Palavras Chave: mediunidade, psicopictografia, espiritismo, arte espírita.
20.8.09
REVISTA DA UNCAMP PUBLICA ARTIGO SOBRE PSICOPICTOGRAFIA
Palavras Chave: mediunidade, psicopictografia, espiritismo, arte espírita.
16.8.09
MUITO SERÁ PEDIDO
O que se conhece pouco é o contexto no qual foi dita a frase magistral, que encerra uma história de Jesus para os apóstolos.
Jesus utiliza a imagem do senhor e dos servos. Na sociedade judaica, a servidão era uma forma de quitação de dívidas.
O Rabi conta a história de um senhor que saiu para uma festa de núpcias. À época, este tipo de festa poderia durar muitas horas e até dias. Como tivesse muitos servos ele escolheu um deles e repassou a responsabilidade sobre a casa. Neste caso, os demais servos deverão obedecê-lo e ele pode, segundo os costumes da época, puni-los com chibatadas se necessário for.
Diante do pequeno poder que lhe é confiado este servo pode fazer duas coisas. A primeira é ser zeloso com seus deveres, manter-se acordado (vigilante), pronto para atender a porta quando seu senhor chegar, com as lâmpadas de azeite acesas, mantendo a ordem na casa e tratando com humanidade os demais servos. A segunda é imaginar que o seu senhor demora a chegar, tornar-se arbitrário, espancar seus desafetos que se encontram sob sua autoridade, “comer, beber e embriagar-se”, esquecendo-se dos seus deveres e do seu lugar.
Jesus recomenda que o servo, temporariamente com as atribuições de administrador, mantenha os rins cingidos (esteja vestido adequadamente) e as lâmpadas acesas (Lc 12:35). Ele deve fazê-lo mesmo que o seu senhor chegue na segunda ou terceira vigílias (a noite era dividida pelos judeus em três vigílias), ou seja, tarde da noite.
Pedro parece perceber que Jesus está fazendo uma recomendação aos apóstolos e faz uma pergunta confirmatória (Lc 12:41), a qual é respondida afirmativamente, mas de forma igualmente metafórica.
O Mestre conclui sua parábola com uma explicação estranha, se tomada em separado, mas muito lógica. Se os servos exorbitarem na ausência do senhor, serão chicoteados (ou punidos, conforme a tradução), mas aquele que conhecia a vontade do seu senhor, será ainda mais punido.
Jesus ilustra o papel da vigilância na vida dos que desejam ser seus seguidores. Em linguagem espírita, é uma das passagens que mostra o papel da consciência do mal nas relações de causa e efeito.
Uma leitura psicológica possibilita a seguinte análise: além do sofrimento próprio da conseqüência dos atos equivocados, aquele que se reconhece negligente sofre duas vezes, porque lhe advém à mente que poderia ter agido de forma diferente para evitar as conseqüências indesejáveis.
No contexto contemporâneo, a história não se aplicaria apenas aos apóstolos, como na origem, mas a todas as pessoas. A vigilância não significaria apenas a fiel observância dos valores cristãos, mas a vida responsável pelas ações realizadas e a certeza de que nossas negligências ou cuidados desencadearão consequências futuras.
10.8.09
A GÊNESE EM PORTUGUÊS ANTES DA FEB
O livro traz informações importantes para o entendimento da História do Espiritismo Brasileiro
UM POUCO DE HISTÓRIA
Canuto Abreu, em seu livro “Bezerra de Menezes”, situa o Grupo Confucius como a primeira instituição espírita do Brasil, criada em 1873 com a finalidade “dirigir o Espiritismo e orientar a propaganda”. Ele perdurou por menos de três anos, e nele se fez a primeira tradução de “O Livro dos Espíritos”, atribuída a Joaquim Carlos Travassos. Nele o espírito Ismael defendeu como diretriz para o Espiritismo Brasileiro a frase “Deus, Cristo e Caridade”.
Do processo dissolução do Confucius surgiram inúmeros grupos de estudo nos lares de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, o que fez surgir, em 26 de abil de 1876, a “Sociedade de Estudos Espíritas Deus, Cristo e Caridade”, da qual um dos dirigentes ainda conhecido nos nossos dias foi Bittencourt Sampaio.
Houve discórdia dentro da Sociedade, associada às diferenças entre os alcunhados “místicos” e os “científicos”. Os primeiros fundaram em março de 1880 a Sociedade Espírita Fraternidade e os outros fundaram a “Sociedade Acadêmica Deus Cristo e Caridade” em 3 de outubro de 1879.
A TRADUÇÃO DE A GÊNESE
A Gênese que tenho em mãos é fruto de uma decisão do Centro, como se lê impresso, em agosto de 1881. Não sei dizer se a Sociedade Acadêmica atribuiu-se esta função ou se já existia uma tentativa de integração dos grupos existentes. Consta que foi traduzida em 1882 da oitava edição francesa.
Os editores fizeram informar no verso da capa que a Sociedade Acadêmica adotava cinco livros de Allan Kardec para seus estudos. São eles, com as respectivas classificações: O Livro dos Espíritos (parte filosófica), O livro dos Médiuns (parte experimental), O Evangelho Segundo o Espiritismo (parte moral), O Céu e o Inferno (parte doutrinária) e A Gênese (parte científica).
Os livros eram estudados em francês e suas traduções só eram aprovadas depois de cotejadas com o original. A tradução que tenho em mãos foi aprovada pela Sociedade Acadêmica.
O PREFÁCIO
A Sociedade faz escrever um prefácio ao livro de Kardec que cognominam “o colecionador” e, como os franceses, “o Mestre”.
Eles afirmam que alguns dos participantes da Sociedade queriam fazer modificações no livro, pela influência da obra de Roustaing, mas eles foram contrários:
“...publicamos a presente tradução da Gênese, sem a mínima alteração, e mesmo sem anotações; não concordamos que fosse aumentada, ou alterada...”
“A Sociedade Acadêmica julga que não lhe assiste, como a ninguém, o direito de alterar o plano e menos ainda as bases fundamentais, as teorias, a doutrina das obras publicadas pelo nosso Mestre...”
Alerta-se o leitor sobre a propaganda que se faz da Revista da Sociedade Acadêmica em substituição à da Revista de Paris (possivelmente a Revue Spirite), devido à facilidade de acesso para os leitores.
7.8.09
LA REVISTA ESPÍRITA EN ESPAÑOL
«El CEI - Consejo Espírita Internacional (Entidad que reúne y coordina actualmente el Movimiento Espiritista de 33 países) acaba de lanzar, en español, la Revista Espírita - Periódico de Estudios Psicológicos, de Allan Kardec, Año 1859, que ha sido traducida del original francés al castellano por Enrique Eliseo Baldovino. Era la única Obra Kardeciana que aún no había sido traducida al noble idioma de Cervantes, lengua que es hablada en el mundo por una expresiva colectividad de 400 millones de personas de habla hispana.»
«Una de las particularidades de la Revista Espírita de 1859, entre tantas otras, se encuentra en las páginas 365 a 369, donde ha sido rescatado por el traductor un facsímil del Fragmento de una Sonata, dictado por el Espíritu Mozart al médium Brion Dorgeval, hecho mediúmnico que Allan Kardec comenta favorablemente en la Revista Espírita del mes de mayo de 1859, en su notable artículo: Música del Más Allá, pág. 123. Las 5 partituras de esta música (muy rara) fueron quemadas en el tristemente célebre Auto de fe de Barcelona del 9 de octubre de 1861 por el obispo de aquella ciudad, Antonio Palau y Termens, documento histórico que ha sido recuperado en un Museo de Londres.»
«La traducción, cuya portada exponemos aquí, puede ser adquirida en el sitio de la EDICEI (www.edicei.com), a través del e-mail: spiritist@spiritist.org y también en la librería Mundo Espírita de la Federação Espírita do Paraná (http://www.livrariamundoespirita.com.br), a través del correo electrónico: livraria@mundoespirita.com.br (FEP)».
3.8.09
PILOTO DA SEGUNDA GUERRA REENCARNADO?
Primeira Parte do Programa no You Tube
24.7.09
CRÔNICA: SEXTÃO EM NOVA LUZ
Autorizações escritas dos pais em mãos, aguardamos que uma mãe esquecida chegasse esbaforida de carro, trazendo o papel que esquecera para que a filha pudesse seguir com o grupo.
Figura 1: Sextão com as prendas preparadas para distribuir em Nova Luz
O bairro Rosaneves fica em Ribeirão das Neves, considerada cidade dormitório por alguns analistas econômicos e região de criminalidade violenta pela Polícia Militar. Seguimos a BR040 até a entrada para Esmeraldas e entramos à direita. O comboio de carros de passeio seguia em fila indiana, e dentro dos veículos a conversa era animada.
Ao chegar ao bairro, a paisagem modifica. Casas simples em uma arquitetura horizontal, um comércio ativo porque era manhã de sábado e uma comunidade evangélica em cada quarteirão. Muitas destas comunidades eram simples como o povo, mas a igreja da Universal se destacava com sua altura acima da linha dos telhados e as grandes janelas azuis, penso que indicando prosperidade em meio à simplicidade.
Chegamos cedo, mas já havia crianças e mães à porta, esperando, álacres.
As paredes são simples e o salãozinho estava decorado com frases da mediunidade de Chico Xavier e da codificação em banners feitos com dedicação e pequenos problemas de ortografia.
As salas de aula foram transformadas em barraquinhas de jogos: boca do palhaço, latas empilhadas, arremesso de argolas e outros, tão característicos das festividades juninas.
Aos poucos as crianças foram entrando e eu saí para a rua para conversar com os membros da população que foram atraídos pela curiosidade. Uma criança, que não publicarei o nome nem a foto, olhava por detrás do gradil procurando pelos colegas que já haviam entrado. Eu perguntei se ele conseguia ver alguma coisa, e nós dois ficamos meio decepcionados, porque as janelas abertas e as filas não permitiam ver os jogos. Eu perguntei porque ele não entraria e ele me respondeu chateado que não podia porque ali era um Centro Espírita e os pais evangélicos jamais o inscreveriam na evangelização espírita. Solidário, perguntei se ele não ia no culto ou na escola infantil da igreja evangélica que os pais freqüentavam, e ele apenas me disse que não gostava de lá.
As crianças entravam e recebiam cartões que indicavam o número de vezes que poderiam jogar (e ganhar alguma coisa, uma pipoca doce, uma prenda...) Os impressos eram do DCE da UFMG, iam ser jogados fora após seu uso em alguma comemoração, e a coordenadora resolveu dar uma nova utilidade antes de reciclá-los. Até o papel impresso enchia os olhos das crianças.
Os motoristas fomos visitar o terreno e ouvir os planos que os olhos brilhantes do Carlos tinham para aquela luz acesa na comunidade. Uma fábrica de vassouras, tendo em vista a auto-sustentação, uma plantação de flores, um novo espaço para as atividades que vão surgindo com a adesão dos moradores da região ao grupo e ao Espiritismo.
Fiquei de enviar a ele possibilidades de captação de recursos para a efetivação de seus projetos.
Terminada a evangelização ainda encontramos membros da comunidade na biblioteca, trazendo e levando livros espíritas para casa. Outros estavam prontos para as aulas de informática, em um pequeno laboratório com máquinas já antigas, mas úteis para a inserção digital dos interessados.
Tudo organizado, voltamos cansados e felizes para os carros e voltamos conversando durante os quarenta e cinco minutos de estrada. O Henrique, de sete anos estava satisfeito. Perguntei a ele se gostava mais da atividade ou das aulas de evangelização, que ele me respondeu com a honestidade franca infantil: - Você está brincando? É claro que a excursão é melhor!
22.7.09
LIVROS ESPÍRITAS OU DE MERCADO CONSUMIDOR ESPÍRITA?
Dalmo Duque dos Santos fez uma oportuna reflexão sobre o novo mercado de livros espíritas que está em funcionamento. http://observadorespirita.blogspot.com/2009/07/paixao-pelos-livros.html
A questão dos romances açucarados que ele comenta é real e gostaria de adicionar minha opinião ao tema.
O romance, os contos e outras formas narrativas costumam ocupar o lugar de entretenimento, mas grandes escritores articulam sua história com o seu olhar sobre o mundo, que pode ser de crítica social, às vezes de análise psicológica, ou discutindo um tema de interesse do seu público leitor (sem cair no pedagogismo, que na minha opinião costuma empobrecer a narrativa). Ele intercala sua intenção de proporcionar uma leitura prazerosa com um algo mais.
Quando penso na literatura espírita, tão desconhecida pela maioria dos nossos especialistas universitários, não me esqueço da experiência pessoal de se ler livros como “Renúncia”, de Emmanuel, Memórias de Um Suicida, de Camilo (com comentários de Léon Denis, como nos mostrou o Pedro Camilo), “A Mansão Renoir”, de Alfredo, “Dor Suprema”, de Vítor Hugo, o notável “Memórias do Padre Germano” escrito a partir do ditado psicofônico do espírito Germano por Amália Domingos Soler, “Os Luminares Tchecos” de Rochester, entre muitos outros.
Estou evitando os novos autores intencionalmente, por uma razão: tenho lido menos romances .
Penso que o Dalmo concorda comigo: ele não levanta sua pena (melhor falando, seu teclado) contra o gênero literário, mas contra uma mentalidade, que é a mentalidade meramente comercial.
Esta mentalidade não nasce nos editores, nem nos distribuidores, mas está no centro espírita, nas livrarias e bibliotecas espíritas, e pior, principalmente nos Clubes de Livro espírita. Está em quem consome e em quem forma opinião.
As livrarias acham cômodo comprar dos distribuidores, que estão cada vez mais influentes junto às editoras e divulgam com peso os livros que consideram comerciais, alguns de boa e outros de má qualidade.
Os Clubes do Livro, que também são viabilizadores da edição de livros, também optam pelos açucarados para evitar reclamações e fidelizar clientes. Primeiro eles formam seu público e depois reclamam de não ter opção. Em Belo Horizonte o CLUBAME, quase na contramão desta tendência, tem adotado uma conduta divergente, que é a de distribuir três gêneros de livros: um romance, um livro de estudos e um livro infantil. E estão cheios de leitores e projetos futuros.
As bibliotecas não compram livros. Geralmente fazem campanhas e escrevem cartas pedindo doações. Não fazem sequer um pedido orientado de doações junto aos frequentadores das sociedades espíritas, ou seja, não administram seu acervo. Quando compram, o fazem direcionadas pela procura dos leitores, ou seja, Kardec (ainda bem), André Luiz (geralmente a série a vida no mundo espiritual) e romances, muitos romances. Como são bibliotecas de empréstimo domiciliar e dificilmente de estudos, são poucas as que têm obras raras e edições antigas, tão necessárias à pesquisa séria.
Os expositores, contudo, são os grandes formadores de opinião na casa espírita. Fiquei curioso para ler Inácio de Antioquia, depois de uma palestra que minha esposa assistiu de um sério colega espírita mineiro. Se eles não apresentam e discutem os livros com seu público, não será um belo projeto gráfico que irá atrair o público leitor, geralmente conservador em matéria de Espiritismo. O público se interessa pelo que eles divulgam (e pelo que criticam também).
Isto nos leva a uma outra questão, os livros sensacionalistas, repletos de novidades improváveis e fantasiosas, geralmente sobre a vida no Plano Espiritual, mas isto fica para um outro artigo, porque este já está muito extenso...
20.7.09
ACESSE O BLOG OFICIAL DO FILME CHICO XAVIER - BRASIL
14.7.09
ENCONTRO NACIONAL DA LIHPE ABRE INSCRIÇÃO DE PÔSTERES - SP
O 5º. ENLIHPE está adotando tamanho padronizado, mas pode haver variação no conteúdo conforme a área de conhecimento e o objetivo do pôster. É uma forma interessante de divulgar o resgate da memória para o público, como a constituição de uma instituição espírita, a vida de uma personalidade importante para a casa ou o movimento espírita, etc. É, originalmente, um apoio visual para a comunicação rápida de um trabalho de pesquisa realizado ou em curso, mas que já apresenta resultados e pontos de discussão.
Ele deve ser impresso em gráfica rápida, impresso em papel AP180 gramas ou AP240 gramas (vulgarmente conhecido como papel para impressão de banner) ou papel couchê. Nas seguintes especificações:
Largura: 90 cm
Altura: 100 cm
Conteúdo:
- Título
- Autoria
- Introdução
- Objetivos
- Método
- Análise de dados
- Resultados
- Referências
Os pôsteres podem ser enviados em arquivo digital, junto da inscrição no evento para 5enlihpe@ccdpe.org.br. A impressão fica a cargo dos autores, que deverão levá-lo(s) no primeiro dia do evento para exposição. Não serão devolvidos pôsteres pelo correio, os autores que os quiserem de volta deverão levá-los após o encerramento do evento. A inscrição para participação do 5o. ENLIHPE custa R$50,00 (cinquenta reais). Vide link no fim desta publicação.
O conteúdo dos pôsteres poderá ser utilizado para publicação posterior. Os autores cedem seus direitos autorais ao Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo – Eduardo Carvalho Monteiro no ato da inscrição do trabalho.
Bem-vindos ao evento.
Saiba mais sobre o evento em publicações anteriores deste blog e no site do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo - Eduardo Carvalho Monteiro. (http://www.ccdpe.org.br/)
12.7.09
UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA DIVULGA PALESTRAS COMEMORATIVAS DOS 100 ANOS EM SEU SITE
Ano passado tive o prazer de ser convidado a participar de um evento de comemorações dos Cem Anos da UEM.
Mesmo após as reformas empreendidas ao longo dos anos e com intensidade na gestão do Honório Abreu, o prédio continua com seus elementos identitários. A rua simples do centro velho de Belo Horizonte, próxima à rodoviária, a loja ao lado que vende artefatos de umbanda, para a ironia dos transeuntes, o burburinho diário do comércio que se transforma em um espaço quase furtivo à noite, apesar de não ficar nem um pouco deserto.
Na entrada principal, a livraria, hoje ampliada e com expositores que dão acesso ao público dos muitos livros espíritas que parecem pedir para serem retirados das estantes. O balcão aumentado dos livreiros que um dia me venderam fiado o livro “Há Dois Mil Anos”, porque com minha atenção adolescente não conseguia encontrar o dinheiro que levei para adquiri-lo.
Subindo a escadaria, encontramos o salão, que continua quase o mesmo. Conta-se que no seu antecessor da sede velha, Chico Xavier psicografou Humberto de Campos, no dia em que se chamou a Agrippino Grieco, em 1939 para verificar se seu amigo de academia retornava do além. Nele passaram grandes expoentes da Doutrina Espírita, como Jorge Andréa dos Santos, Suely Caldas Schubert, Hermínio Miranda, Martins Peralva... Nele o presidente da FEB viu o mestre de cerimônias convocar todos os representantes de cidades e instituições espíritas mineiras, que foram esvaziando as cadeiras e lotando o palco ao fundo, após anos de ausência representativa da grande entidade brasileira. Nele falava Rubens Romanelli, com seu português castiço e acotovelavam-se pessoas simples, em reuniões semanais quase anônimas, trazendo seus dramas pessoais e seu desejo de conhecer a palavra dos estudantes de Allan Kardec. Nele também um dia funcionou as reuniões da mocidade “O Precursor” que tantos trabalhadores formou para espalhar pelo Brasil e pelo exterior e um dia fiz uma palestra com a presença de um pastor evangélico, que por detrás de uma aparente fachada de respeito, vinha com a eterna intenção de converter e constranger.
Não me recordo ao certo se subi ao segundo andar. Se me conheço bem, mesmo tendo chegado na hora exata, não devo ter resistido. Lá fica a antiga sala 24 que abrigou os cursos de José Mário nas segundas feiras, de Manoel Alves nas terças e de Honório Abreu nas quartas, que também formaram trabalhadores que hoje integram o movimento mineiro e que sempre me reafirmam suas saudades quando associam o meu Sampaio ao de meu pai. Foi lá que recebi a notícia da desencarnação do dentista espírita, pequeno em estatura mas grande em dedicação e disciplina no trabalho.
Foi também na União que acompanhei, pequenino, às aulas de evangelização de Dona Maria Abreu, e que jovem vi as reuniões de representantes para decidir sobre a Evangelização Infantil no Estado. A União abrigou durante anos a sede da Aliança Municipal Espírita de Belo Horizonte, que tem crescido com o crescimento do Espiritismo na capital mineira.
Recordei-me das reuniões de organização das COMEBHs, Confraternizações de Mocidades Espíritas de Belo Horizonte, abrigadas inicialmente nas instalações da escola fronteiriça ao Caminhos para Jesus e hoje espalhadas pela capital mineira e arredores no período de carnaval, mas no coração de seus participantes de diversas gerações, já que se passou mais de um quarto de século quando Carlão e Telma Núbia coordenaram a primeira.
É um prédio tão vivo de recordações, que um inglês certamente o consideraria um casarão mal assombrado, para ser corrigido pelo discípulo francês de Kardec que diria, mal assombrado não, apenas assombrado.
Depois de tanta emoção, semi-oculta por um sorriso aberto, leopoldiano, fui recebido pelos amigos que dão continuidade aos trabalhos. O juiz Brás, de cabelos grisalhos, o Earle com a cabeça brilhante, a simpática Roberta, antiga professora de Tai Chi e hoje dirigente de trabalhos, o Álvaro e toda a sua família, até mesmo as mais recentes aquisições, os amigos de anos que, num ato de caridade iam apoiar o expositor e matar saudades com um abraço fraterno antes ou depois dos trabalhos da noite.
Fiquei imaginando se lá não estariam personagens que construíram a casa, ou que a mantiveram em momentos difíceis: Bady Elias Curi, Maria Philomena Aluotto Berutto, Honório Abreu, Martins Peralva, Cícero Pereira, Rubens Romanelli e outras pessoas trabalhadoras, dedicadas, nunca perfeitas, mas que fizeram ocupar com seu trabalho um espaço na memória coletiva dos espíritas belorizontinos.
Naquela noite, a música preencheria os espaços da alma e uma voz cristalina, acompanhada de um arranjo virtuoso prepararia o ambiente para um trabalho que seria a base do estudo realizado meses depois na paulicéia.
As câmeras registraram, impiedosas, o estudo e hoje a União celebra seus cem anos publicando na página principal a gravação transformada em filme da internet. Não falarei mais nada, apenas deixarei o link com o leitor curioso e persistente, capaz de acompanhar quase uma hora de palestras ou desejoso de conhecer a pouca habilidade com a palavra oral do escriba que se oculta por detrás do Espiritismo Comentado.
8.7.09
VIAGENS ESPÍRITAS
Desde quando me entendo por gente, José Mário Sampaio viajava a serviço do Espiritismo. São muitas as cidades do interior do estado mineiro onde esteve, algumas nos estados limítrofes.
Ao que me lembro, ele custeava suas próprias despesas. Uma vez ele recusou um convite para participar de um encontro sobre passes, em Goiânia, por não ter condições de arcar com as despesas da viagem. Esta foi, talvez, uma das poucas viagens cujas despesas com passagens aéreas foi custeada pelo organizador.
Ele tratava de mediunidade, passes, evangelho e temas doutrinários em seus estudos. Não fazia conferências, mas era capaz de falar por duas horas seguidas sem que as pessoas mostrassem cansaço ou tédio. A palavra fluía fácil e os exemplos eram muito próximos da realidade do público.
Era seguro em suas afirmações e evitava os conflitos e confrontos desnecessários com o público. Não rendia questões polêmicas, tão ao gosto de alguns companheiros de doutrina.
Nas viagens se via muita coisa. De um lado, esforços sublimes, pessoas de dedicação e decisão, instituições com pouquíssimos recursos e muita ação regional. Do outro se viam as bizarrices como “cadeiras de segurar espíritos” (tratava-se de uma cadeira para a contenção do médium) e as práticas sincréticas e supersticiosas, como o uso de pão e vinho nas sessões espíritas. Ele sempre pugnou por uma prática espírita fundamentada, racional e sem misticismo.
Não se envolvia em polêmicas extensas, das que as réplicas vão sucedendo-se infindáveis. Dava sua opinião e respeitava o interlocutor, ainda que discordando dele.
Um dos problemas com que tinha que lidar era a queixa sistemática de uma maior presença da União Espírita Mineira no interior. Muitas vezes ele era enviado em nome do órgão federativo mineiro. Desde a década de 40, criou-se o Conselho Federativo do Estado de Minas Gerais – COFEMG, que é um órgão representativo, responsável por traçar diretrizes para a ação do movimento espírita mineiro. Este órgão tem prestado muitos serviços para a causa espírita, mas, como qualquer órgão deste porte, costuma ser questionado por lideranças e trabalhadores locais. Apesar das reuniões sistemáticas e cada vez mais representativas, falta a este órgão um orçamento capaz de possibilitar ações coletivas mais substanciais. Na ausência de recursos, todo tipo de deliberação tem que contar com a adesão voluntária e a generosidade dos empreendedores que nem sempre se apresentam ou disponibilizam tempo suficiente para a consolidação das idéias. Cabe uma parcela significativa à União Espírita Mineira para o custeio dos encontros e projetos, e a União não recebe contribuição financeira dos centros espíritas que se afiliam, mantendo-se com base em um quadro de sócios, na venda de livros e em algum patrimônio que foi recebendo nestes quase cem anos de funcionamento, se não estiver enganado.
Como expositor enviado pela União, José Mário costumava ser questionado em público sobre uma participação mais efetiva da federativa na cidade que o recebia. Eu fui testemunha disto por diversas vezes. Algumas vezes os confrades cobravam de forma respeitosa, em particular, outras não.
Papai era um mineiro aos moldes da tradição. Ele costumava responder:
- “Não sou diretor da União, não sou membro do conselho, nem sócio sou. Sou apenas um tarefeiro que vem com boa vontade atender ao seu convite. Não há como responder em nome da União Espírita Mineira.” ... e encerrava o assunto.
7.7.09
CASA DIA: UM PROJETO DE APOIO A QUEM QUER FICAR DE "CARA LIMPA"
A Janete, da Fraternidade Luiz Sérgio, solicitou que o EC divulgasse sua atividade de ação social. Eles desenvolveram um conjunto de atividades para auxiliar pessoas que estão lutando para ficar livres da dependência química (Álcool, drogas, etc.).
É uma iniciativa inteligente, que atinge um segmento geralmente estigmatizado pela sociedade, parabéns à Fraternidade. Não sei informar sobre custos, peço à Janete que me auxilie enviando mais informações. Leiam o texto abaixo enviado pela Fraternidade.
Casa Dia - Projeto Afeto
Trata-se do acolhimento dos recuperandos no horário das 8:00 h às 18:30 h, com o objetivo de mantê-los em atividade e amparados espiritualmente, enquanto assimilam conhecimentos que os fortalecerão no processo de abstinência e na luta contra a dependência.
Atualmente estamos nos dedicando àqueles que, embora consigam manter-se abstinentes de segunda a sexta-feira, acabam sucumbindo aos sábados e domingos. Para esses mantemos toda uma estrutura de apoio e assistência aos finais de semana, oferecendo:
- Grupos de apoio – Programa Renascer
- Técnicas de abstinência
- Dinâmicas de Grupo
- Assistência e tratamento Espiritual
- Meditação
- Atendimento Fraterno
- Arteterapia
- Cerâmica
- Desenho e Pintura
- Esportes
- Atividades alternativas (vídeos – informática - alfabetização)
- Café da manhã, almoço e lanches
Aos sábados e domingos de 8:00h às 18:30h.
Rua Três Pontas 2055 – Padre Eustáquio – BH
Telefone: (31) 3082-6037
5.7.09
EVANGELIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL: UM RECURSO CRIATIVO
Com o advento do computador e o desenvolvimento da pedagogia, outras concepções de educação e recursos práticos podem mudar a relação entre evangelizandos e evangelizadores. Para tanto, as aulas têm que ser pensadas e criadas uma a uma, levando em consideração os objetivos, tema, o contexto, os recursos que serão empregados, a participação ativa do aluno na construção do conhecimento e o perfil da turma.
Um recurso que interessou aos alunos de uma turma de pré-adolescentes e que evitou que o conteúdo da aula se dissipasse na mente deles ao final de alguns dias foi o cartãozinho que o Marcus Vinícius Papa Lobo criou com suas habilidades de comunicador social.
A equipe de evangelizadores tratou do caráter do Espiritismo, tema considerado abstrato e teórico, com poucas âncoras na experiência passada dos alunos, o que o torna difícil e volátil.
Após a aula, eles distribuíram este cartãozinho colorido, impresso em um papel de gramatura maior, do tamanho de um cartão de visita, que os alunos podem guardar na carteira, se quiserem. Ele apresenta conceitos breves de ciência, filosofia e religião e propõe uma questão na frente. No verso, Papa recortou um comentário de Kardec, que as pessoas costumam citar pelas metades (destacando a parte que interessa aos seus pontos de vista), em resposta à questão proposta.
Este simples cartãozinho poderá fomentar reflexões posteriores e com certeza sintetiza as discussões de um dia de trabalho, sem falar do o entusiasmo de quem o recebeu, que com certeza ainda está em um mundo de cards, figurinhas e adesivos.
1.7.09
ENGAJADOS
28.6.09
O REINO DE HERCULANO
Escrito em 1946, diferentemente do outro livro homônimo, mas publicado sob o pseudônimo de Irmão Saulo na década de 60, Herculano escreve logo após o final da segunda grande guerra e discute a questão do comunismo.
Fiquei realmente curioso, como este livro e seu autor conseguiram sobreviver aos anos de chumbo, época cheia de piromanias, não importa bem ao certo o que se tenha escrito.
Herculano apresentou esta tese na cidade de Marília, interior de São Paulo, no I Congresso Espírita da Alta Paulista. A questão central do livro é o projeto social espírita, ou seja, como ele pensa a atuação do espírita no mundo do pós-guerra para a construção do reino proclamado por Jesus.
Herculano e seu vasto conhecimento espírita, dialoga com três autores: Jacques Maritain, o reverendo Stanley Jones e Karl Marx. O Brasil está diante da redemocratização, é o final da ditadura Vargas, e o mundo assiste ao nascimento da Guerra Fria.
Considerando o pouco tempo para apresentação de seu trabalho, Herculano sintetiza suas idéias. Ele irá desconstruir o pensamento de Marx, e em sua desconstrução que tem por instrumento o pensamento cristão-espírita, Herculano divisa dois pontos importantes no autor alemão. Ele irá criticar o Marx materialista, propositor da luta de classes, do determinismo econômico da sociedade, dos meios violentos para se atingir uma sociedade menos desigual.
"O marxismo exerce uma poderosa fascinação, justamente por se apresentar, neste mundo de após-guerra, como um instrumento eficiente de justiça social, o único caminho político capaz de lavar as massas famintas a um regime de bem-estar econômico." (Herculano Pires, 1946, pág. 17)
Herculano, entretanto, entende que há no Marxismo, para a revolta dos ortodoxos, uma forte influência do pensamento cristão. O Marxismo sem os três elementos que enumerei no parágrafo acima não seria mais que o cristianismo primitivo.
Herculano não poupa críticas aos marxistas:
"O amor é a única força capaz de eliminar a exploração, a escravidão e a violência. Riem disto os marxistas, aferrados à visão primitiva de Marx, que foi um lúcido analista da sociedade de classes, um arguto observador do mundo egoísta e ateu da burguesia capitalista, mas jamais se libertou da visão dos conflitos econômicos para estudar o homem em si, nas suas possibilidades básicas mais profundas e reais." (pág. 18)
Jones e Maritain são alternativas cristãs às propostas de um mundo de menos desigualdade social. Eu não me deterei na análise feita pelo filósofo espírita paulistano, deixando aos interessados a leitura de seu trabalho.
Em um terceiro momento, Herculano discute o papel dos espíritas neste novo mundo que nascia em sua época.
"Não devemos envolver o Espiritismo na luta inglória da política. Seria cometermos um erro amargo, de tristes conseqüências. Mas não devemos também permitir que os espíritas continuem transviados no terreno político, servindo muitas vezes aos interesses de grupos antagônicos. A formação de um movimento cristão, na modalidade ampla a que acima nos referimos, pode e deve ser promovida por um grupo de espíritas sinceros, independentemente da participação de qualquer associação doutrinária. O movimento terá de se revestir do mais puro espírito e do mais alto ideal cristãos, sem se imiscuir jamais nas lutas partidárias, nem indicar candidatos para a votação de seus adeptos.Seu trabalho será apenas o despertar o mundo para a imensta possibilidade da realização do Reino de Deus, esclarecendo os cristãos a respeito da única posição que um verdadeiro cristão pode assumir em face das lutas partidárias da sociedade anti-fraternal - a abstenção, mas a abstenção ativa, no trabalho silencioso e humilde da construção do reino". (p. 26)
Ele analisa posteriormente o nascimento da guerra fria, sem, logicamente, antecipar-lhe o nome e sobre ela diz:
"De lado a lado se estendem os homens, em formação de batalha. E dos impropérios, das injúrias, das acusações que uns aos outros se lançam, geram-se a confusão ameaçadora do momento que vivemos. (...) Não podem os cristãos tomar partido ao lado de uns, nem de outros. O Espírito do Cristianismo é porfundamente contrário aos processos empregados por ambos os contendores. Não obstante, antecipando-se de muitos anos na condenação dos erros capitalistas, e na luta por um mundo melhor, mais justos, não pode o Cristianismo alheiar-se agora ao tremendo embate que se desenvolve na Terra." pág. 34-35)
Herculano sugere que os espíritas trabalhem pelo livre registro e apresentação de candidatos e chapas nas eleições, sem vínculo partidário. Ele percebia que o vínculo partidário gera obrigações que violentam muitas vezes a consciência dos candidatos. Ao mesmo tempo, condena a identificação destes candidatos livres ao movimento espírita (eles teriam que candidatar-se sem pedir que se votasse neles por serem espíritas) e, em época de voto não obrigatório, conclama todos a participar das eleições e não deixar de votar.
Interessante a inserção e posicionamento de Herculano Pires em sua época e sua lúcida análise da conjuntura, assim como a inquietação de seu espírito, buscando respostas para os conflitos que se estenderiam durante anos e que patrocinou morticínio, escravidão de consciências e violência em nome da justiça social.
25.6.09
5o. ENCONTRO DA LIGA DE HISTORIADORES E PESQUISADORES ESPÍRITAS
O encontro visa a dar visibilidade aos trabalhos em curso realizados em ambiente acadêmico que tangenciem temas de interesse do movimento espírita. Ele incentiva também a publicação e apresentação de trabalhos ligados à recuperação da memória do movimento espírita, objetivo que mobilizou o fundador do CCDPE, Eduardo Carvalho Monteiro, e que fez nascer a Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas.
No ano passado tivemos a presença de docentes, alunos de graduação e pós-graduação realizando trabalhos na área, além de pesquisadores independentes do movimento espírita. Do encontro surgiu o esforço para a publicação de teses com a temática exposta, pela equipe da Universidade de Franca, houve debates com a presença de membros de universidades de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná, que mostraram que há interesse de muitos graduandos e pós-graduandos em fazer seus trabalhos em diferentes áreas do conhecimento relacionados à temática do encontro. Tivemos a presença de pesquisador italiano (Reginaldo Cerolini) que me enviou recentemente sua tese, sobre o Espiritismo que já foi ou será defendida em breve. A USE-SP e a União Espírita Mineira marcaram presença, apoiando a realização do evento.
Com a adesão em massa dos convidados pela comissão organizadora, não haverá inscrição de trabalhos no 5o. Encontro.
O CCDPE não dispõe de um auditório grande, razão pela qual as vagas são bastante limitadas. Faça sua inscrição e assegure sua participação neste evento que tem tudo para possibilitar uma troca imensamente rica entre os participantes.
Data: 26 e 27 de setembro de 2009.
Horário: Sábado 8:30 às 18:30 horas, Domingo 08:00 às 13:00 horas
Local: Alameda dos Guaiases 16, Planalto Paulista.
Assunto Central: A Temática Espírita na Pesquisa Contemporânea
Objetivos do Encontro:
• Incentivo à produção de trabalhos nas áreas da recuperação da memória do movimento espírita e da pesquisa científica espírita.
• Intercâmbio e troca de idéias entre os trabalhadores espíritas que vem realizando projetos nas áreas.
•Discussão e disseminação de ações e técnicas que possibilitem melhoria na conservação da memória do movimento espírita local e regional.
• Construção de estratégias para desenvolvimento de centros de excelência e apoio à pesquisa com temática espírita.
Presenças já confirmadas:
Astrid Sayegh
Alexander Moreira-Almeida
Ana Catarina Araújo Elias
Dora Incontri
Alessandro Bighetto
Nadia Luz Lima,
Marco Milani
Ercília Pereira Zilli Tolesano
Samantha Lodi
Flávio Mussa Tavares
Angélica Almeida
Alexandre Caroli Rocha,
Alexandre Machado Rocha
Jáder dos Reis Sampaio
Paulo Henrique Figueiredo
Valor: R$50,00
Apoio: Jornal Correio Fraterno
20.6.09
UTILIDADE PÚBLICA: FESTA JUNINA AECX - BH
CAMPANHA ENTRE AMIGOS: AJUDE A FESTA JUNINA AECX
Muitas pessoas compram mesas (se não me falha a memória, são quase duzentas...) para ajudar a casa e não participam da festa nem cedem seus convites a pessoas para as quais seria pesado adquirir uma mesa e que geralmente ficam de pé ou não vão.
Este ano estamos criando outras possibilidades de colaborar voluntariamente com a organização da festa. Quanto mais conseguirmos reduzir os gastos com a organização da festa, maior o recurso direcionado para a promoção social.
A companheira Leandra Nardi Neiva, responsável pelas barraquinhas, enviou-me a lista abaixo. Os grupos e simpatizantes de nosso trabalho podem contribuir com o material ou com dinheiro. Leandra já tem contatos com fornecedores e consegue com bom preço e qualidade. Caso os doadores desejem receber recibos pelas doações, a casa pode fornecer.
Já temos um excelente fornecedor de churrasco, ele custou ano passado em torno de R$1,50 a unidade, se a memória estiver confiável.
Lembro a todos que a Associação tem todas as certificações emitidas pelo Ministério da Justiça, que estão em dia, e que pode, segundo a lei, dar recibo de doações para desconto no imposto de renda de pessoas jurídicas que declaram em regime de lucro real.
Como temos um tempo para organização, estas doações deverão chegar impreterivelmente até o dia 29 de junho, tempo hábil para verificar o que se ganhou, adquirir-se o que falta e montar o evento.
Os grupos que não quiserem/puderem participar desta pequena campanha de doação para a Festa (qualquer valor ou material de qualidade está bom), pode nos ajudar com as prendas para as barraquinhas, alegria da criançada. A caixa para receber as prendas está na secretaria da Associação.
Conto com a boa vontade de todos e com a melhora a cada ano de nossa festa.
CANJICA
08K. Leite em Pó
03K. Coco ralado
03K. Amendoim torrado e moído
08K. Açúcar
200Gr. Canela cavaco
200Gr.Canela pó
200Gr.Cravo
SALGADOS
30 Kibes
30 Coxinhas
50 Empadas
CHURRASCO
200 Espetos de boi
100 Espetos de frango
100 Espetos de porco
080 Espetos de coração
040 Espetos de salsichão
CACHORRO QUENTE
210 Pães
210 Salsichas
07K. Cebola
07K. Tomate
02K. Pimentão
Maionese/Catchut
Batata Palha
CALDO FEIJÃO
08K. Feijão
02K. Carne de sol
02K. Calabreza
02K. Torresmo
01k. Cebola
250Gr. Bacon
150Gr. Alho
06 Molhos de cebolinha
01 Cx. Caldo Knorr
Sal
CALDO DE MANDIOCA
10K. Mandioca
06K.Chã de fora
02K. Cebola
200Gr. Alho
06 Molhos de cebolinha
01 Cx. Caldo knorr
Sal
"Seria melhor se as doações fossem em dinheiro, pq tenho como comprar mais barato, com contatos antigos dos meus tempos de Creche. Estou a disposição para outros esclarecimentos e sugestões. Um abraço, Leandra"
19.6.09
50 MIL ACESSOS...
15.6.09
JUNG LEU ALLAN KARDEC?
13.6.09
ELEITA NOVA DIRETORIA DA USE - SP
A União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, órgão que representa o movimento paulista junto ao Conselho Federativo Nacional - CFN, foi eleita em assembléia geral e a nova diretoria ficou assim composta (2009/2012):
Presidente: José Antônio Luiz Balieiro - USE Intermunicipal Ribeirão Preto
1ª. Vice Presidente: Julia Nezu Oliveira - USE Distrital Jabaquara
2ª. Vice Presidente: Neli Del Nery Prado - USE Intermunicipal Bauru
Secretária Geral: Neyde Schneider – USE Distrital Lapa
1º. Secretário: Aparecido José Orlando - USE Intermunicipal São José dos Campos
2º. Secretário: Hélio Alves Correa - USE Intermunicipal Sorocaba
3º. Secretário: João Thiago Garcia - USE Intermunicipal Jundiaí
1º. Tesoureiro: Rosana Amado Gaspar - USE Distrital Freguesia do Ó
2º. Tesoureiro: Adonay Fernandes de Andrade – USE Distrital Tatuapé
Diretor de Patrimônio: Pascoal Antônio Bovino - USE Intermunicipal Ribeirão Preto
O Espiritismo Comentado parabeniza ao movimento paulista e deseja uma gestão plena de realizações.Cada estado brasileiro participa do CFN com representação de uma Federativa, a que tiver maior número de Centros Espíritas filiados, que no caso de São Paulo é a USE.
O CFN não tem caráter normativo e convive com a plena liberdade de organização das casas espíritas. É um órgão que tem por função o desencadeamento de ações de âmbito nacional e de apoio às federativas e sociedades espíritas.