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7.11.11

SUPERFALACIOSA: A OPINIÃO DE RITA FOELKER

Rita Foelker: escritora


Rita Foelker mantém um blog chamado Ciência do Invisível. Trabalho de fôlego, arte e elegância, três qualidades difíceis de se encontrar bem articuladas na "blogosfera".

Ela fez um artigo muito claro, no qual comenta o artigo da Super, que se pode ler clicando neste link.  http://cienciadoinvisivel.blogspot.com/2011/10/falacia-e-mais-interessante-que-o-texto.html

Sua análise consegue mostrar mais uma faceta do trabalho do autor e do editor que outros autores, menos versados em filosofia, ainda não haviam abordado. Ela fala das falácias e da falácia do espantalho. Eu não vou ficar comentando, para que vocês não percam a oportunidade de ler o texto diretamente na fonte.

Um adendo apenas: como a Super escolhe os opositores das ideias que critica? No Google? E não confere sua formação e a produção no Lattes (a principal fonte de informações sobre os pesquisadores do Brasil e de alguns países do exterior, que leva a respeitada chancela do Conselho Nacional de Pesquisa - CNPq)?

4.11.11

SUPERINTERESSANTE: A OPINIÃO DE RICARDO ALVES DA SILVA


Alfred Russel Wallace

Mais uma Superinteressante nas bancas falando de Espiritismo, desta vez abordando o que ela denominou Ciência Espírita.

Em tempos de redes sociais, entrevistas gravadas ou realizadas por meio de registro escrito das respostas dadas aos questionamentos feitos, podemos nos felicitar com o acesso direto das informações geradas pelos entrevistados. É claro que na reportagem deve constar o tratamento de outras fontes de informação, atividade que acredito ser inerente ao trabalho dos profissionais envolvidos.

No caso da Superinteressante deste mês, o Dr. Alexander Moreira-Almeida, através dos documentos em anexo e que também podem ser localizados nas Notícias, em 13/10/2011, do site http://www.ufjf.br/nupes/, nos ajuda a entender um pouco mais da seriedade de seu trabalho como cientista, e não cientista espírita como a reportagem sugere e induz a uma interpretação duvidosa do seu trabalho.

As informações publicadas pelo Dr. Alexander Moreira-Almeida e a edição de outubro/2011 me fizeram revisitar dois trechos, distantes um do outro, que acabei de ler no início do livro “Diálogo com os Céticos”, de Alfred Russell Wallace, tradução de Jáder dos Reis Sampaio, editora Lachâtre, transcritos abaixo:

“É, por consequência, no interesse da verdade que toda doutrina ou crença, por mais bem estabelecidas ou consagradas que pareçam ser, devem em certos momentos ser desafiadas a armar-se com os fatos e raciocínios que possuem, para encontrar-se com seus oponentes no campo aberto da controvérsia, e batalhar pelo seu direito de existir.”

“Contudo, uma teoria ou crença pode ser sustentada por argumentos muito ruins e, ainda assim, ser verdadeira, ao mesmo tempo que pode ser sustentada por argumentos muito bons e ser falsa; mas nunca houve teoria verdadeira que não tivesse nenhum argumento bom a sustentá-la.”
 
 
A forte exposição da Doutrina Espírita, ou indícios dela, junto ao público, por meios nem sempre atentos à qualidade da informação veiculada, e as consequentes críticas veladas que surgem em reportagens duvidosas nos indicam a atualidade das palavras deste honesto cientista do século XIX, escritas em outro contexto que o livro citado evidencia com clareza, mas cujos vícios pelo visto permanecem até hoje.
Ricardo Alves da Silva
Natal - RN

31.10.11

DORA INCONTRI E A SUPERINTERESSANTE


Dora Incontri


Muitos dos leitores do blog conhecem a Dra. Dora Alice Colombo, vulgo Dora Incontri. Ela defendeu a tese "Pedagogia Espírita: um projeto brasileiro e suas raízes histórico-filosóficas", na USP em 2001. Depois disso, outros pesquisadores das áreas de ciências humanas têm dado suas contribuições à linha de pesquisa que ela inaugurou, como é o caso de Alessandro Bighetto, que defendeu a dissertação de mestrado "Eurípedes Barsanulfo: um educador espírita na primeira república" na UNICAMP.

O que ela pensa da matéria da Super sobre Ciência Espírita?

Veja em                                                                                             http://www.espiritualidades.com.br/Not_2011/2011_10_16_cienca_espirita_reportagem_superinteressante_replicas.htm

24.10.11

O QUE O DR. ALEXANDER PENSA SOBRE A MATÉRIA DA SUPERINTERESSANTE?


A Super publicou em outubro uma matéria sobre pesquisas de fenômenos geralmente estudados por parapsicólogos que denominou ciência espírita.
A Galileu, sua concorrente, fez uma matéria sobre um dos cientistas citados na Superenviesada e conseguiu dar o recado, sem incentivos nem ironias, buscando o necessário "afastamento", que tanto se advoga na pesquisa e no jornalismo. http://espiritismocomentado.blogspot.com/2011/08/galileu-mostra-pesquisador-de.html
O EC aguardou os comentários oriundos do movimento espírita e dos pesquisadores da área. Vamos publicar ou inserir links para o leitor. Hoje temos a carta que o Dr. Alexander Moreira-Almeida (e não Alexandre, como deixou passar o copidesque da Super) escreveu para o diretor de redação.

Juiz de Fora, 10 de outubro de 2011.

Prezado Sr. Sérgio Gwercman

Diretor de redação da revista Superinteressante,



Como o objetivo da reportagem “Ciência espírita” era apresentar o trabalho desenvolvido por mim e por outros pesquisadores de experiências espirituais, surpreendeu-me o fato de a revista ter ignorado uma longa entrevista que concedi em 1/9/2010 ao repórter Pablo Nogueira, autor da matéria. Por isso, disponibilizei as principais partes da entrevista no site www.ufjf.br/nupes.

Tendo em vista a busca de rigor que deve nortear o trabalho de jornalismo científico, seria preferível que a matéria fosse escrita em linguagem mais precisa, sem o uso de ironias.


Ao contrário do que foi publicado:

  • não se trata de “Ciência Espírita”, mas de ciência acadêmica convencional, realizada por grupos de pesquisa, em importantes universidades do mundo, que utilizam as ferramentas da ciência para explorar certos tipos de experiências humanas;
  • em nenhum momento de meu artigo sobre cirurgia espiritual (publicado pela Revista da Associação Médica Brasileira) afirmei a necessidade de “mais investigações sobre o ‘mundo espiritual’”, como foi citado entre aspas na reportagem;
  • o Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade (ProSer) do Instituto de Psiquiatria da USP não foi fundado em 1999, mas em 2008. Em 1999, foi fundado o NEPER (Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos), que posteriormente originou o ProSer;
  • não foi o neuropsiquiatra inglês Peter Fenwick quem popularizou as EQMs, mas sim o psiquiatra norte-americano Raymond Moody Jr;
  • não há evidências para a afirmação de que “a maior parte dos pesquisadores entende que elas (as EQMs) não passam de confusão cerebral”. Além disso, a maioria dos pesquisadores que efetivamente publicaram estudos rigorosos sobre EQM discordam desta explicação;
  • meu nome é Alexander Almeida e não Alexandre Almeida;
  • o I Simpósio Internacional Explorando as Fronteiras da Relação Mente-Corpo não foi realizado “em (de novo) Juiz de Fora”. Ele ocorreu em São Paulo, no Centro de Convenções Rebouças da Faculdade de Medicina da USP, com o apoio da USP, Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, Associação Brasileira de Neurociência Clínica e Associação Brasileira de Medicina de Emergência;
  • o simpósio não teve como pauta “relatos de experiências transcendentais, filosofia e surrealidades da física quântica”, mas a apresentação interdisciplinar de estudos acadêmicos já realizados sobre as implicações das experiências espirituais para a relação mente-cérebro. Todos os conferencistas e debatedores são pesquisadores de destaque no meio científico internacional. O conteúdo deste simpósio será publicado em novembro de 2011 na forma de livro por uma das mais importantes editoras científicas do mundo, a Springer. O prefácio do livro é do psiquiatra Robert Cloninger, que está entre os 100 pesquisadores na área de psicologia e psiquiatria mais citados em revistas científicas no mundo;
  • há carência de evidências de que seria “desnecessário dizer que as pesquisas com reencarnação são severamente criticadas pela academia”. Os principais pesquisadores na área (como Ian Stevenson e Erlendur Haraldsson) são da própria academia e publicam em periódicos científicos prestigiosos. Embora naturalmente haja debates sobre este tipo de pesquisa, o trabalho deles tem sido reconhecido como de qualidade em editoriais e resenhas em algumas das mais importantes revistas médicas do mundo, como American Journal of Psychiatry vol. 162, pag.823-4, 2005; British Medical Journal vol. 334, pag.700, 2007; Journal of Nervous and Mental Disease 1977 vol.165, pag.:151, 1977;
  • todos os pesquisadores citados discutem com seriedade, em suas publicações, as diversas hipóteses explicativas sobre essas experiências e não dizem que elas implicam necessariamente uma dimensão humana extra-corpórea;
  • pelo rigor e reconhecimento deste trabalho pelo meio acadêmico internacional, é fácil perceber que estes pesquisadores se movem mais pelo interesse científico de exploração rigorosa e não dogmática da natureza humana do que pela fé.

Alexander Moreira-Almeida

- Professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF

- Diretor do NUPES - Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da UFJF

- Coordenador Geral dos Programas de Pós-Graduação Stricto-Sensu da UFJF


7.4.10

SUPERENVIESADO


O difícil trabalho do jornalista

O trabalho do jornalista exige que ele apresente prós e contras de um ponto polêmico sobre o qual está escrevendo, aponte diferentes pontos de vista, favoreça o diálogo entre os atores sociais. Nem sempre o que ele escreve é afim à nossa forma de pensar, e o jornalista competente sabe traduzir os contraditos com qualidade e de forma bem embasada.
O mercantilismo da mídia e o jornalismo inescrupuloso
Ao lado da nobre profissão, temos o uso dos meios de comunicação como investimento, altas tiragens, vendas elevadas, etc. Ao transformar o jornalismo em produto mercantil, há quem não se incomode com o sensacionalismo e até mesmo com o direcionamento do que escreve para uma finalidade instrumental.
O Jornalismo Manipulador
Quem não se recorda da lamentável matéria televisiva veiculada por uma grande emissora após o debate entre os candidatos Lula e Collor? Eu havia assistido o debate na véspera e fiquei atônito ao ver que um órgão de comunicação havia escolhido os piores momentos de Lula e os melhores momentos de Collor no dia seguinte. (E olha que não votei em Lula na última eleição).

Eu conheço jornalistas sérios e notáveis. Recordo-me de um que após a entrevista que concedi, desabafou: não vou escrever a matéria, não tenho a clareza necessária sobre o tema.
Recordo-me de outro de uma revista de circulação nacional, que me telefonou, sedutor, dizendo que queria saber o que eu fazia de espírita na Universidade para dar visibilidade ao Espiritismo. Eu desconfiei do tom amigável e sedutor e não lhe disse nada. Ele insistiu, queria saber se eu ensinava Espiritismo em minhas aulas de Psicologia do Trabalho (!!!!) e se adotava outras atitudes claramente sem ética. Na semana seguinte vinha a matéria, que tinha por interesse vilipendiar um funcionário de alto escalão do governo Fernando Henrique, apenas por ser espírita confesso e atuante. Conversei com alguns dos entrevistados e eles me disseram que o repórter chegou com uma pauta e perguntou outras coisas sem qualquer conexão com o objetivo expresso, que publicou, pontual e maldosamente no artigo, visando desacreditar o Espiritismo, para com isto atacar sua vítima. Não preciso dizer que não houve qualquer menção à minha entrevista e à de outros que responderam de forma semelhante.
É inesquecível, em meus tempos de estudante de graduação, o trabalho de um jornalista que colheu entrevistas visando identificar irregularidades no ensino público superior. Suas informações ficaram guardadas por meses e vieram à luz na semana em que o congresso constituinte votava a gratuidade do ensino superior público. Não preciso dizer que não se publicou nada de bom das universidades públicas. Pergunto ao meu leitor: havia ou não intenção de interferir parcialmente no trabalho dos constituintes, na defesa da opinião dos donos do jornal?

O Jornalismo de Superinteressante

Não me surpreende, portanto, que a Super, adote eventualmente esta linha sensacionalista. Aparentemente o trabalho sobre o Chico Xavier quer mostrar dois lados de um debate sobre a mediunidade. Seria excelente se fosse apenas isso, mas as entrelinhas e insinuações da repórter denunciam sua intenção (será mesmo dela ou da revista?): a de gerar descrédito e até ridículo na imagem pública do Chico.

1. Para fazer o contradito eles procuraram especialistas que estudaram o Chico ou sua obra? Não.
2. Estudaram o trabalho do Chico em profundidade? Não.
3. Apresentaram os autores que pesquisam mediunidade? Sim e não (Ficou isolada e descontextualizada a entrevista com o Dr. Alexander Almeida).
4. Usaram material de blogueiro, sem formação científica adequada? Sim.
5. Usaram termos da metapsíquica, há muito abandonados pela parapsicologia, como hipótese alternativa à mediunidade? Sim.
6. Usaram epistemologia positivista do século XIX? Sim (comprovação de hipóteses como sinônimo de verdade, em lugar de teste, corroboração ou falsificação de hipóteses).
7. Sugeriram a explicação da mediunidade a partir dos sintomas das crises de epilepsia? Surpreendentemente sim.
8. Apresentaram hipóteses físicas sobre materialização como se fossem conhecimento científico? Curiosamente sim. (Eles calculam a energia necessária para "surgir uma massa do nada", o que não é hipótese espírita para a explicação de fenômenos de materialização).
9. Ocultaram o conteúdo do episódio envolvendo David Nasser, seu colega de profissão, mesmo falando da matéria de O Cruzeiro? Sim
10. Inventaram uma nova explicação para a mudança do Chico para Uberaba, sem qualquer evidência? Sim.
11. Criaram uma imagem pública depreciativa para o Chico ao alcunhá-lo como piadista? Sim. (Ao que me consta, ele não escreveu nenhum livro de piadas, e o próprio Simonetti indignou-se ao ver como usaram o título de um de seus livros)
12. Alegaram fraude para as mensagens psicografadas pelo Chico com base em boatos? Sim.
13. Fizeram um ataque ao filho de Chico Xavier, Eurípedes Higino, sem lhe dar o direito do contradito? Sim, e ficou insinuado que ele usa os direitos autorais do pai adotivo em benefício próprio.
14. Sugeriram com base em um depoimento de um repórter que todos os fenômenos de odores no ambiente de materializações são fraudes? Sim.
15. Omitiram as conclusões do trabalho do Marcel Souto Maior, que estudou o Chico e outros médiuns durante muito tempo para escrever seus livros? Sim.
16. Afirmaram a existência de uma indústria com o nome do Chico Xavier? Sim, e se esqueceram de afirmar que eles também estão auferindo lucros, ao publicarem esta matéria agora e não há um ano.
Concluindo
Depois disso tudo, devem ter vendido muitas revistas. Parabéns ao administrador financeiro da Abril, meus pêsames ao editor. Não vou ficar argumentando contra um trabalho tão pueril e maldoso. Se o leitor quiser, acesse o link do site de Richard Simonetti. Ele está indignado e escreveu de forma incisiva, mas apresentou muitas evidências em contrário do que publicou a Superinteressante (ou será Superenviesada?)

http://www.richardsimonetti.com.br/artigos/superinteressante.html

1.5.08

Superinteressante de Maio: Médiuns


A Superinteressante de maio tem como matéria de capa o assunto médiuns, focalizando três temas: investigação de crimes, cirurgias espirituais e psicografia.
Ao ler a matéria recordei-me de um tema que estudei na faculdade e que geralmente é apresentado pela palavra alemã zeitgeist que significa espírito de época. O zeitgeist da Super é o naturalismo contemporâneo. Os jornalistas fazem um grande esforço para apresentar dois lados da questão, mas o texto teima em privilegiar as explicações fisiológicas, com base no inconsciente e mostrar os fracassos dos médiuns em detalhes. Os sucessos são relatados sempre de forma geral, e aos meus olhos, não encontrei os detalhes, por exemplo, do famoso caso jurídico de Chico Xavier. Ao leitor fica a impressão que a ignorância dos jurados é responsável pela aceitação da mensagem e não os elementos do seu conteúdo.

O mesmo se dá nos comentários sobre a mediunidade de tratamento. Paradoxalmente, os jornalistas afirmam que a ciência mal tenta explicar, primeiro porque "a cura espírita (...) é um fenômeno exclusivamente nacional". É curiosa a falta de informação dos jornalistas. Na Inglaterra, a imposição de mãos para cura tem sido adotada e recomendada pelo serviço público, que não sabe explicar seu mecanismo, mas constatou estatisticamente que havia inúmeros ganhos em adotá-la como tratamento complementar: redução de uso de medicamentos, melhoria de qualidade de vida e alguns fenômenos orgânicos. Isto eu li em artigos publicados por revistas de medicina inglesas e norte americanas.

"As poucas teses sobre o benefício da cura espiritual apontam numa direção: efeito placebo." Curiosamente, também, muitos estudos sobre imposição de mãos nos países de língua inglesa constataram efeitos significativos em sementes, influência na hemólise (processo destruição das células vermelhas do sangue) "in vitro", diminuição de crescimento de culturas de fungos, redução do crescimento da tireóide em ratos, aumento do nível de enzimas, etc. (Rain, 1986; Barry, 1968; Grad, 1965; Barud et al., 1979; Braud, 1988, Krieger, 1965 e Heidt, 1979). Estes estudos foram revistos e apresentados no Journal of Royal Society of Medicine, v. 88, abr. 1995.

A conclusão do estudo de Cleide Canhadas, que o jornalista apresenta é corroborada também por estudos internacionais, como o de Lee, Lin, Wrensch, Adler e Eisenberg, 2000; Danesi, Adetunji, 1994; Alferi, Antoni, Ironson, Kilbourn, Carver, 2001.

De fato, há poucas pesquisas sobre o tema no Brasil, mas isto não se justifica exclusivamente pela escassez de recursos. Há desinteresse pela comunidade científica nacional em se estudar mediunidade, e um certo temor de muitos cientistas em ter seu nome associado a este tipo de tema, que cheira a "metafísica", no sentido pejorativo com que os neopositivistas empregam esta palavra. Muitos médiuns conhecidos no Brasil foram estudados em centros de pesquisa no exterior, como é o caso de Raul Teixeira e Divaldo Franco.

Recordei-me também de um episódio famoso no jornalismo brasileiro, a matéria feita pela Rede Globo um dia após o debate de Fernando Collor e Lula, ambos candidatos na reta final das eleições. Assisti o debate, que teve seus altos e baixos para os dois candidatos. No dia seguinte, assisti a matéria da Globo, não sem surpresa, ao ver os altos de Fernando Collor e os baixos de Lula. Esta matéria despertou uma sensação de dejá vu.