessoalmente, apenas sua relação com Chico Xavier, e o nome que aparecia na coautoria ou organização dos livros de mensagens de familiares recebidas pelo grande médium mineiro.

Quem foi Elias Barbosa? Oceano Vieira de Melo começou um projeto para suprir esta negligência do movimento espírita. Um primeiro vídeo já está disponível no You Tube, e ele emociona pelos depoimentos da família e pela pequena transcrição de uma palestra do Dr. Elias, onde se vê a mineiridade dos causos, a serenidade das ideias e a profundidade do pensamento, em um discurso humilde, geralmente mal interpretado em outras regiões do país.

27.10.11

AGENDE-SE: CRIAÇÃO DA AJE-MG



Recebemos correspondência comunicando e convidando os interessados para participar da criação da Associação Jurídico Espírita de Minas Gerais, na sede federativa da União Espírita Mineira. Segue a programação do evento para os interessados.

Dia: 05.11.2011

Local: sede federativa da União Espírita Mineira, situada na Av. Olegário Maciel, 1.627, Lourdes, em Belo Horizonte-MG [em frente ao Shopping Diamond Mall].

Programação:

14 h Recepção e momento artístico, coordenação Rafael Souza e Cárita Carizzi (acadêmicos de Direito)
14h15 Abertura do evento pelo Presidente da União Espírita Mineira Marival Veloso de Mattos (advogado)
14h30 Palestra com o Presidente da Associação Jurídico Espírita do Brasil Tiago Essado (promotor de justiça), com o tema “Justiça e Direito na Obra de Chico Xavier”
15h30 Café com prosa
16h Análise, discussão e votação do Estatuto da AJE-MG, coordenação de Luciano Alencar da Cunha (advogado)
17h Eleição e posse da primeira diretoria da AJE-MG, coordenação de Joaquim Martins Gamonal (magistrado)
17h30 Plano de Trabalho 2012, coordenação Rafael Souza e Cárita Carizzi (acadêmicos de Direito)
18h Encerramento pelo(a) presidente eleito(a) da AJE-MG




26.10.11

ENTREVISTA COM LUIZ ANTÔNIO PESSOA, AUTOR DO LIVRO VADE MECUM ESPÍRITA



Figura 1: Capa do Livro Vade Mecum Espírita

Especificações técnicas: número de páginas: 624, Formato: 16 x 23, Editora: Boa Nova.
Preço de capa: 44,00 Disponibilidade para vendas: www.ccdpe.org.br/wccdpe/loja/

Luiz Pessoa Guimarães, 64, é administrador de empresas, industriário, colaborador da União Espírita de Piracicaba-SP, palestrante espírita, comentarista do programa radiofônico “Visão Espírita”, pela Rádio Brasil Santa Bárbara do Oeste, fundador do Projeto Vade Mecum Espírita, conhecido em 72 países, com 3.500 assinantes do Newsletter.


 Figura 2: Luiz Pessoa Guimarães, autor do livro

Do que trata o livro Vade Mecum Espírita?
O Vade Mecum Espírita é um livro de pesquisa destinado a oradores, expositores, divulgadores bibliotecas, livrarias e escritores espíritas. Para 2.400 assuntos diferentes, indicamos a bibliografia espírita com o nome do livro, autor e o numero da página onde poderá ser estudado aquele assunto específico. Possibilita-nos comparar as visões de almas e espíritos diversos sobre um mesmo assunto

Como e quando iniciou? Com qual finalidade?
Este trabalho nasceu por volta de 1982 quando ingressamos nas fileiras dos estudiosos do assunto. Nosso objetivo, como todo bom presbiteriano era organizarmo-nos para revermos determinados conceitos quando dele tivéssemos necessidade no futuro. Aquela frase famosa de todos nós “Onde é que eu já lí isto?”

E o projeto VME, do que compõe? Como funciona?
O Projeto “Vade Mecum Espírita” nada mais é do que as várias formas que utilizamos para divulgar a Doutrina dos Espíritos. O primeiro processo de divulgação é o livro, que consiste em todas as etapas necessárias para manter o livro sempre atualizado, adicionar novos títulos, assuntos e sua editoração. O segundo processo é a confecção de apostilas onde são reunidos num mesmo volume todos os textos catalogados possibilitando o estudo comparado daquele assunto específico. Por exemplo: Reunimos dezenas de comunicações psicografadas de Allan Kardec o que nos possibilita uma análise em grupo dos vários conteúdos, estilos e características existentes em cada comunicação. Além de “Alan Kardec Espírito” possuímos mais algumas dezenas de títulos. O terceiro processo é o site com domínio próprio www.vademecumespirita.com.br onde além de apresentar toda a pesquisa contida no livro e atualizada diariamente, trazemos à tona artigos maravilhosos que ao longo de nosso trabalho, destacamos como especiais. O quarto processo é o Twitter http://twitter.com/vmespirita onde postamos mensagens curtas não só extraídas de obras espíritas, mas também proferidas por personagens de nossa história e que revelam que o pensamento espírita esteve sempre “no ar”. Finalmente o quinto projeto é o nosso programa radiofônico: Visão Espírita, dirigido pelo radialista Edson Evangelista sob a responsabilidade da USE de Santa Bárbara d´Oeste. Os comentários são proferidos por mim, Alan, André e Geraldo. O programa é divulgado pelos 690 KHz da Rádio Brasil e pela internet www.radiobrasilsbo.com.br  Todos estes processos podem ser multiplicados de forma geométrica com a entrada do CCDPE-ECM, pois, atualmente, com exceção do programa de rádio e as apostilas onde conto com a colaboração da Suzél e da Deise, todos os outros processos são realizados só por mim de forma muito lenta. Imagine os cinco projetos dissecados em dezenas de tarefas e cada tarefa realizada por vários colaboradores.
Conte-nos sobre a 8ª edição do livro.
Esta 8ª edição esta sendo distribuída após nove anos do lançamento da 7ª edição e com 47% de informações a mais que a última edição. Inicialmente, estava um pouco apreensivo, pois com o acréscimo de informação e a inflação de 130% ocorrida do período da última edição que foi lançada a R$ 30,00, projetava-se um preço em torno de R$ 90,00. Graças ao bom trabalho da Boa Nova Editora o preço de lançamento foi inferior à metade desta projeção. Quando vimos o livro entre os “mais vendidos” no site da Editora tomamos um susto, pois trata se de uma obra de pesquisa concorrendo com romances. A edição esta praticamente esgotada após dois meses do lançamento. Queremos deixar aqui registrado o nosso agradecimento ao nosso confrade Eurípedes Kühl que foi o responsável direto por esta aproximação com a Boa Nova Editora. Estamos muito satisfeitos com o trabalho profissional da Boa Nova.

E o site Vade Mecum Espírita?
Sobre o site Vade Mecum Espírita (www.vademecumespirita.com.br) hoje contamos com 3.500 visitantes com assinatura para o recebimento de nossas News Letters e aproximadamente 170 visitas diárias. O site nos oportuniza trazer à tona todos os artigos que durante nosso trabalho de catalogação do livro classificamos como artigos especiais. A qualidade do material ali exposto é excepcional e artigos que estavam esquecidos foram trazidos à tona e reciclaram diante do público. Nosso site é visitado em 83 países e mais de 700 cidades brasileiras. Diante do sucesso inquestionável e da visibilidade que alcançou a Imagenet (nosso provedor e web design) está providenciando uma versão mais moderna do site a custo zero.
Agradeço a oportunidade que nos ofereceram de divulgar o nosso trabalho.



Luiz Pessoa Guimarães - Piracicaba 25 de Outubro de 2011

O Espiritismo Comentado agradece a Dra. Júlia Nezu, que realizou a entrevista com o autor do livro.

25.10.11

AFINAL, O ESPIRITISMO É RELIGIÃO?

Temos um novo livro tratando do espiritismo no Brasil, publicado a partir de uma dissertação de mestrado em ciências sociais, escrito por Célia Arribas. Não o li ainda, mas achei muito curioso comparar uma entrevista da autora dada à TV Mundo Maior com a entrevista que foi para o Jô.
 
Qual é a sua opinão, leitor?