Anésia e Pedro Machado (Foto de Gabriele Machado)
Temos um conflito de propósitos no meio espírita que precisa ser bem refletido. De um lado, atitudes contra o orgulho e a bajulação, capazes de fazer "inchar o ego" de uma pessoa, fazê-la acreditar ser melhor do que realmente é. De outro, temos a importância do reconhecimento, do afeto e da memória.
Estava lendo uma área da fronteira entre psicologia e sociologia, chamada psicologia do trabalho, para um evento da ABRAPE (Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas). Christophe Dejours, um de seus autores franaceses bem conhecido, teorizou sobre a importância do reconhecimento para se ter um trabalho prazeroso, reconhecimento pelos pares, pela coordenação, por aqueles que se beneficiam com o trabalho de alguma forma. Há muitos anos temos trabalhado pela preservação da memória do movimento espírita. A professora Míriam Hermeto nos lembra que:
"... todo grupo social tem o direito de produzir cultura e de se apropriar da cultura que ele próprio produz e daquela em que está inserido. Mas, muitas vezes, não se conhece a existência destes direitos e tampouco se reconhece a sua importância." (Motta, 2003).
Associando as duas coisas, com a finalidade de não esquecer as pessoas que fizeram nossa casa e nossa história, a TV Célia Xavier criou o programa "Papo das 10", que iniciou-se no último domingo às dez horas da manhã. No primeiro programa, Najla levou Pedro e Anésia Machado, que estão conosco na Associação Espírita Célia Xavier há muitas décadas. O programa trouxe muito afeto, mostrou como eles criaram uma tessitura de amigos, de companheiros de trabalhos, de memórias, envolvendo diversas cidades e grupos espíritas, ao redor do seu trabalho voluntário. Com certeza, o programa emociona a quem os conhece e a quem é trabalhador no Célia Xavier, de forma especial, mas todos poderão ver como é importante mostrar o afeto na telinha e lembrar juntos os caminhos por onde se passou.
Confira abaixo a entrevista deles.
👏🏻👏🏻👏🏻 bacana Jader. Forte abraço
ResponderExcluirNo informativo de nossa instituição (Centro Espírita Luiz Ismael, que chamamos de CELI), em São Paulo, uma das páginas é para registrarmos a história do centro e das pessoas que o fizeram, inclusive quando das desencarnações. É o reconhecimento do valor de cada um, sem que se traduza em orgulho.
ResponderExcluirAmorim, parabéns pela iniciativa!
ResponderExcluirFeliz e emocionada em ve-los queridos por todos os irmãos de fé!
ResponderExcluirFeliz e emocionada por vê-los queridos por todos os irmãos de fé!
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