Pasteur não teve seus trabalhos sobre a fermentação aceitos pela comunidade científica, porque as teorias da época afirmavam que o processo era totalmente químico, e, portanto, não poderia ser biológico.
Ademir Xavier acaba de publicar, no seu grupo Ciência Espírita, sua tradução do texto de Bernard Barber, "A resistência dos cientistas à descoberta científica". Barber argumenta que elementos culturais e psicológicos influenciam a análise que os cientistas fazem de trabalhos inovadores. Este texto foi originalmente publicado prestigiosa revista Science.
Este texto merece ser lido, porque Barber vai pacientemente mostrando autores, hoje considerados clássicos em ciências naturais, sofrendo a rejeição de seus trabalhos por colegas igualmente eminentes. Os trabalhos se tornariam no futuro referências para o avanço teórico de suas respectivas áreas.
Barber é considerado um dos fundadores da área do conhecimento denominada hoje como "sociologia do conhecimento".
Escrito em 1961, este texto continua importante para cientistas de todas as áreas porque exemplifica que a ideia de um método científico universal, base das decisões sobre a conformidade ou não dos trabalhos produzidos, é uma ilusão. Penso que ele enriquece ainda a ideia de Kuhn sobre a dinâmica da revolução científica, porque mostra rejeições imediatas a propostas bem fundamentadas e aceitas por gerações futuras.
Quem desejar ler o belo trabalho de tradução do Dr. Ademir pode acessar o link https://drive.google.com/folderview?id=0BzdGM5lC6GhJeElsXzhXMTFELXM&usp=sharing
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