27.10.17

COLETÂNEA DE ESTUDOS ESPÍRITAS FEZ VINTE ANOS!


Débora Vitorino e eu, versão 1997... no túnel do tempo.


No período de 1993 a 2000 mantivemos na Associação Espírita Célia Xavier um grupo de estudos com a finalidade de aprofundar temas espíritas de interesse geral. Uma das finalidades do grupo era a redação dos melhores trabalhos e sua posterior publicação.

Neste período "publicamos" três títulos: "Doutrina Espírita, Cristianismo e História" (1996), "Coletânea de Estudos Espíritas" (1997) e "O Transe Mediúnico e Outros Estudos" (1999).

O "Coletânea" foi impresso em off set e foram feitos 1000 exemplares.




Ele está dividido em três partes. Na primeira, que são ensaios biográficos, duas personalidades espíritas são tratadas: Léon Denis e Gabriel Delanne. O texto de Delanne acabou de ser republicado por O Consolador em três línguas. http://www.oconsolador.com.br/ano2/60/principal.html

Na segunda parte, trata-se de mediunidade e passes. Há um estudo histórico da prática de passes, um trabalho sintético explicando o que são e como se fazem passes, um estudo que também ficou bastante divulgado pelo GEAE (Grupo de Estudos Avançados Espírita) que faz uma revisão dos trabalhos mediúnicos e de autores encarnados sobre a Psicografia e um artigo comunicado no IV Encontro Nacional Espírita de Saúde Mental, rediscutindo o famoso caso SW, no qual Jung estuda a mediunidade de sua prima (oculta sob o nome SW) e a diagnostica como histérica.

A terceira parte do livro contém um trabalho polêmico, no qual se discute a interpretação dos evangelhos no meio espírita, estabelecendo um diálogo que vai de Kardec a Emmanuel e que se focaliza em reflexões sobre uma hermenêutica espírita. Outro texto interessante é um olhar médico-espírita sobre a questão da homossexualidade, que apresenta uma brevíssima revisão histórica, a apresentação das posições de diferentes ramos da medicina e faz uma revisão dos comentários dos espíritos acerca do tema.

Ainda na terceira parte há um trabalho originalíssimo. Rodrigo José escreveu sobre os Contos de Fadas na Evangelização Infantil. Na verdade, o autor se deteve sobre o mito e as estórias e seu impacto sobre a psique. Ele dá algumas dicas importantes para os evangelizadores sobre o uso de estórias nas aulas de evangelização.

Finalizando, há um estudo curiosíssimo, uma metáfora física, no qual se compara a evolução do espírito à vida das estrelas.

A primeira edição do livro está no final. Ainda há alguns exemplares para serem vendidos na Livraria Ysnard Machado Ennes e com certeza ele pode ser emprestado pela Biblioteca Aurélio Valente, para leitura. Para os leitores de fora de Belo Horizonte, é possível adquirir o livro na livraria do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo - Eduardo Carvalho Monteiro, de São Paulo. http://www.ccdpe.org.br/

Ficha:
Coletânea de Estudos Espíritas
Autores: Débora Z. Vitorino, Deyler S. Paiva, Jáder Sampaio, Rodrigo José e Tatiana Jacomini.
Formato: 15 x 21 cm
120 páginas


Ano de Publicação: 1997


Jovens que nos ajudaram no lançamento do livro: hoje: pediatra e professora universitária, veterinária, oficial de alta patente da aeronáutica e empresária... se não estiver errado

22.10.17

CONVERSANDO SOBRE PESQUISAS DE MEDIUNIDADE NO PROGRAMA NOVA ERA





O programa Nova Era trata do espiritismo na região do oeste mineiro, especialmente a cidade de Divinópolis. Tem sido uma empreitada voluntária com a participação de diversos espíritas, inclusive do Vicente, nosso companheiro do Centro de Estudos e Pesquisas Espíritas, que montou um estúdio para o projeto.

É uma conversa de uns vinte minutos, que dá um panorama dos estudos desde a época de Kardec, fala de concepções de ciência e de trabalhos muito recentes.

Eu não tenho nenhum preparo para responder a entrevistas, então as críticas para aperfeiçoamento e as impressões são bem-vindas.

17.10.17

HOSPITAL ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ EM BELO HORIZONTE-MG: 50 ANOS




Recebi da Assessoria de Imprensa do Hospital Espírita André Luiz o texto abaixo. 50 anos de sua fundação. Confiram!


Hospital Espírita André Luiz comemora 50 anos de inauguração
Instituição é referência em tratamento de pessoas com sofrimento mental e drogadição


Flávia Amaral

Localizado no bairro Salgado Filho, em Belo Horizonte, em uma área de quase 30.000 m², o Hospital Espírita André Luiz (HEAL) comemora, neste mês de outubro, 50 anos de inauguração. O HEAL, sigla que em inglês significa curar, começou a ser constituído em 1949, há 68 anos, e foram necessários 17 anos para a construção das instalações. A inauguração foi realizada dia 15 de outubro de 1967. “Várias pessoas de boa vontade se uniram para a construção do Hospital – maçons, católicos, espíritas e judeus. Todas interessadas em arrecadar verba para o espaço que daria assistência aos portadores de transtorno mental”, conta Eleusa Polakiewicz, presidente do HEAL e filha de um dos fundadores, Dr. Alberto Mizrahy. Conforme registros, alguns dos fundadores saíram às ruas de Belo Horizonte para vender flores a fim de arrecadar recursos para a construção do hospital que hoje é referência em tratamento de pessoas com sofrimento mental e drogadição.

Nesses 50 anos de história, foram atendidos mais de 100 mil pacientes e mais de 500 mil diárias filantrópicas. Em uma extensa área verde, com jardins, horta, estufa, coreto, quadra poliesportiva, refeitório, auditório, lanchonete e um amplo estacionamento, atuam mais de 300 funcionários, mais de 70 profissionais experientes da área da saúde e mais de 400 voluntários nas oito unidades de internação.

“O hospital tem como objetivo atender o portador de doença mental, para além dos aspectos do acolhimento espiritual, com toda a tecnologia e conhecimento da área da psiquiatria e profissões correlatas, que possam ajudar na melhoria do paciente e de seus familiares. Nossa finalidade é colaborar com a sociedade local favorecendo para uma compreensão maior desta área da saúde e diminuição do preconceito a ela associada, bem como participar de seu desenvolvimento e aprendizado”, complementa Eleusa, que atua há 50 anos na área da Psicologia. 

O HEAL conta com o Ambulatório (psicologia e psiquiatria), Eletroconvulsoterapia (ECT) – que está entre os três principais no Brasil, com o Pronto Atendimento (24 horas, para emergência em psiquiatria), e com o Centro de Terapias e Assistência Social (CETAS).

O setor de Psiquiatria conta com 160 leitos divididos entre pacientes conveniados, particulares e carentes, e uma equipe composta por psicólogos, terapeutas ocupacionais e educadores físicos. “O paciente tem uma grade terapêutica bem intensa e tudo isso contribui para seu refazimento, além de poder circular por um local muito agradável, arborizado, com horta, onde são produzidos alimentos sem agrotóxicos. Isso também contribui para a saúde de nossos pacientes”, afirma Dr. Roberto Lúcio Vieira de Souza, psiquiatra e diretor técnico do HEAL.

O Centro de Terapias e de Serviço Social (CETAS) oferece tratamento a dependentes químicos, no regime de permanência dia, e conta com uma equipe multidisciplinar com médico psiquiatra, assistente social, psicólogos, pedagogo, educador físico, terapeuta ocupacional, arte terapeuta, artesão e fisioterapeutas. “Pensamos em um trabalho diversificado considerando todos os momentos de nossos pacientes, na mudança de vida necessária deles. Temos uma preocupação de trabalhar não só com o paciente, mas também com seus familiares”, afirma Kelly Bonanno, gerente do CETAS. Em 2017, o setor completa 10 anos.

Áreas como a psicologia, assistência social, farmácia, enfermagem, serviço de nutrição e dietética e o departamento espiritual garantem suporte e humanização no atendimento do hospital.

O HEAL não recebe auxílio direto de nenhum órgão governamental, não distribui lucros, nem remunera os diretores. “A renda vem dos serviços prestados aos pacientes particulares e filiados aos planos de saúde, além das doações que o hospital recebe”, afirma Edward Loures, diretor de Promoção Social e voluntário há 15 anos.  

HEAL em números

Em 50 anos:
+ de 100 mil pacientes atendidos
+ de 500 mil diárias filantrópicas
+ de 300 funcionários
+ de 70 profissionais experientes da área da saúde
+ de 400 voluntários


Serviços/Estrutura:

8 unidades de internação
160 leitos internação
Ambulatório (psicologia e psiquiatria)
Eletroconvulsoterapia (ECT)
Pronto Atendimento (urgência) 24 horas
Centro de Terapias e Assistência Social (CETAS) - Tratamento de longa duração para dependentes químicos
Moradia Assistida.
Refeitórios, auditório, pátios, quadras, horta, estufa, coreto, estacionamento amplo
Área de quase 30.000 m²

Conteúdo Multimídia:
Site HEAL: http://heal.org.br/ 
Página no Facebook: https://www.facebook.com/HEALBR/    

13.10.17

CONVERSANDO SOBRE EDUARDO C. MONTEIRO, A LIHPE E O ESPIRITISMO COMENTADO


A jornalista Clícia Ribeiro do Vale, do Centro Espírita Bezerra de Menezes, em Arcos fez uma entrevista conosco sobre a Liga de Pesquisadores do Espiritismo e o Espiritismo Comentado. Como surgiram e para que vieram? Confiram os vinte minutos de conversa bem mineira no link abaixo.


Ouça também a palestra sobre Francisco Cândido Xavier feita por nós na mesma data no link abaixo:



9.10.17

PLANTADORA DE SEMENTES EM TERRAS NOVAS: ELAINE ALVES


Acabo de chegar de Arcos, cidade do oeste mineiro, onde há 56 anos funciona o Centro Espírita Bezerra de Menezes. Encontrei com Clícia Ribeiro do Vale, amiga espírita de décadas, e fiquei muito contente de poder rever Elaine Alves, sua mãe.

Elaine sempre foi uma trabalhadora inquieta e corajosa, capaz de realizações inovadoras, que a maioria das pessoas não faria. Ela foi fundadora do Centro Espírita Messe de Luz, em Pains, após ter sido auxiliada por Virgílio P. Almeida e outros companheiros de nossa casa, o Célia Xavier.

A relação se estendeu, e quando Marlene Assis agendava as viagens de Raul Teixeira pelo interior mineiro, sempre havia algum evento na região, em parceria com a Elaine. Ela recebia em sua fazenda ou em sua casa em Pains, para um lanchinho, regado a quitandas, café e sucos naturais, grupos de quinze, vinte jovens, que iam assistir aos trabalhos do orador lá. Era uma experiência deliciosa, que nossos filhos, hoje na mocidade espírita, não mais conhecem.

Mesmo tendo o apoio de poucos companheiros, em uma região tradicionalmente católica, Elaine sempre foi empreendedora. Ela me contou que ao assumir o órgão federativo da região, uma das atividades que ela fazia era identificar Centros Espíritas. Entrava em contato, em nome do conselho regional e convidava as pessoas a participarem de eventos, ou fazer Feiras de Livros Espíritas.

Se uma cidade não tinha Centro espírita cadastrado, ela escrevia à prefeitura, perguntando se havia Centro Espírita na municipalidade. Ante uma resposta negativa, ela obtinha um alvará para fazer Feira de Livro Espírita em algum espaço público. A feira, em uma cidade sem centro, atraía os simpatizantes locais, e ela incentivava a criarem uma casa ou um núcleo espírita na localidade.
Depois, ao mudar-se para o Pará, ela faria o mesmo nas cidades “esquecidas por Deus”, cujo acesso só se dava por barco, às vezes com muitas horas de navegação. Ela se recordou da feira feita em Serra Pelada-PA, uma região que à época tornou-se lugar de garimpo, lugar sem dono, que atraía pessoas de todos os lugares do Brasil, e cuja exploração se dava sem os cuidados devidos, gerando muitas mortes em função de acidentes como a queda de terra sobre os garimpeiros.

Na Semana Espírita de 2017, uma emoção. Os companheiros convidaram o expositor “Gilmar Cândido” de São Gotardo. Hoje, ele realiza anualmente a MECESG (Micro Encontro e Confraternização Espírita de São Gotardo), que teve sua 23ª. edição, com os companheiros do Centro Espírita Emmanuel de São Gotardo. Ele ficou feliz em encontrar-se com Elaine, cujo papel na revitalização do espiritismo em São Gotardo foi, segundo ele, marcante.


Pequenos e grandes atos na divulgação do espiritismo em terra estranha, fazem lembrar o trabalho quase insano de Paulo de Tarso, buscando sinagogas e espaços públicos onde nunca se houvera falado a mensagem cristã, criando núcleos que se tornaram muitos anos depois referência do cristianismo e celeiro de estudiosos e trabalhadores notáveis. Isso nos põe a pensar.

6.10.17

A PEDRO LEOPOLDO DE CHICO XAVIER

Imagem de Maria João de Deus com Chico ainda criança, do filme "Chico Xavier, o filme"


Já apresentamos no EC a Casa de Chico Xavier em Pedro Leopoldo e as impressões que tivemos durante sua visita.

A Fundação Cultural Chico Xavier mantém um site que apresenta um roteiro turístico para quem desejar visitar a cidade natal do médium, que dista 46 km da capital mineira. 

Foram escolhidos nove pontos turísticos para os interessados:

1. A fábrica de tecidos Cachoeira Grande que o empregou aos 9 anos de idade (que hoje seria considerado trabalho infantil, portanto, proibido)
2. O memorial do Centro Espírita Luiz Gonzaga, com trinta quadros de óleo sobre tela referentes à vida do médium
3. O açude do Capão, onde Chico teria identificado Emmanuel pela primeira vez
4. A praça Chico Xavier, que contém uma estátua de bronze de tamanho natural do médium
5. A fazenda modelo, de posse da UFMG e administrada pela União Espírita Mineira, onde Francisco trabalhou durante 21 anos
6. A mostra permanente Chico Xavier, organizada por Geraldo Leão, contendo cartas, documentos e fotos, no prédio da UNIMED
7. A Escola Estadual São José, onde ele fez o curso primário de 1919 a 1923.
8. O Grupo Meimei, fundado por Chico em 1952
9. A Casa de Chico Xavier, transformada em museu e centro espírita

Fotos dos lugares podem ser acessadas em http://www.casadechicoxavier.com/caminhos-de-luz/

O site contém também a produção da editora Vinha de Luz, que vem trazendo à luz, entre outros livros, muitas psicografias inéditas de Chico.  

Os títulos podem ser acessados em: http://www.casadechicoxavier.com/editora-vinha-de-luz/