31.1.08

Peça Força!


Autora: Jacqueline Benenati

Foto: Charles Silva Duarte


Uma das minhas maiores faltas através dos anos tem sido a falta de paciência. Eu consigo lembrar da minha infância, quando minha mãe me dizia que eu tinha que aprender a ser mais paciente. Na medida em que cresci, isto parecia ficar pior. Eu costumava pedir paciência a Deus e acontecia quase imediatamente alguma coisa para me testar. Então, um dia, eu tive uma revelação. Quando eu pedi por paciência, fui testada. Logo, eu parei de pedir. Como você pode pedir por algo e não querer ser testado? Agora, quando eu oro, eu peço a Deus para me dar força e coragem para passar por qualquer prova que me seja colocada em meu caminho.

Extraído do Boletim de Janeiro de 2008 da “The Spiritist Society of Florida”
Tradução: Jáder Sampaio

27.1.08

Mais um trabalho de Leandro Couto


NOVA ERA

A condição de nosso planeta vai melhorar e isto já está em processo. Alguns estudiosos, dentre vários campos do conhecimento humano, reuniram-se para esboçar o que achavam ser princípios de atitudes mais espiritualizadas e os compilaram num documento chamado Combinados. Antes, animada confraternização ocorria.
A geógrafa dialogava com o arte-educador:
― Na “nova” Terra os gigantes são outros. Vidas valem mais que diamantes, e a juventude é muito além de uma “banda numa propaganda de refrigerantes”.
O antropólogo comentava descontraído com o arqueólogo:
― Se o filho do Grande Chefe veio e bateram nele, o que dirá de nós em nossa caminhada terrena.
O biólogo e a paleontóloga, atentos, escutavam a afirmativa ponderada do historiador:
― A Vida evolui sobre o tempo, em “galhos frutíferos na árvore dos séculos”, como já disse André Luiz.
A socióloga falava ao pedagogo e à psicóloga:
― Somos crianças espirituais! Esta é a melhor categoria de análise que encontro para as sociedades de nosso globo.
Imediatamente próximos, o astrônomo e o geólogo, que mantinham tranqüila conversação sobre o tempo ser a dimensão espacial da eternidade, exprimiram com suave sorriso o deleite que sentiram com a resposta do pedagogo:
― Realmente, nosso planeta Terra é um Mundo-Escola e seu endereço é o Sistema Solar.
O economista expunha seu raciocínio ao interessado estatístico:
― O capitalismo conquista espaço através do consumismo quando muitas pessoas negligenciam o próprio cuidado mental e emocional. Vigiemos o nosso verdadeiro capital!
O jornalista dizia ao matemático:
― Felicidade compartilhada socialmente é felicidade multiplicada.
A afirmativa estimulou no “homem que calculava” um acréscimo amigável:
― E isto é exato!
A engenheira elétrica apresentava sua opinião ao inventor e ao arquiteto:
― É a ocasião de inventarmos uma lâmpada que funcione para sempre dentro de nós mesmos.
E o agrônomo compartilhava com o administrador o princípio que o orientava:
― Colhemos o que semeamos, como causa e efeito. Semeiam-se bons afetos, colhem-se bons afetos.
Não muito distante, o físico permutava opinião com o psicanalista amigo:
― Embora no plano físico não seja imediatamente nítido, nós permanecemos articulados às nossas próprias criações mentais, de modo que o pensamento se faz matéria.
O diálogo entre o teólogo e o músico seguia animado. Dizia o primeiro:
― Muitos são os caminhos que levam a Deus.
Ao que o segundo expôs sua opinião:
― Há vários, no entanto Jesus é o melhor diapasão que a humanidade recebeu.
― Inolvidável referência intelectual e moral, com certeza. O Cristo revela a vida como um conjunto de nobres preocupações da alma, a fim de que marchemos para Deus pelo raciocínio e pelo coração em caminhos retos.
Do diálogo entre a médica e o enfermeiro surgiu o seguinte comentário, não sendo possível precisar a autoria:
― Jesus é o médico. No máximo, somos enfermos cuidando de outros enfermos.
A professora formada em Letras dizia enfática ao biblioteconomista companheiro, extraindo-lhe sincero sorriso:
― Deus escreve certo por linhas certas e sua caligrafia é a mais linda que eu já li! Ele pinga todos os “i”s da escr“i”ta da v“i”da.
E em prosa vibrante, o jovem ator cênico falava a poetiza esboçando certo drama:
― Em certas ocasiões de nossa existência a vida se afigura à arte de fazer das tripas o coração.
Ao que ela respondeu:
― Em certas ocasiões sim, em outras não. ― E depois de breve pausa como se trabalhasse bem as palavras que ia proferir, disse: ― Mas, sempre o Amor fará da vida a arte do encontro, mesmo que sejamos cheios de desencontros.
Um escritor, amigo literato de idéias afins com a poetiza, completou-a com simplicidade esclarecendo ao jovem ator:
― A vida é o contexto do encontro de cada autor com sua obra. E do Criador com a criação, há Alguém nos esperando...
O filósofo, que observava a pouca distância esta conversação e, em geral, não gostava de ser superficial no conhecimento dos fatos e das coisas, escutava com dignidade e alma de menino aos colegas. Concluiu haver um Encontro Marcado e ponderou parecer-lhe que o livre-arbítrio consistia essencialmente em quando e como aceitar Deus.
Seu campo de visão alcançava também o jurista em diálogo empolgado com o cientista contábil:
― Nossa consciência é o verdadeiro tribunal divino, por isso a justiça indefectível nos acompanha em toda parte ― afiançou o jurista.
― Tudo vê, tudo ouve e tudo sabe ― validou o contabilista.
Por fim, o personagem “amigo da sabedoria” meditou, ao sobrevoar com o olhar o conclave científico do recinto, uma opinião própria que já trazia consigo de mais tempo. Eram muito evidentes os indícios da existência de uma inteligência que se manifesta no cosmos, na realidade e na vida. A cooperação, a bondade, a ordem e a organização que se explicitam em todas as coisas são tão grandes que chegam a constituir evidências ontológicas da existência de algo suprafísico. E disse a si mesmo com tom sereno na voz:
― No universo inteiro, tudo fala de Deus.

Espiritismo Comentado Chega à Marca dos 5000 Acessos


O Espiritismo Comentado chegou este mês na marca dos cinco mil acessos e ampliou os registros de países que lêem as matérias.
No último mês aportaram internautas dos seguintes países: Estados Unidos, Portugal, Áustria, Japão, Romênia, Reino Unido, Finlândia e França. Em novembro de 2007, além destes países acessaram leitores da Holanda, Moçambique, Canadá e Turquia.
Agradecemos ao site Blog de Espiritismo, de Portugal, a inserção do nosso "link". Parabéns às matérias que ele tem veiculado. http://blog-espiritismo.blogspot.com/
Agradecemos também às referências que a imprensa espírita brasileira tem feito de nossos trabalhos, especialmente o Correio Fraterno. Recebemos um incentivo entusiasta de uma radialista espírita que tem utilizado nossas matérias em seu programa, o que nos deixa muito satisfeitos, uma vez que o nosso objetivo é tornar conhecidos fatos e eventos do Espiritismo cada vez mais esquecidos e promover a literatura que consideramos de boa qualidade.

Um Romance com Personagens Bíblicos

Reler um livro vinte anos depois é como ler pela primeira vez. Tive em mãos a sétima edição de “O Alvorecer da Espiritualidade”, primeiro livro da série “Às Margens do Eufrates” e não resisti a fazer uma nova leitura.

O espírito que se identifica como Josepho seria o conhecido Flávio Josefo, escritor judeu-romano do século 1 DC? Independente da resposta à pergunta, o autor demonstra ter um grande conhecimento das tradições históricas e legendárias do antigo testamento.

A série é um relato de reencarnações de um mesmo espírito, o autor. Não sou capaz de dizer se se trata de uma estratégia literária ou se o autor pretende realmente fazer um relato memorialista das suas encarnações. A fragilidade documental da civilização hebraica, especialmente no período em que acontecem os eventos do primeiro livro da série, nos permitem dizer apenas que o autor parece conhecer os costumes hebraicos e a genealogia do livro do Gênesis.

Seu personagem central, Javan, mais que um representante de uma classe social ou homem de época, é um indivíduo diferenciado na tribo de Methusala (seria Matusalém, da Bíblia, como referencia Josepho?). Javan parece representar o espírita no mundo contemporâneo, de tendência espiritualista em meio a uma sociedade imediatista; romântico, em meio a pessoas sensualistas; com senso de dever e que toma decisões heróicas, pensando na comunidade e na vida após a morte antes dos interesses pessoais.

A cidade de Enoch, possivelmente a mesma que se diz no Gênesis Bíblico ter sido criada pelo filho de Caim, representa no contexto do livro a vida dirigida pelo poder, pela dominação e pelo sensualismo. Mesmo em Enoch, Javan encontra um patriarca que preza os valores e a tradição, Methusael, que convive com uma geração cainita dividida entre o poder dos guerreiros, simbolizados em Tidal e a teocracia dos sacerdotes de Baal.

Descendentes de Caim e de Seth se enfrentam no contexto do livro.

O autor espiritual e outros membros da equipe de Dolores Bacelar fazem inúmeras notas ao longo do texto e tecem explicações no contexto da ética espírita para muitos dos acontecimentos e decisões dos personagens.

A editora fez um excelente trabalho nas edições mais recentes. Ampliou os tipos, tornou a capa mais sugestiva, criou títulos para os capítulos, colocou as notas no rodapé das páginas, evitando que o leitor tenha que ir ao fim do livro para conhecer seu conteúdo, ampliou o tamanho das fontes facilitando a leitura e as limitações de leitores que, como eu, já passaram dos quarenta anos.

Apesar da profunda impressão que a leitura me causou, não me sinto informado o suficiente para a defesa do caráter histórico da narrativa, mas sem dúvida, seu caráter simbólico traz uma bela reflexão para a comunidade espírita, hoje.

No texto se encontram três ou quatro referências muito polêmicas: Capela, Lemúria, Atlântida e o dilúvio. O autor espiritual defende sua existência, embora relativize a questão do dilúvio, que aparenta ser regional. A referência aos avanços das sociedades atlantes e rutas (habitantes da Lemúria) são surpreendentes e causam estranheza, mas não chegam a comprometer o conjunto da obra.

Outra questão que apenas proponho, mas não tenho condições de desenvolver é se haveria uma influência do pensamento gnóstico no texto do autor espiritual.
Parece-me que conhecer e debater o conjunto da obra, que demonstra as muitas variações e possibilidades da faculdade mediúnica é uma tarefa importante para o movimento espírita, que ainda não lhe deu o devido valor.


13.1.08

O Livro Perdido de Damasceno Sobral

José Damasceno Sobral foi um dos expositores incansáveis do Grupo Emmanuel, que viajou pelo interior de Minas Gerais divulgando a doutrina até que o Mal de Parkinson limitasse seus trabalhos a um grupo familiar. Muito disciplinado e querido pelo movimento espírita mineiro, foi considerado um dos pioneiros do Espiritismo na terra das alterosas. Quem quiser conhecer mais de sua biografia, pode acessar o link http://www.uemmg.org.br/list.noticia.php/origem/1/noticia/151/titulo/Jose_Damasceno_Sobral

Eu o conheci nas viagens de divulgação da doutrina que fazia com papai (José Mário) e a amizade entre as famílias se perpetuou embora nos víssemos entre longos intervalos de tempo.Do seu grupo mediúnico, minha família recebeu as mensagens de papai cuja linguagem e análise de conteúdo mais revelam sua identidade pregressa.






Há anos guardo comigo um exemplar de seu livro de poesias, surpreendentemente desconhecido pela grande maioria do movimento espírita mineiro, dada a sua discrição. São versos livres, espirituais e psicológicos, no qual se revela sua sensibilidade e seus vôos espirituais a partir dos princípios espíritas.

Não são versos pobres ou ingênuos. A concepção do livro é moderna e o leitor tem sua atenção capturada pelas letras e imagens do poeta cristão-espírita. Os poemas, via de regra, iniciam-se no pé da primeira página e concluem-se no início do verso.

Os temas são diversos, mas a fonte de inspiração mais recorrente é a morte, ou melhor, a libertação do espírito após a morte e o conflito do homem que se divide entre a certeza da imortalidade e o sofrimento da perda. Sobral surpreende novamente quando trata de princípios e idéias doutrinárias com brevidade e consistência, sem perder a sensibilidade poética.

Algumas imagens são fortes, revelam sua personalidade ao mesmo tempo doce e determinada.

O livro foi prefaciado por César Burnier que lhe destaca o ponto de convergência entre a poesia e a filosofia e o papel demiúrgico da poesia e do poeta no mundo.

É muito difícil escolher um dos poemas para o leitor. Gostaria de deixar diversos deles (na verdade, eu gostaria mesmo é que o livro fosse reeditado, mas sei que a cada dia que passa a poesia tem menos lugar nas sociedades espíritas e o "mercado editorial" espírita decretou a morte comercial deste gênero literário), então deixo-lhe uma poesia sobre a poesia.

Eternidade da Poesia

A poesia não morre.

A poesia é o idioma das almas,

a tradução dos sentimentos

que ainda poucos homens entenderam.

Evoluindo,

ela se transforma

de trivial em filosófica,

de filosófica em transcendental.

A poesia não morre.

O homem,

na embriaguez da matéria,

é que morreu para a poesia.






8.1.08

Léon Denis e Lepoldo Cirne

Leopoldo Cirne foi o presidente da Federação Espírita Brasileira que sucedeu a Bezerra de Menezes, no período de 1900 a 1914. Ele consolidou a instituição, inaugurando a sede própria da Avenida Passos 30, na cidade do Rio de Janeiro, em 1911.
Zêus Wantuil transcreveu o artigo publicado em "O Paiz", o jornal democrático do Rio à época, reconhecendo o papel social do movimento espírita:
"Não é uma inauguração vulgar, de um edifício que interessa apenas à associação a que pertence; ela resume, na pedra e na argamassa do amplo edifício erigido naquela avenida, uma obra generosa de fé e de assistência, que tem se estendido beneficente sobre uma grande parte da população desta terra. A nova sede da Federação Espírita Brasileira tem, considerada no seu ponto de vista particular, o valor, já hoje raro, de exprimir uma dedicação extraordinária dos homens agremiados naquele centro de atividades, dedicação praticada em uma quase penumbra, sem alarde, sem benemerências conclamadas, sem nomes postos em foco, com a modéstia efetiva dos crentes sinceros e dos generosos por dever; em cada pedra, em cada bocado de argamassa da sua construção, há um pouco de coração e de consciência dominados por um alto sentimento e um sugestivo dever."

(Grandes Espíritas do Brasil, Zêus Wantuil, FEB, 1981, 2a. Edição)


Figura 1: Foto recente da fachada da antiga sede da Federação Espírita Brasileira, feita por André Cláudio V. C. de Mendonça em 2006 (http://www.pbase.com/andremendonca/image/62612683)



Há alguns anos, foi encontrada a foto abaixo em meio à biblioteca do Sr. Aurélio Valente, doada à Associação Espírita Célia Xavier após o seu retorno à pátria espiritual. Ela mostra a relação existente entre o Espiritismo Brasileiro e o Francês, na pessoa de Léon Denis, àquela época.



Figura 1: Foto de Léon Denis




Figura 2: Verso da foto acima onde se lê (em francês): Ao Sr. Leopoldo Cirne, lembrança fraternal. Léon Denis. 20/5/99 (1899)

7.1.08

A Psicografia de Stainton Moses

Figura 1: Foto de Stainton Moses


Stainton Moses, médium espiritualista inglês, escreveu sobre sua própria mediunidade em 1883:

"É interessante saber se os meus próprios pensamentos exerceram uma influência qualquer nos assuntos tratados nos ditados, apesar de ter tomado as maiores precauções para que esse fato não acontecesse. Ao começo, a escrita era lenta, sendo eu obrigado a segui-la com os olhos, mas, mesmo nesse caso, as idéias não eram minhas. De fato, as comunicações tomaram logo um caráter sobre o qual não podia eu ter dúvidas, pois que as opiniões emitidas eram contrárias ao meu modo de pensar. Distraía-me propositadamente durante o tempo em que a escrita se produzia, e cheguei a abstrair-me na leitura de um livro e a seguir um raciocínio cerrado, enquanto a minha mão escrevia com constante regularidade. As comunicações assim dadas enchiam inúmeras páginas, sem haver correção nem faltas de composição, revelando muitas vezes um estilo belo e vigoroso. "

(Extraído de "Ensinos Espiritualistas", W. Stainton Moses, FEB, 1981)

27.12.07

Mensagem Natalina


Gostaria de compartilhar com os leitores do blog uma mensagem ditada pela via da psicografia intuitiva ao autor do blog em dezembro de 1999, na Associação Espírita Célia Xavier. O autor espiritual adotou o nome de "Companheiro de Trabalhos".



Figura 1: Natividade de Gustave Doré

“Entrando onde ela estava disse-lhe:
‘Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! (...)
Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho,
e tu o chamarás com o nome de Jesus’.”
(Lucas 1: 28 e 31)
A humanidade comemora dois mil anos de uma mensagem: nasceu Jesus, Jesus de Nazaré, criança humilde, filho de pessoas simples do povo. Ele não tem poderes, não tem riquezas, não tem nobreza no sangue, apenas uma referência distante a Davi.

Nasceu Jesus, Jesus de Nazaré. Não é romano, não é patrício, é filho de um povo escravo, os judeus, que lutam e sonham com liberdade política e aguardam um enviado de Iavé cuja mão forte dirigir-lhes-á os exércitos.

Nasceu Jesus, Jesus de Nazaré, não em Jerusalém... Nasceu no interior, foi criado em cidade pequena, aprendeu a ser carpinteiro, e não rei; conviveu com pescadores, mais que com sacerdotes. Nasceu pequeno entre os pequenos.

Nasceu Jesus, Jesus de Nazaré. Tornar-se-á homem, varão do povo de Israel, mas não terá duas túnicas, nem uma pedra onde descansar sua cabeça, viajará a pé, conversará com todos, escolhidos e apartados, patrícios e plebeus, ricos e pobres.

Nasceu Jesus, de Nazaré, com uma missão: transmitir uma mensagem. Alguns se recordam de feitos milagrosos, outros dos sinais dos céus, outros das vozes de outro mundo, mas esse homem tem por legado apenas palavras.

Nasceu Jesus, de Nazaré. Considerado malfeitor pelos seus compatriotas, esquecido pelos representantes da justiça romana, condenado à pena máxima.

Foi-se Jesus, de Nazaré, mas suas palavras, seus atos, continuam em meio a nós. Não foi rei, mas seus feitos dividiram a História. Não foi guerreiro, mas conduziu-nos à luta interior. Não foi homem de letras, mas originou as páginas mais lidas pelos seus semelhantes. Não construiu monumentos, mas sua lembrança resiste ao tempo. E depois dele, sob sua palavra, os homens ficam diferentes.

Companheiros de trabalho, nós lhes desejamos um feliz natal, pleno da presença da mensagem do homenageado."

Recordando Yvonne

Há 41 anos, em junho de 1966, Yvonne do Amaral Pereira escreveu a introdução do livro que ela considerava ser o seu "canto do cisne". É uma pérola do Espiritismo brasileiro do século XX. Neste livro, declaradamente desgastada pelas enfermidades, Yvonne conta os bastidores da sua mediunidade, desde os primeiros dias da tenra infância.



Os espíritos povoam sua vida, as recordações das encarnações passadas a atormentam e a prática mediúnica a liberta dos negros impulsos que a atraem à morte.


Sua visão ampliada de mundo mostra uma vida paralela à nossa, interferindo com o cotidiano de seus conterrâneos e contemporâneos. Obsessores, espíritos sofredores, suicidas, mentores, amores do passado, espíritos amigos, escritores atormentados, todos compõem este mundo que os materialistas rotulariam de fantástico.


As dificuldades e as provas associadas à prática da mediunidade desfilam aos olhos do leitor interessado em conhecer mais sobre esta curiosa faculdade. Yvonne alterna sua história com explicações de base doutrinária, fazendo com que seu livro seja mais que um mero relato memorialista.

Yvonne conclui sua introdução com a seguinte prece, da qual transcrevo um trecho:


"... A chama imaculada que do Alto me mandaste, com a revelação dos pontos da tua Doutrina, a mim confiados para desenvolver e aplicar, eu ta devolvo, no fim da tarefa cumprida, pura e imaculada conforme a recebi: amei-a e respeitei-a sempre, não a adulterei com idéias pessoais porque me renovei com ela a fim de servi-la; não a conspurquei, dela me servindo para incentivo às próprias paixões, nem negligenciei no seu cultivo para benefício do próximo, porque todos os meus recursos pessoais utilizei na sua aplicação. Perdoa, no entanto, Senhor, se melhor não pude cumprir o dever sagrado de servi-la, transmitindo aos homens e aos Espíritos menos esclarecidos do que eu o bem que ela própria me concedeu"


Um momento especial do Espiritismo em nosso país que não deve ser esquecido pelos trabalhadores do nosso tempo.

18.12.07

Victor Hugo e os Espíritos

Recentemente um documentário sobre o livro "Os Miseráveis" chamou-me a atenção para o lado espírita de Victor Hugo. Nele, um dos estudiosos da obra de Hugo afirma que os espíritos o incentivaram a concluir e publicar o livro que se tornaria um marco na literatura mundial, por dar voz e luz a uma população geralmente esquecida, diminuída ou marginalizada pelos autores anteriores à sua época.



O escritor francês foi condecorado cavaleiro da Legião de Honra em 1825, membro da Academia Francesa e foi eleito deputado constituinte de Paris em 1848 e 1849. Foi eleito presidente do Congresso Internacional da Paz em 1849. Em 1852 um decreto do governo de Luis Napoleão o expulsa da França e ele vai para a ilha de Jersey, onde teve contato com a mediunidade e os espíritos. Hugo só voltaria à Paris após a proclamação da república, mesmo tendo sido anistiado.


O livro de Maria do Carmo Schneider, de leitura agradável, focaliza o lado espírita de Victor Hugo, conectando-o à sua obra. São impressionantes os poemas obtidos pela via mediúnica na ilha de Jersey e os espíritos com quem comunicava-se, que adotavam pseudônimos poéticos como "Sombra do Sepulcro", "Dama Branca", "Leão de Ândrocles" e "Pomba do Arco". Poetas famosos também assinavam as comunicações, como Molière, Ésquilo, Shakespeare, Dante e Camões.


A pena dos historiadores e biógrafos de Victor Hugo muitas vezes o considerou um "louco no exílio", assim como foi feito com outras personalidades notáveis que se tornaram espíritas ou espiritualistas como William Crookes e Robert Owen. Em sua "loucura genial" Victor Hugo ainda publicou mais de vinte grandes obras, como "O Homem Que Ri", "Os Miseráveis", "William Shakespeare", "Trabalhadores do Mar", "Torquemada" e outras obras memoráveis.



Além do trabalho de Maria do Carmo, quem desejar conhecer uma abordagem filosófica da obra de Victor Hugo, pode ler o livro "Victor Hugo, Espírita", escrito pelo espírita argentino Humberto Mariotti e publicado em português pela editora EME.

Como um presente ao leitor do blog, fica um dos poemas mediúnicos da Ilha de Jersey, ditado pela "Sombra do Sepulcro":


"Espírito que quer saber o segredo das trevas,
E que, segurando nas mãos a terrestre chama,
Vem, furtivo, apalpando nas nossas fúnebres sombras,
Espicaçar a imensa tumba,

Retorna ao teu silêncio e sopra tuas velas,
Retorna à noite de onde algumas vezes sais;
O olho dos vivos não lê coisas eternas
Por sobre os ombros dos que não vivem mais."

(Resposta a Hugo da Sombra do Sepulcro após duas perguntas dirigidas a Molière) Leia sua interpretação na página 52 do livro de Schneider.

Solidariedade sem Fronteiras

A Fundação AVSI da Igreja Católica está realizando a Campanha Tendas 2007/2008. Ela é reconhecida pela ONU e dá apoio a uma creche com 120 crianças em Belo Horizonte. Abaixo segue um convite para uma peça de teatro cuja renda será em prol desta fundação. Quem quiser conhecer melhor a instituição, clique no título.


A solidariedade não deve ter fronteiras religiosas ou políticas.



16.12.07

Dissertação de Mestrado da UNICAMP trata do Parnaso

Foto 1: Alexandre Caroli Rocha, autor da dissertação.


Alexandre Caroli Rocha defendeu dissertação de mestrado sobre o conhecido livro psicografado por Francisco Cândido Xavier: Parnaso de Além Túmulo.

Em sua dissertação se encontra uma vasta revisão sobre a produção mediúnica, a interferência de espíritos e médiuns no texto, a similitude do estilo literário ao lado de uma intenção retórica dos espíritos e muitas outras características próprias ao texto mediúnico de médiuns conhecidos como o próprio Chico, Yvonne Pereira e Divaldo Franco.

É uma dissertação que merece ser lida, porque traz mais uma contribuição lúcida a uma literatura geralmente esquecida pela Universidade Brasileira e paradoxalmente muito lida pelo público brasileiro de espíritas e simpatizantes.

Quem desejar ter acesso ao texto completo basta acessar a biblioteca de teses eletrônicas da UNICAMP no endereço http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000236698

13.12.07

Textos e Apresentações do Ciclo de Estudos Sobre Passes

Figura 1: Eduardo, O Confessor curando escrofulosos através do toque


Foram publicadas no site Espiritismo Comentado (http://www.jadersampaio.uaivip.com.br/) alguns dos textos e apresentações utilizados no Ciclo de Estudos sobre Passes, realizados de setembro a dezembro na Associação Espírita Célia Xavier.

Os textos estão em pdf e as apresentações no formato powerpoint. Estão disponíveis aos interessados para download.

12.12.07

A Noite de São Bartolomeu

A Boa Nova Editora traduziu do russo mais um romance psicografado pela médium Wera Krijanowskaia, de autoria do Espírito Rochester.

Como a maioria dos romances de Rochester, ele se caracteriza por uma mescla entre o fantástico e o real. Como quase todo livro de Rochester, a feitiçaria se entrelaça ao fenômeno mediúnico, como um tempero da história contada. A reencarnação é citada mas não faz parte da trama. Do Espiritismo, encontra-se o caráter moral e o conceito de Nêmesis, uma deusa grega que personificaria a lei de ação e reação (na cultura grega, o destino traçado, do qual o homem não tem como fugir, uma idéia um pouco diferente da nossa).

A Noite de São Bartolomeu é um romance linear que se desenvolve em torno da vida de Diana, filha do Barão D'Arni. Ele tem ao fundo as intrigas da corte de Carlos IX e Catarina de Médicis.

O editor fez um trabalho muito interessante de pesquisa, apresentando fontes históricas que corroboram as informações que o autor espiritual fornece sobre os personagens reais da trama. São dezenas de citações no pé de página dos livros, de obras literárias e históricas.

A narrativa não é psicológica, mas os acontecimentos e revezes da história prendem o leitor do início ao fim. Uma boa leitura para as férias que se aproximam.

11.12.07

A Tentação do Deserto e o Mandamento Divino

Alice perguntou: Gostaria que você me enviasse, se possível, alguma explicação a respeito da máxima de Jesus, referente ao capítulo XI do Evangelho Segundo o Espiritismo : " Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma, de de todo o entendimento e com toda a força". Queria compreender o significado das expressões sublinhadas e o que elas têm a ver com a tentação do deserto.

Jesus está fazendo uma citação do Deuteronômio, capítulo 6, versículo 5. Trata-se do primeiro mandamento de Iahweh, possivelmente escrito por Moisés, aos Israelitas.

Em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Kardec se detém no segundo mandamento de Jesus, por esta razão não tece comentários sobre o já conhecido preceito do Antigo Testamento.

Seguindo a proposta Kardequiana, ao contextualizar a frase, retornamos ao Egito, de onde Moisés acabara de libertar o povo de Israel. Como todos sabemos, no Egito Antigo fazia-se o culto de diversos deuses, e após anos de escravidão muitos dos israelitas absorveram práticas religiosas egípcias. O monoteísmo pregado por Moisés era estranho àquele povo. Além dos deuses egípcios, os Israelitas seriam expostos aos cultos das divindades dos povos que se tornariam seus vizinhos na futura Palestina. Os Filisteus, os povos do mar, os cananeus e muitos outros cultuavam divindades estranhas a Iahweh.



Figura 1: A Criação de Adão, de Michelângelo

O sentido da frase nos parece claro: Iahweh manda que o povo de Israel obedeça apenas a seus princípios e leis, não rendendo culto a outros deuses. Não poderia haver lugar na alma ou no coração dos Israelitas para outra divindade. Se necessário, Iahweh exige que os Israelitas defendam sua crença com toda a sua força. (ou poder, como foi traduzido na tradução de Ferreira de Almeida). Uma evidência deste sentido é a própria continuidade do texto do Deuteronômio que deixa explícito no versículo 14: "Não seguireis outros deuses, qualquer um dos deuses dos povos que estão ao vosso redor, pois Iahweh teu Deus é um Deus ciumento, que habita em teu meio."

Vê-se que Moisés tinha suas razões para encabeçar com este mandamento a lista dos demais, posto que enquanto ele os recebia no monte, tendo demorado alguns dias, os Israelitas se esqueceram-se de Iahweh e fundiram o bezerro de ouro para culto.



Figura 2: Moisés, de Michelângelo

Mateus não faz referência a "poder" ou "força" em seu evangelho. Ele adiciona a palavra "entendimento" (Tradução da Bíblia de Jerusalém) ou "pensamento" (Tradução de Ferreira de Almeida). No Evangelho de Marcos (12:30) e no de Lucas (10:27) se encontram as quatro expressões: coração, alma, entendimento e força.

Na narrativa de Marcos há outra evidência de que Jesus se referia à crença em um único Deus. O escriba, com quem Jesus conversava, afirma "Muito bem, Mestre, tens razão em dizer que ele é o único e não existe outro além dele, e amá-lo de todo o coração, de toda a inteligência e com toda a força (...) é mais do que todos os holocaustos e todos os sacrifícios. Jesus vendo que ele respondera com inteligência, disse-lhe: "Tu não estás longe do Reino de Deus".

Nesta passagem o evangelista introduz a questão da interioridade da crença em Deus. Amar com coração, alma e entendimento é amar internamente a Deus; render-lhe sacrifícios e oferendas é fazer com que a sociedade saiba que se diz amá-lo ou temê-lo. Esta já é uma contribuição de Jesus à concepção de Deus de sua época. Há uma outra passagem em que ele diz que Deus não deve ser adorado em templos, mas "em espírito e verdade". Jesus sempre foi crítico dos que dizem amar a Deus exteriormente e que na intimidade desrespeitam seus princípios. Ele é crítico contumaz da hipocrisia de fariseus em diversas passagens dos evangelhos. Mais que uma crença exterior, social, amar a Deus com o coração, com a alma e com o entendimento é ser consistente com sua proposta de vida. Esta é uma das chaves para se compreender o que Jesus considera ser o Reino.

Para se fazer a distinção das palavra alma e coração, uma análise correta (segundo a hermenêutica) demandaria a identificação do seu equivalente em hebraico e uma análise da mesma palavra em outras passagens do pentateuco, ou pelo menos uma consulta a exegetas consagrados, o que está além da minha capacidade atual, portanto, prefiro não emitir opinião.


Figura 3: Tentação do Deserto de Gustave Doré

Quanto à tentação do deserto, em Mateus 4: 8-10, o diabo (adversário de Iahweh, outra divindade na concepção histórico filosófica, portanto) propõe que Jesus se lhe prostre e o adore, oferecendo-lhe para tanto todos os reinos do mundo. Jesus recorda-lhe uma outra passagem do Deuteronômio e o manda embora dizendo: "Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele prestarás culto". Fica óbvia a associação entre as passagens.

Uma Livraria em um Palácio

Sérgio Paulo, leitor do Boletim GEAE 510 pediu informações sobre como uma livraria funcionaria em um palácio (Palais Royal, Paris). Segue a resposta que enviamos a ele:


Foto 1: Palais Royal (Fonte: Wikipédia)

Quanto às fontes espíritas sobre o assunto temos o próprio Kardec na Revista Espírita, publicada em 1858 (página 31 da edição Edicel), reescrevendo um artigo publicado em revista da época pelo Sr. Du Chalard, que faz a citação "Dentu, Palais Royal."

O conhecido trabalho de Zêus Wantuil, Allan Kardec: Pesquisa Biobibliográfica e Ensaios de Interpretação, publicado pela FEB, traz na página 75 do volume II um fac-simile da capa original de O Livro dos Espíritos na qual se lê: Paris, E. Dentu Librairie, Palais Royal, Galerie D'Orleans 13.


Foto 2: Fac-simile da primeira edição de O Livro dos Espíritos. (Fonte: O Primeiro Livro dos Espíritos, editora Ismael, 1957)

No livro mais recente, "Vida e Obra de Allan Kardec", escrito por Edson Audi (que morava em Paris na época em que fez a fotografia do livro), há a transcrição de uma parte das Obras Póstumas de Kardec na qual ele relata que o Sr. Dufaux tratou com o prefeito de polícia, que o remeteu ao Ministro do Interior para obter uma autorização para o aluguel de uma sala na Galeria de Valois, todas as terças feiras, no Palais Royal. (página 72)

Se você fizer uma pesquisa no Google sobre o Palais Royal vai encontrar textos, como o da Wikipédia, que esclarecem que ele apesar de sua nobre localização à frente do Louvre no 1er arrondissement, "nunca foi um palácio real". Ele foi criado a mando de Richelieu e que por esta razão era chamado de Palais Cardinal, tendo sido deixado para a coroa francesa. Os Orleães instalaram-se no palácio no século XVII. Em 1773, Luis Felipe II, Duque de Orleães mandou recuperar o palácio após um incêndio e abriu seus jardins ao povo (o que lhe valeu a alcunha de Philippe-Egalité). No texto da Wiki você encontra uma explicação sobre os aluguéis de parte do Palácio que eram utilizados com diversos fins:

"Mandou ainda encerrar os jardins com colunatas regulares que foram alinhadas com lojas (numa das quais Charlotte Corday comprou a faca que usou para apunhalar Jean-Paul Marat). Ao longo das galerias permaneciam damas da noite, e nos segundos andares estavam alojados cassinos de jogo. Existia um teatro em cada extremo das galerias; o maior foi a sede da Comédie-Française, a companhia de teatro estatal, a partir do reinado de Napoleão."

Não há dúvida que a "Librairie Dentu" funcionou anos a fio no Palais Royal. Se você pesquisar estas duas expressões no google encontrará uma enormidade de citações bibliográficas em teses, artigos e sites de língua francesa referindo-se a livros de diversos assuntos publicados por Dentu no século XIX.
Mais um detalhe: a segunda edição de O Livro dos Espíritos foi publicada pela Librairie Ledoyen que funcionava onde? No Palais Royal.

Uma livraria em um palácio: coisa de franceses...

(Colaboração de Carolina Jacomini Sampaio)

6.12.07

Laços é o Filme Vencedor do Concurso You Tube

Curta brasileiro vence concurso do YouTube
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FELIPE MAIAda Folha Online
O curta-metragem brasileiro "Laços (Ties)" dirigido por Flávia Lacerda, venceu o concurso Project Direct, promovido pelo YouTube. A produção, escolhida em votação aberta dentre 20 finalistas, será exibida no Sundance Festival, realizado nos Estados Unidos, no próximo mês de janeiro.
Participaram do concurso, iniciado em outubro deste ano, produções de Estados Unidos, Brasil, Canadá, França, Itália, Espanha e Reino Unido.


Leia mais no clicando no título desta publicação ou no endereço abaixo:

5.12.07

Espiritismo Comentado Recebe novos Visitantes


Mais notícias aos leitores de Espiritismo Comentado. Os internautas de novos países que acessaram a página no último mês são: Ucrânia, Itália, Angola, Canadá e Turquia. Sejam bem-vindos e façam sugestões para que possamos atendê-los melhor. (Usem o link de "postar comentários", abaixo de cada matéria)
Neste último mês o número de acessos quase dobrou. Já estamos próximos de 3000.

4.12.07

Grupo Scheilla Promove Seminário de Reciclagem para Educação Mediúnica

O Grupo Scheilla organizou no último domingo um seminário voltado a todos os participantes de reuniões de Educação Mediúnica da casa. Ele foi realizado na Casa Espírita André Luiz, na Santa Efigênia.


O seminário contou com exposições, pesquisa de opinião, estudo em grupos e diversos momentos musicais. Ele tinha por objetivo oferecer aos trabalhadores da Educação Mediúnica "um momento de revisão de conceitos e de reflexão sobre sua atuação".
Os participantes receberam uma pasta contendo material do próprio evento, da Federação Espírita Brasileira e da União Espírita Mineira, além da distribuição do Jornal do Grupo Scheilla que se intitula "O Fraternista".



Foto 1: Visão Geral dos Participantes do Evento. Na primeira fileira, à direita, Daltro Rigueira, um dos pioneiros da organização de estudos sistemáticos sobre mediunidade no Grupo da Fraternidade Irmã Scheilla.

O Grupo da Fraternidade Irmã Scheilla tem em sua estrutura quatro tipos de reuniões mediúnicas: as reuniões de desobsessão, as reuniões de educação mediúnica, as reuniões de orientação espiritual e as reuniões de ectoplasmia (com a finalidade de tratamento). Todas estas reuniões congregam cerca de 350 participantes.


Foto 2: Um dos momentos musicais do evento com Karla, Nelinho e Sandro

O trabalho do dia contou com a exposição de Célio Allan Kardec, uma liderança importante da Casa de Scheilla. Ele tratou do tema "Educação Mediúnica: Teoria e Prática".

Foto 3: Célio Allan Kardec

Nova Diretoria da União Espírita Mineira

Foto 1: Mesa Composta para a Comemoração dos 98 Anos da União Espírita Mineira em Junho de 2007. Marival Veloso à esquerda de Honório Abreu.

No dia 29 de Novembro, o Conselho Administrativo da União Espírita Mineira recompôs a diretoria executiva para cumprir o mandato até 2009. Ela ficou assim constituída:

Presidente – Marival Veloso de Matos
1º. Vice-presidente – Maurício Albino de Almeida
2º. Vice-presidente – Felipe Estabile Moraes
1º. Secretário – Marcelo Gardini de Almeida
2º. Secretário – Roberta Maria Elaine de Carvalho
1º. Tesoureiro – Walkíria Teixeira Campos
2º. Tesoureiro – William Incalado Marquez
Diretor do Patrimônio – Braz Moreira Henriques
Bibliotecário – Jairo Eustáquio Franco
Consultor Jurídico – Antônio Roberto Fontana

Quem nos informa é o próprio Felipe, a quem agradecemos a gentileza.

Marival tem uma trajetória de longos anos de trabalho no Movimento Espírita e na União Espírita Mineira. Ele foi presidente e trabalhou na fundação do Grupo Espírita André Luiz, no bairro do Horto. Marival formou-se em direito e tem sido um bom amigo há muitos anos. Desejo-lhe muita paz, e força operosa na nova atribuição que a família espírita mineira reservou-lhe. A União Espírita terá uma nova liderança com muita experiência e bom senso para continuar sua trajetória.