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24.6.21

"CONVERSANDO COM OS ESPÍRITOS" AGORA EM FORMATO E-BOOK



Um recurso que as pessoas têm usado nas situações de isolamento social é a leitura de livros espíritas através dos leitores de livros digitais, ou fazendo encomendas de livros nas casas espíritas ou em livrarias que entregam em casa.

Tenho adquirido e lido muitos livros através do leitor da Amazon.com.br, chamado Kindle, que é capaz de armazenar uma grande quantidade (ele se torna uma biblioteca ambulante), tem diversos dicionários digitais gratuitos instaláveis e permite pesquisas de palavras ou expressões, facilitando muito a localização de trechos de livros para o preparo de estudos, palestras, aulas e outros.

Esta semana a Lachâtre disponibilizou via Amazon, o meu livro “Conversando com os espíritos”. Para quem não o conhece, ele tem uma parte de memórias das reuniões em centros espíritas que frequentei, de médiuns que conheci e de fenômenos que presenciei, prestando uma singular homenagem às pessoas que me formaram e me prepararam para o trabalho mediúnico na casa espírita.

Tento responder no capítulo 3 a uma questão simples: o que devemos conhecer sobre a vida após a desencarnação para melhor dialogar com os espíritos através da mediunidade? O períspirito e suas propriedades “garimpados” na obra de Allan Kardec são um dos conteúdos mais importantes para esta tarefa.

Depois, mergulho em Kardec tentando recuperar os casos de obsessão que ele atendeu através de reuniões mediúnicas. É possível ver que boa parte do que fazemos hoje foi instruído aos poucos ao codificador pelos espíritos que o orientavam. O texto tenta recuperar essas instruções, para que os trabalhadores de reuniões mediúnicas possam conhecer os princípios de seu trabalho. Reescrevo também diversos casos que aconteceram da França e na Espanha do século 19, que tiveram por protagonistas os membros do grupo de Kardec ou os espíritas da península ibérica. 

Segue um capítulo curto, no qual se discute como se dá essa conexão entre espírito comunicante, médium e atendente (termo que se usa em substituição a “doutrinador” ou “dialogador”). Fruto das observações das décadas de prática mediúnica, mostra ao leitor que se trata de uma conexão de duas vias, cognitiva, emocional e sensorial (às vezes), o que amplia a compreensão do efeito do diálogo com o espírito comunicante pela via mediúnica.

Três conceitos de psicologia humanista são empregados no próximo capítulo: congruência, compreensão empática e aceitação positiva incondicional. Esses conceitos convidam o atendente a repensar como conduz o diálogo com o espírito comunicante. Além desses conceitos, a noção de projeto de vida, da Análise Transacional é explicado.

O penúltimo capítulo, bem rico, é composto de transcrições de atendimentos e sua respectiva análise. São diversas histórias, às vezes apenas situações mais curtas, que mostram uma forma de atendimento mais respeitosa e compreensiva, no lugar de sugestões mal adaptadas das técnicas hipnóticas e dos chavões que mais visam a encerrar o diálogo que a auxiliar a pessoa desencarnada a compreender sua história e as consequências de suas decisões. Esses casos envolvem situações muito diversas, mas que verificamos ser comuns nas reuniões no meio espírita pelo Brasil.

Como anexo seguem pequenas biografias de trabalhadores espíritas que são citados ao longo desse trabalho, como Raul Teixeira, Virgílio de Almeida, José Mário Sampaio e muitos outros, a maioria de Minas Gerais.

Se você prefere ler o livro em papel, auxilie o Instituto Lachâtre, acessando: https://lachatre.lojaintegrada.com.br/buscar?q=Conversando+com+os+esp%C3%ADritos

Se quiser usufruir o preço mais em conta e os recursos digitais do livro no Kindle, acesse:

https://www.amazon.com.br/dp/B097S7C4DJ/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=Conversando+com+os+esp%C3%ADritos+J%C3%A1der&qid=1624527571&s=digital-text&sr=1-1

Ou digite “Conversando com os espíritos” Jáder em seu leitor eletrônico. O preço hoje está em R$17,45.


10.3.20

MEDIUNIDADE E ATENDIMENTO DOS ESPÍRITOS EM REUNIÃO MEDIÚNICA




Mais uma pergunta do seminário realizado em Contagem-MG.

O médium ostensivo pode ser dialogador? Ou fazer preces?

Em nossa experiência tentamos preservar o exercício da mediunidade no momento da reunião mediúnica aos que têm faculdades ostensivas. Isso não significa que estejam impedidos de contribuir de outras formas na reunião se for necessário. Na falta de atendentes, ou de médiuns-passistas, um médium ostensivo pode ser convidado a realizar essa atividade no grupo, em caráter excepcional.

Nesse caso, o dirigente da parte mediúnica da reunião pede ao médium para atuar como tal, e ele evita a prática da mediunidade naquela sessão, ou a realiza após o atendimento ou atividade de passes.

Cabe à direção da reunião evitar esse tipo de situação, compondo seu grupo com médiuns e atendentes suficientes para a realização cotidiana de suas atividades.

27.2.20

AVALIAÇÃO DE REUNIÕES MEDIÚNICAS



No Seminário oferecido em Contagem-MG, em 2019, foi feita uma pergunta sobre avaliação de reuniões. Passamos a experiência do nosso grupo mediúnico:

Que você pode nos falar sobre as avaliações periódicas da reunião e dos médiuns?

Todas as sessões temos um tempo reservado à análise das comunicações e das percepções de todos os membros da reunião durante a parte mediúnica. Como ela é feita imediatamente após o encerramento das comunicações, ficou conhecida como “terceira parte” pelos membros do grupo, mas poderia ter outro nome mais formal.

Nessa parte da reunião, como realizamos comunicações simultâneas, as duplas médium-atendente narram de forma objetiva e resumida como foram as comunicações que aconteceram. Os médiuns podem falar ao grupo os sucessos e insucessos das escolhas do atendente durante sua atividade, os atendentes podem explicar o que não entenderam bem do relato durante a comunicação, outros membros podem falar de suas percepções enquanto a comunicação se dava e que podem estar associadas a ela, e, sem criar constrangimentos ou censurar, das sugestões para os participantes da reunião. Outra coisa que pode ser feita é o próprio médium falar ao grupo de suas inseguranças quanto à comunicação e das suspeitas de animismo ou do que consideram ser suas influências sobre a comunicação.

Se essa atividade não for realizada logo após as comunicações, passados alguns dias, tendemos a esquecer o que aconteceu, perder detalhes e falar de eventos que os demais membros não se recordam bem.

Além da “terceira parte”, fazemos avaliações mais amplas, semestrais ou anuais. Nessas avaliações colhemos a opinião dos membros do grupo para decidir a necessidade ou não de mudanças, seja de função, seja do ambiente material, seja da rotina da reunião (preces, leituras, estudos, parte mediúnica, terceira parte), seja da troca de funções na reunião (geralmente a troca de dirigentes), seja a análise de insatisfações e de aspectos positivos ou realizações importantes feitas pelo grupo. Os encontros de cunho social fora do centro espírita são discutidos nessas oportunidades, e a participação em campanhas da casa, atividades sociais e outras. Sempre realizamos mudanças, preferencialmente a partir de consensos do grupo.

4.2.20

SENSAÇÕES DE ESPÍRITOS COMUNICANTES




Reunimo-nos em Contagem - MG para o seminário "Conversando com os espíritos". Após a parte de diálogo, foram feitas perguntas sobre o tema e nem todas puderam ser respondidas. Hoje publicaremos a resposta de duas das questões.

1. O que fazer em uma reunião na qual se manifesta um espírito que se considera morador de rua, queixa-se de frio e pede ajuda?

O que entendemos com base nas explicações de Allan Kardec é que a sensação de frio e outras sensações orgânicas são recordações de experiências vividas pelos espíritos quando encarnados. A sensação em si não é problema para o espírito comunicante. A questão que nos preocupa é um espírito desencarnado não ser capaz de entender sua condição, o que sugere uma perturbação espiritual. O papel do atendente é inspirar confiança e conversar para que o comunicante possa entender o que aconteceu consigo e ser capaz de perceber o mundo espiritual e sua condição imediata de espírito comunicante.

Muitos atendentes creem que seu papel é diminuir o desconforto do comunicante, e atuam fazendo sugestões, preocupados com a sensação de frio. Isso pode tranquiliza-lo momentaneamente, mas não é a contribuição mais relevante que o atendente pode dar.

Fazendo uma comparação, é como se déssemos um medicamento antitérmico (dipirona, paracetamol...) para uma pessoa que se queixa de febre, mas que é portadora de uma doença infecciosa. O remédio diminuirá momentaneamente o sintoma, e pode mascarar para o paciente a necessidade de tratar sua doença.

2. Considerando que os espíritos mantêm sensações orgânicas, é legítimo que os mesmos recebam tratamentos (até mesmo alimento ou água) para suas necessidades apresentadas?

Da mesma forma que a pergunta anterior, as sensações orgânicas como fome e sede não são o objeto central do atendimento espiritual. Cabe ao atendente escutar o espírito para que ele seja capaz de contar sua história pessoal e como chegou à condição em que se encontra. Na medida em que ele reflete o que aconteceu com ele, consequentemente a influência das memórias de sensações orgânicas passa para um segundo plano, tornam-se menos urgentes.

É necessário cuidado com o entendimento de que o papel do atendente é apenas tratar das necessidades imediatas que os espíritos apresentam via médium, mesmo porque, não sabemos se realmente somos capazes de “oferecer água” a quem relata uma sensação de sede. É apenas uma sugestão, no sentido próximo ao da hipnose.


Agradecimentos: a Lourenço e Waldemar K. Duarte pela troca de ideias.

19.10.19

CONVERSANDO COM OS ESPÍRITOS



reuniao-mediunica.jpg

Uma reunião sem mesa. Não temos por hábito colocar as mãos para cima...


O último número do Correio Fraterno fez uma ótima síntese do nosso seminário "Conversando com os espíritos", baseado no livro de mesmo título publicado pela Lachâtre.

A imagem lembra bem nosso grupo. Uma reunião em círculo com cadeiras tipo universitário onde se pratica a mediunidade e se faz comunicações simultâneas. Um coordenador atento, médiuns de psicofonia (falantes), psicografia (escreventes) e desdobramento (sonambulismo mediúnico).

Os espíritos se comunicam contando suas histórias, dramas pessoais e sofrimentos, e aproveitamos uns poucos minutos que temos para auxiliá-los da melhor forma possível. Às vezes espíritos superiores, pessoas antes ligadas à nossa casa e já desencarnadas e espíritos que participam dos trabalhos "do outro lado" nos dão uma orientação, uma palavra de incentivo, um carinho.

Ao longo dos anos, estudando mediunidade em diversos autores na primeira parte da reunião, praticando na segunda parte e avaliando o que foi feito na terceira parte, observamos que os princípios da técnica de relação de ajuda, desenvolvida por Rogers no século passado, são úteis em nosso trabalho e mais úteis ainda para os espíritos em sofrimento. 

Verificamos, estudando Kardec, que alguns dos princípios do atendimento aos espíritos já se encontram esparsos em suas publicações, principalmente na Revista Espírita. Espíritos superiores foram falando "homeopaticamente", como lidar com espíritos obsessores ou em situação de sofrimento.

Confiram a bela síntese do seminário que a equipe do Correio Fraterno publicou recentemente, após estar conosco, clicando no link abaixo:





30.9.19

CONVERSANDO COM OS ESPÍRITAS: SÃO BERNARDO E CONTAGEM


Placa de 1960


Nas duas semanas que se passaram fizemos o 10º e o 11º seminários sobre o livro "Conversando com os espíritos", em São Bernardo do Campo - São Paulo, organizado pelo Lar da Criança Emmanuel e em Contagem - MG, organizado pela Aliança Municipal Espírita de Contagem.

Além do seminário, autografamos livros. No caso de São Bernardo, o valor que eles conseguiram obter com a venda foi para a creche mantida pela instituição há décadas. Em Contagem, os organizadores calcularam o lucro obtido, adquiriram mais livros com ele e os sortearam entre as instituições presentes. Os livros foram para as bibliotecas, servir a mais leitores.

O empenho dos organizadores na divulgação dos eventos atraiu espíritas não só da casa onde o evento acontecia, mas também de outras casas e de cidades vizinhas.


O Lar da Criança Emmanuel hoje, em São Bernardo do Campo - SP

Perguntando quem "conhecia O livro dos espíritos" e quem participava de reuniões mediúnicas, mais de noventa por cento dos presentes respondia afirmativamente. O conhecimento e a experiência de todos permitia uma participação mais qualificada, perguntas muito procedentes, troca de experiências muito rica.

O que mais me toca é a relação entre os espíritas. Muitos amigos de longa data que se encontram e se abraçam, fazem brincadeiras entre si, têm satisfação em falar dos seus trabalhos que fazem voluntariamente... Lembram-me os colonizadores norte-americanos, que se uniam para enfrentar problemas comuns, só que o problema deles é a dor alheia.

Nesse clima de fraternidade, os seminários começam sempre com um grau de expectativa, já que os participantes não conhecem o expositor, e aos poucos as resistências vão sendo quebradas, e os presentes vão reconhecendo nas narrativas e análises a sua própria experiência com mediunidade.


Vista parcial do público em São Bernardo do Campo

Creio que muitos veem novos caminhos no diálogo com os espíritos, na medida em que vão assistindo ao seminário. Contam histórias, pensam em voz alta, às vezes discordam com urbanidade, questionam bastante.

Acho que essa comunidade de propósitos faz uma mágica com o tempo, que passa rapidamente. Pouquíssimos participantes se sentem cansados após quatro horas de estudos (e um lanchinho, porque ninguém é de ferro). Ao final, fica uma impressão que ainda há muito o que ser visto e estudado, e muitas pessoas levam para casa não só o livro Conversando com os espíritos, mas também os livros O observador e outras histórias e Casos e descasos na casa espírita, fruto da nossa experiência mediúnica.

O expositor sempre recebe mais que doa. Sente o bem-estar de quando é lembrado nas preces, o carinho das pessoas que nunca o viram antes, mas o abraçam como se fossem amigos há muitos anos, agradece a confiança dos que compartilham suas experiências, em público ou nos momentos em que é possível conversar. Nem sempre dá para lanchar, por mais que os organizadores se preocupem e tragam o que comer e beber, mas sempre há o alimento espiritual.


Grupo Espírita Francisco de Assis nos acolheu em Contagem pela AME-Contagem

Nesses eventos lembro-me do conselho de Washington Fernandes, para que a doença não interrompesse o trabalho. E a doença, nessas horas, fica esquecida. Só aparece no meio das histórias contadas, como se fosse apenas um percalço, um incidente no caminho. Deixa de ser o centro das atenções e dos cuidados, e, talvez por isso, temporariamente esquecida, como se não existisse.

Agradeço a todos os que nos foram ver e ficaram até o final! Temos algo em comum, algo que nos liga uns aos outros, e, nesses tempos bicudos de notícias de corrupção e ódio, o que nos liga é a caridade cristã e a convergência de propósitos. Muito grato!

Prometi aos participantes do seminário de Contagem que responderia no EC as perguntas escritas que me foram dirigidas, mas que não tivemos tempo de responder. Vou colocá-las em conjunto com as perguntas do seminário no Thiago Maior, e começar a responder aos poucos. Obrigado a todos os que trabalharam e participaram para que os encontros se materializassem!

5.8.19

CONVERSANDO SOBRE O CONVERSANDO



Fui convidado pelo Lourenço para fazer o Seminário "Conversando com os Espíritos" no Cenáculo Espírita Thiago Maior. Interessado e responsável, meu amigo leu o livro, e foi lendo os demais que escrevi, organizei ou psicografei. Acho que ele se tornou um bom especialista do que escrevi.

Nas atividades de preparação, Lourenço fez uma lista de questões sobre o livro, bem interessantes, do tipo que faz pensar. Esbocei as respostas de cada pergunta e levei, mas quando iniciamos o seminário, ele se tornou uma espécie de simpósio, porque na primeira hora e meia o público presente me sabatinou. Parte do público havia lido o livro, parte não. Então a segunda parte ficou para uma exposição mais sistemática do conteúdo, e não deu tempo para tratar das perguntas do Lourenço.

Agora que praticamente passaram os encargos com a organização do 15º Enlihpe, vamos publicar aos poucos as perguntas "lourencianas" e nossas respostas e comentários. Espero que sejam úteis aos interessados em mediunidade e espiritismo.


13.6.19

ESPIRITISMO NO SHOPPING CENTER




Todos nós sabemos que o principal lugar de espiritismo é o centro espírita. Todavia, para que o movimento espírita possa ter novos membros, são necessárias iniciativas de divulgação da doutrina para o público em geral. Como uma pessoa pode se interessar por alguma coisa que desconhece?

Por essa razão, cada vez mais o movimento espírita cria espaços de divulgação voltados ao grande público, seja via internet, seja organizando eventos em auditórios de escolas, teatros e hotéis, seja levando o livro espírita para além das livrarias em centros espíritas.

Tem muitos anos que frequento livrarias, e há uns trinta anos, os livros espíritas só eram encontrados em livrarias de centros espíritas e em sebos. Alguém dava uma “limpa” em casa, e alguns livros iam parar nas prateleiras empoeiradas. 

Aqui em Belo Horizonte, um dos lugares em que eu achava livros raros era o “sebo do Amadeu”, lugar obrigatório para os estudantes que tinham dinheiro a menos. Sempre conversava com ele, que conhecia os livros espíritas, e à época eu procurava o “História do Espiritismo”. Amadeu me dizia que todo mundo só conhecia os livros de Sherlock Holmes, escritos pelo Conan Doyle, mas que ele sabia que o livro que eu procurava existia. Comprei lá muitos livros de Leopoldo Machado, amarelados, hoje muito raros porque não houve reedição.

Há algum tempo, eu estava passeando com a família no Boulevard Shopping, em Belo Horizonte-MG, quando entramos na livraria Leitura. As meninas sempre têm alguma coisa para comprar na papelaria, e tanto eu como minha esposa gostamos de olhar os livros expostos, às vezes comprar algum. Encontrei a Maria, da editora Lachâtre, no meio das estantes com os livros na “vertical”. Não consegui me conter e perguntei:

- O “Conversando com os Espíritos” está exposto? 

Conversando com os espíritos, como os leitores do Espiritismo Comentado sabem, é o nosso último livro. Trata do atendimento ou diálogo com espíritos em sofrimento, através da mediunidade. Faz uma aproximação entre a relação de ajuda da psicologia humanista e a atividade que fazemos há muitos anos nas reuniões mediúnicas espíritas.



Incansável, a Maria consultou o sistema e informou que havia três na loja, mas que deviam estar no estoque. Terminamos as compras, despedimo-nos, e ela ainda estava às voltas com o livro.

À noitinha chegou a foto dos três livros na estante, no meio de livros espíritas e espiritualistas. 

Não sei se os frequentadores da Leitura “acham” meu livro na estante. Ele está escondidinho, no meio de muitos livros espíritas e “nem tanto”. Na verdade, quando vi, estava no meio dos “nem tanto”, o que deve causar uma má impressão inicial aos espíritas.

Ainda falta um pouco de boa vontade para nossos livros ficaram expostos na área nobre, ao alcance das vistas, reservada geralmente para os “best sellers”, romances, biográficos e clássicos.

Contudo, quando o leitor for ao shopping tomar um sorvete, assistir ao cinema, comer uma pizza, fazer compras ou simplesmente passear, acho que vai se lembrar que já existem muitos livros espíritas aguardando serem comprados nas grandes livrarias. Inclusive os nossos.

19.3.19

AINDA CONVERSANDO COM OS ESPÍRITAS EM BELO HORIZONTE




Nesse último domingo estivemos no Cenáculo Espírita Thiago Maior para fazer pela quinta vez o nosso seminário "Conversando com os espíritos". 

O evento foi organizado com muita dedicação pelos trabalhadores da casa espírita que fica em Belo Horizonte, na movimentada avenida Afonso Pena. Os participantes chegaram cedo e organizaram café, procuraram livros, abraçaram-se. Foi muito bom encontrar companheiros de outras casas espíritas, atraídos pela facilidade da inscrição via Sympla. Ainda na chegada vi nossos colegas trocando informações.


Agradeço à equipe do Thiago Maior o espaço para exposição dos livros da LIHPE, e à cuidadosa Maria, a organização e o empenho com o atendimento aos interessados. 

A primeira parte acabou se tornando uma espécie de simpósio, porque boa parte dos presentes haviam lido o livro, e queriam tirar dúvidas, apresentar experiências, levantar questões, dar contribuições. 


O intervalo foi regado a um lanche simples, mas muito concorrido. Quando assentei-me com o copo de café bem cheiroso, eis que vêm os pedidos de autógrafos e as conversas rápidas ao pé da mesa.

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As histórias rápidas são deliciosas. Amigos do Rio de Janeiro presentes, Taiobeiras (no Norte de Minas Gerais), gente que conviveu com Seu Virgílio (um dos biografados no livro), colegas do Célia Xavier de há muito tempo, amigos dos ciclos de estudos do Grupo Scheilla, irmãos espirituais do Grupo Espírita André Luiz e os amigos do Thiago, claro! Perdoem se estou me esquecendo de alguma casa espírita.


Maria havia preparado uma estante com os livros da Lachàtre e outra exposição em uma mesinha no auditório. Para minha surpresa, ainda no intervalo ela chega preocupada e me pergunta quais livros podiam ser levados para a venda. Quase do que livro do Jáder Cabral é vendido pela segunda vez...

Aos poucos, comecei a ouvir os lamentos. "O observador" havia esgotado. O remédio era comprar depois na União Espírita Mineira. Acho que "Conversando com os espíritos" também acabou. A casa havia feito uma venda prévia de dezenas de livros e trouxe mais algumas dezenas para o dia do seminário. Muita gente chegou com o livro "a tiracolo". Muitos livros foram comprados para presentear amigos que também trabalham com o atendimento aos espíritos em reuniões mediúnicas.

As perguntas foram inteligentes e levantaram temas para serem pesquisados depois. Uma delas foi sobre as crianças na espiritualidade, o que nos levou a reler a questão 381 de O Livro dos Espíritos e a 154 de O que é o espiritismo. 



Marival Veloso, veio com sua larga experiência e bom humor. Os irmãos do Grupo Espírita André Luiz participaram bastante e aproveitaram para almoçar juntos depois do seminário. Senti uma fraternidade enorme entre eles, e um entendimento enorme do propósito do trabalho: mais trocar experiências que dizer o que cada casa deve fazer.

Um tema que apareceu no seminário e é recorrente, causando interesse, são as comunicações múltiplas que adotamos em nosso grupo. Muitos grupos adotam a prática das comunicações sucessivas, em vez das simultâneas. E esta escolha gera consequências na rotina das reuniões. Isso ficou muito claro na medida em que conversávamos ao longo do seminário.

O seminário estendeu-se até depois das 13 horas. Apesar da extensão e da fome, acho que muitos ficaram com o gostinho de quero mais. Estendemos a conversa após o encerramento, e acho que só saí após as 14:30 horas da casa espírita, sem nenhuma pressa da parte dos organizadores. Tão bom este "fim de festa" espiritual!

Muita gente não entende o que os espíritas estariam fazendo em uma manhã chuvosa de domingo, acordando cedinho, na casa espírita. A alegria do encontro, só entende quem participa...

As próximas edições do seminário já estão agendadas para Montes Claros - MG e Conselheiro Lafaiete - MG. Darei notícias.

16.10.18

FÓRUM E SEMINÁRIO EM VITÓRIA - ES








Amigos leitores de Vitória-ES e região. 

Estaremos participando do 2o. Fórum de Ciência Espírita do Estado do Espírito Santo e no Seminário "Conversando com os Espíritos: um toque de humanismo" na Sociedade Praiana de Estudos Espíritas. As inscrições são gratuitas para os dois eventos, mas as vagas são limitadas. 

Para se inscrever no Fórum, clique aqui

O seminário é um espaço para conversarmos sobre o atendimento a espíritos desencarnados em reuniões mediúnicas, tema que desenvolvemos no livro com o mesmo nome. Ele apresenta nossa experiência de diálogo com princípios desenvolvidos pelos autores da psicologia humanista. 

O livro tenta recuperar a questão da desobsessão na obra de Allan Kardec e trata também do funcionamento das reuniões mediúnicas.

Sejam bem-vindos.





3.10.18

CONVERSANDO COM OS ESPÍRITAS POTIGUARES




Foto com os participantes do Seminário "Conversando com os espíritos", no Centro Espírita Luz Divina, em Natal - RN


Foi cheia de surpresas agradáveis a viagem que fizemos para a capital do Rio Grande do Norte para fazer um seminário sobre o livro “Conversando com os espíritos” e uma palestra na Federação sobre o livro “Novos estudos sobre a reencarnação”.

Agradeço a acolhida e a recepção familiar que Ricardo e Bárbara nos proporcionaram, deixando a sensação de estarmos em casa e de sermos bem-vindos à tarefa.

Estivemos no Centro Espírita Luz Divina - CELD para o seminário, e, para a nossa alegria, um bom número dos participantes participava de reuniões mediúnicas e já havia lido o livro, o que possibilitou um diálogo franco e interessante. Agradeço aos amigos potiguares que identificaram pequenos erros que saíram no Conversando com os espíritos, o que mostra a atenção com que leram. Na minha experiência de professor, mesmo indicando leitura prévia, poucos alunos leem antes da aula, o que exige uma apresentação sintética antes de qualquer debate, ou este se transforma em uma espécie de farsa. Com  os amigos do Rio Grande do Norte, talvez eu devesse ter feito uma parte maior de perguntas e respostas e uma parte expositiva menor, em função do domínio do conteúdo.
Uma das reações que um livro sobre a prática mediúnica pode despertar em seus leitores é uma espécie de sensação de ameaça, na qual o leitor sente questionado em sua prática. Explicamos que esse não era o objetivo do trabalho, que vinha apenas para explicar como e por que dialogamos com os espíritos da forma descrita. Cabe a cada leitor e a cada casa estudar, entender e tomar suas próprias decisões de mudanças ou manutenção das práticas atuais. O ambiente que se criou foi muito consistente com essa proposta.

Capa do livro usado para o seminário

Fomos recebidos com muito carinho e envolvidos nos planos de reformas da nova sede do Luz Divina. A venda dos livros foi realizada para apoiar esta iniciativa, com o lucro revertido para o próprio grupo. O centro se organizou para comprar os livros diretamente das editoras e para divulgar com antecedência o evento. Essas ações foram tão bem sucedidas, que na semana do seminário eu já havia recebido dezoito perguntas e comentários sobre o livro. Deu gosto de ver os membros da casa mostrando as tarefas que fazem, os espaços a satisfação com o interesse que o seminário acabou potencializando e os planos de futuro. Senti-me como se já os conhecesse antes, como se fosse apenas um reencontro, tal a naturalidade com que conversamos sobre a mediunidade. 


Palestra sobre o livro "Novos estudos sobre a reencarnação"

A noite não poupou surpresas. A Federação Espírita do Rio Grande do Norte – FERN, mantém oito turmas de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que participaram da exposição sobre o Novos Estudos sobre a Reencarnação. O número de pessoas que participam desse tipo de iniciativa é secundário, mas foi contagiante o entusiasmo que o público presente mostrou com o estudo doutrinário. A Federação tem uma excelente livraria, mas adotou o ato fraterno de apoiar o Centro Espírita Luz Divina, permitindo a venda dos livros que eles encomendaram no Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo – Eduardo Carvalho Monteiro e no Instituto Lachâtre, com a finalidade de apoiar o CELD no seu sonho futuro de construção da sede própria.

Por que novos estudos? Essa pergunta demandou considerações sobre a metodologia de pesquisa dos artigos que compõem o livro e possibilitou uma apresentação rápida dos novos pesquisadores internacionais do tema da reencarnação, como Jim Tucker, Antonia Mills e Erlendur Haraldsson.


Capa do livro divulgado na palestra

As perguntas do público foram todas procedentes, além do auxílio com algumas falhas de memória do expositor. O clima era de entendimento e a finalidade era a instrução. Assis, um dos dirigentes da casa que nos apoiou no evento, comentou após a palestra: 

- Aqui é uma casa em que se estuda o espiritismo.


Foto do público presente na Federação Espírita do Rio Grande do Norte

Como em todas as viagens que fazemos, sempre trazemos na bagagem muito aprendizado. Todos os que mostram compromisso com seu trabalho e suas casas, desenvolvem soluções criativas e relevantes para os desafios do seu contexto, e os espíritas potiguares não deixaram a desejar.

7.9.18

O QUE É A TERCEIRA PARTE DA NOSSA REUNIÃO MEDIÚNICA?



Antes de cursar psicologia, já havia herdado uma inquietação dos ciclos de estudos de mediunidade dirigidos por meu pai na União Espírita Mineira: como distinguir mediunidade de animismo? 

Há um critério extremo, para quem tem faculdade mediúnica bem caracterizada: as informações corretas, não aprendidas anteriormente, transmitidas através da fala ou da escrita sobre pessoas que podem ser pesquisadas a partir de parentes ou pela literatura. 

E para quem tem uma faculdade incipiente? E os muitos médiuns que ficam se perguntando se as ideias que lhes vêm à mente são suas ou de terceiros? 

Uma das tentativas de possibilitar ao médium uma auto-análise de suas faculdades foi criar em nosso grupo mediúnico uma "terceira parte". O que é isso? Na primeira parte da reunião mediúnica estudamos um livro, geralmente que trata sobre mediunidade ou sobre a vida no mundo espiritual. Na segunda parte temos as comunicações mediúnicas, atendimentos aos espíritos, preces, passes e outras atividades espirituais. Na terceira parte, apresentamos sinteticamente as comunicações, médiuns e outros membros podem relatar o que lhes veio ao campo da consciência durante a parte mediúnica e médiuns e outros membros analisam os atendimentos aos espíritos e podem apresentar outras percepções que tiveram durante os diálogos, reações emocionais dos espíritos e dos próprios médiuns, atuações de outros espíritos durante a reunião, entre outras questões, que nos permitem conhecer melhor a faculdade de todos os membros. Muitos médiuns ainda em desenvolvimento das faculdades sentem-se mais seguros de relatar o que percebem durante a reunião, porque veem que não se tratam de frutos de sua imaginação pessoal ou animismo.

Esse e outros assuntos sobre mediunidade foram tratados no livro "Conversando com os espíritos", publicado pelo Instituto Lachâtre em agosto de 2018. O livro traz muitas das nossas experiências vividas ao longo de mais de trinta anos de reunião mediúnica, sempre remetendo o leitor à literatura espírita.

Ficha Técnica

Conversando com os espíritos
Jáder dos Reis Sampaio
Lachâtre
256 páginas
155 x 225 mm

Pode ser adquirido com desconto no site do Instituto Lachâtre, para envio pelos correios: 

http://www.lachatre.com.br/loja/conversando-com-os-espiritos.html

Aos leitores de Minas Gerais, já se encontra na Livraria Ysnard Machado Ennes, na Associação Espírita Célia Xavier e na União Espírita Mineira.

16.8.18

CONVERSANDO COM OS ESPÍRITOS

Por um ou dois anos estive escrevendo o livro "Conversando com os espíritos", com o apoio do Instituto Lachâtre. Hoje de manhã recebi as imagens, folder, release e outros produtos para divulgação. O "filhote" está no correio, ainda não consegui folhear e ver como ficaram o texto e as muitas imagens.

O livro é um misto de memória e estudo, experiência e reflexão. O texto do revisor, que percebeu bem a proposta, segue abaixo.

Os interessados podem adquirir seu exemplar no site do Instituto Lachâtre, que lançou com preço promocional. Basta acessar http://www.lachatre.com.br/loja/ e escrever a palavra conversando na caixa de busca (lá está escrito: digite o que está procurando)


Livro mostra como abordar e acolher espíritos em reuniões mediúnicas

Autor aproveita e homenageia figuras importantes do movimento espírita de Belo Horizonte 


Reuniões mediúnicas não são abertas ao público pelo mesmo motivo de nos consultarmos com médicos, psicólogos e afins a portas fechadas. O que será dito entre o profissional e paciente não diz respeito a mais ninguém. 

Em centros espíritas que seguem o que Allan Kardec, codificador do espiritismo, preconizou, a prática é a mesma. Espíritos que se apresentam revoltados, tristes, ameaçadores, amedrontados, irônicos etc. requerem abordagens específicas. Para tanto, a equipe que os atende deve ter conhecimento profundo de espiritismo e de prática mediúnica, além de profundo amor e compaixão por quem é levado para receber auxílio de um grupo mediúnico sério. 
No intuito de deixar bem claro o passo a passo da prática mediúnica, a Editora Lachâtre está lançando o livro Conversando com os espíritos. 

Escrito pelo psicólogo espírita Jáder dos Reis Sampaio, de Belo Horizonte (MG), a obra é também um rico manancial de histórias sobre espíritos que foram atendidos e socorridos na Associação Espírita Célia Xavier (AECX), na capital mineira. Entre atordoados ou dispostos a atordoar, todos os desencarnados recebem tratamento diferenciado e adequado a cada caso. Mas todos resultam no mesmo final feliz: percebem que não pertencem mais ao mundo dos vivos; libertam-se de sentimentos de medo, ódio, ou vingança, reencontram antigos afetos e são acolhidos em suas dores para se adaptarem, à vida espiritual, agora embalada pelo amor de Jesus Cristo por toda a humanidade. 

Conversando com os espíritos é também uma lírica viagem ao universo espírita belo-horizontino. Entre fundações de centros espíritas e implantações de reuniões mediúnicas, o autor conta a história da vida de vários espíritas que ajudaram a transformar a AECX num centro espírita de bases sólidas. 



Título: Conversando com os espíritos

Selo: Lachatre
Formato: 15,5 X 22,5
Nº de Páginas = 256
ISBN: 978.85.8291.070-2
Preço de Capa = R$ 34,90

Gênero: Mediunidade