2.11.10
AS CARTAS PSICOGRAFADAS POR CHICO XAVIER - NOS CINEMAS
O Cinema Brasileiro definitivamente descobriu o movimento espírita. Vejam o trailer de mais um filme que será exibido nos cinemas em novembro.
1.11.10
A CONDESSA PAULA, ALLAN KARDEC E A LUTA DE CLASSES
Paula desencarnara ainda jovem, com 36 anos de idade e os relatos sobre sua vida mostram uma nobre que cumpriu com seus deveres de posição, praticou a caridade moral e material e soube tratar seus concidadãos, empregados e prestadores de serviço com justiça, cordialidade e respeito.
Kardec faz anotações sobre seus valores morais e a compara com a dama caridosa descrita em "O Evangelho Segundo o Espiritismo".
Aparentemente simples, é curioso que Allan Kardec não a houvesse condenado por ter sido nobre. O espírito de época na França, especialmente nos meios intelectuais, era herdeiro das ideias iluministas, defensoras de uma revolução que viesse a mudar a sociedade francesa com o fim da nobreza e do clero.
"A sua beneficência era inesgotável, mas não essa beneficência ostentosa à luz meridiana; e assim exercia a caridade de coração, que não por amor de vanglórias. Só Deus sabe se as lágrimas que ela enxugou, os desesperos que acalmou, pois tais virtudes só tinham por testemunho os infelizes que assistia." (O Céu e o Inferno, parte 2a., cap. 2, p. 221)
Vê-se que a proposta espírita e o pensamento kardequiano não é simpático à luta de classes, mas à sua colaboração. Um dos pontos da doutrina social espírita é a reforma da sociedade a partir da reforma do homem, e não o contrário; uma ideia amadurecida em uma sociedade que, em nome da revolução, viveu os horrrores da dissolução do tecido social e o renascimento do despotismo após o enforcamento dos reis, em meio ao grupo que chegou ao poder e tornou-se dominante.
Quem desejar ler mais sobre o assunto veja:
1. A Condessa Paula. In: KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Rio de Janeiro, FEB.
2. A Condessa Paula (livro ilustrado). Texto de Allan Kardec. Ilustrações de Jefferson Alves de Souza. Publicação do Centro Espírita Léon Denis, 1991 (1a. Edição)
30.10.10
O BANDEIRANTE DE MINAS GERAIS
(Fonte: Conversando com Alberto Rodrigues dos Santos em, O Espírita Mineiro, n. 311 - out/dez 2009)
27.10.10
ESPIRITISMO EM FRANCA - SP
9.10.10
QUEM FOI O PROFESSOR DE KARDEC?
Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827) foi uma das influências mais notáveis na formação intelectual e moral de Rivail (que em sua obra espírita adotaria o nome Allan Kardec).
Quem foi e o que pensava sobre educação? Estou disponibilizando uma apresentação de seis minutos que encontrei na internet sobre o método educacional de Pestalozzi e aproveito para divulgar o DVD comercializado pela Video Spirite, com o título "Para Sempre Pestalozzi". Interpretação de Gian Maria Volontè, o longa mostra o conflito do educador suíço com a sociedade de sua época e sua ação na educação de crianças órfãs.
Além do longa, encontra-se no filme um vídeo extra, com conferência de Charles Kempf, do Conselho Espírita Internacional, no castelo de Yverdon, local em que Pestalozzi fundou sua escola.
8.10.10
TERCEIRENSES ATUALIZAM SITE DE SEU GRUPO NA INTERNET - PORTUGAL
Já havíamos dado notícias do Espiritismo na Ilha Terceira, no arquipélago de Açores, em Portugal. http://espiritismocomentado.blogspot.com/2009/11/o-espiritismo-nos-acores.html
Ficou um gostinho de quero mais, de quero saber como começou e o que fazem. Os amigos terceirenses publicaram um blog belíssimo contando sua história, suas atividades, as belas paisagens da ilha e sua dedicação ao Espiritismo.
Recomendo a todos que acessem, e visitem as páginas, deixando um incentivo para os amigos espíritas do velho mundo.
http://espiritismo-na-terceira.ilhaterceira.net/
2.10.10
SITE ESPIRITUALIDADES LANÇA VÍDEOS COM ENTREVISTAS DO 6o. ENLIHPE
O site Espiritualidade e Sociedade publicou uma série de vídeos com entrevistas dos participantes e expositores do 5o. e 6o. Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo.
Você pode acessar o site no endereço http://www.espiritualidades.com.br/ e acessar todos os vídeos. Alguns já se encontram no You Tube como este acima http://www.youtube.com/watch?v=j29dFuIWkeY que faz uma rápida cobertura do momento artístico da abertura do ENLIHPE (mais ou menos 90 segundos) apresenta a fala da Júlia Nezu aos participantes, que mostra a construção do Centro de Cultura e uma entrevista comigo, tratando dos eventos do ENLIHPE em geral. Confiram!
30.9.10
ESPIRITISMO COMENTADO EM SETENTA PAÍSES
No Continente Americano
Brasil (32903 visitantes)
Estados Unidos (536)
Canadá (41)
Argentina (29)
Bolívia (13)
Uruguai (10)
28.9.10
ESPIRITISMO EM ANGOLA
Está em curso um projeto para instalação de uma sede em uma área de 42 hectares de dimensão no município de Viana (?) com o nome de Casa de Caminho André Luiz. Veja o projeto abaixo:
VILA RESIDENCIAL
JARDIM INFANTIL
CLUBE DA SAUDADE
ÁREA DE FORMAÇÃO ACADÉMICA
ÁREA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
ÁREA DE SAÚDE
ÁREA DE FRUTICULTURA
ÁREA DO AUTO FINANCIAMENTO
ÁREA DESPORTIVA
ÁREA ADMINISTRATIVA
ÁREA DE ESTUDOS MORAL / ESPIRITUAL
Observa-se a influência da Mansão do Caminho e de Divaldo Franco neste projeto de promoção social com intenções de autosustentabilidade, assim como nas mensagens publicadas no site.
Desejamos sucesso aos irmãos angolanos em sua iniciativa.
Presidente Amelia Trajano
Rua Amilcar Cabral, 29 - 4°. B
LUANDA - ANGOLA
Tel/Fax: 00 2 442 334 030 (residencial)
seakaangola@hotmail.com
ameliaccazalma@yahoo.com.br
25.9.10
UM ATENDIMENTO PSICOGRÁFICO EM BORDEAUX - 1861
No livro “O céu e o inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo” Kardec transcreve (?) um diálogo que se inicia com Sixdeniers, um conhecido do médium que havia se afogado e descrevia suas impressões da vida após a morte, através da psicografia.
Em meio ao “diálogo” o médium tem dificuldades para escrever e passa a redigir a comunicação de um espírito sofredor, que se denomina Valéria, que estava sendo auxiliado por Sixdeniers. Ela evita comentar sobre seu sofrimento, mas é beneficiada com uma prece que o atendente faz em seu favor.
Kardec insere uma nota na qual comenta a condição de espíritos como Valéria e afirma:
“É um erro e um mal repelirmos tais Espíritos que devemos encarar quais mendigos a pedirem esmola. Digamos antes: É um espírito infeliz que os bons me enviam para educar. Conseguindo-o, restar-nos-á toda a alegria decorrente de uma boa ação, e nenhuma melhor que a de regenerar uma alma, aliviando-lhe os sofrimentos. Penosa é muitas vezes essa tarefa e melhor fora, por certo, receber continuamente belas comunicações, conversar com Espíritos escolhidos; mas não é buscando a nossa própria satisfação, nem repudiando as ocasiões que se nos oferecem para praticar o bem que havemos de atrair a proteção dos bons espíritos.” (p. 201)
23.9.10
ESPIRITISMO COMENTADO COMEMORA 120 MIL VISITANTES.
22.9.10
TRABALHADORES, FREQUENTADORES OU ASSISTIDOS?
Maria Laura V. Cavalcanti (O mundo invisível: cosmologia, sistema ritual e noção de pessoa no Espiritismo) observou uma desigualdade entre cooperadores e frequentadores. Não sou capaz de identificar de memória a fonte, mas há uma desigualdade também entre assistidos e estas duas outras categorias.
Penso que estas desigualdades são um desafio para as sociedades espíritas do século XXI. Não sei se é possível fazer desaparecer estas diferenças com um ato administrativo, mas é necessário diminuir as barreiras que nós mesmos construímos sem perceber e que dificultam o trânsito entre estes diferentes lugares da comunidade espírita.
Uma doutrina de intelectuais?
Uma análise apressada pode concluir que o Espiritismo é uma doutrina repleta de adeptos na classe média brasileira porque demanda estudo e leitura. Não é bem o que nossa história nos mostra. Muitos dos intelectuais de nosso país não freqüentaram bancos de universidades, e alguns espíritas de destaque regional ou nacional eram (ou são) pessoas com pouca escolaridade, que desenvolveram o hábito de ler e de estudar no contexto da casa espírita ou em sua história de vida.
Quando há sensibilidade da comunidade espírita, os assistidos podem ser incentivados a dar sua opinião, lhes são passadas responsabilidades, e com algum tempo eles são motivados a estudar, expor, trabalhar e cooperar com o grupo, tornando-se membros ativos e com uma experiência de vida ímpar. Não é uma proposta fácil, porque nos grandes centros urbanos tenho visto pessoas que são fruto da violência e do abandono de pais vivos, que não viveram no contexto de uma família e a quem falta todo um repertório social que desenvolvemos em casa e na escola. A convivência e o pacto de regras de relacionamento se torna um desafio.
Grupos de Trabalho: Jovens
Frequentadores eternos?
O problema dos frequentadores pode ser uma falta de oportunidade. Nas cidades de médio e grande porte, e nas sociedades espíritas maiores, é possível chegar e sair praticamente incógnito em uma reunião pública. Se a pessoa é tímida e não é acolhida pela comunidade espírita, pode ficar assistindo reuniões durante anos, às vezes desejosa de participar mais, às vezes sem se ater que a associação espírita é um espaço cooperativo.
Reunião Pública
As grandes sociedades criaram grupos de estudo, cursos, ciclos, estudo sistemático e outras denominações para um conhecimento mais circunstanciado do Espiritismo, mas para superar a condição de frequentador é necessário conviver, participar de um grupo ou equipe de trabalho, conversar sobre assuntos que vão além da doutrina e do trabalho espírita e que possibilitam a formação de uma relação com alguma intimidade e confiança. Os laços de comunidade devem ser cultivados pelos dirigentes e trabalhadores das sociedades espíritas. Sua ausência pode significar um abismo entre estes três espaços sociais que os antropólogos observaram em nosso meio.
18.9.10
HUMBERTO, CHICO E ALEXANDRE
Todos adivinharam quem é a dupla Humberto e Chico: o escritor Humberto de Campos e Francisco Cândido Xavier, mineiro do século e médium.
Alexandre é um acadêmico, doutor pela UNICAMP, que pesquisou, entre outras coisas, as citações de Humberto-Espírito, escritas pelo lápis célere do médium de Pedro Leopoldo-Uberaba.
Minha impressão é de assombro (e redescobri que Sócrates tinha razão: não sei muito mesmo). Ele dá oito exemplos de citações que deveriam estar na cabeça de Humberto e não deveriam estar na cabeça de Chico, se os empiristas tivessem razão e fôssemos todos "tábulas rasas".
Só para instigar o leitor do blog: Há uma citação atribuída a Ernest Renan: "o cérebro queimado pelo raciocínio tem sede de simplicidade, como o deserto tem sede de água pura ".
Alexandre procurou na obra de Renan e encontrou a citação no livro Souvenirs d'enfance et de jeunesse. A citação está em francês: “Le cerveau brûlé par le raisonnement a soif de simplicité, comme le désert a soif d’eau pure”. Difícil o Chico ter acesso a isto, não é mesmo?
Mais um exemplo ao nosso interessado leitor. O livro psicografado se chama Boa Nova, e o autor espiritual cita Horácio (65a.C., 8 a.C.):
“Ó sol fecundo
Que com teu carro brilhante
Abres e fechas o dia!...
Que surges sempre novo e sempre igual!
Que nunca possas ver
Algo maior do que Roma.”
Após apresentar os versos a um latinista, Alexandre encontrou o livro "Carmen Saeculare", versos 9-12, no qual se lê: “Alme Sol, curru nitido diem qui promis et celas aliusque et idem nasceris, possis nihil urbe Roma uisere maius”
16.9.10
BLOG SOBRE EVANGELIZAÇÃO INFANTIL
Como todo blog que se preza, o dela tem uma programação visual atraente, ou seja é colorido e infantil, espelhando ao leitor uma sala de evangelização.
O Espiritismo foi concebido como uma doutrina que dialoga com filosofias abstratas. Como explicar ideias espíritas para a mente infantil? A Janaína consegue imergir no concreto, imaginar experiências, fazer imagens e, enfim, fazer com que o primeiro contato com o pensamento espírita seja lúdico, desafiador, interessante para crianças da primeira infância.
Recomendo a todos os que trabalham ou são pais de crianças... e agradeço à Débora, que deu a dica.
http://cooperecomjesus.blogspot.com/
12.9.10
ESPIRITISMO NO FANTÁSTICO E NA MÍDIA INTERNACIONAL
9.9.10
QUEM TEM NOTÍCIAS DO ESPIRITISMO AFRICANO?
7.9.10
NOSSO LAR ESTRÉIA NO CINEMA
6.9.10
ABERTURA DO 6o. ENLIHPE
Os Primeiros Encontros
O primeiro encontro é praticamente pré-histórico, uma vez que desconheço registros do mesmo. Tenho apenas a informação que ocorreu em Goiânia, com a cessão de sala no I Congresso Espírita Brasileiro, em 1999.
O segundo foi todo gravado em VHS e aconteceu em uma sala cedida pelo XII Congresso da USE, em Campinas – SP em 2003.
O terceiro aconteceu na capital mineira, em 2004 e contou ainda com a presença de Eduardo Carvalho Monteiro e Milton Bonfante Piedade. Nele a comunidade mineira se aproximou da paulistana e, apesar de todo o trabalho de organização, guardo lembranças preciosas deste evento. Os trabalhos foram submetidos previamente, gravados e apresentados em CD para os participantes. Os debates foram francos, abertos e propositivos. Nele conseguiu-se agregar representantes de pelo menos três estados (Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro).
Figura 2: Logomarca do III ENLIHPE
Ele propôs uma pauta de ações e princípios para o movimento espírita e para a própria LIHPE, que basicamente sugeriam a realização de ações de encaminhamento de projetos culturais espíritas, a formação de grupos de trabalho nas federativas para o uso de incentivos legais à produção cultural, a construção de Centros de Cultura e Documentação articulados regionalmente para a viabilização da pesquisa histórica do Espiritismo, o empreendimento de esforços para a preservação da memória espírita para as novas gerações, a construção de acervos nas bibliotecas espíritas, incluindo livros não publicados, e a organização das livrarias tendo como princípio a divulgação (e não o comércio) e por fim o fomento, intercâmbio e a divulgação da pesquisa científica espírita, assim como a articulação dos pesquisadores em atividade nas Universidades.
Figura 3: Eduardo Carvalho Monteiro no 3o. ENLIHPE
Após o terceiro ENLIHPE seguiu-se um período de desarticulação por diversos motivos: a desencarnação de Eduardo Carvalho Monteiro e a suspensão do encontro de Santos em 2006. Até este período, as contribuições da LIHPE, inclusos alguns dos trabalhos dos encontros eram publicadas sob o formato de Anuário Histórico Espírita. Foram três livros, organizados pelo Eduardo, o último concluído por Leandro Borba, nosso atual moderador da LIHPE-VIRTUAL. Estes anuários trazem trabalhos acadêmicos intercalados por trabalhos de divulgação, entrevistas jornalísticas e traduções de textos raros. Eles cumpriram um papel importante para um grupo articulado pela internet: a materialização dos trabalhos de seus colaboradores. Neste capítulo foi importante a participação da Madras Espírita, como editora, que cedeu lugar para a Editora EME na última publicação.
Os Encontros em São Paulo
Figura 4: Mesa de Abertura do 5o. ENLIHPE
Com a equipe renovada, e alguns dinossauros da LIHPE, como quem agora escreve a vocês, o quarto encontro contou com a presença maciça da imprensa espírita paulista, e a fragilidade de presença dos membros da LIHPE, o que não comprometeu a qualidade do evento que atraiu novos valores para a LIHPE e para o CCDPE. Minha percepção pessoal foi que a equipe do CCDPE se fortaleceu e se integrou mais, neste evento. A maioria dos trabalhos tinha conteúdo ligado à História do Espiritismo, mas foi marcante o trabalho do Marco Milani, que tratou da produção acadêmica brasileira ligada ao Espiritismo, para o futuro da parceria.
Figura 5: Capa do Pesquisas
Os paulistanos e paulistas são célebres pela capacidade de fazer e desfazer parcerias. Diferentes dos meus conterrâneos, vistos como desconfiados, que demoram a aceitar propostas novas e empreendedoras, avessos ao risco. Saímos do 4º. ENLIHPE com a ideia de se imprimir um livro com os trabalhos apresentados e a frase sonora de Da. Júlia: “não podemos perder esta oportunidade”. Depois, já no conforto do lar, recebi a proposta da Nadia, que espelhava o desejo de pelo menos quatro bandeirantes de Franca, interessados em princípio em fazer um livro com sínteses das teses e dissertações de temas espíritas, e, como empreendedores que são, ante a dificuldade de operacionalizar o projeto, resolveram fazer algo mais atrevido: publicar uma coleção, que foi ganhando corpo e nome – Espiritismo na Universidade. Aceitei o convite gentil de publicar o Voluntários, e após um ano de solicitações e recomendações, conseguimos o recurso financeiro quase integral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais para a publicação do livro. Foi um caminho difícil este de ser o primeiro. Houve horas que eu acreditei que não sairia, mas era sempre acolhido com a vontade pétrea e confiante da Nadia, que superou ou ajudou a superar todos os obstáculos.
Figura 6: Cléria, Jeferson e Nadia em Franca, lançando o Voluntários
Continuo com a opinião que o “Voluntários” e o “Pesquisas sobre o Espiritismo no Brasil: Textos Selecionados”, tiveram melhor acolhimento no ambiente universitário que no movimento espírita. Tenho a satisfação de comunicar que o primeiro tornou-se a base da disciplina “Motivação, Cultura e Terceiro Setor”, em curso e com ampla adesão dos alunos da Psicologia da UFMG, e que o Voluntários será resenhado por uma das revistas mais prestigiadas da área de Psicologia Organizacional e do Trabalho no Brasil, a RPOT.
O 5º. ENLIHPE foi também um ato de ousadia. Ele foi organizado em tempo recorde, a partir da sugestão do Marco e do apoio incondicional do CCDPE à ideia de não permitir a interrupção da continuidade do projeto. Para viabilizá-lo, convidamos muitos pesquisadores ligados ao Espiritismo ligados ou não à Universidade, e para nossa surpresa, a aceitação foi grande, maior que o tempo disponível para a apresentação dos temas.
Sem a presença energética e marcante da Da. Neide, e a abertura do espaço para pôsteres, novos colaboradores do projeto foram atraídos. A presença espiritual do Eduardo Monteiro sempre se fez presente no projeto. A recente chegada do Jeferson Betarello ao projeto do CCDPE é uma evidência disto. Ele foi convidado pelo Eduardo-Espírito, através de um médium em São Miguel Paulista, o Sr. Isuíno, coisa que estamos acostumados a vivenciar no movimento espírita.
Deolindo Amorim, Herculano Pires, Carlos Imbassahy e outros pioneiros da Liga Espírita do Brasil, instituição de importância inconteste na história do movimento espírita brasileiro, são sempre lembrados em nossos eventos, às vezes percebidos.
O 5º. ENLIHPE gerou o livro “A Temática Espírita na Pesquisa Contemporânea: Textos Selecionados” que hora lançamos. Ele se deve ao ânimo da equipe do CCDPE e teve por empreendedor principal o Jeferson, com a intervenção sempre providencial da Júlia. Ele já traz contribuições de áreas muito diversas do conhecimento, tendo o Espiritismo ora como objeto, ora como teoria capaz de explicar fenômenos, como é o caso do capítulo do Alexander e Klaus.
Figura 7: Capa do Temática Espírita, lançado no 6o. ENLIHPE
Ele foi marcado pelo debate acadêmico, que é a essência da LIHPE e do ENLIHPE, mantido o respeito necessário às opiniões alheias, sem o qual não há encontro.
Os Desafios Futuros
O 6º. ENLIHPE está iniciando e temos diversos desafios. Penso que o principal problema que precisamos enfrentar é a sistematização da pesquisa e da presença dos núcleos de pesquisa no evento. É necessário que os pesquisadores, universitários ou não, das diversas áreas, façam pesquisas continuamente e que escrevam os resultados dos seus trabalhos, não para participar de um evento, mas como uma atividade contínua. O evento é uma oportunidade de apresentação e diálogo, mas não deve ser visto como vitrine e sim como reunião de trabalho. Este tem sido o esforço das fundações de fomento à pesquisa no Brasil, e esta mentalidade encontra-se em franca mudança.
Estamos todos surpresos com o impacto nas mídias que a produção espírita e a mediunidade ganharam no nosso país. Penso que a iniciativa nuclear do filme Bezerra de Menezes, com todas as suas limitações, foi fundamental para a eclosão de uma proposta do terceiro ENLIHPE, a de se perceber o Espiritismo como cultura e não apenas como religião. Chico Xavier, Nosso Lar, O Contestado, O Último Romance de Balzac já estão prontos, mas ainda temos As Mães de Chico Xavier e E a Vida Continua sendo produzidos, este último um trabalho de um colaborador da primeira hora e amigo pessoal do Eduardo, chamado Oceano Vieira de Melo.
A terceira proposta é a aproximação dos núcleos espíritas universitários, grupos de pesquisa instituídos nos departamentos e outras iniciativas presentes no movimento espírita à LIHPE. O intercâmbio é fundamental à consolidação de linhas de pesquisa sobre o Espiritismo no Brasil. Não há como trabalhar isolados e fantasiar que se é pioneiro em um tema que já tem esta enormidade de produções, como veremos na mesa que conta com as contribuições de Tiago Paz e Marco Milani.
A quarta e última proposta que antevejo neste evento é viabilizarmos de alguma forma os projetos do Centro de Cultura. O acervo está posto, tem crescido com a recente doação em testamento dos documentos de Gil Restani, membro ativo da ADE enquanto encarnado e jornalista espírita, na época em que se discutia se ser jornalista era uma questão de diploma ou de competência.
Gostaria de agradecer esta presença na mesa de abertura e pedir desculpas pela enormidade de pessoas que trabalharam e deram sua contribuição nesta história e que por uma questão de tempo e espaço não foram citadas.
Pessoalmente, estou confiante no futuro e na necessidade da continuidade deste espaço até que se operem as mudanças de mentalidade e se dissemine em nosso país a produção do conhecimento e do pensamento espírita e espiritualista.
4.9.10
UM ESTUDO DE FÔLEGO SOBRE A IDENTIDADE DO ESPIRITISMO
Tive a grata surpresa de receber um simpático convite para ler um estudo extenso sobre a identidade do Espiritismo que se encontra no blog Étude Spirite (http://www.etudespirite.blogspot.com/).