11.3.20
ESPÍRITOS SUGEREM A KARDEC COMO REVISAR "A GÊNESE"
3.3.20
A EDIÇÃO DE 1869 DE A GÊNESE É CLANDESTINA?
2.3.20
MAIS UM DOCUMENTO TRATA DA QUINTA EDIÇÃO DE A GÊNESE EM 1869
A capa do livro original.
A folha de rosto do mesmo livro. O Samuel informa que essa edição de O Livro dos Médiuns foi publicado em junho de 1869, três meses após a desencarnação de Allan Kardec.
1.3.20
NOVAS INFORMAÇÕES SOBRE A 5ª EDIÇÃO DE A GÊNESE
23.5.19
FEB PUBLICA A PRIMEIRA EDIÇÃO DE "A GÊNESE"
30.1.18
MAIS UMA POSIÇÃO SOBRE AS EDIÇÕES DE "A GÊNESE"
11.1.18
PESQUISA MOSTRA QUE QUINTA EDIÇÃO DE "A GÊNESE" FOI ALTERADA
21.10.09
MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A GÊNESE
Recebi do Alexandre Caroli a seguinte contribuição para o atual debate sobre "A Gênese".
"Pesquisei no site da Bibliothèque nationale de France (BNF): www.bnf.fr Curiosamente, as duas mais antigas edições de A gênese do acervo da maior biblioteca francesa são a primeira e a quinta. Vá em: http://catalogue.bnf.fr/jsp/recherchemots_simple.jsp?nouvelleRecherche=O&nouveaute=O&host=catalogue E procure por: La Genèse, les miracles et les prédictions selon le spiritisme. Aparece:
1. Allan Kardec (1804-1869) La Genèse : les miracles et les prédictions selon le spiritisme / Allan Kardec Philman, 2004
2. Allan Kardec, Hippolyte-Léon-Denizard Rivail, dit Allan Kardec. La Genèse, les miracles et les prédictions selon le spiritisme...
1923
3. Allan Kardec, Hippolyte-Léon-Denizard Rivail, dit Allan Kardec. La Genèse, les miracles et les prédictions selon le spiritisme, 1952
4. Allan Kardec, Hippolyte-Léon-Denizard Rivail, dit La Genèse, les miracles et les prédictions selon le spiritisme, par Allan Kardec,...
librairie internationale, 1868
5. Allan Kardec. La Genèse, les miracles et les prédictions selon le spiritisme / par Allan Kardec,... 5e éd.
librairie spirite, 1872"
Além da Biblioteca Nacional da França, ele pesquisou no site da Biblioteca Nacional (Brasil), que não apresenta exemplares em francês deste livro. Veja:
http://www.bn.br/site/pages/catalogos/outrasbases/outrasbases.htm
14.10.09
DESLIENS EXPLICA O QUE ACONTECEU COM "A GÊNESE"
Na última matéria, tratamos de uma questão referente às diferenças de edições de A Gênese na época de Kardec. Estou publicando agora a tradução de um artigo de 1885 em resposta ao texto que saiu na revista "Le Spiritisme", assinado por Henri Sausse, intitulado "Uma Infâmia". Há um outro texto anterior a este que dá detalhes sobre a pesquisa feita por Desliens junto aos responsáveis pela montagem das placas de letras soltas pela sua transformação em placas permanentes de impressão. Quem quiser ler em francês, este outro texto está na Revue Spirite, 1884, Nº 24, 15 dezembro, pp. 753.
Revue Spirite, 1885, 15 de março, n. 6, ano 28, pp - 169 – 71
Paris , 1º de março de 1885.
Senhores membros do conselho de fiscalização da Sociedade Científica de Espiritismo.
Tendo sido eu o secretário de Allan Kardec até a sua morte, muitos espíritas buscaram as minhas lembranças para constatarem se o Sr. Allan Kardec teria introduzido modificações na primeira edição de A Gênese segundo o Espiritismo; eu vos peço que insiram esta resposta nas demandas que me foram feitas pois ela é a expressão da verdade.
Devo vos confessar, antes de tudo, que, ainda que as minhas convicções continuem inalteradas em me atendo ao credo de nosso mestre (refere-se a Allan Kardec), não tenho sido militante da vida espírita há quatorze anos. Isto colocado , eis aqui algumas palavras que posso afirmar:
A primeira tiragem de A Gênese, dividida em três edições, segundo o costume, foi editada pela livraria A . Lacroix, Verboeckhoven e Cia, no Boulevard Montmartre, 15, vindo a público em 1o de janeiro de 1868.
No correr deste ano de 1868, os editores faliram e o que restou da primeira tiragem ficou naturalmente perdida para Allan Kardec. O que aliás propiciou o acordo feito com o Sr. Bittard, nesta época empregado da livraria Lacroix, que o mestre ali estabeleceria as bases para a fundação de uma livraria especial para a publicação e a venda das obras sobre o Espiritismo. Este projeto começava apenas a ser executado quando a morte o surpreendeu, no dia mesmo da abertura da livraria espírita, na rua de Lille , 7.
Antes mesmo de ter se esgotado a primeira tiragem de A Gênese, Allan Kardec autorizou uma nova publicação em 1868, que são as 4a, 5a e 6a edições, o que os impressores Rouge, Dusnon e Fraisné podem confirmar como sendo esta a matriz que serviu para as edições publicadas de 1869 a 1871 e em diante.
As modificações que foram introduzidas nesta nova edição são, evidentemente, as que se tornaram objeto de polêmica.
O que posso afirmar , da maneira mais nítida e clara possível ,é que até o mês de junho de 1871, a Sociedade Anônima de Espiritismo, seguia sendo administrada pelos Senhores Bittard, Tailleur e eu; e que o Sr. Leymarie esteve completamente alheio à redação da Revista , bem como na reimpressão de qualquer das edições. Posso afirmar, igualmente, que neste período, de 1o de abril de 1869 a 1o de junho de 1871, nenhuma modificação foi introduzida na redação de A Gênese e que a sua última edição datada de 1868, é semelhante, exatamente àquela da primeira tiragem realizada pelo mestre.
Todos sabem que a impressão de uma obra se faz através de letras avulsas, reunidas em formas que por sua vez constituem as páginas. Se a obra não tem futuro está destinada a uma única edição e a composição é destruída imediatamente após a impressão servindo as letras para novas obras. Mas se se trata de um livro importante e de onde o autor espera retirar um certo número de edições, as formas são conservadas durante um certo tempo para permitir a introdução, no texto original, de todas as modificações julgadas necessárias a uma edição definitiva.
Uma vez o texto revisto e corrigido, sua impressão é definida; (foi o que fez Allan Kardec com A Gênese) e em seguida destroem–se as letras soltas (placa provisória). O que se ignora em geral é a diferença entre uma marca , um relevo e um clichê (matriz da placa).O relevo não serve para a impressão, é como um molde, uma forma que conserva as marcas das letras e estas não podem ser reproduzidas senão através da sua fonte (clichê).
Isto é o que pode explicar como, as impressões tendo sido realizadas em 1868, seus clichês só foram fundidos em 1883. Se fontes parciais foram feitas neste intervalo, foram sem duvida destinadas a uma publicação à parte, em brochuras especiais, extraídas de certos capítulos da obra. Ora, se estas impressões foram feitas em 1868, estando vivo Allan Kardec, é incontestável que o mestre, e somente ele, pode introduzir as mudanças que existem nas edições realizadas posteriormente, utilizando–se dos clichês anteriormente fundidos .E saiba-se que o mestre pagou pelas placas matrizes a seus impressores.
Possa esta curta explicação ser suficiente para eliminar toda causa de desunião a família espírita.
Lembremo-nos dos preceitos de nossos mestres:
“Amemo-nos uns aos outros. Fora da caridade não há salvação.”
A. Desliens
12.10.09
GUILLON RIBEIRO MODIFICOU A TRADUÇÃO DE "A GÊNESE"?
10.8.09
A GÊNESE EM PORTUGUÊS ANTES DA FEB
O livro traz informações importantes para o entendimento da História do Espiritismo Brasileiro
UM POUCO DE HISTÓRIA
Canuto Abreu, em seu livro “Bezerra de Menezes”, situa o Grupo Confucius como a primeira instituição espírita do Brasil, criada em 1873 com a finalidade “dirigir o Espiritismo e orientar a propaganda”. Ele perdurou por menos de três anos, e nele se fez a primeira tradução de “O Livro dos Espíritos”, atribuída a Joaquim Carlos Travassos. Nele o espírito Ismael defendeu como diretriz para o Espiritismo Brasileiro a frase “Deus, Cristo e Caridade”.
Do processo dissolução do Confucius surgiram inúmeros grupos de estudo nos lares de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, o que fez surgir, em 26 de abil de 1876, a “Sociedade de Estudos Espíritas Deus, Cristo e Caridade”, da qual um dos dirigentes ainda conhecido nos nossos dias foi Bittencourt Sampaio.
Houve discórdia dentro da Sociedade, associada às diferenças entre os alcunhados “místicos” e os “científicos”. Os primeiros fundaram em março de 1880 a Sociedade Espírita Fraternidade e os outros fundaram a “Sociedade Acadêmica Deus Cristo e Caridade” em 3 de outubro de 1879.
A TRADUÇÃO DE A GÊNESE
A Gênese que tenho em mãos é fruto de uma decisão do Centro, como se lê impresso, em agosto de 1881. Não sei dizer se a Sociedade Acadêmica atribuiu-se esta função ou se já existia uma tentativa de integração dos grupos existentes. Consta que foi traduzida em 1882 da oitava edição francesa.
Os editores fizeram informar no verso da capa que a Sociedade Acadêmica adotava cinco livros de Allan Kardec para seus estudos. São eles, com as respectivas classificações: O Livro dos Espíritos (parte filosófica), O livro dos Médiuns (parte experimental), O Evangelho Segundo o Espiritismo (parte moral), O Céu e o Inferno (parte doutrinária) e A Gênese (parte científica).
Os livros eram estudados em francês e suas traduções só eram aprovadas depois de cotejadas com o original. A tradução que tenho em mãos foi aprovada pela Sociedade Acadêmica.
O PREFÁCIO
A Sociedade faz escrever um prefácio ao livro de Kardec que cognominam “o colecionador” e, como os franceses, “o Mestre”.
Eles afirmam que alguns dos participantes da Sociedade queriam fazer modificações no livro, pela influência da obra de Roustaing, mas eles foram contrários:
“...publicamos a presente tradução da Gênese, sem a mínima alteração, e mesmo sem anotações; não concordamos que fosse aumentada, ou alterada...”
“A Sociedade Acadêmica julga que não lhe assiste, como a ninguém, o direito de alterar o plano e menos ainda as bases fundamentais, as teorias, a doutrina das obras publicadas pelo nosso Mestre...”
Alerta-se o leitor sobre a propaganda que se faz da Revista da Sociedade Acadêmica em substituição à da Revista de Paris (possivelmente a Revue Spirite), devido à facilidade de acesso para os leitores.